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“Torcedores do Cruzeiro são condenados a mais de 55 anos de prisão por ataque com morte a ônibus com atleticanos”, mas irão para a cadeia, por enquanto

Foto: Joubert Oliveira/Fórum Lafayette

A família do rapaz assassinado vai continuar sofrendo, mas, menos mal que este caso foi apurado e julgado  com  uma rapidez pouco comum na nossa justiça. Certamente condenações como essa dão um susto, ainda  que momentâneo, nos marginais que se misturam com torcedores de verdade. Em 2013, quando seis atleticanos foram condenados, durante quase  dez anos houve um certo sossego para quem gosta  de ir aos estádios. Depois, a selvageria recomeçou. Tomara que tenhamos alguns anos de sossego novamente, apesar destes condenados de ontem terem conseguido o benefício de recorrer em liberdade.

No G1, a notícia do julgamento de ontem, e no Hoje em Dia, de 2013, relembre a condenação do outro caso:

* “Torcedores do Cruzeiro são condenados a mais de 55 anos de prisão por ataque com morte a ônibus com atleticanos”

Eles também foram condenados por homicídios tentados e poderão permanecer em liberdade durante a fase recursal.

Por Rafaela Mansur e Camila Falabela, g1 Minas

Dois torcedores do Cruzeiro foram condenados, nesta quinta-feira (11), por homicídio e tentativas de homicídio registrados durante um ataque a ônibus com atleticanos em 2021.

Gustavo Luiz da Silva foi condenado a um total de 61 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima e oito homicídios tentados duplamente qualificados por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Walker Marcelino Gouveia Lopes foi condenado a um total de 56 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado também por homicídio triplamente qualificado e por sete homicídios tentados duplamente qualificados.

Os dois eram integrantes da torcida organizada Máfia Azul. Eles estavam soltos com uso de tornozeleira eletrônica e poderão permanecer em liberdade durante a fase recursal. O monitoramento eletrônico será mantido.

O julgamento, no Tribunal do Júri, começou na última terça-feira (9). Ao todo, 19 testemunhas foram ouvidas. Ao serem interrogados, os réus negaram participação no crime e disseram que apenas prestaram socorro às vítimas.

O ataque foi registrado no dia 28 de novembro de 2021 contra um ônibus da linha 6350 (Estação Vilarinho/ Estação Barreiro), após uma partida entre Atlético-MG e Fluminense no Mineirão.

De acordo com a Polícia Militar (PM), cerca de 30 cruzeirenses fizeram uma emboscada e interceptaram o coletivo, que carregava cerca de 45 passageiros, na Região do Barreiro. Eles depredaram o veículo com pedras, paus e coquetel molotov.

Segundo o MPMG, os denunciados bloquearam as portas do ônibus e não deixaram ninguém sair. Várias pessoas ficaram feridas, e Mateus de Freitas Ferreira, de 20 anos, morreu.

Seis homens foram presos e, em julho de 2022, foram denunciados pelo Ministério Público por um homicídio e nove homicídios tentados. Para o órgão, eles assumiram o risco de matar as vítimas.

O que dizem as defesas

O advogado de Gustavo Luiz da Silva, Glauber Paiva, disse que vai recorrer. Segundo ele, não havia provas no processo para a condenação de Gustavo.

O advogado de Walker Marcelino Gouveia Lopes, Dracon Cavalcante, entrou com recurso. A defesa vai pedir a realização de um novo júri e, caso isso não aconteça, a redução da pena.

https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2023/05/11/dois-torcedores-do-cruzeiro-sao-condenados-por-homicidio-em-ataque-a-onibus-com-atleticanos.ghtml

 

* “Membros da Galoucura são condenados por morte de cruzeirense”

Foto: Marcelo Prates

Thaís Mota – Do Portal HD

31/01/2013

A Justiça condenou na noite desta quinta-feira (31) os seis réus acusados matar um torcedor cruzeirense por formação de quadrilha. João Paulo Celestino Souza e Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, foram condenados ainda por homicídio duplamente qualificado pela morte de Otávio Fernandes. O primeiro pegou 15 anos e dez meses e, o segundo, foi condenado a 17 anos, ambos em regime fechado. Os outros quatro réus receberam a sentença de dois anos de prisão em regime aberto. Já sobre a acusação de tentativa de assassinato de Rodrigo Oliveira todos os réus foram inocentados.   O segundo dia de julgamento dos membros da Galoucura teve início às 9h15 e foi marcado pelo depoimento dos réus. A maioria dos acusados negou participação na briga com os cruzeirenses e envolvimento na morte do torcedor cruzeirente. Apenas, João Paulo Celestino Souza confessou ter dado um chute nas costas de Otávio Fernandes. 

