Blog do Chico Maia

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Impressionante a passividade azul nessa derrota do Cruzeiro para o Vitória-BA

O que mais me impressionou nestes 3 a 0 que o Cruzeiro tomou do Vitória-BA, foi a tranquilidade com que muitos companheiros da mídia aceitaram o resultado. Uns fazendo piada, outros sem um mínimo de indignação, como se estivesse terminando a participação do time na Série A; tipo a imprensa de São Paulo que aceitou a goleada que Rogério Ceni e cia. tomaram do Flamengo.

Me lembrei do Felipão, que chegou com a única promessa de garantir a permanência na Série B. Mesmo discurso adotado pelo Vanderlei Luxemburgo, quando viu que não daria para subir. Essa acomodação é perigosíssima para o Cruzeiro. Por outro lado, me lembro também do mineiro Enderson Moreira, que tocava bem o Cruzeiro no primeiro ano do rebaixamento e foi demitido. Hoje, sobe o Botafogo, com grandes chances de ser campeão.


América mantém ótima campanha no returno e despacha o Grêmio

O América se impôs contra um Grêmio que foi muito diferente daquele que deu um trabalho enorme ao Atlético semana passada no Mineirão. É muito bom ver o Coelho desse jeito, se mantendo na Série A e lutando por vaga na Libertadores da América. Novos tempos! Hoje não cometeu os erros que cometeu contra o Sport em Recife e passou por cima do Grêmio, sem maiores dificuldades.

Comentário do Globoesporte.com sobre a situação dos dois times:

* “Com a vitória, o América-MG chega a 44 pontos e sobe para a oitava posição na tabela. O Coelho não só praticamente elimina qualquer chance de rebaixamento, como entra de vez na briga por uma vaga nas competições sul-americanas da próxima temporada. Já o Tricolor segue afundado na vice-lanterna, com 29 pontos, e vê a chance de permanecer na Série A depender de um milagre nas últimas rodadas. Confira aqui a tabela completa do Brasileirão…”


