Fotos: @Cruzeiro/@Staff_images
A paráfrase “toda arrogância será castigada” caiu bem demais para essa eliminação do Flamengo da decisão do Mundial de Clubes no Marrocos.
E um dos memes mais espalhados, do vice-presidente Marcos Braz puxando o coro “Real Madri, pode esperar…” sintetiza tudo. E o zagueiro Davi Luiz, de “soslaio”, fazendo expressão de apreensão com o exagero do dirigente, tipo: “calma, calma, isso não se faz…”.
Não deu outra.
Aliás, o mesmo Braz responsável pela primeira grande lambança, de mandar embora o Dorival Junior, depois que ele arrumou a casa desarrumada pelo português Paulo Souza, que deixou o time em frangalhos no Brasileiro do ano passado. Pegou o técnico do Corinthians, outro arrogante e de personalidade fraca, que não teve coragem de assumir que trocaria o clube paulista por um que lhe fizera uma proposta melhor. Botou o nome da sogra e da família no meio, e quebrou a cara. A temporada mal começou e já perdeu dois títulos importantes.
Quanto a largar o Corinthians, nenhum problema; afinal o contrato estava terminando e é também um clube acostumado a assediar profissionais empregados, como fez com o Geninho. Na época o técnico tinha contrato com o Atlético, fazia um bom trabalho, e não pensou duas vezes em dar tchau para o Galo, para ir trabalhar no Parque São Jorge.
Tão interessante quanto a eliminação do Flamengo foi o constrangimento de quase todos os narradores, comentaristas e repórteres que transmitiram o jogo pelas TVs aberta e fechadas. Os da arbitragem, caras de pau, tentando arrumar um jeito de dizer que os pênaltis e cartão vermelho contra o Flamengo foram muito “rigorosos” e etecetera e tal.
Um outro, ex-jogador, teve o desplante de dizer que os jogadores do Flamengo precisavam entender que árbitro europeu é diferente dos brasileiros: não apitam qualquer falta e marcam pênalti contra qualquer um com “muita facilidade”. Ou seja: cumprem com a obrigação e são corretos, não é?
Sobre o jogo, o técnico Vitor Pereira fez lembrar o Cuca com o Atlético lá no Marrocos em 2013. Parece que nem tomou conhecimento do adversário, só pensava na final contra o Real Madri. O time deles é quase todo nascido na própria Arábia Saudita, arrumadinho e muito bem preparado fisicamente. Recheado por alguns estrangeiros, com destaque para o Marega.
Cuca, penando na final contra o Bayern de Munique, nem aí para a semifinal. Achava que o “tal” Raja Casablanca é que deveria se preocupar com o Galo, e deu no que deu. Igual ao Zagalo, contra a Holanda na Copa da Alemanha de 1974. Perguntado antes do jogo, sobre o “tal” carrossel, de Cruyf e cia, respondeu: “o Brasil já ganhou três Copas do Mundo e a Holanda nunca ganhou nada; eles é que têm que se preocupar conosco”. Tomou de 2 a 0, eliminado da Copa, com show de bola da “Laranja Mecânica”.
Foto: twitter.com/Flamengo
O presente sempre repetindo os erros do passado porque no Brasil não se valoriza a história, e a arrogância fala mais alto.
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