Depoimentos dos réus

O primeiro a ser ouvido foi Cláudio Henrique Sousa Araújo, o Macalé. Acusado de tentativa de homicídio e formação de quadrilha, ele alegou que a confusão teve início com uma série de agressões que teriam partido dos cruzeirenses, que estariam do lado de fora do Chevrolet Hall, onde acontecia um evento de luta. O réu disse ainda que não houve nenhuma briga.   Em seguida, foi a vez de Eduardo Douglas Ribeiro Jesus que responde por formação de quadrilha. O réu também negou que tenha acontecido uma briga no local e que já respondeu por uma acusação de tentativa de homicídio que foi desclassificada para lesão corporal. Em seu depoimento, Eduardo Douglas ressaltou ainda que desde 2012 deixou de ser integrante da Galoucura.   Já João Paulo Celestino Souza, condenado por formação de quadrilha e homicídio qualificado, confessou ter dado um chute nas costas do torcedor cruzeirense, Otávio Fernandes. Além disso, ele se reconheceu nas imagens gravadas pelas câmaras de vigilância. O membro da Galoucura disse ainda que ele e os amigos iriam embora depois da luta para evitar confronto com os cruzeirenses e negou envolvimento em outras brigas de torcidas.   Acusado de formação de quadrilha, o réu Josimar Júnior de Sousa Bastos foi o quarto a ser ouvido. Em seu depoimento, Josimar afirmou que ao sair do evento de luta, ele e os amigos foram recebidos pelos cruzeirenses que lhe atiraram garrafas e cavaletes de madeira. O réu faz parte da Galoucura há cinco anos e já se envolveu em brigas de torcidas em dias de jogo.   O quinto réu a depor foi Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, também condenado por formação de quadrilha e homicídio qualificado. Ele negou ter agredido Otávio Fernandes e Rodrigo Oliveira, mas admitiu ter brigado com cerca de dez torcedores rivais. Segundo o réu, Otávio já estava caído no chão e negou que a Galoucura seja uma quadrilha, mas disse que as brigas entre as torcidas do Atlético e do Cruzeiro são inevitáveis quando se encontram.   O último réu a ser ouvido foi Windsor Luciano Duarte Serafim, que afirmou não ter brigado com ninguém. Além disso, o réu disse ter saído do táxi para a sede da Galoucura, onde iria esperar os demais amigos chegarem do evento de luta. Ele ressaltou ainda que a Galoucura não é uma quadrilha.    Entenda o caso   No dia 27 de novembro de 2010, Otávio Fernandes e outros torcedores do Cruzeiro foram cercados por integrantes da Galoucura, na avenida Nossa Senhora do Carmo, no bairro São Pedro, Região Centro-sul de Belo Horizonte. Os cruzeirenses conseguiram correr, mas Otávio foi espancado até a morte por, pelo menos, 12 atleticanos.    De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, os agressores estavam em um evento de luta livre no Chevrolet Hall. Ao ficarem sabendo da chegada de membros da torcida rival, o grupo teria saído da casa de shows e agrediram cinco torcedores, “com ações extremamente violentas”, utilizando paus e cavaletes, e que culminou na morte de Otávio. Câmeras de vigilância registraram o fato e a crueldade dos torcedores alvinegros.

https://www.hojeemdia.com.br/minas/membros-da-galoucura-s-o-condenados-por-morte-de-cruzeirense-1.99287


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Comentários:
6
  • Luiz disse:

    Caro Chico e amigos do blog.
    Isso que esse “torcedores” fizeram foi um atentado terrorista . A pena foi pouca. Em alguns países seria prisão perpétua ou morte. Foda-se para esses caras . Quero ver é se o Cruzeiro vai pagar o advogado. Ou se o Galo vai pagar pelo menos uma cesta básica pelo “herói morto , em nome do clube”. Sobram às famílias o sofrimento. Futebol está cada vez mais podre e chato. Nem na tv dá gosto de ver. Jogos manipulados, resultados escusos e bandidos de todo tipo se abrigando sob a capa do futebol.
    Com os clubes virando SAF, ai acaba de vez a minha vontade de ir ao estádio. Futebol é um negócio e seremos (eu não) obrigados a torcer pelo sucesso de um empresário qualquer em prol do time de coração..
    Cada vez me distancio desse mundo . Ainda tem babacas como esses caras que matam em prol dessa gangue que comanda tudo. Tem bandido pra tudo, idiotas também e que se matam por causa até de políticos fdp. Daqui a pouco alguém vem me retrucar por isso. Tõ de saco cheio de tudo nesse Brasil, cada vez mais dividido.

  • Marcelo de Andrade disse:

    Cadeia para todos. Todos. E ladrão de joias milionárias, tem de ficar preso quantos anos?
    Ou bandido bom não é mais bandido morto, ou preso? (Contem ironia para os incautos)

  • Eduardo Silva disse:

    Chico, boa tarde!

    Esse fato como noticiado foi em novembro de 2021, ou seja, estamos em 2023 e o julgamento ainda não foi concluído.

    Acredito que a lei deva ser alterada pelos legisladores para que o condenado cumpra a pena integralmente em regime fechado. Para casos de morte violenta como essa, o cara deveria já ser preso e aguardar o julgamento preso.

    Atualmente o meliante tem uma pena de 60 anos e cumpre um terço da pena, 18 anos em regime fechado, depois passa para semi aberto e depois aberto.

    Casos graves de morte como esse, com seus agravantes deveria ser apenados com 60 anos e ficar realmente 60 anos PRESO!

    Isso sim é um corretivo que iria coibir novas brigas de torcida como essa.

  • Raul Pereira disse:

    Sou cruzeirense mas não sou bandido. E muito menos aprovo bandidagens em nome do Cruzeiro.

    Futebol, como alguém disse (Arrigo Sachi ?) é a coisa mais importante entre as menos importantes. A vida das pessoas está acima de tudo.

    Que apodreçam na cadeia. Com sorte, que não tenham nem um radinho de pilhas para escutar os jogos do Cabuloso.

  • João Brás disse:

    Justiça seja feita de ambos lados!