As colunas do Fred Melo Paiva, que podem operar feitos inimagináveis

Comentei: @chicomaiablog Mais algumas colunas que você ler, e estará gritando Galo, como se o fosse desde criancinha, hehehe…
 E o Dr, Stefano Venuto Barbosa emendou: @StefanoVB “E assinando o Galo na Veia Black…”
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Resumindo: o Fred é bom demais da conta. Um dos melhores textos da história do jornalismo brasileiro. Como diz o Dr. Rodolfo Gropen, que foi um grande presidente do Conselho Deliberativo do Galo: “Não só por ser atleticano, mas porque é bom mesmo, sobre qualquer coisa que escreve”.
O Fred e a patroa Fabi, com o Fidel (esq.), na casa deles em Caraíva/BA, em visita que fiz a eles em 2018.
Confira a coluna de hoje no Estado de Minas:
“Tá acontecendo”, disse um querido amigo, como se me beliscasse. E assim, no gerúndio, me pareceu tudo muito melhor. O Atlético ainda não é o campeão porque aqui só tem Galo escaldado. E o atleticano, carcomido pelas dores do passado, é o mais patológico dos torcedores em todo o mundo: doente, porque fanático ao ponto do débil mental. Mas também porque os anos de chumbo o fizeram completamente dodói.
Assim, inventamos dificuldades inexistentes. “Contra o Corinthians será duríssimo”; “Zero a zero é vitória, temos gordura pra queimar”; “Tenso”. Mas a realidade é um Zaracho a meter duas canetas na gente. Foi dia de acender luzinha na arquibancada, de chamar a ola pra rodar o Mineirão. Enquanto lá embaixo o passeio se apresentava um baile de proporções humilhantes. Time de casados da firma contra uma equipe de profissionais.
O Galo não é campeão – o Galo está sendo campeão. E o gerúndio é uma lição de vida, porque faz do momento presente um tempo elástico e infinito. O passado já era e o futuro é ficção, o que importa de fato é viver o aqui e o agora – eis o exercício que cura desde o arrependimento dilacerante até as doenças mais graves, cura a separação e a falta de um casamento.
O gerúndio é a maior viagem. Acredite, atleticano: melhor se entorpecer dele do que propriamente chegar ao destino. Engalfinhe-se na carnificina por um ingresso, mas vá ao Mineirão enquanto é tempo. “TIRA A CAMISÁ! TIRA A CAMISÁ”, cantávamos nos anos 90. Pois vá lá rodar a camisa em direção aos céus, cantar até o infarto iminente, beber tudo que puder e abraçar os desconhecidos na hora do gol, como se não houvesse a COVID e nem o amanhã. Porque, enquanto tiver o gerúndio, o amanhã terá de esperar. E, por ora, aproveite, porque vigora a lei: ao atleticano está proibido morrer.
Houve com um diretor de Redação, jornalista famoso, que detestava o gerúndio (não o dizia sequer em carta). Para ele, o governo nunca estava tirando dos pobres para dar aos ricos – estava a tirar. A Faria Lima não estava apoiando um miliciano – estava a apoiar. Trabalhava com a gente o Nirlando Beirão, corintiano e atleticano, infelizmente nessa ordem (que conflito de interesses deve ter-se estabelecido em seu coração no bailão de quarta). O gerúndio é tão perfeito que Nirlando morreu, mas Nirlando não morre, segue com a gente, bem, a nirlar.
Lá nas mesas redondas de São Paulo perguntam quando o atleticano vai se dizer campeão. O atleticano silencia, pois o mineiro que produz queijos e possui bancos sabe que aquele que fala por demais acaba dando bom dia a cavalo. “Sigamos confiantes e contidos”, rezou um amigo com sua barba de Maomé, uma vida inteira a esperar (quer dizer, esperando) o nosso título impossível. “Só uma tragédia tira esse campeonato do Atlético”, diz o paulista na televisão. Amigo, de tragédia temos mestrado, doutorado em Harvard, pós-doc e uma edição inteira da Lancet.
No gerúndio produzimos o silêncio que precede a explosão. Que ela chegue repleta do mais louco amor que se possa imaginar. Que a gente chore tudo que tiver pra chorar, porque o atleticano é uma pessoa tão maravilhosa que, diante de todo o sofrimento que viveu, em vez de ficar amargo ele desaprendeu a chorar nas derrotas e passou a chorar apenas nas vitórias. Que essa explosão acorde todos os atleticanos mortos, aquele seu tio, o meu primo, o Felipe, filho do Wagner, aquele outro que morreu no Independência. A gente era menino e achou que veria isso com nossos pais, escreveu o jornalista Victor Martins. Vamos ver com os nossos filhos. Que sorte eles têm!
Encontro no Twitter a imagem do meu menino no Mineirão lotado (foto). A camisa na mão, rodando. Os braços abertos pra Massa, a mão espalmada pro alto, a expressão da garra e da mais louca alegria. Ele tem o peito nu, tão menino, tão criança. Seu pai, eu, de costas do seu lado. Eu não sou velho, segundo a fotografia. Prova de que ele ainda é o meu menino. O gerúndio paralisado na fotografia. O retrato cuja legenda seria: “Está acontecendo”.
Tomara que dure para sempre, e que nunca chegue a hora em que ele, atleticano velho, vai olhar esse retrato na parede como a gente olha aquele outro – dos atleticanos girando as bandeiras sobre o teto de um ônibus parado na orla de Copacabana em dezembro de 1971. Nunca importou se era ou não era 71. O passado e o futuro não existem, a verdade mora é no gerúndio.
“Lutar, lutar, lutar”, o filme do Galo, chega aos cinemas neste fim de semana nos principais shoppings de BH e também no Belas Artes. Além de RJ, SP, Brasília, Porto Alegre, interior de Minas. Vá fornido de muito lenço, porque este Galo é uma máquina de fazer a gente chorar.

Famílias nos estádios e a sensação de uma criança quando entra pela primeira vez no Mineirão

O Henrique André retwitou esta foto abaixo, do Daniel Teobaldo, e mexeu com os sentimentos de um monte de gente que passou a comentar e também retuitar:
@daniteo

No Brasil é assim: Flamengo reclama da arbitragem, processa árbitro; CBF muda escala e Bahia se revolta contra arbitragem na derrota para o Flamengo

Em foto do www.soesporte.com.br, o árbitro alagoano Denis da Silva Ribeiro, processado pelo Flamengo

Ou: quem não chora não mama.  O Antônio Silva, comentarista do blog, escreveu, hoje, às 6h44:

* “Os atleticanos tiveram ontem uma prova de que, ainda não dá para comemorar o título. Nem com o VAR mostrando que não foi penal, marcaram a infração a favor do Flamengo desestabilizando o time do Bahia. Ano passado o Inter chegou a liderar com 7 pontos de vantagem e nas últimas rodadas a cúpula deu o serviço ao Mengo. Se o VAR tirar duas vitórias do Galo vai bater um desespero. Só fico mais tranquilo depois que o Galo vencer seus jogos em casa e beliscar pontos fora.”

