Blog do Chico Maia

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Vantagens técnicas da final em jogo único. Sem segunda chance. Motivações dentro e fora de campo para a grande final entre Atlético e Cruzeiro

A vantagem de um jogo único é que os dois times entrarão com tudo. Não haverá uma segunda partida para reparação de erros do jogo anterior e tudo se resolverá neste sábado. Sem segunda chance!

O uruguaio Pezzolano teve o efeito suspensivo concedido e a suspensão de quatro jogos não o impedirá de ficar no banco, comandando o  Cruzeiro na final. Está se mostrando muito bom treinador e sabe fazer também o jogo de palavras, para motivar os jogadores dele e desconcentrar o Galo. Vamos aguardar para ver até que ponto a catimba verborrágica dele funciona. O time do Atlético é bastante rodado para embarcar nessa tática antiga, mas nunca se sabe. Clássico é clássico e os uruguaios são mestres em estratégias como essa.

O argentino Mohamed terá todos os jogadores à disposição dele. Considero-o muito bom treinador e aguardo ansioso para ver a performance dele nesta hora do “pega pra capar”, no clássico que mais mexe com todo o estado.

A Polícia Militar garantiu e teremos o Mineirão lotado, com metade para cada torcida. Feio foi aquela desnecessária reunião da nossa brava PM com as torcidas  banidas dos estádios. Isso não se faz, PM!

Campeão imprevisível, mas tenho certeza de que será um jogão!

Feia demais, também, foi a cena do ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, sendo agarrado e expulso de um bar, em Lourdes, um dos mas chiques de Belo Horizonte.

A assessoria de imprensa do Mineirão postou essas importantes informações sobre o clássico e como ficará o espaço no estádio com as duas torcidas.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, a Galo Austrália informa que a vigília lá está quase começando, para o jogo na madrugada de domingo para eles. Sucesso a todos.


Pela facilitação da presença do torcedor nos estádios: “um estádio cheio, a preços, digamos, humanos, é estímulo para os atletas, é bonito de se ver e não vira chacota na imprensa”

Foto: Globoesporte.com

Todos os movimentos da maioria dos dirigentes de clubes, federações e CBF são no sentido de dificultar a ida do torcedor aos estádios, de prestigiar o time do coração presencialmente. Eles querem que o torcedor compre pacotes de TV, para que as emissoras paguem a eles mais e mais. Que o torcedor fique em casa, curtindo futebol de todas as partes do mundo, do sofá, o dia inteiro, a noite inteira.

Para isso, decidem preços e sistema de venda na última hora. Comprar pela internet é cada dia mais difícil e os ingressos custam cada vez mais os olhos da cara. Ir com a família, fica numa fortuna. O transporte é complicado.

O América fará uma sequência de jogos pela Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro em casa. O Marcio Amorim, presente em quase todos os jogos em Belo Horizonte, apresenta argumentos e sugestões que deveriam ser levados em consideração pela diretoria do Coelho e demais clubes da capital.

Vale a pena ler o que ele escreveu:

“Sugestão: 40,00 e 20,00

Só sugestão, sem tentar interferir na contabilidade do clube. Coisa, aliás, de que não entendo nada”

Caro amigo!

