Crimes violentos acontecem todos os dias no Brasil nas pequenas e grandes cidades. Aumentam diariamente em quantidade e intensidade, mas a sociedade em geral só se dá conta do tamanho do problema quando alguém famoso se torna vítima e o assunto ganha as manchetes. Ou então quando se trata de uma aberração contra crianças!
A morte do chargista Glauco é um exemplo disso, e serve para reforçar a lembrança que qualquer um de nós está sujeito a viver uma situação dessas ou morrer, como ele morreu.
A violência faz mais vítimas entre os pobres e pessoas comuns, que não tem as condições mínimas de segurança que gente conhecida ou com mais dinheiro tem.
A minha revolta contra corruptos e corruptores tem base nessa situação. Quando vejo um político como o José Roberto Arruda preso, vibro e me encho de esperança novamente. Mas aí me lembro que tem gente demais que deveria estar ali com ele, e que falta a outra ponta: os corruptores. Empresários que compram políticos e outros agentes públicos e privados para aumentar seus lucros e levar vantagem.
Aliás, o governador preso de Brasília deveria estar era na Penitenciária da Papuda, no DF, como manda a lei, e não numa sala especial da Polícia Federal. Quando eu era estudante de Direito, sempre questionei aos professores o por quê de graúdos (com curso superior ou endinheirados) terem direito a “prisão ou cela especial”. São justamente os sujeitos que deveriam ser os mais penalizados, porque tiveram acesso a escola, ao dinheiro e ao poder, coisa que os bandidos ladrões de galinha não tem.
O Brasil é um dos países que mais arrecadam em tributos no mundo. O governo esfola os cidadãos e principalmente as empresas cobrando impostos absurdos. O dinheiro arrecadado daria para gerar escola de qualidade em todos os níveis para todos os brasileiros, saúde, infra-estrutura, enfim, tudo para que a vida de todos fosse melhor e houvesse menos criminalidade.
Mas não tem jeito: grande parte do dinheiro vai para a corrupção e os “pedágios” para transações envolvendo os três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
A maioria dos políticos faz discurso moralista antes de se eleger ao primeiro cargo e depois muda completamente quando chega ao poder, alegando que a “governabilidade” exige.
Quando o país parecia que ia tomar um rumo, aproveitando o embalo de JK, veio Jânio Quadros, que assumiu dizendo: “em campanha eu fazia o que o povo pedia; no poder, faço o que o povo precisa”.
Depois de sete meses de loucuras presidenciais, tentou um golpe nas instituições, renunciou e deu no que deu: João Goulart “o frouxo” foi posto pra correr, e aconteceu tudo o que não podia: uma quartelada que durou 21 anos e voltou o país à estaca zero.
Tancredo morreu antes de assumir; Sarney “o desprezível” acabou de ficar rico, sem se esquecer da família e amigos!
Collor foi reduzido a “malandro Coca-Coca” pelo que veio depois do Itamar, o único que fez algo realmente diferente na nossa recente democracia, ao criar o Real. Ridicularizado e sacaneado pela grande imprensa nacional, de forma orquestrada, porque contrariou os interesses dos tubarões da mídia e seus patrocinadores.
São os famosos “interesses inconfessáveis” aos quais se referia Leonel Brizola, outro reduzido a pó pela grande mídia, por contrariar aos interesses dela.
Fernando Henrique Cardoso, presidente, pediu que esquecessem o que ele escreveu quando era aluno da Sorbonne e professor.
Lula “nunca soube” o que os seus “aloprados” andaram aprontando, e bom de lábia, está entrando para a história como aquele que melhorou um pouco a qualidade de vida do povão…
E vida que segue e vamos levando a vida porque este é o nosso país! Para entendê-lo melhor e porque somos assim, vale ler “1808”, a história da vinda de Dom João VI e a corte portuguesa para cá, de autoria do Laurentino Gomes.
Se o simpático, porém feroz gordinho não tivesse vindo, poderíamos estar em situação bem pior!
Por isso temos que agradecer a Napoleão Bonaparte eternamente, por tê-lo botado pra correr de Lisboa!
Como não inventariam ainda melhor regime político que a democracia, só através do voto, podemos mudar. Vamos tentar votar melhor em outubro!
Reitero que não sou e não serei candidato a absolutamente a nada! Nem a síndico de onde moro!
Estou apenas desabafando, torcendo para que não aconteça comigo ou com você que me lê neste momento, o mesmo que aconteceu com o Glauco e está acontecendo com milhares de anônimos neste instante, Brasil afora!