Gazeta Esportiva, de ontem, às 14h04

* “Após reclamações do Flamengo, CBF altera árbitro de jogo contra o Bahia”

Gazeta Press – Rio de Janeiro,RJ

11-11-2021 14:04:26

Flamengo reclamou muito da arbitragem no empate com a Chapecoense, nesta segunda-feira. Tanto que os rubro-negros vão processar Denis da Silva Ribeiro Serafim pelos erros na partida na Arena Condá.

A reclamação sobre a arbitragem parece ter surtido efeito. Isso porque a CBF alterou o árbitro para o duelo desta quinta-feira, contra o Bahia, no Maracanã.

O jogo seria apitado por André Luiz de Freitas Castro, de Goiás. No entanto, a CBF fez a mudança e Vinicius Gonçalves Dias Araújo, de São Paulo, será o árbitro.

A mudança se deve ao fato dos jogos de Atlético-MG e Palmeiras, outros candidatos ao título, terem árbitros Fifa em seus confrontos. A diretoria do Rubro-Negro pediu a escalação de juízes mais conceituados em suas partidas.

O Flamengo está na terceira posição do Campeonato Brasileiro, com 54 pontos, 14 atrás do Galo, que possui dois jogos a mais em relação ao clube carioca.

***

E hoje, a reclamação baiana:

“Bahia: Vice-presidente dispara após polêmica de arbitragem e derrota para o Flamengo”

https://twitter.com/ECBahia/status/1458972377954586627/video/1

https://videos.gazetaesportiva.com/video/bahia-vice-presidente-dispara-apos-erro-de-arbitragem-e-derrota-para-o-flamengo


Que jogaço Sport 2 x 3 América! E que atuação marcante do Coelhão!

Dois dos responsáveis diretos pela ótima campanha americana: Ademir (esq.) que marcou um belo gol, de longe, hoje, e Cavichioli, que fez boa partida, mas cochilou no segundo gol do Sport Recife. Foto: @America

E que campanha do América no returno do Brasileiro, brigando na parte de cima da tabela, Cinco gols na Arena de Pernambuco e fortes emoções para ambos os lados, com direito a falhas que contribuíram bastante para o placar tão dilatado.

O goleiro Maílson, do Sport, colaborou no segundo e terceiro gols do Coelho. A zaga do América e o goleiro Cavichioli vacilaram no primeiro e segundo gols, respectivamente do Sport. Zagueiro chegou atrasado, permitido que o Mikael marcasse o primeiro e o goleiro americano pulou atrasado na cobrança da falta do Zé Welison, além de ter formado pessimamente a barreira.

Com 41 pontos o América ocupa a décima posição, a seis pontos do Corinthians que é o quarto.

A união é uma das características deste time.


Sem nem um minuto de aperto, Atlético faz 3 a 0 no Corinthians, em mais uma grande partida

Foto: twitter.com/Atletico

Parecia que seria um jogo muito difícil. O Corinthians é complicado em qualquer circunstância. Mas quando se tem jogadores de alto nível, que justificam cada real do investimento feito neles, as coisas se tornam fáceis. Aos 13 minutos, Diego Costa solta um chutaço, de longe e surpreende o goleiro Cássio, fazendo 1 a 0. O primeiro tempo ficou nisso, mas logo aos cinco minutos do segundo tempo, Keno acertou também um chutaço, fazendo 2 a 0. Faltava o gol do Hulk e ele correu muito para que isso ocorresse. Aos 49 saiu, o terceiro, premiando outra grande atuação do atacante atleticano.

O público: 58.714 presentes, para uma renda de R$ 2.956.425,80.

Depois de um bom tempo retornei ao Mineirão. Foi ótimo, na ida, no acesso ao estádio e na volta para casa. Que prazer rever tanta gente boa e a massa do Galo feliz.


Fora do risco da Série C, chegou a hora do Cruzeiro recomeçar, sustentavelmente

Foto: twitter.com/Cruzeiro

Vitória tranquila, 2 a 0, Mineirão com ótimo público e a torcida apoiando fortemente para evitar um mal maior, que seria o rebaixamento para a terceira divisão nacional. Ao contrário do que os próprios cruzeirenses diziam, que “time grande não cai”; cai sim, e o Santa Cruz, um dos maiores clubes do Nordeste e do país, é uma prova disso. Foi parar na Série C, demorou retornar à B, demorou mais ainda para retornar à A e bateu de volta, nos anos seguintes, na B e na C. Vale o velho e surrado ditado: “quanto mais alto o coqueiro, maior o tombo”.

