Blog do Chico Maia

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Ipatinga na área

Sempre muito bem informado o jornalista Fernando Rocha escreveu em sua coluna no jornal do Vale do Aço, de Ipatinga:

“EM TEMPO: A coluna apurou no fim da tarde de ontem,  que um projeto contendo medidas em caráter de emergência, visando a liberação do Ipatingão para cerca de 22 mil pessoas, foi entregue aos Bombeiros, que farão uma vistoria no estádio nesta sexta-feira. As autoridades municipais estão confiantes no fim do impasse e se dizem aptas a receberem os jogos de Atlético e Cruzeiro no Brasileirão, se as diretorias dos clubes da capital assim decidirem. Um detalhe: cobrando R$ 40 pelo ingresso básico como em Sete Lagoas, vai se repetir aqui o mesmo fiasco de lá, ou ainda pior.”


Pagando o pato além da conta

Recebi e destaco o texto do Raul Otávio Pereira, com o qual concordo, e acrescento: até nessas críticas todas que a Arena do Jacaré vem recebendo, não há coerência: a maioria dos jogadores elogiou o gramado, mas o Fabrício, do Cruzeiro, disse que é “horroroso”.

Outra coisa: as estradas que ligam Belo Horizonte a Sete Lagoas, são péssimas, há anos, dos tempos em que a maioria de nós nem éramos nascidos. A BR-040 e a MG-424, são lixos de estradas, assassinas, mas nossos sucessivos governantes fingem que o assunto nunca foi com eles.

Mais uma: todos os problemas apontados agora, foram levantados em Seminário que o nosso Jornal SETE DIAS, de Sete Lagoas, realizou em março, em parceria com o Centro Universitário Monsenhor Messias – UNIFEMM.

Estiveram presentes, autoridades do Estado e do Município, que tomaram conhecimento de tudo, participaram, mas não agiram a tempo.

Vamos ao texto do Raul: 

“Chico;
É no mínimo sacanagem o que estão fazendo com Sete Lagoas e com a Arena do Jacaré.
O campo é ruim; o alambrado é muito perto do jogador; a estrada é ruim; o ingresso é caro; é difícil vir de BH para cá; as acomodações para equipes de rádio e TV são “modestas”, e outras coisas mais.
Não concordo e não aceito esse tipo de argumentação.
Em nenhum momento a Arena do Jacaré foi escalada para substituir o Mineirão e o Independência durante reformas. Muito pelo contrário, a Arena sempre foi falada como um estádio “auxiliar” para a Copa de 2014, tipo treinamento de alguma seleção.
Agora, que culpa Sete Lagoas – e nós, setelagoanos seja de nascimento ou de coração – temos se:
1) O Independência não ficou pronto. Alguém foi perguntar ao governador porquê ? Ou será que neste estado questionar o governo estadual é algo impensável e proibido ?
2) Cruzeiro e Atlético aumentaram em 100% o preço dos ingressos que eram cobrados até outro dia no Mineirão. Estão achando que torcedor é trouxa, que vai passar, de um dia para o outro, a pagar 40 pratas e ainda arcar com despesas de transporte ?
3) Alguém está achando que o povo de Sete Lagoas vai “bancar” dois, três jogos por semana ? Ainda mais com algumas “peladas” homéricas, como foram as últimas três partidas.
Acho que a mídia está fazendo uma grande injustiça conosco. Não temos culpa pela incompetência administrativa de todos esses que foram citados na mensagem.
Se quiserem vir jogar aqui, serão bem recebidos. Nós gostamos de bom futebol e sabemos apreciar um bom espetáculo. Se estão insatisfeitos, “a porta da rua é a serventia da casa”. Vão jogar em Ipatinga, Uberlândia, ou então reclamar ao Papa (ou ao governador, acho que esse aí deve ter alguma explicação para os atrasos no Independência.
Respeito é bom e nós, setelagoanos, gostamos.
Abraços;
Raul Otávio Pereira”


Liberação da inscrição da janela de transferências é uma boa

Clubes mineiros podem se beneficiar já dessa medida:

Do site do Lance!

* Teixeira vai à Fifa, e inscrição de jogadores é antecipada

Presidente da Federação Gaúcha foi informado nesta segunda

A briga encampada pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) deu frutos. Na tarde desta segunda-feira, Francisco Novelleto, presidente da FGF, recebeu um telefonema. Do outro lado da linha, Carlos Eugênio Lopes, vice-presidente jurídico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), confirmou que a Fifa acatara o pedido de antecipação imediata da inscrição dos jogadores que chegaram ao Brasil por meio da janela de transferências. A data anterior era o dia 3 de agosto.

