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Parabéns Ubaldo Miranda, um dos grandes artilheiros do Atlético, 92 anos, hoje!

Em publicação do site Terceiro Tempo, do Milton Neves, “Ubaldo Miranda é carregado pela torcida atleticana, em seu jogo de estreia, no dia 12 de março de 1950, quando o Galo empatou com o Meridional por 1 a 1”.

Não tive o prazer de vê-lo em ação, mas a história do Galo, relatada por tantos escritores, radialistas e jornalistas, conta que era fantástico. Dentre esses jornalistas, o saudoso Mestre Rogério Perez, cujo filho, Leonardo, nos enviou essas belas lembranças:

* “Bom dia, Chico. O nosso eterno idolo Ubaldo Miranda completa 92 anos, e merece nossas saudações alvinegras.

Confesso que tinha pré-agendado com a Vera, filha do Ubaldo, um reencontro dele com o meu pai, na Varanda do Santo Agostinho, mas o mestre Rogério Perez foi descansar mais cedo.

Falo “reencontro” porque era comum nas manhãs de domingo ver os dois conversando no Mercado Central. Segue uma das “pérolas” do Perez sobre o Ubaldo que a Vera diz que o craque guarda com todo carinho e orgulho”:

Em foto do álbum da família, Rogério Perez, sempre de bem com a vida, nos tempos do Estado de Minas. À esquerda outro grande jornalista, Aníbal Pena, que há tempos não tenho o prazer de me encontrar. 

Coluna Jogo de Cintura

* Por Rogério Perez, em 30|06|2008, publicada no Jornal Hoje em dia:

“Vaduca, herói centenário, e o ídolo Ubaldo Miranda”

O final de semana de semana de grandes festas e recordações me colocou diante de dois ídolos de minha infância e adolescência na BHZ – que eu amo e onde quero ficar -, quando o futebol era romântico e ainda não havia atingido o grau de maior espetáculo da terra e do show business internacional. Era o fim da década de 50, uma das mais ricas e gloriosas do Brasil, de Minas e Belo Horizonte, e junto com parente e amigos vi, dezenas de vezes, também de chumbo, torturas e a ditadura feroz que se abateu sobre a gente belo Horizontina, mineira, brasileira e latino americana. Um espanto ….
Entre emocionado e retornando aos verdes anos, em branco e preto e vermelho e branco dos idos 50 e 60, tive um encontro direto e especial com Ubaldo Miranda, o “Miquica”, o artilheiro e ídolo de todos atleticanos e amantes do futebol, naquele que pode ter sido o melhor período do 100 anos do alvinegro da Colina de Lourdes, e, já em Nova Lima, na festa de carnaval e futebol, na tarde noite de sábado, com um certo Vaduca, que com a camisa alvi rubra do Leão do Bonfim liquidou o Galo Carijó, dentro do Estádio Independência lotado, com um golaço que deu ao Villa Nova Atlético Clube seu último título estadual, no ano da graça de festejos de 1951 da Era cristã. Em 1958, já com o manto alvinegro, fez também o gol do título mineiro, no Independência, o Gigante do Horto, e devolveu a alegria tomada, sete anos antes, derrotando o Cruzeiro, em mais um clássico do Campeonato Mineiro. Uma maravilha para os olhos agora biônicos, o coração que resiste a tudo e a alma, sofrida, mas inteira e buscando novas formas de ser feliz e justa.
Viva o Ubaldo Miranda, o artilheiro dos gols espíritas e que dezenas de vezes foi carregado, nas costas, pelos fanáticos atleticanos – eles já existiam na de década de 50 ou muito antes – desde o Independência, no Horto Florestal, até o centro histórico da capital mineira; no Cinédia, bar e café já defenestrado da cena belo Horizontina, e que era chamado de o “Quartel General do Futebol de Minas”, e o Café Palhares, que ainda resiste ao progresso predatório ali na Rua Tupinambás, entre Afonso Pena e Curitiba. Um verdadeiro e fantástico mito atleticano, que pode ser encontrado aos sábados e domingos, no Mercado Central, ou em sua casa no Prado, velho e também resistente bairro da Região Oeste de BH, que eu amo.

Mais, gente, mais ….
A Vaduca, que vi ou imagino ter visto, depois de algumas cervejotas na festa carnavalesca no centro histórico de Nova Lima, que teve cortejo e desfile, desde o Bicame até o estadinho do Bonfim, neste sábado de Inverno rigoroso e de grandes alegrias, é um ídolo que prezo e respeito e de grandes alegrias, por ter, em sete anos, dado o título mineiro de campeão mineiro aos centenários de 2008, o Villa Nova Atlético Clube e o Clube Atlético Mineiro, em 1951 e em 1958, e a Ubaldo Miranda, o centroavante que faz falta hoje ao Galo Carijó, de grandes vitórias, títulos e conquistas daquele ataque: Murilinho, Denoni, Ubaldo Miranda, Gastão e Amorim, entre outros. Minha homenagem. Viva Vaduca, viva Ubaldo Miranda e parabéns a eles e suas famílias, amigos e fãs.

Gracias aos grandes ídolos e aos clubes que povoaram minha infância e juventude. Êta ferro!!!!!

* Rogério Perez


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Comentários:
3
  • Pedro Vitor disse:

    O grande defeito do chamado quatro erres, foi iludir a torcida do Atlético, me lembro, que em 2020, investiram pesado, e na época dizia, que iam investir, ainda mais, em 2022.

    Criou uma expectativa, os títulos vieram, e depois erraram em 2022,e 2023.

    Nao admitem que houve erros, da parte deles. E querem que esqueçamos dos erros, em troca de ajuda financeira, porém, não é assim que funciona.

    Acho que já existe um consenso sobre a SAF, que irá ajudar muito o Atlético, a torcida inclusive, apesar de não saber dos detalhes, já vê com bons olhos essa mudança.

    Porém é preciso que os “quatro erres “, valorizem mais o Atlético, para ganhar a torcida, afinal, quem foi mais importante na história do clube, a torcida que nunca abandonou ou o 3 famílias endinheiradas, que há 3 anos estão lá entre erros e acertos?

  • Mauro Lopes disse:

    Parabéns ao Grande Ubaldo essa figura mitológica do Atlético. Estou achando interessante o que está acontecendo na imprensa de BH desde o empate de segunda feira contra o Goiás. Todos descobriram o que estou dizendo a duas semanas sobre o Felipão não saber montar uma equipe taticamente. Antes tarde do que nunca né? Pelo menos quem lê esse blog já sabe desde o início do mês.

  • Leo disse:

    Bom dia, Chico . Ficou linda a merecida homenagem ao Ubaldo . O melhor para nós atleticanos é a semelhança do 9.2 com o histórico placar de 9×2. Forte abraço, Leo Perez