Além da Raposa, estão classificados o Atlético, Atlético-PR, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos. O sorteio dos próximos confrontos será na segunda-feira, dia cinco, às 11 horas, no auditório da CBF, no Rio de Janeiro.
E sem restrição: qualquer um dos oito times poderá se enfrentar.
Os detalhes da classificação do Cruzeiro em Chapecó, ontem, são do comentarista do blog, Alex Sousa, a quem agradeço:
* “O Cruzeiro iniciou a partida pressionando com bolas alçadas ao atacante Ábila. Na primeira tentativa ele chutou de primeira, sem direção, perdendo boa chance; em seguida ganhou pelo alto a disputa de cabeça, contudo a defesa da equipe catarinense fez o corte. O time voltou a ter nova chance pelo alto, em cobrança de escanteio.
Arena Condá
CHAPECOENSE 0 x 0 CRUZEIRO
CHAPECOENSE: Jandrei, Apodi, Luiz Otávio, Victor Ramos e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antônio (Niltinho) e Nadson (Nenen); Rossi, Artur e Wellington Paulista (c) (Tulio de Melo) – Técnico: Vagner Mancini
CRUZEIRO: Fábio, Romero (Rafinha), Caicedo, Léo e Diogo Barbosa; Henrique (c), Ariel Cabral, Hudson, Thiago Neves e Alisson; Ábila (Raniel) – Técnico: Mano Menezes
ARBITRAGEM: Pericles Bassols (PE) com auxílio de Clovis Amaral da Silva (PE) e Cleberson Nascimento Leite (PE)
CARTÕES AMARELOS: Chape: Rossi, Neném e Reinaldo; Cru: Henrique, Romero, Ariel
Cabral, Diogo Barbosa e Fábio
CARTÕES VERMELHOS: Vitor Ramos
PÚBLICO E RENDA: Não divulgados
1º Tempo
CHAPE NO ATAQUE: A Chapecoense só atacou com algum perigo a 10’. A bola foi cruzada da esquerda do ataque para a área do Cruzeiro e o atacante catarinense ganhou da defesa, cabeceando para o chão. Fábio fez defesa firme. O Cruzeiro respondeu em seguida com lançamento para Ábila; o argentino dominou na área e deu um bom passe para a região da meia-lua da área adversária. Cabral chegou chutando para fora. Nova chance foi desperdiçada a 14’; um cruzamento foi para área, chegando a Henrique, que cabeceou mal, desperdiçando boa chance.
BOA CHEGADA DA CHAPE: A 18’ Reinaldo, livre na esquerda, cruzou pelo alto buscando seu ataque. Wellington Paulista subiu livre entre três defensores e cabeceou para Fábio espalmar para escanteio e evitar o gol.
CHUVA: A chuva começou a cair por volta de 20’ dando aos times a oportunidade de explorar os chutes longos, contudo, faltava aos times jogadas mais agudas no ataque. A Chapecoense buscava o jogo pela esquerda, com Reinaldo criando as jogadas mais perigosas e levando perigo; o Cruzeiro insistia em lançar bolas para Ábila brigar com a defesa.
VACILO: O time azul, com Thiago Neves, errou uma saída de bola. A Chapecoense acionou Artur, nas costas de Caicedo; ele dominou, limpou a jogada com um giro e chutou com perigo, sobre o gol de Fábio. O Cruzeiro respondeu em seguida, contudo, Hudson chutou fraco para defesa de Jandrei.
ELES NÃO DEVERIAM, MAS SEMPRE APARECEM: A Chapecoense, valendo-se de falta não marcada em Henrique, concluiu uma jogada perigosa chutando sobre o gol, com Artur. Péricles Bassols não assinalou a infração e ainda deu cartão amarela pela reclamação justa de Henrique e ainda parou o jogo para chamar a atenção de Mano Menezes.
PERDEU GOL FEITO: A 39’ um lateral foi cobrado para a área do Cruzeiro. A defesa rebateu para a frente da área, a marcação dos volantes não chegou e Luiz Antônio Depois chutou sobre Diogo Barbosa. A bola sobrou limpa para Artur Caike que chutou sobre o travessão do gol de Fábio.
ENCURRALADO: A Chapecoense seguiu atacando e Fábio fez duas boas defesas em chutes de Nadson. No primeiro Fábio espalmou lateralmente e no segundo a bola ia ganhando o ângulo superior esquerdo, contudo, o goleiro fez defesa salvadora.
TAMBÉM PERDEU GOL FEITO: Ariel Cabral dominou uma bola a 43’ e fez um passe perfeito a Romero, livre na direita. Ele limpou o lance e passou a bola para a conclusão livre de Hudson, contudo, ele chutou por baixo e Jandrei salvou o time catarinense.
2º Tempo
ANULADO: O tempo final começou com os catarinenses no ataque. Logo a 2’ Wellington Paulista fez o gol, contudo, Victor Ramos fez falta clara, empurrando um defensor azul. O time da Chapecoense reclamou e Bassols contemporizou e não mostrou o cartão amarela, embora tenha feito a Henrique pelo mesmo motivo.
SAIU ROMERO: a pressão da Chapecoense, insistindo em jogadas com Reinaldo sobre Romero, obrigou Mano a substituir o argentino, que tinha cartão amarelo. Rafinha entrou no meio-campo e Hudson foi improvisado na lateral direita.
AMARELADO: Bassols voltou a mostrar cartão amarelo para jogador do Cruzeiro. Des ta feita para Ariel Cabral, que reclamou de uma falta assinalada em favor da Chapecoense. Em seguida Ábila disparou em velocidade pela direita; Victor Ramos chegou e afastou para escanteio, mas o árbitro deu tiro de meta.
