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Atualmente, o assunto que gera menos comentários nas mídias envolvendo futebol é seleção brasileira

(FotoRafael Ribeiro/CBF)

Minha coluna no BHAZ:

O bom começo do Dorival Jr., a coragem do Vinícius na luta contra o racismo e jogo de hoje contra a Espanha

Vini Jr com o agasalho “uma só pele, uma só identidade”. A batalha contra o racismo continua (Foto Rafael Ribeiro/CBF)

Atualmente, o assunto que gera menos comentários nas mídias envolvendo futebol é seleção brasileira. Natural. Afinal, há tempos é uma seleção de nascidos no Brasil, mas que não jogam por clubes daqui. Os tempos são outros e a tendência é que esse distanciamento cresça.

A vitória sobre a Inglaterra em Wembley, em seu primeiro jogo à frente da seleção brasileira, foi um prêmio à opção do Dorival pela simplicidade, sem toda aquela pompa e chatice, até na fala, dos tempos do Tite.

O novo comandante da seleção não inventa, segue a cartilha do “feijão com arroz”, dando corda ao talento e à liberdade das novas promessas de ídolos maiores do nosso futebol, como o Vinicius Jr. e o Endrick. Aliás, jogador de 17 anos, pedindo passagem para ser titular da seleção. Nos clubes, a maioria dos treinadores pipoca para dar chances reais a jogadores até mais velhos, como o Alisson (18), no Atlético, que segundo o Felipão, ainda não está preparado.

Dureza!   

O comunicado da CBF sobre este jogo, “além de ser um clássico do futebol mundial, o amistoso (17h30), faz parte da campanha de combate ao racismo promovida pela CBF e pela Federação Espanhola de Futebol. Vítima de uma série de ataques racistas nos últimos anos, o atacante Vinicius Júnior receberá o apoio das duas torcidas…”

Tomara que realmente ele receba o apoio da torcida espanhola porque tem sofrido demais lá em quase todas partidas que faz pelo Real Madri.

Louvável a força e coragem dele para botar a boca no mundo a cada ataque que sofre, por menor que seja. Ele poderia fazer como outros, que simplesmente desprezam os racistas e deixam passar batido. Sofreria menos, mas em compensação não haveria essa mobilização cada vez maior, em todo o mundo contra o racismo.

Vini Jr com o agasalho “uma só pele, uma só identidade”. A batalha contra o racismo continua (FotoRafael Ribeiro/CBF)


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Comentários:
16
  • Fred disse:

    Sobre o Vini Jr, perfeito mais uma vez, Chico.
    Nos grupos de zap bolsonarentos já estão circulando mensagens que o Vini Jr “está com mi-mi-mi demais, que lá na Espanha é assim mesmo, que os outros jogadores engolem de boa, ele já está querendo é aparecer…”. Típico dessa gente.
    Como eu sei? Existe um padrão: converso com o motorista do Uber sobre a partida, e o cara solta essa. Eu penso: opinião do cara, vá lá. No almoço tem um sujeito no restaurante repetindo exatamente essa opinião. Eu penso: ué, a mesma fala do Uber… Aí de tarde um colega do trabalho solta essa baboseira, e eu já sou capaz de apostar: tá rolando no zap e o gado já foi acionado pra repetir, tudo orquestrado.

  • Julio Cesar disse:

    Porque tem “trocentos” negros jogando na Europa e um tantão na Espanha, e a “perseguição por racismo” só dá manchete com Vinicius Jr??

  • Marlon Brant disse:

    Chico, bom dia. Não assisti nenhum dos dois amistosos contra Inglaterra e Espanha porque não acompanho a muitos anos a seleção, perdi a graça. Em compensação assisti França e Alemanha ao invés do jogo do Brasil, e dois fatos me causaram um inveja gigantesca e fiquei até emocionado. Primeiro, pela excelência da organização, estádio lindo, acessível a todos, gramado parecendo de golfe, torcidas misturadas entre elas, sem brigas e confusões, dois times que só queriam jogar bola e proporcionar aos torcedores um belo espetáculo ou seja tudo de primeiro mundo mesmo. Mas o que me espantou foi o segundo fato: Quando o Juiz colocou as duas equipes enfileiradas e pediu um minuto de silencio em homenagens póstumas ao Kaiser Franz Beckenbauer e Andreas Brenner, houve realmente 1 minuto de silêncio, era absurdo o silêncio e o respeito de Franceses e Alemães pelo ato foi algo assustador. Enquanto se fazia o minuto de silêncio, fotos dos dois apareceram no telão e quando deu exatamente 1 minuto todo o estádio aplaudiu de pé!!! De arrepiar. Eu, com meus 59 anos, espero que daqui 100 anos meus netos tenham talvez a sorte de ver aqui no Brasil…..pois no ultimo Brasil e Argentina mostramos o que nós somos capazes de fazer !!!!!!!!!

  • Pedro Vitor disse:

    Olha vi somente o segundo tempo, e pelo que vi, o pênalti do primeiro gol espanhol, foi um erro do juiz, e goleiro da Espanha deu um gol pro Brasil, depois fez gol no abafa, logo depois, o Dorival erra uma substituição, era pra colocar o Savinho já que Vinicius Jr havia cansado, ele põe o Paqueta na esquerda, e depois conserta a equipe com o Galeno, e mais uma vez deu sorte no pênalti de empate.

    Enfim, a seleção ficou devendo futebol ontem, e aí partem dos erros de arbitragem pra elogiar o futebol, acho que precisa separar uma coisa da outra.

