O Duke retrata bem o sentimento que temos dessa turma que emporcalha a prática política no Brasil, nessas charges, de hoje, ontem e terça, no jornal O Tempo:

Hoje

Ontem

Anteontem

Começou ontem a Taça Minas, com duas situações, no mínimo curiosas: o América está na disputa com um time B, enquanto o A disputa a fase decisiva da Série C. De olho na vaga que o campeão tem na Copa do Brasil 2010, o Coelho não quer perder a oportunidade de se garantir. E estreou bem: empate de 2 x 2, em Montes Claros, com o Funorte, depois de estar perdendo por 2 x 0.

O Uberaba recebeu o Ituiutaba e venceu por 1 x 0. Fica a pergunta: será que acabou o reinado absoluto entre os times do interior, do Ituiutaba?

Só a seqüência da Taça para dizer.

O anúncio da volta do lateral direito Coelho anima a torcida do Atlético, pois além de ter mostrado serviço dentro de campo quando passou pelo clube, é um jogador que se identificou totalmente com a torcida e com Belo Horizonte.

Mas a grande necessidade do time atual, na visão da maioria dos torcedores com quem conversamos, é de um armador ofensivo, criativo, o tal “camisa 10”, para abastecer o rápido ataque.

O lateral Coelho, em foto do globoesporte.com

Aline Soares, a competente assessora de imprensa do América, enviou o seguinte comunicado:

“É com muito orgulho que encaminho o endereço do vídeo emocionante feito pelo torcedor americano Felipe Amore, sobre a volta do Coelho para a Série B de 2010.

Recebi este e-mail do Cristiano Almeida, torcedor do América. Obrigada Cristiano e Felipe.

É sempre muito satisfatório relembrar as conquistas alviverdes e poder compartilhar com a nação americana, que foi fundamental para a conquista.

http://www.youtube.com/watch?v=-blYdRou-JI

Saudações alviverdes!

Aline”

Os resultados dessa primeira rodada do returno mostram que nada está perdido para o Cruzeiro, e que o Atlético só precisa é se firmar, porque está no páreo.

Palmeiras perder para o Coritiba…

Inter perder em casa para o Corinthians…

O São Paulo obteve a sétima vitória consecutiva e é o grande vilão da vez, apesar de ter vencido, em casa, um Fluminense, morto da silva.

Time horroroso esse Fluminense, que tem um becão tipo de fazenda, cintura dura, chutão pra onde o nariz aponta, como esse Cássio, e um Fábio Santos, muito pior que nos tempos de Cruzeiro. Tem mais é que ser rebaixado mesmo!

Mas o Galo tem que vencer o perigosíssimo Avaí, esta noite no Mineirão, senão, vai correr atrás de vaga na Libertadores, e olhe lá!

E o Cruzeiro, se for mesmo para reagir, tem que começar contra o Flamengo, no Maracanã!

Fábio está numa fase tão boa que tem crédito até para falar alguma asneira, como essa de que se estivesse num time do Rio ou SP teria mais chances de ser convocado por Dunga. Foto: VIPCOMM

Não há dúvidas quanto a excelente fase do goleiro Fábio, hoje um dos três melhores em atuação no futebol brasileiro. Só não está na seleção brasileira porque o Dunga prefere outros excelentes também, como o Júlio César, Gomes e o Vitor, do Grêmio, único dos preferidos do Dunga que atua no Brasil.

Dunga gosta de Elton, ex-Vasco, que joga em Portugal, e do frangueiro do Doni, de fraca passagem pelo Cruzeiro, que atua hoje na Itália.

Mas Fábio deu entrevista hoje falando uma grande besteira, típica de complexo de inferioridade. Afirmou que se estivesse jogando em um time do Rio ou SP, teria mais chances de ser convocado.

Santa bobagem! Vitor joga no Grêmio. Recentemente Wagner foi chamado, e jogava pelo Cruzeiro! Dia desses Diego Tardelli esteve lá e jogou contra a Estônia. E Gilberto Silva? jogava  no Atlético quando foi chamado por Felipão, para ser titular no penta em 2002!

Se o Fábio dissesse que o Dunga prefere jogadores que atuam no exterior, ainda daria para aceitar, mas Rio e SP!

Falou besteira!

Direto de Cambridge – Inglaterra chegam as seguintes questões:

“Olá Chico,

Pergunta sincera e sem ironia: quando foi a licitação para o “projeto arquitetônico do Mineirão”? Estou lendo notícias de que foi apresentada a imprensa já um “projeto arquitetônico do Mineirão” para a Copa de 2014. Se o projeto está pronto, então alguém o fez, e foi pago por isto. Quanto custou o projeto? Quem venceu, e quem perdeu a concorrência? Ou já declararam “situação de emergência” e fizeram o contrato diretamente com alguém “super-qualificado”? Mais importante ainda: quem pagou?

Estou curioso com as respostas!

Alisson Sol”

Gostei da opinião do atleticano Renato César sobre o atual momento do time. Confira: 

“Prezado Chico, boa noite!

   Tenho visto notícias sobre contratações no Galo. Dentre as mais recentes, surgiram os nomes de Maldonado e Jonathan Píriz.
   O Maldonado não era interessante até a notícia de que o Serginho vai ficar fora mais uns 2 meses. Isto significa que ele praticamente não volta este ano. E é melhor cuidar dele para que entre 100% na próxima temporada mesmo. Desta forma, um volante passou a ser necessidade também e o Maldonado de repente até poderia ser este jogador.
   Jonathan Píriz é um zagueiro que eu não conheço, mas, pelo que tem sido divulgado, mede 1,75 cm. Esta altura tem que ser considerada um problema para a posição dele no futebol atual, o cara tem que jogar muita bola para superar isto.
   Mas o grande problema é que não tenho visto nada de movimentação para contratação de um meia. Ou as coisas estão muito discretas no Galo ou então a diretoria não tem se concentrado no que é a nossa maior carência. Eu insisto que um craque para a camisa 10 é contratação mais que urgente.

