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Cambista fatura na Copa também

Na recepção do hotel onde estou em Durban um grupo de brasileiros comentava que conseguiu comprar ingressos para Brasil x Portugal hoje, sem maiores problemas, pagando um ágio “até razoável” a cambistas.

Um dos compradores me disse que é gerente do flat onde mora o companheiro André Rizek, do Sportv, no Rio de Janeiro. Contou que pagou 500 dólares por um ingresso cujo preço oficial da Fifa é de US$ 220.

E ficou satisfeito, pois estava triste pelo fato de ter vindo e corria o risco de não entrar no estádio.

 

Pressão

 

A polícia da África do Sul diz que está na cola dos cambistas, mas não é isso que temos visto nos estádios e portas de hotéis por aqui. Nem nas páginas dos jornais sul-africanos que têm exibido fotos nas primeiras páginas, mostrando que os atravessadores estão agindo sem serem incomodados.

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


O Duke matou a charada!

Hoje, no Super Notícia:

DUKEDUNGAGLOBO


As verdadeiras heranças que queríamos e não teremos

São 570 quilômetros de excelentes rodovias de Johanesburgo a Durban, onde Brasil e Portugal decidem quem será o primeiro do Grupo G. Seis horas de viagem com absoluta segurança, apesar de quase 100 quilômetros de intensa neblina, e um acidente envolvendo duas carretas, com pelo menos dois mortos entre as ferragens.

Mas as quatro pistas de cada lado e a enorme área de escape do canteiro central, possibilitaram que o tráfego continuasse quase normal, apenas com velocidade mais baixa no trecho.

Quatro pedágios, que totalizam 152 rands (R$ 40), os mais prazerosos que qualquer motorista pode pagar. Em todo o percurso, radares e polícia rodoviária cuidam para que não haja abusos, além de balanças que são rigorosamente respeitadas pelos caminhoneiros. Nenhum buraco na pista de rolamento, sensação absoluta de segurança, mesmo quando se entusiasma e se esquece que a velocidade máxima permitida é de 120 km/h.

Parece mentira, mas estamos na África do Sul, cujas estradas, em sua quase totalidade, são assim há muitos anos, sem nada a ver com a Copa do Mundo.

Mas o assunto tem a ver com o Brasil, e é esse tipo de herança, ou “legado”, como gostam de dizer as nossas autoridades, que todo brasileiro gostaria de receber com a nossa Copa em 2014.

Fortunas serão gastas desnecessariamente em reforma ou construção de estádios, mas continuaremos correndo risco de morte e vendo pessoas morrendo em nossas péssimas estradas, em todos os aspectos.

Já sabemos que não teremos metrô, sonho antigo de todo belorizontino; temos certeza que não veremos a BR-040 duplicada até o Rio, ou a Fernando Dias melhorada até São Paulo, e dificilmente a assassina BH/Ipatinga, também duplicada, até 2014.


Apesar de meio carioca Durban não consegue encher a sua fan-fest

Durban é completamente diferente de Johanesburgo, começando pelo clima, que faz lembrar o do Rio de Janeiro nessa época do ano. As pessoas são mais receptivas e há grande movimento nos bares, no calçadão da praia e restaurantes, depois que a noite cai. Garantidamente não existe a sensação de insegurança que se tem na capital econômica da África do Sul. Indianos e portugueses dividem as cenas com o sul-africanos em clima alegre.

 Mas nem esse “carioquismo” conseguiu levar público à enorme área da “fan-fest”, no ponto mais nobre da praia de Durban, para ver a decisão da vaga para as oitavas, entre Itália e Eslováquia. Aliás, não arrastou ninguém: da janela do meu quarto no sexto andar do Hotel Beach, vejo gatos pingados andando pela praia, as bem montadas barracas dos patrocinadores vazias e uma banda tocando no palco gigante, em estrutura de grandes shows, para quase ninguém.


Itália vacilou e fica na fila até 2018, no mínimo

O telão da “fan-fest” em Durban mostrou a Itália dando Adeus, depois de um jogo dramático contra a Eslováquia, que entrou em campo como última colocada do Grupo F, cuja liderança final foi confirmada pelo Paraguai no empate com a Nova Zelândia. Pois os eslovacos fizeram 3 x 2 e classificaram em segundo, com todos os méritos, deixando a Itália na fila, pelo menos até a Copa de 2018, para tentar ser penta, igual ao Brasil!


Esperança de Brasil x Argentina

Brasil e Portugal farão, possivelmente, um jogo sem muitas emoções. Com ambas as seleções classificadas (as chances da Costa do Marfim são apenas matemáticas), os jogadores não vão se expor a jogadas mais duras e correrem risco de ficarem de fora do filet da competição.

O mundo do futebol presente aqui, torce para que a final da Copa seja entre Brasil e Argentina, única possibilidade das duas equipes se enfrentarem daqui para frente.


