Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

O melhor lado dessa eleição

 

Alegria na chegada ao CEFET, na Avenida Amazonas. Vazio, completamente diferente do primeiro turno!

Recebido pelo saudoso

Juscelino Kubitschek, maior presidente da história do Brasil, inigualável.

Aí, chego na Seção 45 e me deparo com fila enorme. Para piorar, parada! As urnas deram pau!

Justamente a minha Seção de votação, poucos minutos depois que eu cheguei.

Problema não! Se aguardei duas horas e alguns minutos no dia dois de outubro, não custa aguardar o tanto que for preciso novamente para exercer meu direito sagrado, do qual não abro mão e tenho o maior prazer de exercer.

Menos de 10 minutos de espera e o problema foi resolvido: sistema reinicializado e a pequena fila andando.

Votei!

O que penso da política, da democracia e da nossa atual situação está neste editorial do jornal SETE DIAS, da semana passada:

“O melhor lado dessa eleição”

Antes de mais nada, importante frisar que toda eleição, para qualquer cargo, de qualquer instituição, pública ou privada, é importante e necessária. A alternância de poder é fundamental. Erros acontecem, são muitos, no mundo inteiro, porém, corrigíveis, no próximo pleito. Até hoje a humanidade não descobriu sistema de governo melhor que a democracia, que é boa, mas custa caro.

Mesmo com todos os problemas, excessos, mentiras, escaramuças, idas e vindas, o atual processo eleitoral pelo qual estamos passando, deixará um ótimo saldo para o Brasil, que é a completa inserção da maioria dos brasileiros na discussão política. Nunca se falou tanto do assunto em qualquer roda, em qualquer classe social, em qualquer atividade profissional em todo o país.

Até então, quase todo brasileiro se lembrava de um árbitro que “roubou” do time dele décadas atrás, mas não se lembrava do nome do político em quem votou na eleição passada. O descompromisso com o tema mais importante do futuro de cada um de nós era total. Hoje, a conscientização sobre a importância do voto é cada vez maior. Um voto que seja, vale muito. Para eleger ou para marcar posição.

O equilíbrio entre as forças que estão disputando a presidência da república é emblemático e merece muita reflexão. Seja quem for o presidente eleito no próximo dia 30, ele receberá uma advertência bem clara da população: não estará recebendo um cheque em branco. Lula e Bolsonaro estão expondo as vísceras um do outro por meio de todas as formas de comunicação possíveis. O Brasil todo vai para as urnas sabendo o lado pior de cada um e do que são capazes.

Ambos também têm o lado bom de seus governos. Lula ocupou a cadeira por oito anos; Bolsonaro, quatro. Que o lado bom de cada um seja colocado em prática a partir da posse para o próximo mandato.

Este equilíbrio da atual disputa se deve pelo que de ruim cada um fez. O ideal seria pelo que fizeram de bom. Quase metade da população vota é contra um e contra o outro, para vê-los longe do poder.

Que o eleito seja humilde, reconheça seus erros, faça uma autocrítica, agradeça a nova oportunidade que está ganhando e baixe o tom. Que faça um pronunciamento pregando a união do país pelo bem de todos.

Que o  segundo colocado telefone imediatamente para o escolhido pelos votos, reconheça e respeite o resultado, deseje sucesso e cumpra o papel democrático da oposição, de fiscalizar e cobrar resultados. Até que a próxima eleição provoque um novo embate, sempre nas urnas.

***

Hoje, aqui no blog, às 12h56, o Luiz Souza, assíduo e antigo neste espaço, nos brindou com a opinião dele:

“Chico, entrei aqui para falar de DEMOCRACIA.
Me desculpe usar seu conceituado blog esportivo para abrir uma janela nesse tão esperado dia 30 de outubro. Hoje o dia amanheceu com um grande ar de brasilidade. Não por esse verde-amarelo tomado de assalto por um candidato e nem pela posição de esquerda de outro. Refiro-me à nossa Democracia, nossa liberdade de escolher quem terá as rédeas da nação. Sentimento de civilidade, de grandeza de esperanças em dias melhores. Me emociono profundamente quando me lembro de tantas pessoas exiladas e mortas pela ditadura militar. Quanta luta e sofrimento passamos para chegar nessa data com alegria, altivez e cabeça erguida indo depositar um voto de confiança. Vejo aqui na internet as pessoas em Paris nas filas de votação , cantado, alegres orgulhosas por participar, mesmo à distância do nosso dia.
Brasil sem violência, eleições tranquilas apesar do Roberto Jeferson e Carla Zambelli dando péssimos exemplos! Nesse dia não existem pretos, pobres, brancos, negros, índios! Existem cidadãos que, como eu , vc e os nossos amigos aqui do blog, têm o sagrado direito de escolher . Orgulhoso e emocionado mais uma vez pelo dever cívico cumprido.”

***

Bora gente. Vida que segue!


» Comentar

Comentários:
0