Fotos: @ggaleixo/Cruzeiro
Muita comemoração de boa parte da imprensa com a permissão para que jornalistas voltem a assistir treinos e participar de entrevistas coletivas presencialmente no local de treinos do Cruzeiro, esta semana.
Mas o técnico Paulo Pezzolano deixou bem claro: “Se me falassem que virão todos os dias, vou falar que não. Seria difícil trabalhar…”
Ou seja: com limites, ou: sabendo usar, não vai faltar!
Até meados dos anos 1990 a liberação era geral, em todos os clubes do país, um exagero. Com a criação e fortalecimento das assessorias de imprensa, limites foram estabelecidos e os clubes passaram a controlar o que seria informado ao ouvinte, leitor telespectador.
Com a Copa de 2014 as federações, CBF e na sequência também os clubes começaram a adotar o “padrão FIFA”, de muitos limites a acessos a treinos, vestiários e estádios. Gramado em dias de jogos, nem pensar. Com a Covid, aproveitaram e restringiram 100%. Exagero também, que permanece até agora, no quase pós-Covid.
O ideal é o meio-termo, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, possivelmente na forma sugerida pelo técnico do Cruzeiro, que concluiu sobre o assunto nessa mesma entrevista coletiva da semana:
_Acho muito legal ter vocês por perto porque o torcedor gosta de ver o treino, de se informar, eles gostam disso…
Muito boas também as ponderações do Pezzolano sobre a montagem do time para 2023, quando o Cruzeiro estará de volta à Série A. Sem desprezar o atual grupo, porém, reconhecendo as limitações e a necessidade de qualificar mais o elenco. E com muito cuidado nas palavras, em estilo bem mineiro, para segurar a língua pesada do quente sangue uruguaio:
_Vou dar oportunidades para todos, temos que vê-los. Há jogadores que não fazem muita diferença nos treinos, mas são diferentes nos jogos. Assim como há jogadores que são diferentes no treino e não fazem a diferença nos jogos. O clube tem que ver todos os jogadores que temos. Uns vão ter mais minutos, outros menos, mas vão chegar oportunidades para todos. Se está preparado, vai ter oportunidade. Estamos jogando coisas muito importantes. Eles estão tentando ganhar a titularidade para o jogo seguinte e para ficar no ano que vem.
Sábado tem o CRB, 20h30, em Maceió. Mesmo se garantir a classificação antecipada, o comandante cruzeirense quer o título e tem ótimos argumentos para isso:
_Ganhando, tem a credibilidade de estar em primeiro. Vamos subir e temos que sair como campeões. Se não sou campeão, eu trato como um fracasso. Tudo o que fizemos até aqui foi muito bom e faltam nove jogos. Se não ganharmos o campeonato, é um fracasso para mim.
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