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O São Paulo vai subir de produção. Rogério Ceni sentiu e sucumbiu ao gosto do mesmo veneno que aplicou ao Ney Franco

06 de julho de 2017 às 09:28
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Quando jogava e mandava no São Paulo, nos vestiários e nos gabinetes dos dirigentes, Rogério Ceni não imaginava o quanto era difícil a profissão dos treinadores. Tanto que não pensou muito para derrubar o então comandante Ney Franco do cargo. Agora sentiu e sucumbiu ao gosto do mesmo veneno.

Não tenho a menor dúvida de que o São Paulo crescerá de produção com a saída do Rogério Ceni, depois dessa quebrada de cara a experiência de testá-lo como treinador. Não que o substituto, Dorival Junior, seja uma sumidade, mas por dois motivos simples: o grupo de jogadores vai se empenhar nas partidas e Dorival é técnico feito e não um aprendiz.

Ceni manteve a arrogância dos tempos em que jogava. Continuou se achando o bom geral, o dono do time, e teve como resposta a antipatia do time. Sem falar que quis iniciar a nova atividade começando direto no time profissional, sem passar por categorias de base, sem se preparar devidamente. Como diria Renato Gaúcho, foi passar uns dias na Europa, enviou bastante fotos para o Brasil junto de treinadores famosos, contando a boa vontade de seus muitos amigos na imprensa paulista que puseram na cabeça cozida da diretoria do São Paulo de que ele já estava pronto para assumir o time principal. Houve até quem comparasse a situação dele com a do Zidane, se esquecendo que o ex-craque francês, depois que parou de jogar, ficou quase um ano como auxiliar de Carlo Ancelotti, e quase dois anos como técnico do Real Madri B, até chegar ao comando do principal.

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Comentários:
12
  • Pedro Vítor disse:
    6 de julho de 2017 às 15:27

    Não sei quem é o mais arrogante, o Rogério Ceni ou o Mano dos Manos Menezes?

    » Responder
  • Regi.Galo/BH disse:
    6 de julho de 2017 às 13:43

    Eu gostarei de ir além dos aspectos já citados neste post muito bem apropriado.

    Para quem se lembra do livro O Cortiço, de Aluísio Azevedo, sabe bem da importância que é de se manter um contraponto à lógica clara, ‘um ponto de fuga ou de descarte’,ou basicamente, alguém ou algo que sirva de depósito para poder justificar as mazelas construídas ao longo de um determinado tempo e eximir de culpa os seus verdadeiros autores.

    No Brasil, ou na cultura brasileira, é veemente encontrarmos este tipo de recurso em sua história. É o caso de ‘pegar um pra Cristo’; ou ‘alguém pra pagar o pato’; ou o tal do ‘bode expiatório’. Creio que Tiradentes é apenas um dos personagens que poderia nos explicar bem melhor como funciona esse esquema.

    Em se tratando do livro, esta necessidade de um contraponto social, político e econômico é a justificativa máxima para a manutenção da segmentação e a concentração dos desafortunados em seu ‘depósito de lixo’ social. As mazelas sociais são, na essência, necessárias ao sistema. Servem de vazão às suas práticas desleais e mascaram seus interesses obscuros. E ainda conseguem que, ao final, agradecemos fervorosamente pelas migalhas recebidas.

    No caso do esporte, em alguns casos recentes, apenas para mim, algumas coisas são similares em propósito: o caso da queda da Portuguesa, o técnico Falcão no Inter, o aprendiz Deivid no Cruzeiro, o aprendiz Ceni no SP, para ficar apenas em alguns que tenho como justificar no momento.
    Friamente, são casos em que pode-se dizer que os fins justificaram muito bem os meios.
    No SP, ninguém mais olhou para as turbulências e escândalos políticos e financeiros que ele viveu até a pouco tempo. O que vai ficar na manchete é: o Rogério Ceni e a sua incapacidade.

    Não me atrevi a citar os casos recorrentes do Galo, principalmente entre a década de 80 até a chegada de Kalil. Precisaria de pesquisa e de muitas e muitas linhas para poder citar os vários casos, que só de lembrar de alguns me dão náuseas instantâneas.
    Para terminar, essa coisa de “precisarmos de um problema para depois arrumarmos a solução” eu, particularmente, prefiro passar longe.

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    • Claytinho do Nova Vista - BH disse:
      6 de julho de 2017 às 18:57

      Caro Regi.Galo/BH,

      Você realmente enriquece este Blog. Parabéns !!
      Por isso que eu falo que isso aqui também é cultura !! Quem quer e está antenado mesmo com o mundo, aprende, evolui e absorve coisas até mesmo num Blog basicamente de debate esportivo.
      Ainda não li o citado livro, porém, depois desta sua comparação, confesso que despertou em mim o interesse de lê-lo.

      Obrigado por me fazer aprender pelo menos mais um pouquinho na vida !