Com isso, todos os clubes brasileiros podem inscrever seus jogadores a partir da tarde desta segunda. Em Miami por conta de um problema de saúde de uma filha, o dirigente gaúcho ressaltou a importância de Ricardo Teixeira no processo. Novelleto ressaltou que o cartola pressionou Joseph Blatter, presidente da FIFA.

Na última quinta-feira, Ricardo esteve na sede da entidade, em Zurique. Na pauta do encontro com o alto escalão, aproveitou para levantar a bandeira erguida pela Federação Gaúcha de Futebol. A solicitação foi analisada e aprovada por Blatter, que autorizou a mudança em caráter extraordinário..

– É um serviço para todo o futebol brasileiro. Estou vivendo um momento difícil, mas acabo de receber esta bela notícia. Creio que os que plantam o bem são sempre reconhecidos no fim. Não sei bem os por quês, mas o Ricardo me trata com carinho especial. No congresso da Fifa, em Johanesburgo, levantei este tema da antecipação. Aí cheguei no pé de ouvido do Ricardo e pedi sua ajuda – relatou Novelleto.

Inicialmente, Novelleto buscou beneficiar o afiliado Internacional, clube que trouxe jogadores como Tinga, Renan e Rafael Sóbis, contudo, celebrou o que classificou como a reparação de uma injustiça, visto que muitos jogadores estavam recebendo salários sem poderem exercer sua profissão.

* http://www.lancenet.com.br/futebol/noticias/10-07-19/792849.stm?teixeira-vai-a-fifa-e-inscricao-de-jogadores-e-antecipada


Kalil anuncia zagueiro que estava na Alemanha

Do Terra.com:

“O presidente do Atlético, Alexandre Kalil, anunciou em seu Twitter na manhã desta segunda-feira a contratação do zagueiro Rever, que se destacou com a camisa do Grêmio e estava no Wolfsburg, da Alemanha.”


O melhor que li sobre a situação do Bruno

Nas TVs, rádios, jornais, internet, revistas, enfim, em todos os meios de comunicação só dá este assunto do Bruno.

De tudo que li, vi e ouvi, o melhor foi esta coluna do Ruy Castro, que saiu na Folha de S. Paulo sexta feira:

“RUY CASTRO”

Ex-tudo

RIO DE JANEIRO – Em 1994, o ídolo do futebol americano O.J. Simpson foi acusado de matar a facadas, por ciúme, sua ex-mulher, Nicole, que ele já atacara fisicamente três vezes, e Ronald Goldman, que suspeitava ser amante dela.
Simpson fugiu, foi perseguido pela polícia por 96 km, trancou-se durante horas em seu carro e só então se entregou, tudo isso em rede nacional de TV. Seu julgamento, transmitido ao vivo, foi outro carnaval -somente a sessão do veredicto, em 1995, foi assistida por 20 milhões de pessoas. O júri o absolveu.
Onze anos depois, para faturar com a própria história, Simpson publicou um cínico pseudo-romance, “If I Did It” (“Se Eu Tivesse Matado”), em que conta como foi à casa de Nicole, matou Goldman com dezenas de facadas e aplicou outras tantas à sua ex-mulher que quase lhe separou a cabeça do corpo. Como nos EUA não se pode ser julgado duas vezes pelo mesmo crime, ele estava tranquilo para confessar.
Era inevitável que, com essa onipotência, Simpson se metesse em novas encrencas, o que aconteceu em 2007: um assalto à mão armada a uma joalheria, em Las Vegas, para roubar besteiras. Só que, desta vez, o júri o mandou para a cadeia por nove anos. Deve ter sido um choque para O.J.: heróis de milhões, como ele, não podem ser condenados, nem ficam presos. Mas ele foi e ficou.
O caso de Bruno tem óbvias semelhanças. Até hoje ele parece não ter se dado conta de sua situação. Seu alheamento ao que lhe acontece, visível nas fotos e declarações, antes e depois de ser preso, indica que ainda não percebeu que já não é apenas ex-goleiro do Flamengo. É ex-goleiro, ex-cidadão, ex-tudo. Acabaram-se suas imunidades.
Não vê que, além de preso, já está condenado e a um passo do linchamento. E que o fato de ser tão famoso só lhe complicou a vida -fosse goleiro do Ibis, sua história já teria saído do noticiário.


E lá se foi o JB!

Cresci lendo o Jornal do Brasil, que infelizmente vinha se definhando nos últimos anos e a toda hora saía notícia que ia fechar.

Nos últimos anos perdeu a graça e mais milhares de leitores, que se cansaram de pagar e ler inutilidades.

Aí, mudou de formato, sem um novo projeto gráfico específico. Joguei a toalha e também parei de me interessar por ele.