Mas a segunda divisão continuará em 2022, pelo terceiro ano consecutivo e até agora nada foi feito de diferente para que a gestão do Cruzeiro mude de forma sustentável, com credibilidade, para que o clube volte à prateleira de cima do nosso futebol. O cruzeirense Alisson Sol, um dos primeiros comentaristas/colaboradores deste blog, sempre faz críticas pertinentes à situação vivida pela instituição, como neste texto, que ele enviou ontem, depois da vitória sobre o Brusque:

“O problema é que o Cruzeiro é hoje um time que está na Série B mas continua gastando como se estivesse na Séria A para apresentar um futebol de Série C. Está ficando como aquele aluno que repete o ano letivo sem estudar de novo mas quer um resultado diferente… Eu não vejo o pessoal “largando o osso”, mesmo com os “salários atrasados”.

É tudo muito estranho. Vamos ignorar o caso dos jogadores, que tem contrato, mas são poucos na estrutura do clube. Como é que eu (ou quase todas as pessoas honestas!) continuaria trabalhando para uma empresa que já não me paga há tempos? Por que isto? E como fica o fato de que sabidamente ex-dirigentes “levaram dinheiro” vivo, em cenários de deixar o Eurico Miranda com inveja, e nada foi recuperado até hoje?”

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Sobre o futuro, muitas dúvidas, inclusive sobre a permanência ou não do técnico Vanderlei Luxemburgo, como mostra essa reportagem do SuperFC: “Luxa ainda não confirma sequência no Cruzeiro: “temos que conversar””

Depois de presidente dizer que permanência do técnico na Toca da Raposa II está apalavrada, treinador diz que a situação ainda precisa ser conversada (mais…)


Em casa, Cruzeiro pra cima do Brusque para espantar de vez o fantasma da Série C

A vitória em Londrina já foi um alívio fundamental. Hoje, a partir das 21h30, a chance de acabar com qualquer risco de rebaixamento. Os times prováveis:
Cruzeiro:

Fábio, Rômulo, Léo Santos, Eduardo Brock e Felipe Augusto; Adriano, Lucas Ventura e Giovanni; Vitor Leque, Wellington Nem e Thiago.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Brusque:
Ruan, Toty, Ianson, Alemão e Airton; Rodolfo, Zé Mateus, Fellipe Soutto e Jhon Cley; Maurício Garcez e Edu.
Técnico: Waguinho Dias

Arbitragem do carioca, veterano, Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) e Márcia Bezerra Caetano (RO). VAR: Rodrigo Carvalhaes de Miranda, do Rio de Janeiro.


Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Flamengo reclama de arbitragem. Procópio Cardozo, o técnico do Galo, sacaneado em 1980, lembra fatos

No Globoesporte.com depois do empate em Chapecó: @geglobo “Indignado, Willian Arão detona atuação da arbitragem após empate entre Flamengo e Chapecoense: “É uma falta de respeito””

O comentarista Renato Maurício, ex-Globo/Sportv @RMPoficial: “A ordem é ROUBAR o Flamengo. Não há mais dúvida. Marcar impedimento de jogador que sai do próprio campo é um escárnio.”
Procópio, técnico do Atlético  no Brasileiro de 1980, lembrando que antes de José Roberto Wright o Galo teve José de Assis Aragão em sua vida: @procopiocardozo: “Me lembrou aquele lance que o Palhinha iria sair na cara do Raul em 1980. O Romualdo estava bandeirando e deu impedimento.
E lembrou mais @procopiocardozo: “Em 1980 o roubo foi oficializado quando o Aragão me processou por tê-lo chamado de ladrão no vestiário do Maracanã e o Dr Décio Fulgêncio, meu professor na Faculdade Milton Campos, mandou eu confirmar a declaração no tribunal. Eu confirmei e fui absolvido.”
E não satisfeito, Aragão ainda expulsou Reinaldo, injustamente. Foto O Globo/Otávio Magalhães
Sobre a atuação do Flamengo, ontem, o André Rizek, do Sportv, comentou: @andrizek: “O futebol do Flamengo piora rodada após rodada…”