Estamos em véspera de entrar na fase muito séria e pesada da Libertadores. Diante do que tenho ouvido falar sobre a tumultuada venda de ingressos pela internet para o jogo de sábado, penso de devemos alertar os nossos dirigentes, em especial do América, para a sequência desumana de jogos, tanto para atletas como para torcedores. Em tudo isto, destaca-se a forma de negociar os ingressos e o preço. Nunca tinha visto nada tão fácil de burlar como o tal ingresso impresso. O meliante compra um e imprime várias cópias que não passarão nas catracas, mas serão vendidas fora do estádio. O meliante vende as cópias e se refugia no estádio, entrando com a original. Ninguém pagará de novo, ou seja, ele não será incomodado. Quanto ao preço, interessa mais ao América. Estamos em um ótimo e raríssimo momento em que se deve pensar no aumento da torcida. Seja na busca de novos torcedores, abrindo os portões para crianças e mulheres, seja colocando um preço acessível adequado aos gastos que o clube terá. Não é hora de pensar em lucro, que nunca houve nas bilheterias. Sei que é complicado administrar o América com a pequena torcida que tem, mas a competência dos diretores está exatamente no fato de que eles têm conseguido e feito milagres. Um pouco mais de esforço e teremos novos torcedores e a volta dos que viraram as costas para o time. Um estádio cheio, a preços, digamos, humanos, é estímulo para os atletas, é bonito de se ver e não vira chacota na imprensa, principalmente a mineira. Ademais, atleticanos, cruzeirenses e, principalmente vilanovenses, sabidamente neutros, que gostam de futebol, ajudam a encher o estádio. Só que, até que aconteça o pior com eles, estarão envolvidos com a sequência desumana de jogos também. Pior: porque têm demanda, colocam preços igualmente desumanos. Vale lembrar que o América fará 4 jogos seguidos em BH pela Libertadores, intercalados com Copa do Brasil e Série A. Peço, apenas um pouco de cálculo, compreensão e   lucidez e viva o ingresso de bilheteria! Grande abraço!

* Marcio Amorim


Quem não ganhar o título vai culpar a arbitragem, o VAR e a Federação, com sobras para a imprensa

Foto: www.facebook.com/fmf.futebol/posts/1059199737908114/

O árbitro Felipe Fernandes Lima é considerado o melhor de Minas na atualidade. Prestigiado pela CBF e Conmebol, passará pelo teste fatal de conseguir um “milagre” e não ser xingado por quem não for campeão neste sábado. Sucesso a ele!

É sempre assim, especialmente quando Atlético e Cruzeiro decidem o campeonato. Independentemente de um time estar melhor do que o outro, ou o que desempenhar de certo e errado dentro de campo, o perdedor elege um culpado externo. Normalmente o árbitro e os bandeirinhas, agora com o VAR também.

Estou até imaginando quem será o dirigente ou integrante da comissão técnica e o jogador que será o mais exaltado, soltando as surradas frases:

__ Pênalti arranjado!

__ Valeu o esquema da Federação

__ Juiz safado; nós sabíamos que isso ia acontecer

__ É esquema para ajudar a ressuscitar o Cruzeiro

__ O dinheiro dos mecenas do Atlético funcionou de novo

__ A pressão feita durante da semana deu certo

__ Imprensa comprada, que faz vista grossa

__ Nunca vi isso na minha vida no futebol

__ A gente trabalha duro no dia a dia, treina, luta muito, pra um safado desses vir aqui e nos roubar o título

__ Dá vontade de largar o futebol

 ***

Alguém duvida?


PM se reúne com torcidas organizadas banidas dos estádios e acaba prendendo dirigente de uma delas que tinha mandado de prisão em aberto

Reunião foi ontem, no Batalhão de Choque – Foto: PMMG

Quando vi a notícia de que oficiais da nossa Polícia Militar estava se reunindo com as diretorias das duas torcidas mais famosas pelos problemas de violência do estado, não entendi. Ao se reunir com esta turma, recentemente banida dos estádios pela justiça, a autoridade policial está fazendo um gesto de reconhecimento ao poder deles.

Mas, o encontro serviu pelo menos para alguma coisa útil, já que um diretor de uma dessas torcidas foi preso, ao apresentar a sua carteira de identidade. Contra ele havia mandados de prisão em aberto e a ficha criminal dele é extensa.

Mais detalhes no site da Rádio Itatiaia:

* “Integrante da Máfia Azul é preso em reunião com PM para tratar sobre a paz no clássico entre Atlético e Cruzeiro”

Torcedor estava com um mandado de prisão em aberto

Por Oswaldo Diniz | 30/03/2022 às 09:18

Um integrante da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, foi preso durante a reunião entre a Polícia Militar (PM) e membros de torcidas realizada nessa terça-feira (29), em razão do clássico entre Atlético e Cruzeiro, na decisão do Campeonato Mineiro marcada para o próximo sábado (2), no Mineirão. Conforme informações apuradas pela Itatiaia, o membro da organizada do Cruzeiro estava com um mandado de prisão por roubo em aberto e, mesmo assim, foi ao encontro no batalhão de Choque da PM. Além desse crime, ele tem passagens por uso e consumo de drogas, furto, vias de fato, lesão corporal e ameaça.

