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Nesta temporada o América contou com dois jogadores campeões em rebaixamentos

Minha coluna no BHAZ

Foto: Mourão Panda/América

Todo jogador que participou do rebaixamento de qualquer clube, para qualquer divisão, deveria passar por rigorosa avaliação de sua carreira (para não usar palavra investigado) antes de ser contratado. Qual o grau de culpa o sujeito teve? Era profissional dedicado, dentro e fora de campo? Como foi a sua passagem por outros clubes? Bom de grupo? Enfim…
Se passasse na lupa, tudo bem; bem vindo, vamos à luta!

Certamente o América não utiliza estes critérios em suas aquisições. Se assim fosse, não contrataria, por exemplo, o lateral Nino Paraíba, 37 anos, nem o atacante Henrique Almeida, 32, que já foram rebaixados sete vezes. Sim, senhoras e senhores: sete vezes!

No caso do Nino, situação constrangedora, já que foi acusado pelo Ministério Público de Goiás, de participação no esquema de apostas desbaratado pela Operação Penalidade Máxima. Teria tomado cartão amarelo contra o Goiás, encomendado, quando jogava pelo Ceará.
E ele é bom de lábia. Na apresentação pelo América, em janeiro deste ano, veio com aquela de dizer porque “preferiu” aceitar a proposta do América e não de outros clubes: “Time muito rápido. Transição muito rápida. Isso aí para mim é muito importante, porque é o meu perfil. Sempre joguei contra o América aqui e sempre tive dificuldade para marcar, porque a transição do Coelho é muito rápida. E a gente fazer um grande campeonato”.

Ora, ora, com 37 anos de idade, ele daria conta de jogar neste “perfil”?
Me engana que eu gosto. E ninguém da imprensa nunca questionou coisas assim, nem cobrou da diretoria.
Nino Paraíba tem histórico longo de rebaixamentos: Vitória (2014), Avaí (2015), Ponte Preta (2017), Bahia (2021); Ceará (2022) e agora o América. Só jogou em times da prateleira de baixo, e foram muitos, 10, até chegar ao América: Desportiva Guarabira/PB, Náutico, Sousa/PB, Campinense/PB, Vitória, Avaí, Ponte Preta, Bahia, Ceará e Paysandu.

Henrique Almeida também tem sete rebaixamentos: Vitória (2010), Sport Recife (2012), Sport
(2014), Bahia (2017), Coritiba (2019), Chapecoense (2021) e América (2023).
Aliás, o Coelho gosta de se arriscar com rebaixados.

O também atacante Rafael Moura tem seis rebaixamentos em seu curriculum, com o próprio América, um deles, em 2018. Em 2004 ajudou o Vitória a cair, em 2005 o Paysandu, 2010 o Goiás, 2016 o Figueirense e 2020 o Goiás.

Interessante é que o ex-lateral Edilson, de triste memória por aqui, está bem neste ranking perverso, na desonrosa posição de cinco degolas. Não jogou no América, mas na dupla mais famosa de Minas. Em 2005 ajudou o Atlético a cair, 2011 (Athletico-PR), 2014 (Botafogo), 2019 (Cruzeiro) e 2020 (Goiás).


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Comentários:
6
  • flavio azevedo disse:

    faz um topico com os rebaixamentos do salum e da diretoria que nao larga o “osso”… #forasalum

  • Horacio disse:

    Pois é seu Chico, o grande problema do cuei é sua diretoria. Como na maioria dos clubes falidos, alguém comprou esses campeões. Falar de jogador com inúmeros rebaixamentos é o mesmo que falar de jogador velho.

    O America revelou muitos garotos, vendidos sem terem passado pelo time principal. É um time cheio de jogador comprado sabe-se lá com que critério, e que nunca tem espaço para as divisões de base. Não é técnico, sempre foi assim, é um problema interno.

    A maior venda no futebol brasileiro veio da base do América, quanto o Cuei ganhou com isso? Quantas vezes jogou pelo principal? Porque isto tem acontecido? Só esse ano pelo menos uma grande venda que pouco jogou pelo clube.

    O grupo de jogadores que levaram e sustentaram o Cuei na série A, estão caindo de produção já tem muito tempo, nunca se tentou jogadores de qualidade para substitui-los, só um velho que não consegue jogar 2 tempos.

    Com um dos menores públicos da série A e estádio sempre vazio, nunca incentivou torcedores de outros clubes a assistirem seus jogos. Não falo dos ‘lambe taça’ ou ‘organizada’, mas quem gosta de ver um bom jogo de futebol. Grandes jogos contra grandes clubes, grandes espetáculos, têm que ter um grande público. É lei.

  • Ed Diogo disse:

    O planejamento do Coelhão para 2023 foi mal feito sem controle, parece que deixaram tudo na mão do maior rebaixador de time o Sr Mancini e o falava/ fazia era lei. Mas a culpa maior é da diretoria experiente com mais de 30 anos na estrada do futebol e nada fizerem enquanto tinham tempo principalmente na janela do meio do ano quando poderiam tentar consertar o erro do início do ano e nada aconteceu. A dívida do América não é grande sei que não temos renda suficientes nos jogos em casa , mas deveriam ter gasto um pouco mais de dinheiro para a permanência na Série A e contratado jogadores que fizessem alguma diferença e não Daniel Borges Renato Kaizer(no departamento medico) e outros mais . Seria o crescimento do Coelhão confirmado mas agora terão que recomeçar de onde com muita luta conseguiram sair e perderam a chance. Agora é recomeçar do zero!!!!!!!!!!
    Acredita Coelhão

  • Fred disse:

    Vou repetir o que já comentei aqui no blog em outros momentos.
    Faltou à diretoria do América pensar grande. O clube vinha de duas boas temporadas, disputando Copa do Brasil e Sulamericana. Era hora de ousar. Trazer atletas realmente de série A, montar um elenco com qualidade pra fincar o pé de vez na A e classificar novamente pra Sulamericana. Isso obviamente tem um custo financeiro, mas que se paga no futuro, com visibilidade da marca “América” e com premiações.
    Aí o que fizeram? Contrataram (ou mantiveram no elenco) jogadores de série B, o resultado não poderia ser outro. O América paga o preço de ter uma diretoria medrosa.

    • Ed Diogo disse:

      Fred e com certeza a marca “ América “ já estava acontecendo sou testemunha no Uruguai, Paraguai, Rio de Janeiro etc , caravanas cheias , novos torcedores aparecendo e os antigos tirando o tradicional pijama e os torcedores locais nos olhávamos diferentes comentando os feitos do Coelhão e querendo saber mais informações, mas o diretoria perdeu a chance de ouro para mudar o America. Agora menos dinheiro, menos visibilidade mais trabalho maior dificuldade.

  • Gilberto Costa - Montes Claros disse:

    Chico, você se esqueceu de mencionar um dos principais responsáveis pela derrocada Americana em 2023: Vagner Mancini, que dirigiu o Coelho até Agosto, e foi demitido com apenas 19,6% de aproveitamento em 19 jogos, com incríveis 12 derrotas. Aliás, Mancini é o Rei do Descenso, tendo participado diretamente dos rebaixamentos do Guarani (2010), Ceará (2011), Sport (2012), Botafogo (2014), Vitória (2018), Grêmio (2021) e América (2023). É Hepta!!!