Que mudança a do Cruzeiro em relação a 2021. No dia 21 de junho do ano passado o Superesportes publicou esta foto e a seguinte legenda: “Em 1998, Cruzeiro e Vasco se enfrentaram nas oitavas de final da Copa Libertadores – Clubes tradicionais que já decidiram o título do Campeonato Brasileiro e classificações na Copa do Brasil e na Libertadores, Cruzeiro e Vasco se reencontram para o 100º duelo na história. Porém, a realidade da partida de marca expressiva é outra. Longe dos holofotes dos grandes confrontos, as equipes se enfrentam pela sexta rodada da Série B, nesta quinta-feira, às 20h, no Mineirão. A Raposa tenta deixar a zona de rebaixamento da competição, enquanto o cruz-maltino luta para chegar ao G4.”
O clássico contra o Vasco, quarta-feira, e outros temas muito bem abordados, como sempre, pelo Fernando Rocha, na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga:
* “Foco de decisão”
Depois de vencer o CRB, em Maceió, por 2 a 0 na noite do último sábado, todas as atenções do Cruzeiro se voltam agora para o Vasco, quarta-feira, no Mineirão, que pode confirmar matematicamente o acesso do time celeste à Série A.
O Cruzeiro é o líder absoluto da Série B com 65 pontos, 20 de vantagem sobre o 5º, Londrina, primeiro time fora do G-4.
Além da situação muito favorável, o torcedor celeste tem outros motivos para lotar o Mineirão, sobretudo pela rivalidade histórica com os cruzmaltinos, cuja camisa também é pesada e não deveria estar disputando a segunda divisão do futebol brasileiro.
Por conta disso e não poderia ser diferente, o técnico da Raposa, Paulo Pezzolano, disse após a excelente atuação de todo o time na vitória, em Maceió, que vai encarar este jogo contra o Vasco da Gama como se fosse uma final ou decisão de título.
A torcida mais uma vez se fará presente lotando o Mineirão, que deve receber cerca de 60 mil pagantes, para outra grande festa, talvez agora celebrando a classificação matemática do time para voltar à elite nacional no próximo ano.
Outro vexame
Mesmo contra o Avaí, um dos piores times do Brasileirão, o Atlético foi derrotado, 1 x 0, no último sábado, deixando sua torcida frustrada, pessimista e ainda mais revoltada com o time, que disperso, desorganizado, um amontoado em campo, limitou-se a movimentos aleatórios sem sinalizar qualquer evolução.
Se com o técnico anterior, Turco Mohamed, já estava ruim, desde a chegada de Cuca piorou mais ainda. Foram 10 jogos desde a sua chegada, apenas 2 vitórias, 4 empates, 4 derrotas, 33.3% aproveitamento, 9 gols marcados, 12 sofridos, eliminado da Libertadores, foi de 4° para 7° colocado no Brasileirão e não demonstra nada de positivo a cada partida.
Após a derrota na capital catarinense, o técnico Cuca disse que vai “mexer o doce” e prometeu mudar estes números negativos, mas com razão o torcedor alvinegro já não acredita mais numa reação do time, que parece desanimado e descompromissado com os resultados. .
E o que não tem faltado para o treinador e os jogadores é tempo para treinar, pois o Galo só volta a jogar no próximo dia 28, contra o líder , Palmeiras, no Mineirão.
FIM DE PAPO
- O diretor de futebol, Rodrigo Caetano, também falou na entrevista coletiva após a derrota para o Avaí. Disse que não tem faltado empenho e luta dos jogadores em campo, mas passa a impressão de que está mais perdido do cachorro quando cai de mudança. A situação do Galo visando conquistar ao menos uma vaga na fase de grupos da Libertadores, vai se complicando a cada mau resultado. Embora se mantenha em 7º lugar com 40 pontos, agora vê o América, em 8º, fungando no seu cangote com 39 pontos, além do Goiás que está em 9º, 37 pontos.
- Sobre o América, que derrotou o time reserva do Corínthians, 1 x 0, no Independência, nem o mais otimista dos americanos poderia imaginar essa campanha tão positiva do time, que não só vence mas joga um futebol que dá gosto de ver. Sem nenhuma dúvida, ao lado do Fluminense, joga o melhor futebol deste Brasileirão e não à tôa ostenta a melhor campanha do returno entre todos os participantes. Nos últimos 8 jogos obteve 5 vitórias, 3 empates com 10 gols marcados e apenas 3 sofridos.
- Entre as várias teorias de conspiração supostas pela torcida do Galo, nas redes sociais, para explicar a atual situação pífia do time na mais importante competição nacional, a que mais possui adeptos fala de um possível racha entre o técnico Cuca e jogadores do elenco, sobretudo os estrangeiros. Desde a sua chegada, Vargas foi escanteado, Alonso e Nacho Fernandez foram parar no banco de reservas, Zaracho sempre no Departamento Médico e Pavón sumiu de vez. Cuca também escala mal a equipe titular, insistindo com jogadores que atravessam uma recorrente má fase, como Jair, Keno, Nathan Silva, Guga, Alan, Sasha e Ademir. O ataque é lento, sem a tal da “contundência” e o meio de campo fraco na marcação.
- Quando se fala no clássico Cruzeiro x Vasco da Gama, não há como deixar de lembrar o confronto entre eles, no Maracanã, que decidiu o Campeonato Brasileiro de 1974, ganho pelo time carioca, com uma vitória de 2 x 1, ajudado pelo árbitro Armando Marques, já falecido, que anulou um gol legítimo de Zé Carlos nos instantes finais, o que daria o título à Raposa. Os tempos agora são outros para os dois “gigantes”, que lutam para voltar ao protagonismo no futebol nacional. Vale lembrar o time do Cruzeiro que jogou aquela decisão, diante de 112.923 vascaínos presentes no Maracanã: Vítor; Nelinho, Perfumo, Darci Meneses e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Dirceu Lopes; Roberto Batata, Palhinha e Eduardo. Técnico: Hílton Chaves. O Vasco conquistou a taça de campeão com Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro (autor do gol do título), Roberto Dinamite e Luiz Carlos. Técnico: Mário Travaglini. (Fecha o pano!)
- Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga
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