A ordem judicial foi descoberta quando o torcedor apresentou o documento de identidade na entrada da reunião, convocada pela PM para selar a paz entre as torcidas e definir detalhes do deslocamento no Mineirão e em outros pontos da cidade. O torcedor foi preso logo após o fim da reunião e encaminhado diretamente para o sistema prisional.

Banidas

Apesar do encontro com a Polícia Militar, Galoucura e Máfia Azul estão banidas temporariamente após recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). As organizadas estão proibidas de usar ou exibir qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto a caracterize em um raio de cinco quilômetros de estádios em dias de jogos.

https://www.itatiaia.com.br/noticia/membro-da-mafia-azul-e-preso-em-reuniao-para-tratar-sobre-a-paz-no-classico-entre-atletico-e-cruzeiro


Dona Leila, presidente do Palmeiras, dá exemplo de como tratar torcida organizada e cornetas: “Não quero ter paz, eu quero o conflito”

Foto: Fábio Menotti/Palmeiras

A presidente e dona da Crefisa, principal patrocinadora do Palmeiras, não é de meias palavras e é corajosa. Em entrevista ao Estadão de São Paulo, no início deste mês, ela rasgou o verbo sobre temas que são polêmicos em qualquer clube. Vale a pena ler.

* “Não quero ter paz, eu quero o conflito”, diz presidente do Palmeiras

Em quase três meses no cargo, Leila Pereira garante que não vai se dobrar ao “sistema”

Leila Pereira tem um aperto de mão firme. Sempre olha para o interlocutor quando está falando. Vai e vem nas histórias sem perder o fio da meada. Lembra do dia em que decidiu procurar o Palmeiras para se oferecer como patrocinadora. Conta que achavam que era trote. Faz um balanço e mostra-se preocupada nesses quase três meses de mandato na presidência para um período de três anos e mais três se conseguir a reeleição, como planeja. Rechaça que vai renunciar, como chegou a ouvir na semana passada, enfrenta e promete dar um basta na gastança sem necessidade no clube, rompe com a torcida e pede a devolução de R$ 200 mil dela e não teme o conflito.

O momento é turbulento no Palmeiras como ela nunca viu antes. “A cobrança da torcida não me incomoda, não quero ter paz. Eu quero o conflito… esse é o futebol, jamais imaginei que as pessoas iam bater palmas para mim quando estivesse sentada na cadeira da presidência”, disse em entrevista ao Estadão.

Suas preocupações dizem respeito a assuntos fortes e pontuais que causam nela uma mistura de sentimentos entre a decepção e a desconfiança, e que gera reação e recados claros para quem quer que seja. Leila está decepcionada com os membros da torcida organizada Mancha Alviverde, com quem “rompeu” relações. Ela está desconfiada de que muitos no Palmeiras não gostam de ver uma mulher com tanto poder no clube.

“Sou a mesma do meu primeiro dia, mas a minha percepção é que as pessoas mudaram comigo. Antes de ser presidente, o torcedor me tratava com carinho e paciência. A partir do momento que me tornei presidente, começou uma cobrança sem fundamento”, alega. “Eles entendiam que a Leila não teria limites (financeiros). Não é assim. A gastança e o descontrole são um absurdo no clube. Estou dando um basta nisso.”

Leila admite que as pessoas olham para ela e veem um cifrão andando, como no desenho animado. Não vai ser assim, ela diz com voz segura. Há dinheiro, mas o clube não vai torrá-lo sem critérios, o que a faz dar mais um recado à comunidade palmeirense antes mesmo dos 100 dias de sua presidência. Uma auditoria externa foi contratada para avaliar todos os departamentos do clube. Ela vai dizer o que funciona e o que não funciona no Palmeiras. “A partir daí, muita coisa vai mudar.”