      Abraços

      » Responder
      • Regi.Galo/BH disse:
        7 de julho de 2017 às 14:00

        Nobre Claytinho,
        Vindo de você, é a mais pura bondade sua, meu caro!
        O ambiente e as personalidades presentes no blog é que nos entusiasmam à arriscar de vez em quando. O nível do blog é sempre favorável à exercitar as idéias, favorece à pensar um pouco mais além. E é nos espaços vazios deixados entre um comentário e outro que surgem as inspirações para a prática dessa reflexão.
        Agradeço pela sua bondade e a de outros e, também, ao espaço que nos foi proporcionado para ofertarmos a nossa opinião.
        Sobre o livro e o autor, se você gostar de leitura e de adquirir conhecimentos sobre uma parte da história do Brasil, certamente irá te fazer refletir muito sobre.
        Abraço!

        » Responder
    • José Eduardo Barata disse:
      6 de julho de 2017 às 17:26

      ” E ainda conseguem que (….) migalhas recebidas .”
      Resumiu brilhantemente sua matéria nesta afirmativa.

      » Responder
  • Claytinho do Nova Vista - BH disse:
    6 de julho de 2017 às 13:34

    Em caso de queda do Mano Menezes, as minhas sugestões para assumir seu lugar, são:

    – 1ª Opção: Fernando Diniz

    – 2ª Opção: Rogério Ceni

    – 3ª Opção: Marcelo Oliveira

    » Responder
  • Renato César disse:
    6 de julho de 2017 às 12:21

    Com disse outro dia, acho que entre ele, Vagner Mancini e Marcelo Oliveira estarão dois dos técnicos que ainda deverão comandar a equipe celeste até o final do Brasileirão.

    » Responder
  • luiz ibirite disse:
    6 de julho de 2017 às 10:36

    Se lascou, a culpa é da diretoria, preferem os mais do mesmo, ao invez de dar credito pra um Fernando Diniz, acho que Léo Condé (salvo engano) aquele mesmo que levou Caldense a final do mineiro, e tem muitos por ai que certamente farão um trabalho bem melhor, mas, os dirigentes se perdem e os conselheiros pressionam e ferra com tudo.

    » Responder
  • marcelo araujo disse:
    6 de julho de 2017 às 09:41

    Antes, Rogério ‘encena’. Agora é Rogério ‘fora de cena’. Não que seja senil, mas faltou vivência na beirada do campo mesmo. E o Pratto, hein? Se lascou indo pra lá. Espero que volte a jogar bem, para que o Galo possa colher mais fruto$ com a venda dele.

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  • Pablo de Oliveira disse:
    6 de julho de 2017 às 09:29

    Bom dia!
    Nem parecia jogo de Libertadores, o Atlético totalmente sem inspiração, e um baixíssimo nível técnico do jogo, com o Galo se nivelando por baixo.
    Alguns jogadores abaixo da crítica que partida horrível fizeram o Alex Silva, Robinho e Elias.
    O Alex Silva agente tem que apoiar pois como eu disse é normal os jogadores da base oscilarem em alguns jogos e ele sentiu sua estreia na Libertadores, mas bola pra frente ele está em formação e tem qualidade.
    O Robinho a muito tempo não tá jogando bem só não foi para o banco pois os reservas são piores, Valdívia não estreou até hoje acho que seu futebol ficou em 2015, Otero depois que renovou contrato acabou virou um zero a esquerda, Luanzinho infelizmente não consegue jogar e o Marlone vive de lampejos por tanto prefiro que o Roger foque em recuperar o futebol do Robinho.
    O Elias é outro que não vem bem já a alguns jogos, está jogando na posição que gosta e não tem contribuído nem no apoio nem na marcação é outro que o Roger tem que focar em recuperar seu futebol pois tem muita qualidade.
    Dupla de volantes acho que o Roger errou na formação de ontem, o Carioca não comprometeu mas o time fica lento com ele e perde em poder de marcação, no momento nossa melhor dupla de volantes na minha opinião é Roger Bernardo e Adilson ou até mesmo Roger Bernardo e Yago como foi no clássico mas o Carioca mil vezes não!
    Cazares ontem não foi brilhante fez escolhas erradas onde o passe seria o melhor caminho e seu pé estava descalibrado ontem e não tem reserva a altura.
    Fred fez o que pode a bola não chegava ele tentou e depois cansou o Moura entrou com a Raça e Disposição de sempre ainda meteu uma bola na trave.
    Por fim nossa dupla de zaga jogou muito, Gabriel melhor em campo e o Bremer muito seguro e firme.
    Como o Eduardo falou dos males o menor, temos totais condições de reverter o resultado aqui até pelo placar maior, com todo respeito ao Jorge Wilsterman mas é um time muito limitado nível serie B ou C vai ser uma vergonha se o Galo não passar.
    Agora é focar no descanso e treinamentos para recuperar o futebol dos velhinhos, Leo Silva, Fábio Santos, Adilson, Roger Bernardo, Elias, Robinho e Fred “só devem jogar uma vez por semana”, só assim eles vão poder dar o seu melhor.
    Coloque o time alternativo contra o Bota e vamo que vamo essa molecada tá pedindo passagem e quero ver o Marquinhos jogar.
    Valdívia e Otero não tá acrescentando nada, como o Luanzinho faz falta e como estamos carentes de um atacante velocista.
    Roger não cometa o mesmo erro duas vezes foque no descanso e treinamentos e a única maneira de se fazer isso com jogos quarta e domingo é colocando o time alternativo para jogar, deixa a molecada jogar meu caro Roger.
    Saudações!!!

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