NA TRAVE: A Chapecoense esteve pertinho de marcar a 15’. A defesa perdeu uma disputa e Nadson pegou uma sobra chutando sobre Hudson, que evitou a conclusão. O rebote foi a Reinaldo que chutou de longe; a bola bateu no travessão do gol de Fábio.
FINALIZOU MAL: A 20’ o Cruzeiro respondeu com ataque de Diogo Barbosa pela esquerda. Ele cruzou, a defesa catarinense cortou errado e a bola sobrou para Ábila que limpou e chutou de canhota para fora.
PRESSÃO: O time azul sumiu, recolhido na defesa para defender a vantagem. A Chapecoense tomou conta da partida e seguiu pressionando na base do abafa, com bolas altas sobre a defesa, que perdia a maioria das disputas com os atacantes.
LÁ E CÁ: A facilidade era tanta que Apodi, a 30’, recebeu bola pela direita e finalizou, depois de limpar a marcação, de perna esquerda, obrigando Fábio a fazer outra boa defesa. A Chapecoense atacava e se expunha. Na resposta azul, a 31’, Diogo Barbosa fez o cruzamento, a defesa falhou e a bola sobrou livre para Raniel que chutou para fora. A 32’ o Cruzeiro contra-atacou com Alisson que passou a bola para Thiago Neves; ele chegou livre, limpou o marcador e demorou para finalizar, possibilitando o corte da zaga. A sobra ficou para Rafinha, livre de marcação, que chutou para forma e perdeu uma chance mais clara ainda.
DESESPERO: Em desvantagem a Chapecoense abusou das reclamações improcedentes, sem qualquer providencia da arbitragem. A cada investida alguém se jogava, reclamava, simulava. O time fez um gol, contudo, claramente impedido estava o jogador. Faltou tranquilidade ao time de Chapecó.
OBSERVAÇÕES PONTUAIS
SÓ PODEM ESTAR “COM OBRAS”: Por pouco o Cruzeiro saiu derrotado no tempo inicial. Começou bem mas perdeu a marcação no meio-campo (mesmo com três volantes) e levou sufoco da Chapecoense. A armação não funcionou com Thiago Neves e Álisson. As raras chances de concluir foram desperdiçadas.
CHAPE NO 4-3-3: A proposta do Cruzeiro de povoar o meio-campo não funcionou e o time, jogando no 4-5-1, permitiu várias ultrapassagens sobre os laterais, onde faltou cobertura. Nas bolas altas sobre a área azul perdeu a maioria das jogadas e o sufoco foi geral.
PALHAÇADA NO FIM: Ao término do jogo (eram 5’ de acréscimo e sem explicação foram mais 7’) o time da Chapecoense cercou a arbitragem na tentativa de transferir a ela, que desagradou os dois lados, a responsabilidade pela eliminação. Reinaldo foi expulso depois do apito final e o árbitro teve que ser protegido pelo policiamento. Um diretor da Chapecoense entrou em campo exaltado. Cabe ressaltar que os gols da Chapecoense foram anulados por faltas que aconteceram e que Bassols distribuiu cartões amarelos para cinco jogadores do Cruzeiro, tolerando as reclamações e só mostrando para a Chapecoense pertinho do final.
FALOU DEMAIS: Um jogador da Chapecoense, Rossi, disse que Bassols havia “engolido um rádio”, falando demais com jogadores, e que “se apitasse na várzea apanharia”.
ÁRBITRO FERIDO: Alguém da torcida da Chapecoense atirou algum objeto que acertou no rosto do quarto árbitro, que apareceu sangrando nas imagens da tv. Todo o clima injustificável criado pelos jogadores ao fim da partida acabou influenciando os ânimos nas arquibancadas.
CONFUSÃO: Alguma coisa que, agora, “ninguém sabe, ninguém viu”, ocorreu entre os times e uma confusão se formou na porta do vestiário do Cruzeiro. As imagens mostraram jogadores da Chapecoense exaltados, mesmo os que vieram do campo sem saber o que havia ocorrido.
COPO D’ÁGUA: A imagem da tv mostrou Diogo Barbosa, do Cruzeiro, jogando um copo plástico, parecido com água mineral, em direção à confusão, enquanto seguranças do Cruzeiro impediam a invasão do vestiário. Esse juvenil (e quem mais do Cruzeiro tenha entrado em discussão) precisa aprender a não entrar nesse tipo de pilha; o time classificado e ele poderá ser denunciado pela atitude infantil.
CHUTES: Havia um biombo instalado na porta do vestiário do Cruzeiro e imagens da tv mostram pessoas, dentre elas Vagner Mancini, chutando o objeto que protegia o vestiário. Na maior cara-de-pau o técnico alegou em entrevista que estava separando a confusão, contudo, mais parecia a velha estória contada pelo Heverton Guimarães, da Band: “amigo que é amigo não separa nada; chega dando voadora”.
CATEGORIA FILME QUEIMADO: E o Oscar vai para… Chapecoense. Bela atuação na transferência de responsabilidades para o árbitro e depois para o Cruzeiro. Muito convincente: “caras de brabo”, cerco ao árbitro, o “me segura senão”, as encaradas, os empurrões, as pedradas. Mancini ainda seguiu polemizando no fim, na coletiva, dizendo viu as imagens (na verdade brigou com as imagens) e que o 1º gol anulado teria sido legítimo, quando o lance mostra Vitor Ramos fazendo a carga faltosa em Hudson. Ficou pior; poderia ter evitado a tentativa de remendo.
* Por Alex Sousa
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