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Sugestão para assistir no fim de semana e entender a máfia das apostas: “Jogo Comprado”, na Netflix

Divulgação/Netflix

No mundo inteiro há fraudes e armações de resultados envolvendo apostas em jogos de futebol e outros esportes. Em sua quase totalidade as casas de apostas são sérias, aqui e no exterior. O Brasil, que de forma hipócrita não permite a abertura de cassinos, liberou a jogatina em fins de 2018, porém não regulamentou a atividade. As apostas são feitas apenas pela internet e só por meio de sites hospedados no exterior. Sem necessidade de pagar impostos e sem normas a obedecer, já que essas ainda não foram estipuladas no Brasil.

Na carona dessas facilidades oficiais, oportunistas ilegais se aproveitaram do momento e deitaram e rolaram de ganhar dinheiro. Começaram negociar tudo de um jogo de futebol. Do resultado à quantidade de cartões amarelos e vermelhos, passando por expulsões e outros itens.

Dinheiro fácil, farto e a oportunidade de enganar milhões que apostam país inteiro, corrompendo jogadores.

Ontem, nove citados no esquema foram afastados por seus clubes e não foram utilizados na quinta rodada do Brasileiro: Richard (Cruzeiro), Pedrinho e Bryan (Athletico-PR), Vitor Mendes (Fluminense), Nino Paraíba e Matheuzinho (América), Maurício (Internacional), Manga e Jesús Trindade (Coritiba).

Por enquanto nenhuma casa de apostas, dirigente, árbitro ou bandeirinha foi citado nos interrogatórios do Ministério Público de Goiás, o primeiro a entrar de sola no assunto. Agora a Polícia Federal está entrando na parada e muita coisa e muita gente famosa deve aparecer.

Sede da Polícia Federal em Brasília

Foto: Agência Brasil

Tomara que depois de tudo apurado e sentenciado, haja severas punições para todos os envolvidos, mas sabemos que por essas bandas do planeta não é fácil punir de forma exemplar. Principalmente quando há poderosos envolvidos.

Para entender como funciona o esquema, que não se restringe ao futebol, sugiro um ótimo documentário da Netflix, de 2021: “Jogo Comprado”. São seis episódios de 50 minutos cada; envolvendo seis modalidades esportivas.  As mais interessantes, para mim, sobre o futebol italiano, que entre 2003 e 2006 teve um dos maiores escândalos da história no setor; e do basquete universitário dos Estados Unidos, envolvendo um craque emergente, que jogaria na NBA em breve.

Jogo Comprado mostra também atletas e dirigentes flagrados na patinação artística, tráfico de drogas na Indycar (envolvendo o piloto Randy Lanier), hipismo, em que um homem matava cavalos para fraudar o seguro, e o críquete, mostrando a história de Hansie Cronje, capitão da África do Sul.

“Jogo Comprado”, continua em cartaz na Netflix. Vale muito a pena.

No futebol especificamente, o foco é o futebol italiano e os escândalos que puseram muita gente na cadeia, rebaixaram grandes clubes, baniram dirigentes famosos e até então “intocáveis”, além de árbitros, na operação chamada de Calciopoli. Houve compra de árbitros, pressão em árbitros e auxiliares, armação de resultados por casas de apostas e compra de jogadores.

Entre rebaixados e punidos com perda de pontos, suspensões e multas, sobrou para poderosos como a Juventus, Milan e Lazio, mais Fiorentina, Arezzo e Reggina.


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Comentários:
12
  • Horacio disse:

    Deixa ver se entendi, os sites de apostas são autorizados, mas não há uma legislação regulamentando, não estão no Brasil, portano não são fiscalizados e não pagam impostos.

    Uma legislação tão favorável deve ter custado uma fortuna.

    A melhor parte é que temos que gastar dinheiro, pessoal e recursos para tentar impedir abusos contra os apostadores e a manipulação dos resultados que desacredita toda a estrutura do futebol.

    E se o cara for um otário? Pessoas acreditando em tudo que aparece nestas redes sociais é o que mais tem. Não dá para ser o que cada um acha, tem que regulamentar.

    O problema maior vai ser outro. Dinheiro “duvidoso”… diz que ganhou em site de apostas… de traficantes de morro aos carteis todos serão “eternamente gratos”.

    É o tipo de situação que também facilita a corrupção, não tem nem que provar que apostou, basta declarar o dinheiro. Se uma coisa tão frouxa foi proposital, eu não sei.

  • Marcelo de Andrade disse:

    Ô bobalhão, estou aqui bem antes de vc e do Marcão aparecerem.
    E desde sempre falava das maracutaias do Benecy.
    Já entrei em campo com Reinaldo na década de 70. Tenho muita janela no esporte e sei do que falo, sem precisar de alguém em quem me escorar.
    E ante

    • Eduardo Silva disse:

      Prezado Marcelo, boa tarde!

      Oras, bacana demais se vc jogou bola com o Rei. O que o Benecy falou em um programa de tv NÃO pode ser comprovado porque aquele jogo não existiu, o técnico era outro, os jogadores eram outros, não disse nada com nada, NENHUM fato ficou comprovado.

      Agora SE vc tem um CASO CONCRETO, dê os nomes ai, deixa registrado aqui, porque seria interessante todo mundo saber das “maracutaias” que vc tem conhecimento. A Polícia Federal mesmo iria gostar de ter uma testemunha bem informada como você diz que é.

      PRONTO! Te respondi de forma educada, não te chamei de magoado, de loroteiro, de quem conversa pelos cotovelos e nem te chamei de bobalhão e mentiroso.

      Agora SE vc não comprova nada, guarde sua conversa fiada para uma mesa de buteco.

      • Marcelo de Andrade disse:

        Não pode ser comprovado? Ahã. Sei. Senta lá, Cláudia.
        Leão com os inimigos e gatinho com os amigos.
        O Brasil é a terra dos canalhas.

  • Eduardo Silva disse:

    FRASE DO DIA:

    O ex-jogador Junior Baiano está muito triste, descobrindo que hoje se ganha dinheiro tomando cartão e sendo expulso!

    ôh, jogo de azar!

  • Marcelo de Andrade disse:

    De manipulação de resultados o Benecy e sua trupe entendiam.
    Fez escola e ainda há alunos por lá.

    • Eduardo Silva disse:

      o menino de Varginha tá fazendo escola…

      alguém fala pra esse desavisado que Benecy é trombadinha diante de falcatruas de muitos “dirigentes” de clubes aqui de minas….

      sabe de nada, INOCENTE!

      • Marcelo de Andrade disse:

        Ô bobalhão, estou aqui bem antes de vc e do Marcão aparecerem.
        E desde sempre falava das maracutaias do Benecy.
        Já entrei em campo com Reinaldo na década de 70. Tenho muita janela no esporte e sei do que falo, sem precisar de alguém em quem me escorar.

  • Júlio Soares disse:

    Se existe jogo comprado por Casa de Apostas, imagina os outros interesses. A justiça só enxerga o que ela quer!

  • Julio Cesar disse:

    Sugeri “Yo creo pero..”

  • Julio Cesar disse:

    Bom
    Rits Lee Jones