O Arivelton Carlos escreveu:
“Moro em Nova Lima e todos os dias no horário do almoço, no serviço, assistimos a todos os programas de esporte e fazemos aquela mesa redonda para discutirmos os assuntos do mundo da bola. Num desses dias surgiu a questão que gerou uma aposta e que precisamos da resposta correta de uma pessoa inquestionável e que tem todas as informações. Você seria essa pessoa! Pois vamos à questão: naquele ano em que o time do Fluminense veio a Nova Lima para jogar com o Villa e teve aquele tremendo quebra pau!!!
Esse jogo foi válido pela Copa do Brasil ou pelo Campeonato Brasileiro da série C?”
Fui ao site www.flumania.com.br e achei, dentre muitas coisas, o seguinte:
“O Fluminense Football Club sagrava-se Campeão Brasileiro de 1999 – Série C e garantia sua ascensão a Série B no ano 2000.
OS JORNAIS CARIOCAS ESTAMPAVAM EM SUAS MANCHETES DO DIA 24/12/1999:
Jornal do Brasil
“Tricolor solta o grito de campeão”
“Torcida festeja time e dá ao herói Roger título de Papai Noel”
“É campeão! É campeão! Sou tricolor de coração, sou do clube tantas vezes campeão!” Assim foram recepcionados os jogadores do Fluminense, campeões da Série C, ontem, no Aeroporto do Galeão, por centenas de torcedores.
E nada como um dia após o outro. Se na partida de estréia do Fluminense – derrota para o Vila Nova/MG -, os jogadores chegaram a ser agredidos por desesperados tricolores – que vislumbravam mais um fracasso -, ontem, véspera de Natal, foi diferente. Sorrisos e faixas de campeão no peito formavam o cenário da recepção.
O herói da vitória contra o Náutico, o meio-campo Roger, autor dos dois gols, foi carregado nos ombros pelos torcedores, que o elegeram o papai-noel tricolor. Mas dividiu o mérito. “A conquista foi de todos, jogadores, comissão técnica e, principalmente, da torcida”…
O Globo
“Roger é carregado pela torcida na volta do Fluminense ao Rio”
“Depois de anos de sofrimento, uma festa que valeu como um desabafo. Cerca de 250 torcedores estiveram ontem no Aeroporto Tom Jobim para receber o Fluminense campeão da Terceira Divisão do Brasileiro. E se a cantoria da torcida saudava o clube, os pedidos de autógrafo se concentravam no herói do título. O atacante Roger recebeu uma marcação muito mais cerrada dos fãs ontem do que nas partidas decisivas da Série C. E ficou boa parte do tempo literalmente nos braços da torcida, que o carregou nos ombros”…
“Parreira lembra os desafios de 94”
“A dramática campanha rumo ao título da Terceira Divisão começou com a derrota de 2 a 0 para o Villa Nova, em Nova Lima, mesmo placar da vitória da Bolívia sobre a seleção brasileira nas Eliminatórias de 93, no início da também dura caminhada para o tetracampeonato nos Estados Unidos, em 94. Nas duas conquistas, o mesmo comandante, o técnico Carlos Alberto Parreira.
– As duas campanhas foram igualmente exaustivas e, embora não exista parâmetro para comparação, ser campeão da Série C pode ser considerado até mais difícil, pois na seleção tínhamos todos os recursos e os melhores jogadores do país – diz Parreira.
É por isso que o técnico aguardou com grande expectativa os últimos minutos do jogo com o Náutico, quinta-feira à noite, no Estádio dos Aflitos, em Recife, para comemorar a vitória (2 a 1) e o título da Série C do Brasileiro.
– Tenho muito orgulho desse título. Em todo currículo que fizer daqui para frente, vou fazer questão de citá-lo entre as minhas conquistas como treinador – afirmou.
Emocionado, mas sereno, o técnico dedicou o título ao ex-vice-presidente de futebol Francisco Horta, afastado no meio do campeonato depois da derrota para o Anapolina, no Maracanã (mais tarde o Fluminense recuperaria os pontos na Justiça porque o adversário escalou um jogador que estava em situação irregular):
– O Horta foi o responsável pela minha vinda para o Fluminense e deu todo o apoio à comissão técnica no início do trabalhou que culminou com o título. É claro que este apoio teve continuidade com o presidente David Fischel, mas se não fosse o Horta talvez não estivesse aqui hoje”…
O Dia
“Explosão tricolor”
“Festa pelo título da Terceirona começa no vôo e termina na apoteótica recepção da torcida no Aeroporto”…
Os Jogos
A Campanha jogo a jogo – Primeira Fase
29.08.99
Villa Nova 2 x 0 Fluminense
Villa Nova
Cláudio, Pablo, Giovani, Fabrício e Vânder; Paulinho, Taú, Cristiano e Edmílson (Marco Aurélio); André e Dé (Nilo). Técnico: Júlio Espinosa
Fluminense
Gabriel, Paulo César, Mano, Alexandre Lopes e Paulo Roberto; Marcão, Roberto Brum, Bruno Reis (Magno Alves) e Rogério (Carlão); Roni e Róbson (Vinícius). Técnico: Carlos Alberto Parreira
Local: Estádio Castor Cifuentes (Penidão)
Gols: André 10′ e Dé 33′
Cartões amarelos: André, Dé, Gabriel, Alexandre Lopes, Carlão
Cartão vermelho: Paulo Roberto
Árbitro: Alfredo Leobeling (SP)
Renda: R$ 17.830
Público: 1.874 pagantes
A partida foi interrompida pelo árbitro, após incidentes ocorridos entre a torcida do Fluminense e seus jogadores, além da total falta de segurança no Estádio.
Com o ocorrido o Fluminense foi punido com a perda de um mando de campo.”