Blog do Chico Maia

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Essa virada do Cruzeiro é do Renê e do Chiquinho, em Fazenda Velha

O espetinho do Reginaldo estava cheio quando chegou um atleticano dizendo que o Cruzeiro tomava ferro, do Brusque, aos 39 minutos do segundo tempo. Com outros alvinegros que já estavam no bar, ele comemorava a derrota do Cruzeiro e pediu a saideira, quando o Renê apareceu.

Cruzeirense tradicional do arraial, perto de Sete Lagoas, sempre vestindo a camisa do Cruzeiro em qualquer circunstância, Renê surgiu de forma surpreendente vestindo uma camisa da seleção olímpica brasileira que acabava de ser campeã em Tóquio.

A Raposa perdia, na reestreia de Vanderlei Luxemburgo no comando do time.

Nos tempos das vacas gordas azuis, Renê nunca deu trégua para os atleticanos, mas anda retraído nos últimos tempos. Vê-lo sem a camisa do Cruzeiro é a coisa mais rara do mundo. Chegou aos 38 do segundo tempo. Naquele presente momento, a camisa da CBF caía bem, para evitar maiores aporrinhações. Acabou de entrar no bar e Felipe Augusto empatou o jogo.

Outro cruzeirense apaixonado, Chiquinho já estava lá há muito tempo, caladinho, com a patroa Suely. “Nem aí” para o futebol. De costas para a TV, que mostrava uma das disputas dos Jogos de Tóquio. Deu de ombros quando um dos atleticanos à sua volta pediu ao Reginaldo para mudar o canal da TV, para ver o resto do sofrimento do Cruzeiro em Santa Catarina.

Porém, de soslaio, numa meia jota dessas despretensiosas, Chiquinho deu um pulo, quando viu o Zé Carlos, goleiro do Brusque, engolindo um frangaço, e o Cruzeiro virando o jogo.

Não perdeu tempo e gritou, na hora: “Cruzeirão cabuloso, Libertadores 2023 à vista!”

De Ponte Nova, conterrâneo e amigo do Reinaldo, Chiquinho é também flamenguista, de raiz!

Dureza!

Leitor assíduo do SETE DIAS!

Os secadores atleticanos sifu, dessa vez!

E viva o futebol!


Com vitória, estreia de Vanderlei Luxemburgo no Cruzeiro em 2021 foi semelhante à de Luiz Felipe Scolari em 2020

Ambas no Sul do país. A diferença básica é que Felipão pegou o time na 17ª rodada e Vanderlei na 16ª. Confira a memória eletrônica do jornal Hoje em Dia e do Globoesporte.com:

* “Felipão – 20 de outubro de 2020

O técnico Luiz Felipe Scolari estreou com o pé direito no Cruzeiro, pois a equipe mineira derrotou o Operário-PR por 1 a 0, nesta terça-feira (20), em jogo válido pela 17ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Gramado de Brusque 1 x 2 da pior qualidade 

Em partida realizada no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (Paraná), a Raposa triunfou graças a um gol do atacante Arthur Caíke aos 39 minutos do segundo tempo.

Este foi um resultado importante para a equipe de Felipão, que chegou aos 16 pontos, subindo para a 17ª posição (ainda dentro da zona do rebaixamento).

https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-10/serie-b-felipao-estreia-com-vitoria-no-cruzeiro

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A estreia de Vanderlei Luxemburgo no Cruzeiro foi com vitória. Neste sábado (7), a Raposa visitou o Brusque, em Santa Catarina, e após sair atrás no placar, pressionou e conseguiu arrancar uma virada por 2 a 1, em jogo válido pela 16ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O time estrelado encerrou com estilo a sequência de nove partidas sem vitória, ao bater um adversário que estava invicto há cinco duelos.

O Cruzeiro tentava o gol, que não vinha, e quando parecia que o time chegaria ao 10º jogo seguido sem vitória, brilhou a estrela de Luxemburgo com as suas modificações. Aos 41min, Claudinho fez boa jogada e tocou para Felipe Augusto empatar. Apenas dois minutos depois, Giovanni arriscou de longe e foi premiado com o gol da virada de uma importante vitória celeste, que tirou o time da zona de rebaixamento.

Com novo ânimo após a importante vitória, o Cruzeiro agora vai se preparar para o próximo duelo, contra o Vitória, no Mineirão, nesta quarta-feira (11), às 19h (de Brasília).

https://www.hojeemdia.com.br/esportes/cruzeiro-vira-no-fim-vence-brusque-na-estreia-de-luxemburgo-e-sai-do-z-4-da-s%C3%A9rie-b-1.849218


Treinador faz diferença sim. O Botafogo que o diga, com o Enderson Moreira. Luxemburgo tem o mesmo desafio

Foto: @Cruzeiro

O comentarista do blog, Carlos Henrique, lembrou bem: “E Enderson Moreira conseguiu 3 vitorias consecutiva no Botafogo e ganhou o clássico com o Vasco. Está há 4 pontos do g 4, bom treinador. Não serviu para o Cabuloso, mas está vivo com o Botafogo. Torço para o Botafogo subir…”

Foto: @Botafogo

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Pois é! É o caso do Vanderlei Luxemburgo, que terá a oportunidade de mostrar, também, a partir de hoje, que faz diferença, para melhor. Assume o Cruzeiro em situação muito ruim e estreia fora de casa contra o Brusque, que subiu ano passado da Série C e que faz boa campanha na B. Está em 7o lugar, com 24 pontos. O Cruzeiro tem 13 pontos, e ocupa a 18a posição, à frente do Brasil de Pelotas, 12 e Confiança, 10. Atrás do Londrina, Ponte Preta e Vitória, todos com 13 pontos também.

Sobre o Enderson Moreira, entendo que foi o grande erro da  atual diretoria cruzeirense, demiti-lo naquela época. De cara, zerou os seis pontos negativos, impostos pela punição da FIFA e fazia campanha satisfatória, para brigar pelo acesso. Na precipitação de quem não é do ramo, foi mandado embora. Na sequência seus substitutos não conseguiram nem chegar perto dos quatro primeiros colocados.


Do semblante do diretor Pastana ao forro amarrotado, na esquisita reapresentação do Vanderlei Luxemburgo no Cruzeiro

Fotos: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

A impressão é que o diretor de futebol Rodrigo Pastana estava incomodado e constrangido com alguma coisa. As fotos e vídeos mostram. O cenário também chamou atenção, com o forro sobre mesa improvisada desalinhado e amarrotado, totalmente diferente do impecável Cruzeiro de outros tempos, o que gerou inevitáveis gozações, tipo “Passadeira com salários atrasados faz greve”

Durante a primeira fala na coletiva, o treinador soltou uma frase que fez lembrar as melhores da ex-presidente Dilma: “”Não tem nenhum time que está fora da zona do rebaixamento, nenhum time ganhou o campeonato e nenhum time que está ali já fugiu do rebaixamento. O campeonato está para nós…”, disse Luxemburgo.

Rodrigo Pastana cumprindo o “protocolo” de entrega da camisa ao novo treinador.


Apresentação de Felipão teve mais pompas que a do Luxemburgo. Mas expectativa agora é que o resultado dentro de campo seja satisfatório

O anúncio de Scolari foi feito com pompa maior que a do Luxemburgo, inclusive com o contrapeso do José Carlos Brunoro, que entrou no pacote da aquisição, como consultor do Departamento de Futebol, que já tinha o ex-atacante Deivid.

Tudo passa tão depressa, no futebol principalmente. Menos de um ano atrás, mais precisamente no dia 15 de outubro de 2020, com muito alarde, o Cruzeiro anunciava a contratação de Luiz Felipe Scolari, com o seu currículo de causar inveja, que topara retornar ao clube porque ficou “encantando” com o projeto de longo prazo proposto pela diretoria. Gostou tanto que aceitou um salário “irrisório”, só mesmo por causa do amor “eterno” e gratidão que tinha pelo clube azul das montanhas. Contrato até dezembro de 2022. Porém, a falta de pagamento de salários abreviou a permanência do treinador na Toca da Raposa. Ficou 3,5 meses, e fez um acordo para sair, evitando que o Cruzeiro pagasse R$ 10 milhões de multa. Acordo não cumprido e ele ingressou na Justiça do Trabalho, ontem.


Ufa! Atlético classificado. Jogador que falha muito é igual estepe de carro. Quando você precisar vai se ferrar

Vargas marcou o gol que evitou que a decisão fosse para os pênaltis, mas pediu para tomar o cartão amarelo ao tirar a camisa para comemorar.

A essa altura o Éverson já deve ter assumido a culpa do frango, mais um, e pedido desculpas. Pronto, ganhou o apoio de milhares. Mas não resolve o problema.

É bom goleiro, para times que não têm altas pretensões como o Atlético. Falha demais. Porém, é bom de lábia, sabe usar gestos e palavras para ir levando torcedores mais apaixonados com a barriga. Até o dia em que comprometer um título ou uma classificação. Cuca sabe disso, mas dá de ombros.

Primeiro tempo em Feira de Santana, da pior qualidade e derrota de 2 a 0. No segundo, Cuca mexeu, escalou quem tinha que escalar e o Galo mandou no jogo. Conseguiu fazer um gol que lhe garantiu a passagem à próxima fase.

O Fernando Martins resumiu tudo: @martinsymiguel “Atlético dominado pelo Bahia. Fez um dos piores 1ºT no ano. Não conseguiu criar nada. Sufocado pelo lado direito, principalmente. Jair, Allan e Tchê Tchê é um meio que já jogou outras vezes e não funcionou. Placar justo e quase o Atlético vai para o 2ºT eliminado.”

Raws Miranda comentou no blog:

“Intervalo de jogo. Everson e Rever infelizmente foram os protagonistas dos dois gols que sofremos. Só que vi além disso um Jair, Tchê Tchê e Savarino não jogando NADA! Os dois do meio não tomam bola de ninguém, não tem raça e não criam. Savarino joga um partida boa e quatro ruins.
Que queimem minha língua no segundo tempo.”

E o Fred Ribeiro arrematou: @fredfrm “Atlético voltou outro na segunda etapa. Subsituições surtiram efeito. Grande cruzamento de Dylan para Vargas, que quase já havia marcado. Cabeçada certeira do chileno”


Atlético deverá se classificar porque tem mais time. Estatísticas neste momento são pura perfumaria

O Bahia recebe o Galo no jogo da volta, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana, às 21h30.

Em foto/montagem do @ECBahia, Gilberto, 32 anos, artilheiro do time.

Há alguns anos as estatísticas entraram em cena nos noticiários esportivos e uma avalanche de números passou a ser jogada na cabeça de quem acompanha principalmente o futebol. Atuações dos times, trabalho dos treinadores, preparadores físicos, qualidade dos jogadores e outros fatores fundamentais ao espetáculo, muitas vezes dão lugar a comparações com situações passadas, de outras competições, que não têm nada a ver com a atualidade.

@Atletico

O Galo venceu no Mineirão por 2 a 0 e pode até perder por diferença de um gol esta noite, que se classifica. Hulck, principal estrela da cia., que não jogou  domingo, pelo Brasileiro, volta ao time hoje, mas vários noticiários dão como principal destaque, o fato  de que todo mandante que venceu o primeiro jogo por dois gols de diferença desde 2018 se classificou, ano em que gol marcado na casa do adversário deixou de ser “gol qualificado”, aquele que era utilizado como critério de desempate. Bobagens ao vento!

O que importa é a qualidade dos times em campo, com todas as nuances que envolvem uma partida de futebol. Em “condições normais de temperatura e pressão”, vai dar Galo, pois tem mais qualidade de modo geral. A não ser que ninguém jogue nada e o Bahia jogue tudo o que não tem jogado.

Os prováveis times iniciais: Everson, Mariano, Réver, Junior Alonso e Dodô; Allan, Jair, Tchê Tchê e Savarino; Sasha e Hulk. Técnico: Cuca

Nacho Fernandez, o cérebro do Galo em foto do @Atletico

Esporte Clube Bahia: Danilo, Nino Paraíba, Conti, Correia e Matheus Bahia; Patrick de Lucca, Matheus Galdezani e Daniel; Rossi, Gilberto e Rodriguinho.

Técnico: Dado Cavalcanti

Árbitro, auxiliares paulistas e VAR:  Vinicius Gonçalves Dias Araújo; Marcelo Carvalho Van Gasse e Daniel Paulo Ziolli. VARJosé Cláudio Rocha Filho.


Luxemburgo sabe que sem salários em dia, Cruzeiro corre sério risco de cair. Subir, sem chance

Foto: www.mg.superesportes.com.br

A situação é delicada, o elenco é fraco, mas Vanderlei Luxemburgo continua sendo um ótimo treinador, até capaz de conseguir uma guinada e fazer o Cruzeiro reagir. Com tanta experiência como jogador e treinador, ele está certíssimo em exigir que o Cruzeiro ponha os salários em dia para aceitar o convite para dirigir o time novamente. Não se trata de “mercenarismo” do grupo, mas de uma coisa óbvia, para quem é profissional de qualquer área. No futebol, com que autoridade um treinador pode exigir dos seus comandados se eles não têm nem perspectiva de quando receberão o salário mensal?

Já não pode inscrever novos jogadores contratados, por restrição imposta pela FIFA, justamente por causa de dívidas. Sem um bom ambiente, sem chances de motivar o grupo.


Discussão sobre “Hulkdependência” no Galo, comparações com o Flamengo e as eternas dificuldades olímpicas

E-mail enviado pelo Alexis Campos, com observações interessantes sobre o Atlético e o desempenho brasileiro nos Jogos de Tóquio 2020: * “Prezado Chico,

no programa Bate-Bola, da ESPN, discutia-se quem vive melhor momento: Gabigol ou Hulk. Apenas o Sormani opinou que o Hulk vive melhor momento,  sendo massacrado pelos companheiros de bancada. O principal argumento era que o nível dos jogadores do Flamengo é muito alto e que eles se equivalem, de forma que não existe apenas um que se destaca. Mais ainda: afirmaram categoricamente que o Atlético sofre de uma Hulk-dependência. No momento fiquei extremamente irritado, mas assistindo ao jogo do Galo contra o Atlético-PR, fiquei em dúvida se eles não tinham uma certa razão…

Este é o tipo de opinião que não colocaria no blog, pois infelizmente a tolerância com quem pensa diferente não existe mais. Mas apesar da alegria pelas medalhas da Rebeca Andrade, principalmente levando-se em conta sua trajetória, fico incomodado com a “romantização” da favela e da superação que sempre acontece nesses casos – como se dependesse apenas da pessoa vencer as desigualdades sociais e alcançar feitos notáveis. Infelizmente, graças à omissão e descaso do poder público, pra cada Rebeca Andrade que consegue “chegar lá”, existem milhões que já perderam a esperança e só desejam poder acordar sem ter dúvidas se terão ou não o que comer.

Grande abraço!

Alexis Campos


Situação do Cruzeiro para não cair e ainda tentar subir

Comentários interessantes aqui do blog sobre o pesadelo que o Cruzeiro está vivendo na Série B. Um sobre números e outro sobre o time, do Fred BH e Alisson Sol:

Fred BH

“O Cruzeiro venceu 1 partida a cada 7,5 jogos, aproveitamento de 28%. Se quiser escapar do rebaixamento, precisa vencer 1 partida a cada 2,5 jogos, ou um aproveitamento de 48%, nesse ritmo até o fim do campeonato. Trocando em miudos, o time azul precisa jogar no nível dos que estão disputando G4, só que não é pro acesso e sim pra escapar da serie C.”

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Alisson Sol

“Vamos tentar ver o positivo: quem entende de futebol ao menos um pouquinho está assistindo a uma excelente aula de “como não gerenciar um time de futebol” ocorrendo no Cruzeiro Esporte Clube.

Quem assistiu o jogo ontem viu o que talvez foi uma das melhores partidas do time nos últimos tempos. Os 3 problemas do Cruzeiro na partida nada tem a ver com o técnico:
1) A insistência com alguns jogadores. Deve estar no contrato do Sóbis e do Fábio que eles tem de ser escalados. O Sóbis talvez tenha a melhor técnica entre os jogadores de linha. Mas está andando lentamente em campo e matando jogadas. Não adiantar querer ser um Ronaldinho Gaúcho, e parar em uma pequena área do campo e correr de vez em quando. Tem de também ter a rapidez de ação. O time melhora muito quando o Sóbis é substituído.
2) E o segundo problema, derivado do primeiro, é o Fábio. Sempre foi um goleiro com bons reflexos, mas que demonstrava problemas saindo do gol. Ontem, mesmos velhos erros: o cruzamento do primeiro gol era totalmente “afastável” por um goleiro que fosse na bola, e no segundo gol, ao contrário, sai atrasado e mal numa bola e leva o chapéu. O que o Mozart tem a ver com estes erros que o Fábio comete há uns 20 anos?
3) Por fim, temos o fato de os atacantes não terem capacidade de cabeçear uma bola sem que a coloquem em cima do goleiro, ou acima ou ao lado do gol.

Agora, um novo técnico, ao invés de treinar fundamentos como cabecear, vai impor novo esquema tático, ter horas e horas de conversa fiada com um time que precisa melhorar a forma física, e fazer mais alguma alterações absurdas, quando o Mozart parece que, finalmente, estava criando um time “compatível”. É aproveitar a “aula”…”