Blog do Chico Maia

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Homenagem de despedida

Holanda e Uruguai fizeram uma ótima partida, como se fosse uma homenagem de despedida à Cidade do Cabo, que ontem terminou a sua participação neste Mundial. Uma sede elogiada por todos que passaram por ela.

A exemplo do que vem fazendo nestes seus 100% de aproveitamento na Copa, a Holanda voltou mais articulada no segundo tempo e garantiu a sua chegada a mais uma final até com certa tranquilidade.

E tudo indica que teremos a repetição de 1974, quando a seleção laranja decidiu com a Alemanha, que amanhã enfrenta a Espanha. Se prevalecer o futebol que vêm jogando, os alemães deverão chegar a mais uma decisão, na semifinal de amanhã.


Estranho no ninho

É uma sensação diferente trabalhar numa semifinal de Copa do Mundo sem a seleção brasileira em campo. No centro de imprensa do estádio, poucos colegas brasileiros. Na tribuna, quase só estrangeiros por perto, e por incrível que pareça, lugares vazios, coisa que nunca acontece em jogos do Brasil.

Mas Dunga e seus comandados não fizeram por onde estar em campo hoje na Cidade do Cabo, e que a lição seja aprendida para que não seja pior em 2014.


Show de cidade

Entre jornalistas do mundo inteiro que estão aqui, uma quase unanimidade: a Cidade do Cabo foi, disparado, a melhor sede da Copa. Principal centro turístico do país, com oferta de vagas em hotéis, pousadas e albergues para quem quis, e por excelentes preços, para todos os bolsos.

O aumento nas tarifas foi tão pequeno que nem provocou reclamações. Aliado a tudo isso, excelentes restaurantes, atendimento eficiente e total sensação de segurança.


Show de estádio

Com capacidade para 66 mil pessoas estádio foi construído especialmente para a Copa, e fica no coração do turismo da Cidade do Cabo, ao lado do porto, o Waterfront e de um famoso campo de golfe, bem na região central. Além de bonito e confortável, o acesso é incrivelmente fácil, sem tumulto e congestionamentos.

Para isso, a engenharia de tráfego da cidade criou um sistema de ônibus especial que incentiva as pessoas a deixar o carro em casa.


Herança pós-Copa

Este é o principal legado que a Copa deixará para a população da Cidade do Cabo. Obrigada a se utilizar de vans, perigosas e irregulares, há uma felicidade geral com a recente implantação das linhas de ônibus, que não existem como transporte público no país. A Cidade do Cabo está sendo pioneira em enfrentar o bem articulado Sindicato das vans, que peitou as autoridades das outras cidades sedes, impedindo mudanças no transporte público.


Otimismo uruguaio

* Como estou usando um noteboock do centro de imprensa, o teclado eh estranho ao meu habitual e faltam os acentos da lingua portuguesa. Como nao vou ficar aqui quebrando cabeca ate ajustar as coisas, peco aos senhores que consertem as palavras e acentuem tudo em vossas privilegiadas cabecas, perdoando-me pela ignorancia neste teclado.

Mais tarde estarei com o meu proprio noteboock e tudo voltara ao normal.

 

Nas ruas da Cidade do Cabo, milhares de holandeses, uruguaios, brasileiros, franceses, alemaes e gente de todas as nacionalidades. O estadio, uma beleza, e foi construido no local onde era o antigo Green Point Stadium, com capacidade para 12 mil pessoas, demolido para dar lugar a este atual, espetacular. Ainda resta um pouco das antigas arquibancadas do velho Green Point, e os banheiros tambem foram aproveitados para serem utilizados no centros de imprensa. Depois da Copa, vao virar estacionamento.

O estadio fica na regiao mais valorizada da cidade, ao lado do Waterfront, antigo porto, onde ingleses e holandeses trocaram muitos tiros e facadas para ver com quem isso ficaria. Ganharam os suditos da Rainha Vitoria, que expulsaram os holandeses para o Norte do pais. Quando os ingleses ficaram sabendo que os laranjas descobriram ouro na regiao de Bloonfontein e Johanesburgo, foram atras e novas escaramucas comecaram. Mas, naquela regiao, havia os nativos, bravos e organizados guerreiros zulus e outras tribos, que puseram os brancos europeus para correr. Ai deles!