O rompimento com a Mancha a fez pedir de volta R$ 200 mil que havia gasto para levar torcedores uniformizados para Abu Dabi a pedido de Paulo Serdan e de outros líderes da organizada, como o próprio Serdan informou em live feita em sua rede social. O dinheiro foi devolvido. O motivo desse rompimento, para Leila, é “ridículo”. Diz respeito à presença de seu assessor pessoal, Oliverio Jr., no comando da assessoria de imprensa do Palmeiras

Acusado de ser corintiano e ter relações estreitas com o “lado de lá”, a torcida pediu sua cabeça – ele é acusado ainda de provocações a torcedores no Allianz Parque. “É crime isso o que estão fazendo, pedindo a demissão de um colaborador por ele ser torcedor de outro time. Nunca perguntei isso para nenhum de meus colaboradores”, disse a presidente. Leila manteria Oliverio no posto não fosse o pedido dele para sair. Sua decepção então fez com que ela rompesse com a torcida.

A presidente não vai mais ajudar os torcedores com dinheiro, passagens, ingressos ou qualquer outro tipo de auxílio, tampouco aceitará projetos da Lei Rouanet para o carnaval, como admite ter feito no passado. O rompimento, por ora, é total. “É óbvio que o dinheiro sempre foi meu. Eu escolho e faço o aporte aos projetos da Lei. Recebo 150 projetos por ano, mas escolho o da Mancha.”

Ainda sobre o caso de seu assessor, ela revelou que membros da torcida, incluindo Paulo Serdan, estiveram em seu camarote no Allianz Parque para um show do Phil Collins. O colaborador estava lá e todos se abraçaram e se divertiram juntos. Por isso, diz não entender o que mudou e nem a necessidade da demissão. Pediu para relevar, mas a torcida não atendeu ao seu pedido.

“Foi decisão do Oliverio Jr de sair. Por mim, ele continuaria à frente do departamento de comunicação do Palmeiras. Não me vejo acuada em hipótese alguma com isso. Zero. Não me sinto acuada em nada. Vou deixar claro que a presidente do Palmeiras sou eu. Todos querem mandar aqui. Não vão”, diz, dando mais um recado de como será sua gestão nos próximos dois anos e nove meses.

Preconceito

Leila espera estar enganada, segura as palavras para não se expressar de forma errada, mas começa a olhar de forma diferente para focos de “preconceitos” pelo fato de ser mulher. Diz que nunca havia sentido isso antes de se sentar na cadeira que, desde a fundação do Palmeiras, em 1914, só havia pertencido a homens. Ela não aceita isso também. “Eu começo a olhar para isso de outra forma. Mas não é a Leila que tem todo esse poder. É o cargo que ocupo.” Todas as decisões do Palmeiras passam por ela. “Sou eu que decido e não tenho medo de decidir”.

Gastança

Em quase três meses no cargo, Leila Pereira garante que não vai se dobrar ao “sistema”. Mas qual sistema ela está se referindo? Ao sistema do futebol e das gestões dos clubes, do dinheiro fácil, dos pedidos de camisa a todo instante, dos voos fretados sem necessidade, das comissões pagas a empresários na ordem de R$ 30 milhões (a informação é dela e se refere a um jogador que “veio de graça” e que não está mais no clube), enfim, da torneira aberta por onde jorram R$ 900 milhões, valor estimado da receita da temporada.

Leila não é o cifrão que todos imaginavam que ela seria. “Estou dando um basta nisso. A cobrança da torcida não me incomoda, não quero ter paz, eu quero o conflito… esse é o futebol, jamais imaginei que as pessoas iriam bater palmas para mim sentada na presidência… Eu vi como trataram o Maurício (Galiotte, seu antecessor). Muitos querem se sentar na cadeira de presidente. Mas a presidente sou eu.”

O clube deve R$ 130 milhões à Crefisa. Esse dinheiro só pode ser pago com a venda de jogadores do elenco. Se isso acontecer, o Palmeiras tem dois anos para fazer o pagamento. Como ela está nas duas pontas da mesa, enxerga a transação com clareza e sem preocupação porque entende que o clube tem faturamento para quitar essa e outras dívidas. O dinheiro da patrocinadora continua entrando (R$ 82 milhões por ano até 2024) e não há sinais de que isso termine.

