Blog do Chico Maia

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Juntaram-se a fome com a vontade de comer e Felipão se foi

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O treinador estava insatisfeito com tudo, já que o que fora combinado quando ele assinou contrato não estava sendo cumprido. Salários, de todos, atrasados, principalmente. Como cobrar excelência de um subordinado, seja jogador ou funcionário de outras áreas, se o patrão não cumpre o básico.

A diretoria também sentiu que apostou alto demais para a situação financeira caótica em que o clube se encontra. Felipão e demais membros da sua comissão técnica custam caro, merecidamente, diga-se. Mas a multa era pesada, e unilateral. Só o Cruzeiro é que pagaria, em caso de rompimento.

Ao que tudo indica, o telefonema de alguma federação sul-americana ou de algum outro clube tocou. Felipão deve ter gostado da proposta e fez um acordo para sair numa boa.

Ele foi elegante no comunicado que fez em suas redes sociais:

“Quando em outubro recebi em Porto Alegre o presidente Sérgio e diretoria, eu disse sim ao plano de construção de um novo Cruzeiro EC. Sabia do desafio que  era recuperar o time na Série B. Naquele momento havia uma grande ameaça de queda para a Série C. Todos nós naquela reunião assumimos o compromisso com este projeto. Um trabalho organizado onde todos deveriam dar sua contribuição, cada um no seu setor. Aceitei retornar com enorme prazer em ajudar e trabalhar pelo clube. Conseguimos recuperar o time na série B.
Agradeço aos atletas que ficaram aqui, que aceitaram nosso convite, aos integrantes da comissão técnica, funcionários e torcedores. Agradeço a todos que nos ajudaram na recuperação do time no campeonato”
“Desejo sucesso ao Cruzeiro EC para a próxima temporada”.

Luiz Felipe Scolari

***

O comunicado do Cruzeiro:

“O Cruzeiro Esporte Clube e Luiz Felipe Scolari decidiram, em consenso, terminar a segunda passagem do treinador multicampeão pela Raposa.

Colaborando com o Clube em seu momento mais desafiador na história, Scolari e sua comissão técnica cumpriram a importante missão de recuperar o Cruzeiro no Campeonato Brasileiro da Série B, tendo dirigido a equipe celeste em 21 partidas, somando nove vitórias, oito empates e quatro derrotas.

Considerando as duas passagens, Luiz Felipe Scolari dirigiu o Cruzeiro em 96 partidas, obtendo 49 vitórias, 31 empates e 16 derrotas.

O Cruzeiro agradece e reconhece todo o trabalho, dedicação e profissionalismo de Felipão e seu staff para com o Clube neste momento importante, e deseja toda sorte e felicidade ao técnico campeão do mundo e sua comissão.”


Comentaristas, estes imprestáveis profetas do acontecido! Sobrou pra mim; e concordo!

Fotos: twitter.com/SCInternacional

Quem me ouve e lê, há de se lembrar que sempre disse que a profissão de comentarista esportivo é a mais fácil do mundo. Digo isso desde os tempos em que era “só” repórter setorista e de campo. Desde a rodada passada do Brasileiro, eu estava querendo postar estes comentários da turma aqui do blog, sobre nós, da mídia. O Galo tinha empatado com o Grêmio, em Porto Alegre:

Disse o Fred BH:

“Resultado péssimo, como o Juca Kfouri comentou “despedida do título”. Guga pé-de-moça, e dentro da área. Keno não dá passe, se livra da bola. Time com goleiro chama-gol não é campeão. Sampaoli matou o time com substituições pardal. Parabéns Internacional campeão!”

 

Júlio César Ramos

“Os “renomados” da imprensa, comentaristas que “sabem tudo”, já elegeram e negaram todos os times do G6. Do “favoritaço” Flamengo (melhor elenco do país, pra mim seria ou ainda pode ser o campeão) passando pelo Galo (que nunca foi candidato a campeão). Atlético teve uma intensidade no início que surpreendeu e sucumbiu às bobagens do Sampaoli.
Palmeiras se tornou “aquele” até ser salvo em SP pelo VAR contra o River.
Desconfiômetro ligado. E não podemos esquecer do inesperado Santos na Libertadores.
O apagado São Paulo e Fernando Diniz, de repente, os analistas surtaram. Opa, termos um novo Rinus Mitchel !! Ops, a carruagem já virou abóbora.
De zero à esquerda surge também, de repente, Abel e o Inter!
Entre os comentaristas renomados estão Juca, Milton Neves (esse já enquadrou uns 4 como cavalo paraguaio). Setoristas noticiam o que acontece nos clubes. Divulgam notícias.
Mas “comentarista de futebol” é algo inútil. Despesa desnecessária!
Comentários são pra torcedores!”

 

Pedro Vitor
“E o Abel Braga hein!?, acertou o time do Inter.

Quem diria hein Chico Maia!? rsrs.

Ainda há muitos jogos, mas o Inter deu passo importante vencendo o São Paulo, uma senhora goleada!”

Realmente, o Abel está calando a boca de todos que dizíamos que ele era um “ex-treinador em atividade”.

Vida que segue!


Futebol mineiro de luto pela tragédia aérea desta manhã em Tocantins

Marcus, filho de Marinho (ex-Atlético) e Ranule, ex-goleiro do Democrata de Sete Lagoas (foto: Twitter @democratajacarej/jornal Sete Dias), estão entre as vítimas do acidente que matou seis, inclusive o presidente do Palmas Futebol e Regatas, que jogaria amanhã, em Goiânia, contra o Villa Nova, pela Copa Verde.

Marcus Molinari era filho do centroavante Marinho, que jogou no Atlético.

Foto: Caio Aureliano/Na Batida do Esporte

Foi destaque do sub-20 do Araxá Esporte Clube em 2017, quando jogou com a camisa 10 e foi o artilheiro do Mineiro. A sua morte foi lamentada na cidade, como mostra o site do Diário de Araxá: www.diariodearaxa.com.br/ex-artilheiro-do-ganso-marcus-molinari-morre-em-acidente-aereo-envolvendo-seis-pessoas/

Ele jogava neste time de futsal do Galo, em 2008. É o oitavo, da esquerda para a direita, em pé. O goleiro, agachado à direita, é o Rodolfo, filho do Dr. Rodolfo Gropen, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético. Seguiu a carreira do pai e hoje é também um grande advogado.

Em foto de álbum da família, Ranule com a esposa e filhos, que moram em Sete Lagoas.  O Democrata manifestou solidariedade às famílias por meio de suas redes sociais:

* “Democrata Futebol Clube @democratajacare): Luto.
Com muita tristeza, recebemos a notícia de que nosso eterno paredão, Ranule Gomes dos Reis, 27 anos, faleceu neste domingo (24), vítima de acidente aéreo. Ranule foi formado no Democrata e se profissionalizou no Clube, onde conquistou o acesso ao Módulo II em 2012 e 2017.”

Mais detalhes no Superesportes e jornal Sete Dias:

* “Ranule, ex-goleiro do Democrata, morre em acidente aéreo com mais cinco pessoas”

https://www.setedias.com.br/noticia/manchete/53/ranule-exgoleiro-do-democrata-morre-em-acidente-aereo-com-mais-cinco-pessoas/24857

“Filho de Marinho, ex-atacante do Atlético, morre em acidente aéreo”

* Marcus Molinari atuava pelo Palmas e seguia rumo a Goiânia

https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2021/01/24/noticia_atletico_mg,3889873/filho-de-marinho-ex-atacante-do-atletico-morre-em-acidente-aereo.shtml


Time do Atlético é cara do seu treinador: imprevisível, instável …

…e inconfiável!

Na 16ª rodada, quando o Galo liderava o campeonato, joguei no “piloto automático” em relação à conquista do título, quando grande parte da imprensa nacional o apontava como favorito absoluto. Foi depois do 1 x 1 com o Fluminense, no Mineirão. O time carioca, ainda comandado por Odair Hellmann, cheio de juniores e jogadores medianos, deu um show de bola no primeiro tempo e saiu na frente no placar. Na segunda etapa o Galo empatou aos seis minutos e passou a mandar no jogo. Mas ali, vi que era um time instável, que não dava para apostar que teria trajetória de campeão. A cada jogo uma escalação diferente, sistema de jogo idem.

Tem bons jogadores, mas até hoje, terminando o campeonato, não há um time definido, nem forma de jogar. Aquela intensidade toda dos primeiros jogos, que fazia lembrar o “carrossel holandês” dos anos 1970, não se repetiu na sequência da competição porque é difícil de ser mantida em muitos jogos seguidos. A condição física de todos os jogadores tem que ser acima da média geral e o elenco do Galo não tem quantidade suficiente de atletas que dê conta disso.

Essa derrota para o Vasco, um dos piores times do Brasileiro 2020, só confirmou o que assistimos em muitas partidas contra adversários desse nível: um time inconfiável.

Alguns comentários que explicam este 3 x 2 em São Januário e o time em si:

Heverton Guimarães

@hevertonfutebol

Atlético hoje foi um complexo de erros: Hyoran errou o penal,Arana errou no lance do gol,Sampaoli por ñ ter feito as alterações já no intervalo. Os q foram escalados no time titular erraram qdo deixaram o nível de concentração baixo demais. Algo modificado apenas após mudanças.

Procópio Cardozo

@procopiocardozo

Os erros de posicionamento são muito infantis para essa altura do campeonato. É um time sem maturidade para ser campeão.

Edu Panzi

@edupanzi

Atlético cometeu erros (ofensivos/defensivos) capitais, q um time q briga pela ponta da tabela numa reta final de campeonato não pode cometer. Pra piorar, após o 2º gol do Vasco o Galo desabou mentalmente. Quem erra tanto merece estar atrás no placar. O 2ºT terá q ser perfeito…


Stefano Venuto

@StefanoVB

Tem muito tempo que eu não fico tão triste com um time, não só por mim, pelo resto da torcida, eu me irritei várias vezes porque o Galo perdeu títulos, muitas vezes roubado, com o dedo sujo da CBF, mas esse ano não t desculpa, os caras não sabem o que o torcedor passa, num pode.

Iran Barbosa

@iranbarbosa

Ser campeão ou ter Everson no gol. Os dois não dá.


Depois da garantia na Série B, o Cruzeiro encara outro “recomeço” para 2021

Em foto do Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press, protesto de torcedores, ontem, no Independência, antes do jogo contra o Operário.

O Cruzeiro venceu com muita dificuldade o Operário/PR e mais uma vez a impotência do time foi estampada durante toda a partida. Mas, saiu do risco maior, que seria a queda para a Série C. Agora, começa processo mais complicado que é a recuperação do clube como um todo. Óbvio, que priorizando a montagem de um novo grupo para a temporada 2021, a nova disputa da Série B. Mas, há os problemas administrativos/financeiros, que parecem intermináveis, as questões institucionais, que também  parecem não ter fim e os rachas internos. Segmentos da torcida voltaram às ruas, pedindo a cabeça até da atual diretoria, que prometeu muita coisa e não está dando conta de resolver. A exclusão dos conselheiros que teriam se aproveitado do clube, é outro tema. Foram expulsos, mas retornaram via judicial. Falta de dinheiro, fontes de arrecadação de menos, receitas de patrocinadores e direitos de transmissão da TV antecipados, dívidas nas alturas, parcelamentos de acordos judiciais e extrajudiciais que começam vencer, enfim…

E tem que montar um time competitivo para enfrentar adversários difíceis, que não vão conseguir as duas vagas restantes

da Série B, além dos concorrentes de peso que estão caindo ou na iminência de cair este ano, tipo Botafogo, Goiás, Coritiba, Vasco, Bahia, Sport Recife. E tem os que subiram da Série C, cheios de entusiasmo.

O futuro de Felipão é incerto. Mas ele não esconde a sua insatisfação com a diretoria e mais ainda com o grupo de jogadores. Viu que a situação era bem mais feia do que imaginava, quando aceitou a proposta para assumir.

Para se ter uma ideia da disposição do atual treinador cruzeirense, depois da derrota para o Juventude, ele disse o seguinte:

– Tivemos a oportunidade de sonhar com mais, mas não temos qualidade para sonhar com isso. Temos que saber dimensionar onde podemos chegar, neste momento. Tomara que possamos chegar no próximo jogo, sair da situação que aflige, para que cumpra o papel, que é tirar o Cruzeiro da Série C. Nove vezes o Cruzeiro esteve na (zona do rebaixamento para) Série C, e não entrou mais. Tomara que a gente consiga tirar da Série B. E, como aconteceu o ano, do jeito que tudo procedeu, é uma grande vitória-completou. 

Dos grandes que já foram rebaixados, até então, apenas o Fluminense em 1998, não tinha retornado no ano seguinte. A lista mostra: em 1992 o Grêmio; 2003 – Palmeiras e, Botafogo (campeão e vice); 2005, Grêmio (campeão); 2006 Atlético (campeão); 2008 Corinthians (campeão); 2009 Vasco (campeão); 2013 Palmeiras (campeão); 2014 Vasco (3º lugar); 2015 Botafogo (campeão); 2016 Vasco (3º lugar) e 2017 Internacional (2º lugar).


Empate com o Grêmio e goleada do Inter no Morumbi complicam as pretensões do Atlético

Foto: twitter.com/Gremio

O Atlético fez um bom primeiro tempo, mas a pressão do Grêmio e as mudanças promovidas pelo técnico Jorge Sampaoli no segundo, mudaram a cara do jogo. O time não resistiu ao bombardeio gaúcho, permitindo o empate. O jogo foi abaixo de tanta expectativa criada, e o empate ruim para as pretensões de ambos.

Destaque para a cobrança perfeita do pênalti pelo Hyoran, que abriu o placar. O goleiro Vanderlei foi no canto certo, mas a força do chute impossibilitou a defesa. Sem condição física, Réver foi substituído no intervalo pelo Gabriel. A partir dos 20 minutos, Sampaoli fez outras trocas: Sasha no lugar de Vargas, Alan Franco no de Savarino, Dylan (Hyoran) e Marrony no lugar de Keno.

Renato Gaúcho também mexeu cinco vezes e as mudanças dele surtiram mais efeito. Aos 39, Everton, que entrara no lugar de Vitor Ferraz, chutou forte da entrada da área e empatou.

Resultado que seria considerado normal, caso o Galo não tivesse perdido tantos pontos para adversários muito inferiores, dentro e fora de casa.

Mais tarde, dois concorrentes diretos ao título fizeram um grande jogo no Morumbi e o Internacional aplicou uma goleada no São Paulo, 5 x 1, que levará um tempo para os paulistas esquecerem.

Hyoran comemora o quarto gol consecutivo (foto: twitter.com/Atletico)


Serginho Nonato, que anda passando apertos com os cruzeirenses, foi um grande goleiro de futsal

Foto e nota publicadas em minha coluna no jornal SETE DIAS, de sexta-feira, 15:

* “ECOS DO PASSADO”

Sérgio Nonato, que depois se tornou o “Serginho do Alterosa Esporte”, foi, antes de se tornar comentarista e diretor do Cruzeiro, um ótimo goleiro de futsal, inclusive titular da seleção mineira. Jogou no Promove, de Belo Horizonte, e teve passagem pelo nosso Huracan de Sete Lagoas, como mostra esta foto de 1993, durante treino no Ginásio do clube no Bairro Canaã, orientado pelo professor Cláudio Raposo, preparador físico do time na época.

