Blog do Chico Maia

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Repercussão

Com as Olimpíadas o Brasil entra no mapa da mídia mundial. A doutora Simone Demolinari, da FGV, está em Nova Iorque e enviou-me a seguinte mensagem:

“As TV’s daqui de NY só falam nisso; Obama se diz ‘muito triste’, e Lula chora!!!

Fui comprar um cartão na banca, o jornaleiro falou: ‘viva o Brasil; fui com Paulinho na loja de vídeo comprar uma fita, o vendedor nos parabenizou; no restaurante, o Chef veio nos dar parabéns…”

O “Paulinho” ao qual ela se refere é o grande Paulo Navarro, gente boa, excelente colunista de O Tempo, e um dos colunistas eletrônicos de maior prestígio no Brasil.


Obrigado a quem proporcionou-me estar aqui!

A emoção é diferente quando se está no palco dos acontecimentos. Sem o patrocínio do Epa Supermercados e da Vilasa Construtora, essa cobertura não seria possível.

A essas empresas e aos seus comandantes, a minha gratidão!


Pois é!

Deu Rio!

Confesso aos senhores que estou emocionado e creio que, mais que a Copa do Mundo de 2014, essas Olimpíadas vão colocar o Brasil no mapa mundi, e o Rio de Janeiro, se tiver responsabilidade, vai tornar-se um dos maiores destinos turísticos do planeta, como Barcelona, que antes de 1992, tinha fama ruim, como o Rio.

Na verdade, o Brasil tem pelas frente duas chances espetaculares de se afirmar perante o mundo: 2014, Copa do Mundo e agora 2016.

Com um detalhe importantíssimo para nós, mineiros: Belo Horizonte tem acordo com o Rio, para ser sub-sede dos jogos de futebol nas Olimpíadas.


Lula é danado!

Não é à toa que, de peão de fábrica, tornou-se presidente da república, reeleito, e ainda bater no peito e dizer que o único diploma que tem na vida é este, de presidente!

Claro que, não estudar não é nenhuma vantagem, mas ele é bom demais de discurso.

Seus argumentos foram na “veia” para tentar sensibilizar os delegados do COI e minimizar o “efeito Obama”, o furacão que passou pelo Bella Center mais cedo.

Algumas coisas que ele falou podem fazer muita diferença:

– Para os outros, será apenas mais uma Olimpíada. Para nós, será a ‘Olimpíada`.

Para o movimento olímpico será a chance de sentir o nosso sol. Será a chance de falar para o mundo que as Olimpíadas são de todos.

A candidatura do Rio não é só do Brasil, mas de toda a América do Sul, que nunca recebeu os Jogos.

As portas do país estão abertas para a maior festa da humanidade. Precisamos da visão de futuro das senhoras e dos senhores. Os que nos derem o apoio, não se arrependerão!


Estratégia brasileira deixou Pelé de fora

Por volta das 13 horas de Brasília, 18 daqui, sai o resultado da cidade sede das Olimpíadas de 2016.

Se der Rio, os estrategistas da campanha serão exaltados por terem trocado Pelé, por Carlos Osório e Henrique Meireles.

Se der outra cidade, os mesmos estrategistas levarão o maior cacete, por, ao invés de botar no palco o nome brasileiro mais conhecido no mundo, maior atleta da história, escalar o secretário do Carlos Nuzman e o presidente do Banco Central.


Obama já foi, agora é Lula

O presidente dos EUA, Barack Obama apareceu como um raio em Copenhague, e em três horas, deu o seu recado, pediu votos para Chicago, visitou a Rainha da Dinamarca, Margarida II, o primeiro-ministro, e já “cascou fora”.

As TVs da Dinamarca agora estão mostrando a fumaça do Air Force One, o avião do homem, no céu, de volta a Washington.


Pão e cerveja!

O Marco Antônio Falcone, que produz em Minas Gerais, uma das melhores cervejas que eu conheço, a Falke Bier, enviou e-mail lembrando que hoje é dia de uma das grandes atrações criadas pela Rádio CBN de Belo Horizonte, o programa “Pão e Cerveja”. Confira a dica dele:

Amigos, o Pão e Cerveja de sexta-feira, dia 02 de outubro, é a finalização do tour cervejeiro em Belo Horizonte, na Falke Bier. Ouçam no 106.1 Mhz ou acessem www.cbn.com.br , CBN BH ao vivo. Não percam, o programa vai ao ar às 11:50. A chamada está em anexo.

Pão e Cerveja!
 
Marco Falcone”
Lembro que quem apresenta este programa é a excelente Fabiana Arreguy, irmã do não menos excelente Cláudio Arreguy, editor de esportes do Estado de Minas. Aliás, o Cláudio está para lançar um livro que vai marcar época na história do Cruzeiro, onde apresenta a seleção dos melhores jogadores do clube em todos os tempos, do goleiro ao ponta esquerda. Ouviu cruzeirenses ilustres, de várias gerações, para reduzir ao máximo o risco de eventuais injustiças.
Essa família Arreguy é cheia de gente competente no jornalismo. O Cássio, é assessor de imprensa do Atlético, uma grande figura e ótimo de serviço. 