Camisa 9

Mas nenhum centavo será investido, segundo ela, no que não precisa, por pressão ou para acalmar a torcida. Nem mesmo o mantra “cadê o camisa 9” tira a presidente do sério. Leila aproveita o tema para mandar mais um recado. “Não haverá contratação de jogador sem o aval da presidência, do treinador e do gerente de futebol. Não vamos comprar ‘jogador-aposta’, não vamos fazer contratos longos com atletas com mais de 29 anos. É um princípio meu. Não há centroavante no futebol brasileiro, há bem poucos na América do Sul e ninguém que atua na Europa quer vir para o Brasil. Então, todos terão de esperar aparecer um jogador interessante e pronto”, diz.

“Também já falei com os profissionais do departamento médico que não somos uma instituição de recuperação de jogador. Só contrataremos quem passar nos testes clínicos.” Algumas ofertas foram feitas e recusadas. Outras jamais chegaram a ser mencionadas. Ela sabe das necessidades de Abel Ferreira e vai atendê-lo quando encontrar o atleta certo. Diz que não há teto financeiro para as negociações, mas exige que o jogador chegue pronto.

Para cada assunto, Leila tem uma história. Contou recentemente o valor que chegou em sua mesa para fretar um avião para os Emirados Árabes Unidos a fim de ilustrar essa gastança desenfreada do clube. Gente do Palmeiras pediu R$ 1 bilhão. Ela foi informada de que tinha de decidir naquele dia porque a Fifa estava cobrando. Disse “não”. Os valores foram baixando até chegar na metade da proposta. O clube resolveu alugar o avião porque começou a vender assentos livres. Levantou dinheiro necessário para cobrir as despesas. “É esse gasto sem necessidade que estou me referindo. O sistema sempre foi assim. Não será comigo.”

Leila ainda disse que o Palmeiras vai continuar apostando na sua base, cujo investimento anual é de R$ 30 milhões. O projeto de uma nova Academia 1 está pronto, em busca de documentação dos órgãos públicos competentes para iniciar as obras. Em junho, a mais nova joia do clube, Endrick, de 15 anos, vai assinar seu primeiro contrato.

https://www.metropoles.com/sem-categoria/nao-quero-ter-paz-eu-quero-o-conflito-diz-presidente-do-palmeiras


América toma de quatro do Athletico-PR em amistoso. Tem um trem errado aí!

Foto: twitter.com/AmericaMG

Este planejamento para a temporada, a comissão técnica e o elenco estão devendo neste início de ano.

Ah, tá! É amistoso. O que importa é a Libertadores da América.

O time não se classificou para a fase final do Campeonato Mineiro.

Ah, o que importa é a Libertadores. . .

Foi eliminado pelo Tombense da Taca Inconfidência, que é o troféu consolação do mineiro.

O que importa é a Libertadores…

Depois vem o Brasileiro e a luta contra o rebaixamento

O mais recente contratado, atacante Paulinho Boia, foi expulso neste amistoso.

O meia Alê saiu machucado aos 10 minutos de jogo.

Foto: twitter.com/AthleticoPR


Tudo indica que teremos uma grande final do Mineiro, dentro e fora de campo, com as duas torcidas presentes

Foto: twitter.com/Mineirao

O Galo jogou para o gasto contra a Caldense e confirmou a sua classificação para a decisão, contra o Cruzeiro, que ontem passou pelo Athletic.

A Polícia Militar já garantiu que dará toda a segurança necessária para que o Mineirão receba as duas torcidas. E ela tem competência para isso. Já mostrou incontáveis vezes.

No estádio, dentro e fora, a segurança é menos complicada. Preocupação maior deve ser nos bairros, nas regiões onde as gangs uniformizadas marcam as brigas. Mas a inteligência das polícias Militar e Civil sempre conseguem rastrear e detectar estes locais para tomar os cuidados preventivos.

Os dois times estão bem montados e jogando bonito. Passaram pelos concorrentes semifinalistas com um “pé nas costas”, sem sustos.

O Atlético tem mais talentos, mas isso, neste clássico, não é garantia de vitória, e a história apresenta muitos exemplos. Ou seja, resultado imprevisível.


