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Flamengo campeão, com a afirmação de dois treinadores na Copa do Brasil

De Arrascaeta, levantando mais uma taça em sua brilhante carreira. Foto: @Flamengo

É muito bom assistir a uma decisão, envolvendo dois grandes, quando não se torce por ninguém, ou contra alguém; apenas se quer ver o espetáculo.

Foi uma grande final, com o segundo jogo, no Maracanã lotado, muito melhor que o primeiro, no Itaquerão.

Pensei que o Flamengo fosse triturar o Corinthians, por ter um elenco infinitamente superior e estar jogando em casa, com a sua torcida empurrando do primeiro ao último minuto. Além do mais, o Corinthians só se impõe em seu estádio, com a força da sua torcida também.

De cara, gol do Flamengo e pensei que uma goleada estivesse se desenhando. Ledo engano. Disciplinado taticamente, frio, muito bem treinado, o time paulista administrou bem o placar negativo, partiu pra cima, empatou e foi derrotado só nos pênaltis.

Mérito do treinador português, aposta acertada da diretoria corintiana, que buscou um desconhecido “além mar”, para tentar arrumar uma casa que estava completamente bagunçada e sem rumo quando ele chegou.

Do lado campeão, mérito da diretoria que reconheceu a tempo o erro enorme de ter investido altíssimo em outro técnico português, tirando-o da seleção da Polônia, para fracassar na Gávea. Reabilitou Dorival Junior, que já estava começando perambular por clubes da prateleira do meio e de baixo, e agora está novamente entre os treinadores mais caros e cobiçados do país.

Em resumo, prevaleceu a simplicidade, o feijão com arroz, com um bife e um ovo por cima.

Vitor Pereira é um ótimo treinador. Desses que trabalham bem o dia a dia e sabem fazer a cabeça dos seus comandados. Tem seus rompantes nas entrevistas, meio arrogante, como quase todos os patrícios dele, infelizmente características de grande parte dos cidadãos portugueses. Todo brasileiro que mora em Portugal sabe como eles são, mas isso é uma outra história.

Dorival estava no Ceará, aceitou o convite do Flamengo para substituir o Paulo Sousa que chegou ao Rio se achando. Pensou que era a principal estrela da companhia rubro-negra, já que foi buscado na Europa para “salvar” o barco que estava afundando. Estrela principal tem que ser sempre o jogador, óbvio. Senão, a bola não vai entrar no gol adversário.

Bastou o Paulo ir embora para o time jogar tudo o que sabia e podia. O Flamengo deslanchou. Além da competência do Dorival Junior, ficou claro que os jogadores não gostavam do antecessor. Com o português, nada feito. Sem ele, campeões da Copa do Brasil, finalistas da Libertadores e entre os primeiros do Brasileiro.

Vi isso acontecer no Atlético quando Rubens Minelli, na época o mais badalado técnico do Brasil, foi demitido. O time que não ganhava de ninguém, deslanchou.

No GoleadaInfo, o desabafo do Dorival:

@goleada_info

Dorival Júnior: – Eu não tenho palavras para descrever o que eu estou sentindo. Eu queria ter voltado ao Flamengo, esperei muito esse momento. Momento ímpar na minha carreira, diferenciado.

 

No lado corintiano, o bom jogo do time assumido como “prêmio consolação”, no twitter do jornalista Rodrigo Vessoni, do “Meu Timão”, site segmentado de notícias do Corinthians:

@Vessoni

“O baque foi grande. Talvez tenha sido a pior derrota do Corinthians desde a Libertadores de 2000. O Corinthians colocou nas cordas o time de maior folha salarial do país, empurrou pra trás dentro do Maracanã! E ainda saiu na frente nos pênaltis. Roteiro f…”

Em foto do Rodrigo Coca/Ag. Corinthians, Fábio Santos em suas orações antes de todo jogo.

Jogador sério, altamente profissional, que aos 37 anos de idade continua jogando em alta competitividade


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Comentários:
2
  • Valmar Azevedo disse:

    Este time do Flamengo tão idolatrado pela imprensa, ano passado não ganhou nada.

  • STEFANO VENUTO BARBOSA disse:

    Fabio Santos fez um excelente partida, torci pelo Corinthians por conta dele, sempre foi um profissional correto. Torci pelo Cássio também, que chegou a ser perseguido pela torcida do Corinthians, pena que ele não variou os cantos nas cobranças de penais. Em jogo tenso cobradores sempre batem no canto oposto ao da perna forte, palavras de Zé Berlamino.