Os jogos das finais do basquete dos Estados Unidos mobilizam o país e faz com que as pessoas parem em frente aos bares e restaurantes onde há TVs exibindo.
Antes da reunião do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, com Gilmar Rinaldi e Dunga, vários colegas cravavam que seria um encontro apenas para a comunicação de que os dois estavam demitidos. Quando se trata de determinadas figuras não dá para apostar nem no óbvio, pois nunca se sabe o que está por trás, que interesses movem certas peças desse xadrez. Igual na política brasileira, onde castelos de areia estão desmoronando e gente “acima de qualquer suspeita” está atolada até ao pescoço com as revelações das delações premiadas de corruptores. Política e esporte, futebol principalmente. Tudo acaba se ligando. O mundo da bola é usado por quem quer ficar conhecido e se tornar político e mais ainda para enriquecer muitos desses, ilicitamente. A Copa do Mundo no Brasil foi um fracasso da seleção, mas encheu os bolsos de gente demais com licitações dirigidas e obras superfaturadas. O estádio Independência é a bola da vez; está na mira. Mas se não instalaram CPI nem do Mineirão até hoje, vão mexer com Independência?
Esta semana o presidente banido da FIFA, Joseph Blatter deu entrevista ao diário argentino La Nación, confirmando aquilo que todo mundo estava cansado de saber: sorteios dirigidos, o uso da bolinha gelada para que o sujeito pegasse aquela do interesse combinado previamente. Mas ele disse que testemunhou isso na UEFA e citou um ex-presidente da entidade, já morto. E jurou que na FIFA “jamais” admitiu isso. Um suíço entregando o esquema de colegas europeus e por enquanto, apenas cartolas sul-americanos e caribenhos na cadeia, e dos Estados Unidos.
Voltando à CBF, a própria nomeação do Gilmar Rinaldi para diretor e a ressureição do Dunga foram estranhas e até hoje sem uma explicação lógica. Sabe-se lá por que motivações. Critérios técnicos é que não foram. De repente alguma entrevista raivosa nos próximos dias poderá esclarecer.
Sem chance
O argentino Ramón Diaz, ex-atacante da seleção portenha, pediu demissão do cargo de treinador do Paraguai após a eliminação nesta primeira fase da Copa América. Depois de um ano e meio de trabalho concluiu que não está conseguindo fazer o time jogar e prefere abrir espaço para que outro tente cumprir a missão de classificar os paraguaios para a Copa da Rússia.
No Brasil raramente alguém renuncia a qualquer cargo bem remunerado e cheio de regalias. Esperar uma atitude dessas de um Dunga ou Gilmar? Perda de tempo. Depois da derrota para o Peru deram justificativas para tentar ficar nos cargos.
Força da cesta
Sempre ouvi dizer, mas quando se presencia é diferente. Impressionante a força do basquete por aqui. Com Copa América rolando no próprio país e a Eurocopa reunindo muitos dos maiores craques do futebol mundial, os norte-americanos só falam dos jogos finais entre Cleveland e Warriors. E diferente do futebol, que prende a atenção de quase 100% dos latinos, o basquete atrai os “nativos” e também os latinos.
Em quase todos os bares e restaurantes há TVs e telões mostrando esporte o dia todo. Quando há transmissões simultâneas, a maioria absoluta não desgruda as vistas das que mostram o basquete.
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