Ontem li este comentário da Eliane Cantanhede, na Folha, e só tenho a lamentar, de novo.

Infelizmente, agora o saudoso JB acabou de vez:

 

ELIANE CANTANHÊDE

Réquiem para o JB e a Gazeta

BRASÍLIA – O fim melancólico da versão impressa do “Jornal do Brasil” dói no coração de gerações de leitores e de jornalistas brasileiros, como já havia ocorrido quando do último suspiro, ou da última edição, da “Gazeta Mercantil”. Foram ambas mortes lentas e anunciadas, deixando exposta a má administração de excelentes produtos.
Pelo JB, fundado em 1891, passaram desde Rui Barbosa até dezenas de repórteres, fotógrafos e colunistas que estão na ativa e viveram grandes momentos e grandes histórias num jornal que tinha vida e energia. Mas não tinha gestão.
Na “Gazeta Mercantil”, que começou a circular em 1920 e atravessou décadas como leitura obrigatória dos três Poderes, dos bancos, das empresas e de diferentes áreas das universidades, foram formados alguns dos mais importantes jornalistas de economia do país, como Celso Pinto, que deslanchou o “Valor Econômico”. Mas, como o JB, a Gazeta tinha talentos jornalísticos, não tinha competência gerencial.
Nos dois casos, repetindo o que se viu na Varig, as empresas sangraram ano após ano, vendo esvair seu principal capital: a força da marca, a credibilidade, a excelência de seus profissionais. Seus donos tentaram vender as dívidas e manter o controle editorial. A aritmética e a esperteza não fecharam.
Ouve-se daqui e dali que o fim da Gazeta e agora do JB impresso prenuncia a decadência inevitável e um rápido fim dos jornais. Há controvérsias. Os dois geraram suas próprias crises, que não tiveram nada a ver com a agressiva entrada da TV no jornalismo, o fortalecimento do noticiário 24 horas no rádio e muito menos com o vigor e a ascensão da internet. Foram crises particulares, não do setor.
Eles se foram, mas seus jornalistas estão por aí, em toda parte, aprendendo sempre e a cada dia numa profissão que é um aprendizado ininterrupto. A eles, meus queridos colegas tanto do JB quanto da Gazeta, um abraço de saudade e de reconhecimento.”


Parecia que seria fácil

No início parecia que o Cruzeiro golearia o Goiás. Mas ficou só no gol do Gilberto, que fez logo no começo. Depois foi um sufoco impressionante do time goiano. O Alberto Rodrigues disse na Itatiaia que achou o Goiás melhor fisicamente. Pode ser, porque o fim do jogo foi dramático.


O preço do ingresso

Que ninguém espere casa cheia na Arena do Jacaré nesta fase do Campeonato com  ingresso custando R$ 40,00.

O assunto precisa ser repensado pelos clubes.

O público de Belo Horizonte só vai pegar as péssimas estradas de BH a Sete Lagoas quando achar que valerão a pena o custo e os riscos.

E apesar de querer ir a todos os jogos, a maioria dos setelagoanos não tem dinheiro para ir a muitos com este valor do ingresso. É uma cidade cuja base da economia está calcado na indústria do ferro gusa, cujas siderúrgicas pagam salário mínimo e fim de papo, o que gera uma das piores rendas per-capita do país.

Comparem: Cruzeiro 1 x 0 Goiás, público pagante 3.579.

América 1 x 2 Náutico, com o ingresso custando R$ 20,00, público de 1.126.


Pagou por errar demais

O técnico Vanderlei Luxemburgo mudou o Atlético quase totalmente em relação ao time que foi campeão mineiro. É uma nova equipe, que enfrenta os ricos de ser formada durante um campeonato difícil como o Brasileiro, e paga o preço de errar tantos gols, como hoje.

E o Corinthians, que também perdeu muitas chances, soube aproveitar pelo menos uma.

Numa conversa durante a Copa, com o repórter de O Tempo, Cândido Henrique, ele observou que além de inseguro, Werley é um dos recordistas no Brasil em erros de passes. Quase 35%, número absurdo para um zagueiro. Contra o Corinthians, ele fez pênalti no primeiro minuto de jogo. Mas levou o 3º cartão amarelo e não jogará contra o Internacional.


Bom trabalho de marketing

Mesmo já tendo uma grande torcida em Sete Lagoas o Cruzeiro trata de cultivar os futuros adeptos na cidade. No jogo treino contra o Tupi encheu as cadeiras da Arena com crianças das escolas públicas municipais e estaduais num trabalho exemplar da diretoria de relações públicas da Raposa. A iniciativa repercutiu muito bem em toda a região.