Chegou a cavalaria

Não eram sete horas aqui em Copenhague quando um barulho infernal de cirenes acordou a todos os hóspedes do hotel onde estou e possivelmente de todos os moradores da região central da cidade, que fica a 5 km do centro de convenções Bella Center, e a 11 km do aeroporto internacional da capital dinamarquesa.

Nesta manhã gelada e chuvosa, vi pessoas olhando pelas janelas, curiosass em saber o que estava acontecendo, assim como eu. Por um momento esqueci-me do contexto no qual estamos inseridos aqui. Liguei a televisão e compreendi tudo: lá estava ele, Barack Obama, deescendo do One Force One, sendo recebido pelas mais importantes autoridades presentes, sob um esquema de segurança que eu jamais tinha visto de perto. Ontem mesmo ruas é quarteirões já estavam fechados, e até a vizinha Suécia sofria consequências, já que o tráfego de carros, trens, ônibus e barcos foi totalmente alterado.

Alguém já disse que “carisma é quando alguém chega e enche o templo”, pois Obama apareceu e tomou conta de tudo. Na entrada do Bella Center, uma fila indiana o aplaude, junto com a mulher, Michelle. Muitos delegados do COI, que vão votar daqui a pouco, estão na fila, emocionados, boqueabertos por estarem tão perto do homem que está investido do maior poder do mundo na atualidade.

Lembrei-me agora dos filmes da tomada do Oeste pelos norte-americanos, quando os índios estavam prestes a acabar com os “homens brancos”, e a cavalaria chegava.

Se o Rio de Janeiro levar essa, teremos que aplaudir demais, a Lula, Nuzman e cia.


Haja dinheiro para se virar em Copenhague

Olhos da cara

Para os leitores que enviaram e-mail com algumas dúvidas sobre os preços das coisas aqui, andei conferindo algumas notas, como por exemplo, de comes e bebes. Um refrigerante, normal, custa 10 reais. Uma cerveja comum, 600 ml, 15 reais; uma cerveja Premium (bem inferior a uma das nossas mineiras, como Falke Bier, Backer, Krug ou Walls), sai a 21 reais o copo de 600 ml.

Caro também

Bilhete de Metrô para andar 10 estações ou uma hora, 11 reais. Um “PF”, de bandejão, igual ao que peguei hoje, no centro de imprensa, com refri, 37, sem refri, 27 reais. E qualquer “PF” dos nossos dá de 10 x 0 no deles, em sabor e quantidade.

Hotel, duas estrelas, apartamento minúsculo, com um banheiro que mal cabe a pessoa, 195 reais a diária.

Problema de dente ou adoecer, nem pensar! A não ser que você tenha um seguro Assist-Card, como é o meu caso. Felizmente, nunca precisei utilizar, mas dá uma tranqüilidade danada.

Noite

Ao contrário de muitas grandes cidades européias, Copenhague tem uma vida noturna intensa, e muito segura, das mais tranqüilas do mundo. Mas o bolso tem que estar preparado. Só para entrar, numa casa danceteria, razoável, 60 reais, sem direito a nenhuma consumação. E haja roupa de frio, porque na madrugada a temperatura nessa época, considerada ainda quente aqui, beira zero grau.

Melhorou

Os leitores que têm votado através do meu site/blog melhoraram o humor com relação à candidatura do Rio. Quando eu terminava essa coluna, estava 37% a favor dos cariocas, contra 32 de Chicago; 16 Madri e 13% para Tóquio.

Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no jornal Super Notícia, nas bancas!


Jogo é jogado, lambari é pescado!

Festa 

Por volta de 13h30, 14 horas (horário de Brasília) sai o resultado dessa eleição em Copenhague. Em caso de vitória do Rio a festa vai começar logo em seguida no Centro de Convenções, no Hotel St. Peter e em Copacabana, onde tudo já está preparado. Em caso de outra cidade sair vitoriosa a frustração será diretamente proporcional.

No hotel

O presidente Lula voltará para o seu hotel, Nimb, no centro de Copenhague, logo após a sua fala no auditório do Bella Center, que fica a 5 km. Barack Obama,         seguirá direto para o aeroporto, que fica a 6 km do Centro de Convenções, para pegar oavião de volta aos Estados Unidos. Se der Chicago, vitória dele; se não der, fica bem com o seu eleitorado!

Ostentação

Chicago nem usou o espaço destinado às cidades candidatas no Bella Center para deixar seu material promocional. Japão e Madri deixaram boas peças publicitárias, mas nem de longe se aproximaram do que foi feito pelo Rio de Janeiro. Os gringos da imprensa não entenderam o motivo de tamanha ostentação. Resta saber se o efeito será positivo.

Essas e outras notas em minha coluna de amanhã, no jornal O Tempo, nas bancas!