Como me desliguei das notícias do Brasil nas duas últimas semanas, só ao retornar, ontem, tomei conhecimento da morte do Paulo Roberto Martins, o “Morsa”, apelido dado a ele pelo Milton Neves, que aliás, sentiu demais a ida dele, na emocionante fala/homenagem ao amigo que estava com 78 anos. Teve um infarto no domingo, 18, passou por uma angioplastia, mas infelizmente nos deixou segunda-feira passada.
O Mauro Beting também escreveu um belo texto sobre ele, falando de sua autenticidade e do gosto pelas polêmicas. A última delas lhe custou a demissão da Rádio Transamérica/SP, por causa de uma porrada muito bem dada no técnico português do Palmeiras, Abel Ferreira, em março de 2022.
Disse ele:
__ “Não estou dizendo que ele é mau treinador. Não falei isso. Estou falando que ele como ser humano é uma desgraça, um idiota. Ele é um idiota. Ele é um boçal. Ele não tem educação. Ele é arrogante, ele é prepotente, como ser humano. Não estou falando como técnico de futebol, que ele sabe fazer. Com time bom ou ruim, o esquema dele de retranca será sempre o mesmo.”
Descanse em paz, Morsa!
Aqui a íntegra da homenagem do Mauro Beting:
“Parceiro de Record e Band, Morsa também foi amigo querido de muitos estádios e estúdios. Sabia de bola do seu jeitão boleiro, conhecia do gosto popular. Adorava uma polêmica. Quando não a criava do nada. Inteligente, mordaz, não tinha receio de cutucar. Até passava do ponto. Quando não gostava de algo e de alguém, algumas vezes ia além do recomendável. Mas reconhecia o exagero. Pedia desculpas. E tocava o barco. O bonde. O que fosse.
Um cara legal e divertido para conviver. E até para discutir.
A comunicação perde um dos grandes. Camelo. Morsa. O que for. Paulo Roberto Martins era um animal, como dizia seu parceiro de Globo, o genial Osmar Santos.
Força e luz à família é aos tantos amigos.”
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