Para quem está distante é difícil entender como dois gigantes do futebol brasileiro, com elencos recheados de grandes jogadores, folhas salariais das mais caras do país, em dia; despencam na tabela, engatando péssimos resultados, trocando treinadores e vivendo crises difíceis de ser debeladas. Casos do Grêmio e Internacional, que do topo, candidatos ao título, passaram a amargar até o risco de rebaixamento, caso do Inter. Gaúcho, de Rio Grande, “mineiro” há sete anos, José Cláudio Loureiro Junior, deu-me explicações que me convenceram. Cada estado, cada torcida, tem o seu jeito de cobrar dos times e das diretorias.
A também gaúcha Elis Regina imortalizou a bela música do mineiro Tunai, “As aparências enganam”, que em determinado verso diz que “o amor e o ódio se irmanam nas fogueiras das paixões”. Pois, em Porto Alegre é assim: na porrada e ameaças, virtuais e presenciais, em qualquer lugar onde os torcedores mais exaltados encontrarem jogadores e dirigentes, passando um clima de terror, que mexe com o emocional dos profissionais e suas famílias, principalmente com os que não são gaúchos, desacostumados com essa reação. Até que a poeira baixe, pontos preciosos dentro de campo são perdidos!
Gremista, Loureiro Junior desaprova esta violência verbal e física de colorados e tricolores, por entender que a situação só piora. Segundo ele, é sintomático: após uma invasão de centro de treinamento ou quebradeira de sede, jogadores se abalam, o ambiente fica ruim e o time entra numa série de maus resultados. Ele aplaude as torcidas mineiras, que não radicalizam em seus protestos por aqui.
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