A jornalista Dorrit Harazim publicou no twitter dela, essa foto com essa informação: @dorritharazim
“David Beckham na fila de 12 horas no velório de sua rainha. Nossos bifeiros de 24 quilates acharam incômodo ir até Santos para se despedir do rei.”
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Tem gente que adora um velório, principalmente daqueles em que há muitos “comes e bebes” e o evento se torna um momento de confraternização e reencontro de pessoas que há muito tempo não se vêm. Eu não gosto. Só vou quando não tem jeito de não ir, pela proximidade familiar ou importância profissional.
É muito pessoal e respeito demais quem também não gosta. Mas, há situações em que aquele velório se torna um dever institucional para alguns, que precisam cumprir com o papel, em nome de uma categoria ou da história.
Caso do Pelé, por exemplo. O futebol profissional brasileiro deve demais a ele, principalmente os grandes clubes e os poucos jogadores que tiveram o privilégio de vestir a camisa da seleção e que foram campeões do mundo.
Ainda que não fossem todos, porém, que se organizassem e nomeassem um para representa-los. Os capitães, por exemplo. Dunga, capitão do Tetra, está por aí. Foi até técnico da seleção. Cafú, o capitão do Penta, não perde nada. Fui moderador de um evento em que ele era a principal atração, promocional da Copa de 2014, em Uberlândia. Claro, que tinha um bom cachê, para os debatedores e para o moderador, né?
Eles estão sempre em contato. Sempre vão a eventos da CBF, Conmebol e principalmente FIFA. No Catar, tinha um punhado lá.
Recentemente, Kaká, o “bom mocinho”, reclamou que os ex-jogadores brasileiros não são devidamente valorizados. Concordo. Então, ele deveria ter dado o exemplo, aproveitado o velório do Pelé para dar mais eco a essa reclamação. Os mais de mil repórteres que estavam ansiosos por entrevistas no velório do Pelé, repercutiriam o protesto dele para o mundo inteiro.
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