Cruzeiro mostra que, dentro de campo, está indo muito bem, mas só dia 4 deverá decidir o seu futuro

Imagens: twitter.com/Cruzeiro

Ronaldo acabou com o cabide de empregos, com a farra de conselheiros e parentes, cortou as mamadeiras, dispensou jogadores que não serviam mais ao clube e ganhavam fortunas, reduziu drasticamente a folha de pagamentos e está pagando em dia. Parou de dar ingressos para torcidas organizadas, peitou a Minas Arena para rever o acordo para mandar os jogos no Mineirão, adotou o Independência como nova casa e conseguiu renegociar e voltar a jogar no “Gigante da Pampulha”.

Paralelamente investiu em um treinador que sabe trabalhar com elenco sem estrelas, aposta nos jovens da base e comissão técnica enxuta. Paulo Pezzolano tem se mostrado competente e o time dá esperanças de que deverá brigar bem por uma das quatro vagas da Série A 2023.

O problema agora é o tamanho da guela dele, da XP e dos sócios ocultos dele, que querem ficar com 90% das ações da SAF, pagando mixaria. E agora quer também as duas Tocas da Raposa.

Ele tem uma tropa de choque na mídia que pressiona os conselheiros para votar a favor de tudo que ele quer. Como o Conselho do clube pisou feio na bola, sendo omisso e cúmplice dos dirigentes que arruinaram o Cruzeiro, a credibilidade dos conselheiros está em baixa. Mas é importante lembrar que há conselheiros sérios, que precisam ser ouvidos, porque é o futuro da instituição que está em jogo.

Dia 4 de abril, a reunião extraordinária do Conselho, que está marcada, vai decidir. Se houver bom senso de lado a lado, deverá sair um acordo. Se não sair, são enormes as possibilidades da questão ser judicializada. Aí, ninguém sabe dizer no que pode dar.

O time volta à final do campeonato mineiro depois de dois anos


América focado só na Libertadores e sem poder jogar no Independência

O América escalou o seu terceiro time para disputar o estranho Troféu Inconfidência, criado ano passado pela FMF, e saiu de forma melancólica. Entendo que a comissão técnica exagerou ao não mandar a campo nem o time reserva. Além de ser mais competitivo, estaria observando os reservas imediatos.  Perdeu o primeiro jogo para o Tombense, lá, e ontem empatou por 1 a 1, no Alçapão do Bonfim, em Nova Lima.

Aliás, que absurdo o Independência estar fechado por causa da lerdeza do governo em reajustar os acordos com o América, para que ele volte a administrar o estádio. E a Libertadores batendo à porta.

Aliás, sobre isso, o comentarista Fred BH, aqui do blog, sugeriu o seguinte:

“Diretoria do América, se for inteligente: combina com a diretoria atleticana os dois jogos no Mineirão, com renda dividida. Fatura uma grana, junta com a premiação da participação na fase de grupos e investe em qualificar o elenco pra série A e pra Sulamericana no segundo semestre”.

 

O americano Huener – UFMG, concorda:

“Penso que a nossa Diretoria tem que aproveitar a oportunidade, fazer os dois jogos no Mineirão, acumular renda para ajudar no principal objetivo: se manter na série A. Ademais, o Coelhão já mostrou que sabe jogar partida em que há uma multidão torcendo contra. Vide os jogos contra o Cruzeiro e Barcelona (ECU). O que vier dos jogos contra oa Atlético é lucro. Tem que focar é nos outros dois adversários, de preferência, vencê-los no Indepa, buscar empates nos dois fora e contra o Galo, alcançando 10 pontos, ficando atrás do Galo que terminaria com 14 pontos. Se conseguirem isso, será ótimo. Essa é a matemática para os dois passarem. Saudações Americanas.”

Huener


E lá se foi o Engenheiro Gil César Moreira de Abreu, que foi fundamental para que o sonho da construção do Mineirão se tornasse realidade

Gil César, em 2009, numa de suas últimas visitas ao Mineirão, em foto do Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Aos 90 anos de idade. Uma grande figura humana, boa prosa, gente boa toda vida. Descansou, já que há muitos anos enfrentava problemas de saúde, especialmente no que se refere à memoria e mobilidade.