Ingleses e holandeses se juntaram e ganharam a guerra, dividindo o pais entre eles.

Voltaram a trocar tiros entre si, ate final do Seculo XIX, inicio dos Seculo XX, quando fizeram um acordo e passaram a partilhar o poder, tornando os negros, donos originais da terra, servicais deles, ate os dias atuais.

Mais tarde jogam aqui Uruguai e Holanda, com otimismo danado dos uruguaios, que entretando entram com a raca e os holandeses com futebol.

Vamos ver o que vai dar.

Neste notebook que estou usando, um exemplo do otimismo uruguaio: achei esta foto, possivelmente deixada por um colega jornalista celeste que o usou por ultimo. Com o devido pedido publico de permissao, publico:

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Pela história e mais constrastes sul-africanos

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Lamento sempre que seleções como Holanda e Espanha nunca tenham ganhado uma Copa. Apaixonados por futebol, de grandes times na história, mas cujo destino nunca quis que levantassem a Taça. A Holanda, principalmente, pelos times encantadores de 1974 e 1978.

Também lamento muito que o Uruguai tenha entrado em tanta decadência e sempre apenas figura nas Copas, depois de 1950, à exceção de 1970, quando tinha um grande time.

Outro lamento é que em 2006, dentro de casa, com organização que beirou a perfeição, a Alemanha tenha se despedido antes da final. Pois essas quatro seleções começam o caminho de uma nova história amanhã, com Uruguai e Holanda. Entendo que as duas merecem chegar à final, e que vença a melhor. Para amanhã, se houvesse lógica no futebol, eu diria que a Alemanha não terá maiores dificuldades de passar pela Espanha, mas é um clássico europeu, e tudo pode acontecer.

A Cidade do Cabo é onde o futebol começou na África do Sul, incentivado pelos colonizadores ingleses. Com quase quatro milhões de habitantes, apresentou os melhores índices gerais da Copa, em comparação com as outras cidades sedes: melhor média de público, melhor nível de satisfação dos visitantes, maior número de turistas, enfim, é a cidade do futebol no país anfitrião.

E é belíssima, de gente bem humorada e aberta as todas as raças, crenças religiosas e políticas. Também tem os acentuados contrastes sul-africanos, onde os negros, apaixonados por futebol, jogam peladas nas favelas desde criança, ao lado de campos de golfe inacreditavelmente enormes e bem equipados, frequentados apenas por brancos.


Estado Maior único

Nas postagens de ontem faltou dizer que o Coronel João Carlos Trindade Lopes, Comandante Geral da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, informou que haverá um Estado Maior das polícias militares de todo o Brasil, visando a Copa de 2014. Dessa forma as ações serão unificadas e seguirão as mesmas diretrizes em todo o território nacional, para que a linguagem seja a mesma em todos os estados.

A montagem do grupo começa a ser feita em setembro, em Maceió.


Melhores e piores

Jornal italiano elegeu as seleções dos melhores e da decepções. Decepções: Julio Cesar, Sagna (França), Terry (Inglaterra), Cannavaro (Itália) e Evra (França); Felipe Melo, De Rossi (Itália) e Kaká; Messi (Argentina), Cristiano Ronaldo (Portugal) e Rooney (Inglaterra). Dos melhores: Muslera (Uruguai), Lahm (Alemanha), Lugano (Uruguai), Friedrich (Alemanha) e Fucile (Uruguai); Müller (Alemanha), Schweinsteiger (Alemanha), Sneijder (Holanda) e Robben (Holanda); Klose (Alemanha) e Villa (Espanha).


Doze sedes para 2014: para encher os bolsos de muita gente

Esta charge do Duke, hoje, no Super Notícia, retrata bem o que vai acontecer a partir de agora, nos preparativos do Brasil para a Copa de 2014. É gente demais que vai molhar a mão e ficar rica indevidamente, com dinheiro gasto à toa ou obras superfaturadas, como foi no Pan-Americano do Rio em 2007, e ninguém foi responsabilizado até hoje.

Os Estados Unidos, de maior extensão territorial e mais rico que o nosso, em 1994, fizeram a Copa em nove sedes. A África do Sul, que já tinha estrutura rodoviária muito melhor que a nossa, também em nove.

Mas em 2014 serão 12 sedes, e toma verba pública, dos nossos impostos!

DUKESUPERFATURADO