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Parabéns Toninho Cerezo, o “Monstro da bola”, 68 anos, hoje!

Foto: @Atletico

Com aquele vozeirão e narração inigualáveis, o saudosíssimo Vilibaldo Alves berrava: “… Toninho Cerezo, o monstro da bola… Toninho Cerezo o monstro da bola…”

Paulo Roberto Pinto Coelho, o “repórter que sabe de tudo”, o chamava de “Patrão da bola”.

Cerezo à direita, ao lado de João Leite, Reinaldo, Marcelo, Nelinho e Paulo Isidoro. Foto postada ano passado por João Leite, de encontro na casa do Marcelo, de jogadores que marcaram na história do Galo e do futebol brasileiro e mundial.

Bem cedo, o Procópio Cardoso, que foi treinador dele no Atlético, twitou: @procopiocardozo “Toninho Cerezo um dos maiores que vi jogar está fazendo 68 anos. Se empenhava nos treinos com a mesma intensidade dos jogos. Tínhamos que contê-lo nos treinamentos. Em 80 coloquei pra jogar na meia e posteriormente o indiquei pra Roma onde foi bicampeão. Monstro da bola. Sem mais.”

E eu comentei lá @chicomaiablo Que jogador, e ser humano fantástico! Que prazer e honra ter sido repórter setorista do Galo com ele no auge e gente como você @procopiocardozo! Parabéns e felicidades sempre, Cerezo!”

As circunstâncias o levaram a cometer o maior erro da vida dele, de jogar no Cruzeiro, e pior: salvar a Raposa do rebaixamento do Brasileiro em 1994.

A relação de paixão entre ele e a massa do Galo era grande demais e, como diz o pontenovense Tunai, na música As aparências enganam, “o amor e o ódio se irmanam nas fogueiras da paixões…”.

Depois voltou a jogar e comandar o Galo como técnico, mas as relações nunca mais foram as mesmas. Entendo que paga mais caro do que deveria, mas paixão é paixão e quando se rompe, sai de baixo.

Um grande ser humano e como jogador, fora de série. Era o cérebro, motor e pulmão do melhor time do Galo que vi jogar, um dos melhores do mundo. Este, vice-campeão (roubado) de 1980: João Leite, Orlando, Osmar, Luizinho e Jorge Valença; Chicão, Cerezo e Palhinha; Pedrinho, Reinaldo e Eder.

O técnico era o Procópio, que  twitou sobre a formação desta máquina:

“O time da campanha do hexa nós começamos a montar em 1978 com o presidente Walmir Pereira. E no decorrer dos anos tanto ele como Dr Elias Kalil me deram o tempo que precisei e os reforços que pedi como Orlando, Luizinho, Valença, Chicão, Palhinha e Éder. Indiquei todos eles.”

Essa foto, ninguém nunca tinha visto antes, pois é minha e nunca a havia publicado. Achei nos meus “alfarrábios”, como diria o Mestre Kafunga. Foi numa das mais marcantes excursões do Galo à Europa, quando ganhou o Torneio de Paris, em 1982, um mês depois da Copa da Espanha.

O time estava hospedado em Rimini/Itália para disputar o torneio de Cesena, que fica a 35 Km de distância. Parte da delegação aproveitou um dia de folga e deu uma esticada para conhecer Veneza. Fui junto.

Será que você sabe o nome de todos aí? Tem treinador, preparador físico, roupeiro, massagista, diretor, jornalista e jogadores. Vale chutar, e amanhã escrevo o nome de todos, da esquerda para a direita, hehehe…


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Comentários:
2
  • SERGIO ROBERTO disse:

    O melhor jogador que eu já vi com a camisa do Galo. Sobre esse time vice campeão em 1980, houve ( como sempre ) o detalhe do regulamento. Nos jogos finais acabou dando empate ( 1 x 0 no Mineirão e 2 x 3 no Maracanã ). Lamentável. Lembro que chegamos à final enfiando 3 x 0 no Internacional ( com Falcão, Mário Sérgio, Batista, entre outros ) em pleno Beira Rio. E o Cerezo ganhou a Bola de Ouro da Revista Placar como o melhor jogador, em um campeonato que tinha Falcão, Zico, Roberto Dinamite, Mario Sergio, Carpegianni, Zé Sérgio, etc. Um craque. Sempre muito profissional em todos os times que passou ( inclusive o azul de BH ). Acho uma tremenda injustiça não vê-lo junto a outros ídolos do Galo ( alguns que também jogaram no Cruzeiro ) nas comemorações ( Brasileirão, Copa do Brasil ) e nas festividades da Arena MRV. Que o clube, na figura do presidente Sérgio Coelho, que considero um dirigente muito sensato, tenha a dignidade de prestar-lhe as merecidas homenagens. Saúde e vida longa ao Patrão da Bola.

  • Edson disse:

    Sem palavras. Lembro do futebol maravilhoso do “monstro da bola”. E também das injustiças que cometeram com ele em relação a 1982. Penso que a inveja e o despeito eram as verdadeiras causas das críticas. No lance em questão, outros jogadores falharam (o Júnior falhou neste e em outro lance de gol da Itália). E o Cerezo fez toda a jogada de um gol do Falcão. Cerezo é incomparável! Agradeço por ter tido o privilégio de o ver jogando no Galo e na seleção. Além disso, brilhou intensamente por cerca de ums década no futebol italiano, que era o mais forte da época. Pena não ter ido à copa de 86. Parabéns e felicidades, Cerezo!