Foi conselheiro e diretor do Atlético, e o Conselho Deliberativo emitiu uma nota de pesar:

*Nota de Falecimento*

… Com profundo pesar, informamos o falecimento do nosso Conselheiro Grande-Benemérito, Dr. GIL CÉSAR MOREIRA DE ABREU.
Nascido no dia 02/08/1931 na cidade de Juiz de Fora, em sua trajetória, formou-se em Engenharia Civil e de Transporte pela UFMG 1953/1957.
Dr. Gil César foi Diretor da ETEA – Escritório Técnico de Engenharia e Administração; Gerente e Construtor de Complexos Esportivos nas cidades de Uberlândia, Campina Grande, São Luís, João Pessoa e em Belo Horizonte atuou na construção do estádio “Mineirão”.
Em sua carreira política, foi vereador nos anos 1973 a 1977, Deputado Estadual de Minas Gerais nos anos 1983 a 1987, tendo se licenciado para assumir o cargo de Secretário de Assuntos Metropolitanos do Estado de Minas Gerais em agosto de 88.
Pelo Clube Atlético Mineiro, concorreu e ganhou a eleição como 3º Vice-Presidente na Chapa A – “GALO DO FUTURO – NOVO TEMPO DE GLÓRIAS” em 2006, tendo como Presidente Dr. Luiz Otávio Ziza Mota Valadares; 1º Vice-Presidente Dr. Renato Moraes Salvador Silva e 4º Vice-Presidente Dr. Ronaldo Vasconcelos Novaes.
O velório e sepultamento será hoje, dia 26/03/2022, e estará restrito somente aos familiares.
Atenciosamente,
Secretaria do Conselho Deliberativo

No site da Rádio Itatiaia, Alexandre Simões, dono do maior acervo da história do futebol mineiro, contou detalhes importantes e muito curiosos da luta do Gil para que o Mineirão deixasse de ser um sonho e fosse construído.

* “Morre Gil César Moreira de Abreu, que ficou marcado como o engenheiro do Mineirão”

… A participação de Gil César na história do Gigante da Pampulha é importante antes mesmo da sua construção, que o teve como engenheiro.

Para a construção foi feito um convênio entre o governo mineiro e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mas ele precisava ser assinado. E o episódio da assinatura escancara a paixão que Gil César Moreira de Abreu tinha pelo Mineirão.

Quem revelou a história no livro sobre os 40 anos do estádio foi Jorge Carone, ex-prefeito de Belo Horizonte e autor do projeto que destinava 4% da receita da loteria estadual para a construção do Mineirão, isso como deputado estadual.

Ele lembra que apesar do convênio firmado entre o governo mineiro e a UFMG, faltavam as assinaturas do ministro Clóvis Salgado (Educação) e do presidente Juscelino Kubitschek, que foram conseguidas de forma inusitada.

“O JK veio a Belo Horizonte com o Clóvis Salgado para a inauguração da Faculdade de Medicina. Foi colocada uma mesa enorme, que os separava dos convidados. O Gil César e eu não tivemos dúvida. De joelhos, passamos por debaixo da mesa e saímos em frente ao presidente. O JK deu uma risada com a cena e assinou o convênio, fazendo um pedido: queria que o Mineirão tivesse a frente – o hall – para a lagoa da Pampulha”, revelou Carone.

Além de ser o engenheiro principal da construção do Mineirão, Gil César Moreira de Abreu foi por muito tempo também o administrador do estádio.

O sucesso do Gigante da Pampulha fez com que ele fosse convidado para participar da construção de outros grandes estádios, entre eles o Parque do Sabiá, em Uberlândia.

Em 5 de setembro de 1965 o Mineirão foi inaugurado com a partida em que a seleção mineira venceu o River Plate, da Argentina, por 1 a 0.

Era a realização de um sonho de Gil César Moreira de Abreu, que tem seu nome como uma das marcas do Gigante da Pampulha.

https://www.itatiaia.com.br/noticia/morre-gil-cesar-moreira-de-abreu-que-ficou-marcado-como-o-engenheiro-do-mineirao