  • Julio Cesar disse:

    Brasil não foi nada disso contra Inglaterra e menos ainda do que contra Espanha.
    Mas parte da imprensa gosta de passar pano.
    Como o objetivo é copa do mundo, seleção brasileira é azarão.
    Nesse amistoso a Espanha deitou.
    Sem contar lambança que o goleiro espanhol aprontou. Responsavel pelo “triunfo” brasileiro.
    Inda mais com o “craque” de confiança do Dorival: Lucas paquetá! Então tá!
    Deveria ser expulso e um outro tambem.
    Mas os penaltis viraram muletas!
    E são só amistosos.

  • Amaury Alkimim - Montes Claros disse:

    Chico e demais amigos, Boa Noite! Embora o Brasil já não tenha mais o mesmo futebol de outrora gostei do resultado. Tenho uma opinião diferente da maioria quanto ao Vinícius Júnior, pois o acho apenas um bom jogador que tem mais grife do que futebol. Ele dispara com muita velocidade, mas na hora de finalizar ele embola e quase sempre perde a bola ou não faz nada de muito interessante. A imprensa supervaloriza esse jogador. Tomara que Dorival monte um time bem organizado e operário, pois não temos nenhum jogador acima da média. Torcerei sempre para o nosso BRASIL, mas com os pés no chão.

  • Nivaldo Alves disse:

    O problema do futebol brasileiro é puxa saquismo pró Eixo. Em Wembley, Savinho entrou e jogou muito bem, ajudando na marcação, bom toque de bola e puxando contra ataques, inclusive no último lance, quando o Endrick – novo xodó da imprensa brasileira – perdeu um gol cara a cara. Hoje, sequer foi lembrado. Essa de jogo na Europa sem VAR foi duro de ver!

  • Silvio Torres disse:

    Chico, peço licença para falar de um assunto diferente da seleção. Assistindo hoje o programa do Heverton guimarães na Band, estava em debate o preço dos ingressos para a final do rural. Duas coisas. Primeiro, eu não vou ao jogo não por achar o valor muito alto e sim porque, mesmo pagando 200, 400 paus, não tenho lugar garantido na Arena! É o fim do mundo. O direito que é assegurado há décadas a qualquer um que compre uma passagem de ônibus, avião ou ingresso pro cinema ou teatro, ainda não existe na selva do futebol brasileiro. Segundo, alguém precisa contar pro Heverton que, direta ou indiretamente, é o torcedor que paga TUDO dos clubes. Além da grana direta da venda de ingressos, produtos licensiados, bebidas, comidas, estacionamento
    etc, quando um cliente compra patrocínio do Galo, mengo ou Corinthians, é pelos milhões de adeptos de cada um. Quando uma TV paga cotas milionárias, é pela audiência ou pacotes PPV desses mesmos milhões de torcedores. Todo e qualquer faturamento de um clube está umbilicalmente ligado à torcida do mesmo.

    • Paulo F disse:

      Os esquerdistas ou progressistas me parecem completamente ignorantes quanto aos conceitos básicos de economia.
      Existe uma princípio econômico que chama oferta e demanda, se tem muita gente buscando comprar um produto, seu preço sobe. Já foram vendidos mais de 30 mil bilhetes, com certeza não teria essa demanda toda se o preço fosse considerado demasiadamente alto. Além disso, os preços para os sócios estão dentro da normalidade, o que o clube busca é fidelizas o torcedor e beneficiar os sócios, assim como em qualquer clube de futebol do mundo.

      • Júlio Soares disse:

        Independente de questões politiqueiras, concordo com você Paulo. Se está caro é só não comprar. Se o brasileiro compra é porque pode comprar.

      • João Carlos disse:

        Sim, os esquerdistas ou progressistas, são ignorantes, mas para a sorte deles existe você para os tirar das trevas e indicar-lhes os caminhos da luz e da prosperidade. Em nome deles, mesmo que eu não tenha a necessária procuração, agradeço!

      • Jerônimo disse:

        Bão era com o Paulo Jegues e a gasolina a R$ 8,50, né?!?
        Bão era com o BolsoRato e a carne a R$ 60/kg, né ?!?

        A extrema direita, além de extremamente burra, tem uma empáfia gigantesca! Adoram falar sobre o que não conhecem. Aprenda primeiro o que é “inelasticidade da demanda”, dos preços dos ingressos de futebol, e depois você você volta aqui para conversar.

      • Roberto Soares disse:

        Quer dizer que os dirigentes que afundaram o Cruzeiro e o Atlético em dívidas bilionárias são todos esquerdistas, ignorantes das noções básicas de economia? Devem ser comunistas de carteirinha, pois se fossem capitalistas os dois clubes estariam nadando em dinheiro, né não?

  • Raul Pereira disse:

    Concordo com quase tudo que o João Carlos falou.

    Minha única ressalva é a relevância – o time da CBF tem sim relevância quando interrompe campeonatos por 15 dias, duas ou três vezes por ano. Dificilmente quem está mal consegue se soerguer, e os times que estão bem perdem ritmo.
    A relevância do descaso, desserviço e prejuízo técnico e financeiro por conta dessas famigeradas datas Fifa é enorme !

    Quanto à Vinícius Júnior, meu singelo e desimportante apoio integral a ele.
    Vai apanhar muito mais ainda, mas tomara que consiga aguentar o tranco.

    Racismo não !

  • Jesum Luciano da Silva disse:

    Quem deve ter feliz hoje é as viúvas do coudet

  • João Carlos disse:

    O fato é que pela total desconexão dos jogadores convocados com a própria realidade do país, pouca gente dá importância à seleção. Além do mais, a dita seleção brasileira tornou-se um joguete nas mãos dos dirigentes da CBF e empresários, que somente a utilizam para ganhar dinheiro. Não posso falar pelos outros, mas para mim a seleção brasileira não tem a menor relevância.