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Jornal: morte de bisneta de Mandela ainda é mistério para polícia

Está no portal Terra: 

* A morte da bisneta de Nelson Mandela, Zenani Mandela, 13 anos, na madrugada desta sexta-feira, após um acidente onde o carro perdeu o controle e capotou várias vezes, ainda é um mistério para a polícia, diz o diário sul-africano Saturday Star.

O motorista que conduzia o veículo é acusado de estar embriagado quando voltavam do show de abertura da Copa do Mundo, que aconteceu na última quinta, em Soweto.

Nesta sexta, o Tribunal de Magistrados de Johannesburgo pediu mais tempo para investigar o caso. Por isso, o condutor foi liberado, enquanto seguem as investigações, mesmo sendo indiciado por homicídio culposo.

O porta-voz da polícia da província de Gauteng – onde está localizada Johannesburgo -, brigadeiro Govindsamy Mariemuthoo, disse ao jornal que precisava de mais tempo para investigar o caso antes de entregá-lo ao Ministério Público.

Segundo o diário, outras duas pessoas, provavelmente parentes de Zenani, ainda estavam no carro, mas não tiveram seus nomes revelados, assim como o motorista, que especulou-se também pertencer à família do ex-presidente sul-africano. As informações não foram confirmadas e são desencontradas.

Mandela, que não compareceu à cerimônia de abertura da Copa nesta sexta, no Soccer City, em Johannesburgo, já foi casado três vezes, teve nove filhos e 20 netos. Ele já perdeu dois filhos: Madiba Thembekile, em um acidente de carro, em 1969 – quando ainda estava preso – e Makgatho Mandela, em 2005, vítima de Aids, além de uma neta, Kefuoe Seakamela, que morreu afogada, em 2008.

* http://esportes.terra.com.br/futebol/copa/2010/noticias/0,,OI4488733-EI14416,00.html


Só faltou ele!

Pena que o Nelson Mandela não pode aparecer. Estava de luto pela morte de uma bisneta, de 13 anos, que morreu num acidente, nessa madrugada, quando voltava de mais um show musical de abertura da Copa. Lamentável.

A vida do Mandela é marcada por acontecimentos trágicos!


Sobrou moda, faltaram gols!

Copa é tempo de lançamento de moda, e os jogadores da África do Sul e México abusaram na cor laranja das chuteiras. Deveriam ter abusado porém, é no futebol, que foi pouco.

O presidente sul-africano Jacob Zuma disse antes da bola rolar no Soccer City: “a Taça está aqui e deve permanecer aqui”. Mas com tantos gols perdidos e passes errados, será difícil para a seleção anfitriã ficar com essa Copa. O 1 x 1 foi merecido pelos erros e acertos das duas equipes.


Criatividade e capacidade de um povo

Comparo tudo que vejo aqui com a nossa realidade no Brasil, focando especialmente Minas Gerais e Belo Horizonte em 2014. Já imagino a nossa Copa do Mundo e a festa que entrará para a história, assim como os sul-africanos estão fazendo.

Acordei nesta sexta-feira com o barulho dos primeiros toques das vuvuzelas, por volta de 6h30. Bem distante do estádio Soccer City, porém, toda Johanesburgo estava envolvida com a abertura da Copa. Tráfego mudado em várias regiões, escolas sem aulas e clima de festa. Rádios e TVs transmitindo programas especiais e todos os jornais com fotos e manchetes voltadas ao dia em que o mundo voltou seus olhos para a África.

Casas, prédios e comércio embandeirados, buzinaços, automóveis com faixas e capas de retrovisores lembrando os 32 países que mandaram suas seleções para cá.

Uma das cenas que não vou esquecer é a de duas senhoras, na faixa de presumíveis 70 anos, bem agasalhadas com seus casacos de lã, bandeiras sul-africanas em punho, tocando suas vuzuzelas e dançando, antes das 8 horas, na Queens Street, no Bairro de Kensigton, que não tem nada a ver com o estádio Soccer City. Gente simples, feliz, no embalo da autoestima em alta, que o futebol está proporcionando à África do Sul.

País cheio de problemas, governantes complicados, porém povo animado, que sabe fazer uma boa festa e de calor humano fantástico. Grandes semelhanças conosco!

