Do portal do jornal O Tempo
* DOMINGOS SÁVIO BAIÃO
Como já foi amplamente divulgado, a Conmebol concedeu às duas equipes mexicanas, San Luis e Chivas, o direito de participar da Libertadores 2010, a partir da terceira fase (a próxima), compensando a exclusão das duas equipes da competição de 2009, em virtude da gripe suína. A decisão da Conmebol alterou o critério de classificação na fase em disputa, reduzindo para seis equipes (e não oito como em anos anteriores), entres aquelas que ocuparem o segundo lugar de cada um dos grupos, completando com as oito primeiras colocadas e mais as duas equipes mexicanas, as 16 equipes que passarão à próxima fase. Desta forma, as disputas nos grupos certamente ficarão mais acirradas nas rodadas finais, pois além de olhar para o próprio grupo, cada equipe terá que ficar também fazendo a matemática dos demais grupos.
Nas últimas cinco edições da Copa Libertadores tivemos as seguintes pontuações para as equipes que ocuparam as segundas posições e passaram à fase seguinte: 2005 – uma equipe com 11, duas com dez, quatro com nove e uma com oito pontos; 2006 – uma equipe com 12, três com dez, três com nove e uma com oito; 2007 – uma equipe com 12, outra com 11, duas com dez e quatro com nove; 2008 – uma equipe com 12, cinco com 10, uma com nove e uma com oito; e 2009 – quatro equipes com dez, uma com nove e três com oito pontos.
Veja que, pelos números acima, uma equipe classificada como a sexta melhor segunda colocada, última vaga para a Libertadores 2010, precisou de nove pontos em 2005, 2006 e 2007. Em 2008, nove pontos não foram suficientes, a sexta melhor entre as equipes que ocuparam as segundas posições somou dez pontos, já em 2009, a sexta melhor segundo colocada ficou com oito pontos. Pelo histórico dos números das últimas competições, dificilmente uma equipe que ocupar a segunda posição de um grupo e somar dez pontos ficará de fora da próxima fase da Libertadores de 2010.
Porém, é bom salientar que, em virtude da mudança já registrada, haverá um empenho maior das equipes nas últimas rodadas, o que poderá elevar a exigência de dez para 11 pontos. Desta forma, uma equipe com 11 pontos ganhos certamente ocupará, na pior das hipóteses, a segunda posição do grupo e estará classificada para a próxima fase da Libertadores. Engraçado que, eu posso afirmar que 11 pontos garantem a classificação e não posso afirmar a mesma coisa para 12 pontos. É possível que, em um mesmo grupo, três equipes terminem com 12 pontos, desde que uma venha perder todos os jogos e nos confrontos diretos entre as outras três equipes haja uma vitória e uma derrota para cada uma delas.
Vou tomar como exemplo o grupo 7, o do Cruzeiro. Se o Deportivo Italia perder todos os jogos (já perdeu os dois que disputou), garante seis pontos para cada uma das outras três equipes. O Cruzeiro perdeu para o Vélez na Argentina, se vencer o Vélez aqui, considerando que já venceu o Colo-Colo, chegará aos 12 pontos e ficará com os 12 pontos se perder para o Colo-Colo no Chile. A conta de três equipes com 12 pontos se fecha se a equipe chilena vencer uma e perder a outra nos confrontos com o Vélez. Neste caso, uma equipe com 12 pontos fica na terceira posição e fora da próxima fase, e a decisão vai primeiro para o saldo de gols – daí a importância de que o Cruzeiro não só traga uma vitória hoje frente ao Deportivo Itália, como, se possível, abra uma boa margem de gols.
* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=24380
O Lédio Carmona escreveu no blog dele sobre o Édison Méndez, contratado pelo Atlético esta semana:
