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Como diz o grande mestre Rogério Perez: “menos gente; bem menos!”
Terminada a fase de grupos da Libertadores de 2011, o Cruzeiro, com uma campanha impecável, ficou em primeiro lugar geral e teria a vantagem de fazer o segundo jogo nos “mata-mata” que se seguiriam, em casa. Igual ao Atlético atualmente. Diego Aguirre dirigia o Peñarol e torcia para não enfrentar o Cruzeiro na sequência. Em entrevista a um portal uruguaio, ele rasgou elogios ao time brasileiro, então dirigido por Cuca:
– “Guardadas as devidas proporções, no continente, o Cruzeiro é como o Barcelona. Seu jogo e os resultados que alcançou na Copa Libertadores são contundentes.”
Grande parte da mídia brasileira passou a repetir isso, principalmente a ala azul da imprensa mineira. Com todo o direito, a torcida do Cruzeiro embarcou nessa e surfou na onda. Porém, surfou tanto, que acabou contagiando o time e talvez até a comissão técnica. No sorteio para as oitavas de final, o Cruzeiro pegou o Once Caldas, da Colômbia e o atropelou, lá, no estádio Palogrande, em Manizales, vencendo por 2 a 1. Porém, na volta, do alto dos tamancos, tomou de 2 a 0 na Arena do Jacaré. Eliminado. Lá se foi o “Barcelona das Américas”.
Agora, ando lendo e ouvindo gente boa e quase boa da imprensa dizendo que o Atlético é o “Paris Saint-Germain” do continente. Uns, ironizando; outros, caindo na mesma conversa boba que muitos cruzeirenses caíram em 2011.
Em abril do ano passado, o Globoesporte.com, lembrou essa história, que enganou a gente demais; Minas e Brasil afora:
“… Há nove anos, em um 13 de abril, o Cruzeiro aumentava o encantamento do seu futebol e arrancava para a fase de mata-mata da Libertadores como favorito ao título. A vitória por 3 a 0 sobre o algoz de 2009, Estudiantes, na Argentina, alimentava o sonho do tricampeonato e faria o time azul e branco ganhar um apelido que acabou ficando como “maldito”: Barcelona das Américas. Com a vitória na Argentina, diante de um time misto do Estudiantes, o Cruzeiro encerrou o Grupo 7 com 16 pontos (cinco vitórias e um empate). Foram duas vitórias soberanas sobre o Estudiantes (5 a 0 e 3 a 0), duas sobre o Guaraní, do Paraguai, (4 a 0 e 2 a 0) e uma vitória (6 a 1) e um empate (0 a 0) contra o Tolima, da Colômbia, finalizando a fase com a marca de 20 gols em seis jogos e apenas um sofrido. (mais…)