Por tudo que estou vendo aqui e pelo que conheço do Brasil, podemos fazer até bem melhor em 2014. É uma chance de afirmação perante o mundo, oportunidade do planeta conhecer nossos problemas e sentir a criatividade e capacidade de reação de um povo.


Transporte daqui deverá ser imitado em BH

O Bus Rapid Transit – BRT, que levou as quase 100 mil pessoas ao Soccer City ontem, não é novidade para o Brasil. Este corredor de ônibus articulados em faixas exclusivas, com estações de embarque e desembarque, já funciona em Curitiba desde os anos 1970. Mas, como o sonhado metrô cada vez mais distante da realidade de Belo Horizonte, poderá ser a alternativa para o problema do nosso transporte coletivo até o Mineirão.


Economia informal

Quem se aventurou a ir de carro ao Soccer City teve de enfrentar mais de três horas de engarrafamento, e a maioria foi obrigada a estacionar a quatro quilômetros do estádio, onde donos de terrenos se aproveitaram para ganhar um dinheiro extra.

Também no embalo da economia informal, ambulantes aproveitavam o trânsito parado para vender “tapa-ouvidos” para quem quisesse se proteger do barulho das vuvuzelas. Ao preço de 15 rands, cada, em torno de R$ 4,00.


Prós e contras

Se em termos de segurança pública a África do Sul é mais problemática que o Brasil, a população aqui tem alguns serviços muito melhores que os nossos, como na telefonia móvel, por exemplo. Tarifas incrivelmente mais baixas e cobertura superior, sem as irritantes quedas das ligações que interrompem as conversas.

Os sul-africanos levam vantagem também nos combustíveis, onde a gasolina aqui não passa de R$ 2,00 o litro.


O entorno do estádio vira um grande carnaval, onde o futebol é o que menos importa

O entorno do estádio vira um grande carnaval, onde pessoas de todas as nacionalidades se misturam, numa confraternização inesquecível. Neste momento, o futebol é o que menos importa.

Nessa foto, sul-africanos e mexicanos, que se enfrentam daqui a pouco, exibem juntos as suas fantasias e alegoriasDSC06431

Os patrocinadores oficiais da Fifa utilizam os espaços no entorno do estádio para fazerem exposição de seus produtos e, no caso da cerveja Budweiser, montar seus baresDSC06432

A garrafa de 300 ml custa 20 rands (R$ 5,00), a Coca-Cola, 14

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Confraternização e show de cores entre todas as raças. Teremos isso no Brasil em 2014 e valerá a pena comparecer a qualquer jogo, por menos importante que seja. Só a festa vale o ingresso.DSC06436


BRT, o transporte coletivo até o Soccer City, pode ser o mesmo de BH’2014

O transporte coletivo até o estádio aqui é o que está sendo falado para Belo Horizonte em 2014: BRT, que são ônibus articulados com metrô, em corredores especiais. O ideal seria o metrô, mas este está difícil.

Nesta foto, o público que utilizou o BRT desceu na estação ao lado do Soccer City, passou pelas catracas e portões com detectores de metal e se dirige às rampas de acesso às entradas do estádio. DSC06428

Só quem tem ingresso na mão chega nessa alameda que leva até aos portões do estádio. Comparando com o Mineirão, é como se os portões de entrada estivessem instalados antes do Mineirinho de um lado e perto da Usiminas de outro.

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Os companheiros Eugênio Moreira (esquerda) e Jaeci Carvalho, dentro do Centro de Imprensa do Soccer CityDSC06417


Dia histórico em Johanesburgo e imagens da chegada ao estádio Soccer City

Johanesburgo vive dia de festa desde as primeiras horas da manhã, com trânsito ruim para se chegar ao estádio Soccer City, fazendo lembrar o nosso para o Mineirão em dia de médios e grandes jogos.DSC06423

Bacana também paga mico e carro bom e caro também pifa. Perto do Soccer City, uma BMW precisou ser empurradaDSC06416

Também fazendo lembrar o Mineirão em dia de grandes jogos, os motoristas começam estacionar os carros bem distante do estádio. Estes usaram estacionamento particular do dono de um terreno que fica a 4 km do Soccer City, ao meio dia, quando faltavam ainda quatro horas para o jogo.DSC06421