Este é o momento da “onça beber água” em relação ao futuro dos clubes na temporada que começa. Da competência na escolha dos jogadores a serem contratados dependerá a colocação final nas tabelas de classificação das competições a serem disputadas.
Normalmente o treinador é quem indica, mas cabe à diretoria do clube aprovar ou não.
Sem confundir qualquer veto ou sugestão com interferência no trabalho do chefe da comissão técnica.
Ronaldinho Gaúcho é alvo de um dos maiores leilões da história do futebol brasileiro. Será que vale a pena investimento tão alto? Nos últimos anos não deu nenhum retorno aos clubes que encheram seus bolsos de dinheiro e nem à seleção brasileira. Mas ainda tem futebol. Resta saber se vai querer jogar ou apenas se divertir e curtir a vida, como tem feito nas cidades que o abrigam.
A mesma dúvida tenho em relação a um outro grande jogador, que entretanto, está sendo liberado com muita facilidade pelo Cruzeiro: o zagueiro Leonardo Silva.
A Raposa precisando de zagueiro, mas deixando-o sair sem maiores conversas. Será que a data de validade está vencida? O Cruzeiro tem histórico de mais acertos do que erros na avaliação de jogadores que quer contratar ou renovar contratos.
E o Galo é “useiro e vezeiro” em contratar foguetes já estourados na Toca da Raposa.
Outra do Atlético que é motivo de questionamento: o goleiro Giovani, do Grêmio Prudente. Há necessidade deste “investimento”? Que ninguém alegue que ele é mais experiente e menos vulnerável a pressões que o Renan Ribeiro porque têm a mesma idade.
E, pressão por pressão, quem sofreu mais em 2010? Renan, em Belo Horizonte, com o Galo na zona de rebaixamento ou o Giovani, em Presidente Prudente?
Vem para “compor o grupo”? Mas, e o Paulo Vitor? Prata da casa, quase da mesma idade, que era meio time do Democrata Jacaré ano passado?
O nome do Kleber também tem sido falado com insistência no Cruzeiro novamente. Valeria a pena investir em sua volta? Ele já chega com propostas de outros clubes, segundo o seu empresário.
Quando as coisas vão mal dentro de campo, dá entrevistas acusando colegas e se isentando de qualquer culpa.
Sem falar que costuma jogar uma e ficar duas ou três partidas de fora.
No América, fui dos primeiros a defender que a diretoria mantivesse grande parte do grupo que subiu o time para a Série A. Mas o que se vê é que estão renovando com todo mundo. Vale repetir a lembrança que o nível da Série A é outro, e que os times cuja média de idade é mais alta, se complicam na reta de chegada da competição.
Enfim, são divagações, como qualquer torcedor que tem alguma experiência no futebol pode fazer, depois de ver tantas montagens de times, em tantos anos seguidos.
A responsabilidade é do treinador e dirigentes e a eles caberão todos os méritos em caso de sucesso, ou críticas, em caso de fracasso.