Atenciosamente,

Renato César”
Visite meu blog:
http://rcgalo.blogspot.com/

Os americanos espalhados pelo mundo têm aparecido aos montes. Essa veio de Miami-EUA, do Cacá Tomazzi, que mora lá há anos, mas é mineiro, da nossa querida Conceição do Mato Dentro. Confira:

“Dario José dos Santos, o Dario Peito de Aço, Rei Dadá, ou Dadá Maravilha. Desengonçado, grosso, folclórico e, acima de tudo, goleador. Nascido e criado na pobreza, em Marechal Hermes, no Rio de Janeiro, aos16 anos de idade investiu os dividentos de um furto na compra de uma bola. Daí nasceu a amizade que o livrou da Febem e da marginalidade. Compensou a sua pouca intimidade com a bola com esforço e sorte. O destino colocou em seu caminho pessoas que souberam reconhecer sua obstinação. Primeiro Gradim, então treinador do Campo Grande, que aceitou sua proposta de deixá-lo treinar ainda que sem salário, so queria a comida. Gradim abriu os olhos do jovem aspirante a jogador de futebol para uma realidade difícil, quando lhe disse: você, como jogador de futebol, tem 800 defeitos, e só duas qualidades, uma impulsão incrível e muita velocidade. Depois foi para o Atlético Mineiro como contrapeso na venda do meio-de-cancha Carlinhos. Era o popular bonde. No primeiro treinamento no novo time saiu do campo exausto, suando em bicas, de tanto correr, mas não viu a cor da bola. Ainda teve que ouvir de um companheiro de time: é neguinho, você além de feio é muito ruim. Mas no Atlético Dario encontrou o mestre Telê Santana, e desse encontro nasceu um dos maiores jogadores do futebol. Telê viu no desengonçado Dario o parceiro ideal para o ponta esquerda Tião. Tião era presiso nos cruzamentos, especialista em pingar a bola na área adversária, e por essa habilidade recebeu o apelido de Tião Cavadinha. Tião punha a bola onde lhe pediam, e Dario, com a impulsão e velocidade que Deus lhe deu, chegava primeiro que o os beques, por cima ou por baixo. Chegar, chegava, o que fazer com a bola ja era outro problema. E Dario resolvia êsse problema da maneira mais simples, de qualquer maneira. De canela, de peito, na trombada, fôsse como fôsse o resultado era sempre o mesmo, bola na rêde. O faro de gol e tenacidade de matador fizeram de Dario artilheiro nos grandes times por que passou. Fez o gol que deu ao Atlético o campeonato brasileiro de 71, de cabeça num cruzamento do Tião Cavadinha, e em 76 jogando contra o Vasco, subiu mais que Moisés para fazer, tambem de cabeça, o gol que deu ao Internacional o bicampeonato brasileiro.

Tido como simplório, Dario é na verdade dotado de fina inteligencia. Além de goleador, foi marketeiro de primeiríssima linha. Promovia as partidas provocando as torcidas adversárias com classe. Prometia gols e a êles dava nomes.Quem viu nunca se esquecerá de Dario terminando seu aquecimento antes dos jogos com piques em frente à torcida adversária, exagerando ainda mais sua forma desengonçada. E mesmo em dia de clássico, quando a palavra de ordem é seriedade, ainda tentava uma jogada de efeito. O resultado era sempre catastrófico, e o estádio quase vinha abaixo. Teria sido o precursor da pedalada se conseguisse dar uma só sem tropeçar na bola. Fazia a alegria dos repórteres esportivos com respostas de efeito. Perguntado sobre seus gols de canela, respondeu que não existe gol feio, feio é não fazer gols. Explicou sua qualidade de cabeceador comparando-se ao beija-flor e helicoptero: podia parar no ar. Fez parte da seleção brasileira de 70, e cobrado por não ter jogado um só minuto, explicou que prometera a Pelé não jogar para não tomar dêle a condição de Rei do Futebol.

Dario é hoje comentarista esportivo da rede Alterosa de Minas Gerais. Em programa recente, foi provocado por Jair Bala, maior artilheiro da historia do América Mineiro, que lhe disse que, apesar de ter jogado em 16 clubes de futebol, seu currículo não era completo, porque êle não jogou no América. Dario respondeu com a sinceridade e inteligência que lhe são peculiares. Disse que chegou até a treinar no Vale Verde, mas na hora de assinar o contrato tremeu, porque no América as coisas são diferentes. Dario tem razão, as coisas no América são diferentes. Pela simples razão de que o Coelho tem por compromisso levar o futebol ao estado de arte, e desse compromisso não abre mão nunca. Para quem duvidar, é só dar uma olhada no vídeo que acompanha essa mensagem. Se o link não abrir, tente o endereço

http://www.superesportes.com.br/ed_esportes/001/template_esportes_001_132016.shtml

Os que gostam do futebol-arte certamente vão deliciar-se com o drible refinado de Luciano no goleiro adversário para entrar com bola e tudo e fazer o primeiro gol do Coelho. A magia de Irênio na cobrança de falta, dando vida à bola para que ela se livrasse dos jogadores adversários até chegar aos pés de Leandro Ferreira, que concluiu de chapinha, com simplicidade e precisão. E no terceiro gol, o refinamento de Bruno Mineiro ao aplicar graciosa gaúcha no marcador, levar para a direita e definir com a categoria que se espera dos que vestem a camisa do Maior de Minas. Trés golaços do meu América, três obras de arte que quero compartir com os amigos.”