Blog do Chico Maia

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Toda força ao nosso Democrata neste retorno à primeira divisão do futebol mineiro, depois de 15 anos fora

Nessas fotos, a lembrança de alguns momentos mais importantes da história do clube, para que ele não desaparecesse do cenário do futebol profissional, em função de péssimas administrações, que felizmente fazem parte de um passado, que esperamos não voltar jamais.

Em janeiro de 2009 o Democrata estava à beira da morte. Pedi ajuda ao recém empossado presidente do Atlético, Alexandre Kalil, com um argumento simples:

__ Um clube de 95 anos de existência, de uma cidade que sempre revela grandes jogadores, não pode deixar de existir.

Depois de pensar situações semelhantes mundo afora, avaliar custo/benefício, ele disse que pensaria seriamente no assunto.

Ali começou a ressureição do Jacaré. Primeira reunião para o acordo de parceria com o Atlético, que viabilizou a disputa da terceira divisão. Com mais de R$ 6 milhões de dividas, sem isso, o Jacaré pediria licença à FMF e voltaria a disputar o amador local, ou nem isso.

Presidente do Galo, à época, Alexandre Kalil, eu, Dr. Rodolfo Gropen, braço direito de Kalil, grande incentivador desse acordo; Renato Paiva, naqueles tempos diretor financeiro; Felisberto Gregório (de costas, camisa branca), então presidente, Roberto Reis (advogado do Jacaré) e André Figueiredo, diretor da base do Galo.

Menção especial a Felisberto Gregório, que, em determinado momento, como presidente do Conselho Deliberativo, liderou movimento para a renovação completa do quadro diretivo do clube. Corajosamente, assumiu a presidência executiva e proporcionou uma guinada total, que salvou o Democrata da insolvência. Grande parte do mesmo grupo que o sucedeu continuou no comando, com destaque para Renato Paiva, que topou assumir o comando em outro momento de enormes dificuldades. O Democrata hoje é um clube viável. Sem medo de errar, digo que é um modelo de gestão, séria e transparente, para todo o futebol brasileiro, entre clubes grandes, médios e pequenos.

Em outubro de 2019, presidente, Renato Paiva (direita) e Daniel Lanza, diretor social, apresentando ao empresariado da cidade os planos do clube para os anos seguintes, para os associados da Associação Comercial e Industrial de Sete Lagoas – ACI. O apoio da entidade e a transparência da diretoria abriram as portas para a chegada de novos apoiadores do clube

Em fevereiro de 2009, Flávio Reis (direita), que sucederia a Felisberto na presidência, finalizava detalhes da parceria, na Cidade do Galo, na sala do técnico Dorival Junior, junto com Eduardo Maluf (esquerda) diretor executivo; André Figueiredo (diretor da base atleticana) e o então colaborador do Democrata, Geraldo Magela. Havia uma certa má vontade do André em firmar a parceria. Informado sobre isso, Kalil “escalou” Eduardo Maluf para cuidar do assunto com a determinação: “resolva isso pra mim”.

Daí, surgiu Bernard na vida do Democrata. Maior negociação de um jogador de base da história do futebol mineiro, vendido pelo Galo ao Shaktar Donestky/Ucrância, por R$ 25 milhões de euros. Este dinheiro garantiu ao Atlético o pagamento de muitas dívidas, inclusive as parcelas do Profut (o Refis do futebol), até março de 2022. O Democrata também recebeu um dinheiro que o ajudou a pagar muitas dívidas, como clube formador.

Em 1981, o saudoso presidente Geraldo Negocinho (esquerda), levou o amigo Telê Santana para assistir a um treino do Jacaré. Com eles, os irmãos do Geraldo, Pedro (ao lado do Telê) e Álvaro, da JA Imóveis, que eram seus ajudantes fundamentais no comando do clube. Graças a Geraldo o Democrata retornou ao futebol profissional, sendo campeão mineiro da segundona naquele ano, depois de muitos anos com dificuldades para disputar até o campeonato amador da cidade.

Natural de Santana de Pirapama, Geraldo Negocinho se tornou um dos empresários do ramo imobiliário mais bem sucedidos de Belo Horizonte, nos anos 1970. Assumiu o Democrata por ideia do irmão Álvaro, um dos maiores deste ramo em Sete Lagoas (JA Imóveis), que era meu amigo. Levei o assunto para a diretoria e Conselho, que abraçaram a causa, na hora, já que não havia outra alternativa para a sobrevivência do Jacaré. Os tradicionais democratenses endinheirados da cidade, se recusavam a participar da vida do clube. Diziam que era uma “barrigada perdida”, e que não adiantava mexer.

Pois é! Vida que segue!

Viva o Jacaré!

Time campeão mineiro da Segunda Divisão de 1981


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Comentários:
2
  • Raul Otávio da Silva Pereira disse:

    Vamos lá, Demo !!!!!!!!!

  • Jerônimo disse:

    Pois eh, Chico…

    Democrata, clube tradicional um patrimônio de MG, quase foi para o buraco.
    Essa ajuda do Galo só foi possível porque os dirigentes do Galo, à época eram atuantes, conheciam o futebol mineiro e sabiam da importância de se ter um futebol de nível várias regiões do Estado.

    Agora, imagine se o Galo fosse uma SAF, comprada por algum bilionário yanke?
    Será que os yankes dariam ouvidos e ajudariam um clube do interior de MG?

    Essa história do Galo virar SAF….aí, aí.
    Nunca vi banqueiro ajudar ninguém…
    Quem viver, verá