Presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, também queria moleza maior contra o América e não gostou da medida
Os dirigentes continuam trabalhando muito bem em favor da desmoralização do futebol. Quando as normas lhes beneficiam, elogiam, quando não, detonam. Veja essa história da venda de mando de campo. Os clubes não reclamaram quando o regulamento foi publicado e agora, faltando pouco para o Brasileiro acabar, reclamam.
Pior fez a CBF, hoje: proibiu a prática, a partir da próximas rodadas. Tipo assim: quem se beneficiou, tudo bem; que não teve tempo pra isso, que se dane. Igual a Comenbol alterando no meio da temporada, a forma de escolha e quantidade dos participantes na Libertadores de 2017. Quem se sentir prejudicado, chore na cama que é lugar quente, e fim de papo!
O Flamengo chiou contra, o que provocou twiyyada do diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido, que disse: “O presidente do Flamengo não se envergonha de “exigir” q também fosse “beneficiado” em jogo c América..”
Já o presidente atleticano, Daniel Nepomuceno, dó podia estar ironizando, ao dizer: @dan_nepomuceno “Parabéns à @CBF_Futebol pela norma adotada em relação aos mandos de campo na reta final do Campeonato Brasileiro.”
A notícia completa no Globoesporte.com
**“CBF proíbe jogos fora dos estados de origem na reta final; Flamengo se irrita”
Medida vale para as partidas das últimas cinco rodadas nas Séries A e B. Presidente do clube carioca classifica medida como absurda.
A CBF comunicou nesta terça-feira, a clubes e federações, que estão proibidas, nas cinco rodadas finais do Campeonato Brasileiro, mudanças no mando de campo que extrapolem as fronteiras estaduais dos locais previamente previstos para os jogos. A medida é válida para as Séries A e B. O objetivo, segundo a entidade, é evitar desequilíbrios – com clubes vendendo o mando e indo jogar em campos neutros, como já vem acontecendo na primeira divisão.
Com isso, os jogos até podem sair de sua sede original, desde que sejam mantidos na unidade de federação do clube mandante. Exceções só serão aceitas em casos de punição aplicada pelo STJD ou impossibilidade de realização da partida dentro das exigências do Regulamento Específico da Competição e do Regulamento Geral das Competições.
A venda do mando de campo gerou polêmica especialmente na rodada passada, quando o América-MG, praticamente rebaixado à Série B, aceitou negociar, por cerca de R$ 700 mil, a sede da partida contra o líder Palmeiras – que passou do Independência para o Estádio do Café, em Londrina. O Atlético-MG, que disputa com o clube paulista o título brasileiro, manifestou irritação com a decisão – classificada como “uma vergonha” pelo presidente do Galo, Daniel Nepomuceno.
Dessa vez, o incômodo partiu do Flamengo, outro postulante ao título. O clube carioca ficou insatisfeito por a decisão ser tomada somente depois de o Palmeiras ter enfrentado o América fora do estádio do adversário.
– Eu acho um absurdo, claro. Vou achar o quê? Logo depois do jogo com o Palmeiras, o América leva o jogo para um campo que é tão palmeirense quanto o Allianz Parque. O pior é que ainda vem escrito lá (no ofício) que é “para preservar o equilíbrio das competições” – reclama o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
O Rubro-Negro, que vem mandando suas partidas fora do Rio de Janeiro, pela ausência do Maracanã, tinha a expectativa de, a exemplo do Palmeiras, enfrentar o América longe do Independência – a Arena Pantanal, em Cuiabá, era a intenção. As duas equipes vão se enfrentar na 35ª rodada.
– Tínhamos o conhecimento de que poderia (o América) vender, e acho que seria justo. Esperávamos que, para equilibrar, pudesse ser feito conosco a mesma coisa que foi feita com o Palmeiras, mas não pode. Vamos fazer o quê? – lamenta o presidente do Flamengo.
O Santa Cruz, também muito perto do rebaixamento, foi outro a negociar o mando. A partida desta quarta-feira, contra o Corinthians, será em Cuiabá – que, ainda no primeiro turno, recebera Santos x Flamengo, em duelo inicialmente previsto para a Vila Belmiro. A diretoria santista chegou a se arrepender da decisão, mas já era tarde – o duelo, pela 18ª rodada, terminou empatada por 0 a 0.
Confira o comunicado enviado pela CBF:
Com o objetivo de preservar o equilíbrio técnico das competições e evitar qualquer tipo de favorecimento na reta final das disputas, a Diretoria de Competições determina que nas últimas cinco rodadas das Séries A e B não serão permitidas programações de partidas em outro estado que não seja o do clube mandante, exceto em situações de punição imposta pelo STJD ou no caso de não haver opção, dentro do próprio estado, que atenda às exigências do Regulamento Específico da Competição – REC e do Regulamento Geral das Competições – RGC. Para que estas exceções ocorram será necessária uma autorização expressa da DCO.
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