Show de estrada

Depois de dirigir seis horas os 570 km de Johanesburgo até aqui, estou em Durban, uma cidade que faz lembrar uma das nossas no Brasil. Mistura de raças, especialmente indianos e portugueses, comércio intenso e povo muito gentil.

A temperatura faz lembrar a de Belo Horizonte nessa época, bem mais agradável que Johanesburgo.

A estrada é espetacular, como nenhuma brasileira, com pedágios que valem a pena: cinco ou seis, que totalizaram reais.

Muita neblina depois de uma hora de volante na saída de Johanesburgo e pelo menos três acidentes. Um deles, gravíssimo, com uma carreta que entrou na traseira de outra, possivelmente pela falta de visão do motorista e imprudência, já que a visão era pequena. Deu pra ver dois mortos, presos às ferragens, mas os companheiros Rogério Maurício e Rodrigo Clemente acham que havia mais um. O socorro acabava de chegar, mas não houve interrupção do tráfego, já que são quatro pistas para cada lado neste trecho.

Estou assistindo agora Paraguai e Nova Zelândia e o aperto que a Itália está passando contra a Eslováquia.


Contrastes da Copa, dentro e fora de campo!

Fotos: Eugênio SávioCONTRASTES1

 A Copa da África está confirmando o que eu pensava que seria: a mais diferente de todas, marcada pelos contrastes dento e principalmente fora das quatro linhas.

No coração de Johanesburgo, onde estão os grandes bancos e sedes das maiores empresas do país e multinacionais, prédios suntuosos. No maior e mais destacado deles, Robinho é a estrela maior da Nike, num painel gigante, que pode ser avistado de qualquer ponto da cidade. Embaixo dele, pedintes, entre mulheres e crianças, se protegendo do frio intenso como podem.

Dentro de campo, algumas seleções favoritas decepcionaram até agora, com futebol ruim ou maus resultados. Os chamados “experts” do assunto, que estão aqui, não chegaram a um consenso sobre a melhor seleção e a que deverá ser campeã.

O francês Zidane aposta na Argentina; Luiz Felipe Scolari, que é comentarista da principal rede de TV local durante a Copa, diz que a final será entre Brasil e Argentina, sem apontar o vencedor; Carlos Alberto Parreira, o acompanha nessa opinião e também fica no muro quanto à campeã.

Na verdade nenhum “especialista” é capaz de prever nada com exatidão no futebol. Depois do Uruguai com o “Maracanazzo” de 1950, e a Alemanha, parando as máquinas húngara e holandesa, em 1954 e 1974, qualquer previsão pode ser considerada chute.

Em competições onde Alemanha e Itália estão presentes, todo cuidado é pouco. Crescem nos momentos certos. Sem falar que a história aguarda ansiosa a hora de garantir um lugar no topo a potências futebolísticas como Espanha e Holanda, igualmente imprevisíveis, porém, até hoje, pelo lado negativo.

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A moda está pegando: jornalista argelina leva tapa na cara

Do Clicrbs.com.br :

* Jornalista argelina promete denunciar jogador do país por agressão

Após eliminação, atacante Rafik Saifi acertou um tapa em Asma Halimi

Uma jornalista argelina anunciou que vai denunciar à Fifa o atacante Rafik Saifi, que a desferiu um tapa na área onde os jogadores dão entrevista após os jogos. A agressão aconteceu depois da eliminação da Argélia pelos Estados Unidos, que venceram a partida por 1 a 0.

A jornalista, que se chama Asma Halimi, bateu de volta no jogador, como pôde ver um jornalista da agência AFP.

– Há várias testemunhas. Não sei por que razões ele fez isso – diz a repórter. – Escrevi uma matéria sobre ele faz algum tempo. Talvez não tenha gostado.

O jogador não pôde dar sua versão aos jornalistas presentes na área porque deixou o estádio cercado por membros da delegação argelina.

* http://www.clicrbs.com.br/esportes/rs/noticias/default,2947530,Jornalista-argelina-promete-denunciar-jogador-do-pais-por-agressao.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter


Emprego garantido até 2012

Com qualquer resultado na Copa o emprego do técnico Joachim Low está garantido até 2012, segundo o presidente da Federação alemã. Interessante é que ele nunca foi da prateleira de cima, como atleta ou treinador. Até chegar a este cargo, que ocupa desde o fim da Copa de 2006 dirigiu equipes menores da Alemanha, Áustria e o Fernerbache, da Turquia, o de mais destaque. Como jogador, a glória foi integrar equipes sub-20 da seleção alemã.

Mas Low é considerado bom de serviço e teve um grande padrinho para alavancar a sua carreira de treinador: Jurgen Klinsman, com quem chegou a trabalhar no Stutgart, e de quem foi braço direito como técnico da Alemanha que disputou a Copa de 2006. Indicado pelo próprio Klinsman para substitui-lo.

Professor de yoga, adepto do diálogo, seu histórico no comando alemão é dos melhores, com 36 vitórias, oito empates e oito derrotas.