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Quando as torcidas jogam contra os seus próprios times

Para quem está distante é difícil entender como dois gigantes do futebol brasileiro, com elencos recheados de grandes jogadores, folhas salariais das mais caras do país, em dia; despencam na tabela, engatando péssimos resultados, trocando treinadores e vivendo crises difíceis de ser debeladas. Casos do Grêmio e Internacional, que do topo, candidatos ao título, passaram a amargar até o risco de rebaixamento, caso do Inter. Gaúcho, de Rio Grande, “mineiro” há sete anos, José Cláudio Loureiro Junior, deu-me explicações que me convenceram. Cada estado, cada torcida, tem o seu jeito de cobrar dos times e das diretorias.

A também gaúcha Elis Regina imortalizou a bela música do mineiro Tunai, “As aparências enganam”, que em determinado verso diz que “o amor e o ódio se irmanam nas fogueiras das paixões”. Pois, em Porto Alegre é assim: na porrada e ameaças, virtuais e presenciais, em qualquer lugar onde os torcedores mais exaltados encontrarem jogadores e dirigentes, passando um clima de terror, que mexe com o emocional dos profissionais e suas famílias, principalmente com os que não são gaúchos, desacostumados com essa reação. Até que a poeira baixe, pontos preciosos dentro de campo são perdidos!

GREMIO

Gremista, Loureiro Junior desaprova esta violência verbal e física de colorados e tricolores, por entender que a situação só piora. Segundo ele, é sintomático: após uma invasão de centro de treinamento ou quebradeira de sede, jogadores se abalam, o ambiente fica ruim e o time entra numa série de maus resultados. Ele aplaude as torcidas mineiras, que não radicalizam em seus protestos por aqui.


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Comentários:
5
  • Ramon Menezes disse:

    Chico, posso até estar enganado.
    Vou frequentemente a Porto Alegre e não vejo policiamento nas ruas. Nada mesmo.
    Semana passada estive lá e comentei isso com um colega gaúcho e ele concordou. Não existe policiamento.
    E nestes casos de agressão, qto tempo demora para chegar um policial?
    Aqui em Minas, de mau a pior, sempre vemos uma viatura da PM passando ou policial tomando café na padaria, hehehehe

  • Marcos disse:

    O Rio Grande do Sul é a terceira força do futebol brasileiro, com várias conquistas nacionais e internacionais. Tanto o Inter quanto o Grêmio possuem títulos mundiais em suas estantes, títulos esses que Cruzeiro e Atlético não ganharam por imcompetência e medo.
    Hoje em dia a gauchada dormiu em berço esplêndido e vive um momento terrível no futebol. Internacional correndo riscos de rebaixamento inédito e Grêmio também poderá se preocupar com rebaixamento, caso continue sem vencer no Brasileirão. Desde 2013 Minas vem fazendo o possível para desbancar o RS, mas corre riscos de também viver tempos de vacas magras, já que o Cruzeiro também balança no Campeonato Nacional. E o Atlético, ainda segue na seca por título brasileiro…

  • Marcão de Varginha disse:

    Como “Ele aplaude as torcidas mineiras, que não radicalizam em seus protestos por aqui.”, se o que vimos recentemente no CT do radicado celeste mutante rabudo alguns travestidos de “torcedores” invadirem àquele CT? Ou essa invasão foi com a conivência dos porteiros e da segurança, que “facilitaram” o acesso àquelas dependências? Todos sabem que conivência naquelas bandas é mato!
    – Quando acabarão com a impunidade? cadê nossas autoridades?
    – #benecyeternomito

    • Fabricio Felipe disse:

      Caro Marcão, a Torcida Organizada Máfia Azul não ” invadiu ” o CT do Cruzeiro para gerar badernas , pelo contrário , o portão foi aberto pelo clube para o grupo de torcedores entrarem na toca, onde os mesmo inciaram um diálogo amigável com os jogadores. Foi apenas uma cobrança onde não houveram furtos , muito menos agressões verbais ou físicas , caso que ocorreu quando a Torcida Tricolor Independente do São Paulo por exemplo entrou no CT do clube recentemente. A incompetente mídia de Minas deu a noticia como se fosse marginais que estivesse adentrado a toca para ” tocar terror” , mas quem encontrava-se presente no momento do ocorrido sabe muito bem do que de fato aconteceu,