Atualmente ele tem passado apertos com a torcida do Cruzeiro, pela atuação como braço direito do então presidente Wagner Pires de Sá, como descreve o Victor Martins, no Blog do Victão”, no portal Uai:

* “Ameaça, tentativa de agressão, hostilização e emboscada. Ex-diretor do Cruzeiro não tem paz”

Sérgio Nonato foi diretor do Cruzeiro até outubro de 2019, quando renunciou (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Sérgio Nonato, ou apenas Serginho, foi diretor geral do Cruzeiro durante a gestão do presidente Wagner Pires de Sá. Embora esteja fora do clube desde outubro de 2019, o ex-dirigente voltou a ser notícia nessa terça-feira (19). Ainda pela manhã ele teve o carro cercado e apedrejado por quatro integrantes de uma torcida organizada do Cruzeiro. Todos já identificados e três foram presos.

De acordo com a Polícia Militar, o ato foi premeditado. Serginho sofreu uma emboscada na Rua Célio de Castro, no Bairro Colégio Batista, em Belo Horizonte. Veja mais detalhes na reportagem de Ivan Drummond, no Superesportes.

Essa não foi a primeira vez que Sérgio Nonato teve problemas com torcedores do Cruzeiro. O ex-dirigente não tem mais paz nas ruas da capital mineira. Além da emboscada, há pelo menos outros três relatos de momentos que Serginho precisou da Polícia Militar ou teve de deixar o local em que estava para não ser agredido.

A primeira vez que se tem notícia de uma ameaça a Sérgio Nonato é da semana do rebaixamento do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro, em dezembro de 2019. No dia 3, uma terça-feira, ex-jogadores profissionais e amadores de futsal de Belo Horizonte, nas décadas de 80 e 90, se reuniram num bar localizado no Sion, bairro da Zona Sul da capital.

Serginho foi goleiro de futsal e aproveitou o encontro para rever os amigos. No local, o ex-dirigente celeste foi reconhecido por um garçom e ameaçado. Para evitar um problema ainda maior, ele optou por ir embora. O funcionário do estabelecimento precisou ser contido para não tentar agredir Sérgio Nonato.

Pouco mais de um mês depois, em 16 de janeiro do ano passado, novamente em um bar, Serginho foi cercado por oitos pessoas e ameaçado. Ele deixou o local, no Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte e registrou um Boletim de Ocorrência.

“Solicitante informa que se encontrava na rua Passos esquina com rua Bom Sucesso, e que em dado momento um grupo de cerca de oito indivíduos começaram a hostilizá-lo e tentaram agredi-lo fisicamente. Diante da situação, a vítima se retirou do local e, temendo futuras agressões, efetuou este registro”, relata o documento.

No dia 21 de maio do ano passado, na eleição vencida por Sérgio Rodrigues para presidente do Cruzeiro, Serginho esteve no Ginásio do Barro Preto para votar. Ele ainda é conselheiro do clube. Na saída, Serginho foi bastante hostilizado por torcedores que protestavam em frente ao local. O ex-dirigente cruzeirense precisou do auxílio da Polícia Militar para não ser agredido e sair em segurança.

Ao lado de Wagner Pires de Sá (ex-presidente) e Itair Machado (ex-vice de futebol), Sérgio Nonato é investigado pela Justiça por crime contra o patrimônio do clube. Os três ex-dirigentes foram indiciados por apropriação indébita, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

https://victormartins.uai.com.br/noticias/ameaca-tentativa-de-agressao-hostilizacao-e-emboscada-ex-diretor-do-cruzeiro-nao-tem-paz/


América em campo esta tarde e ótima entrevista do presidente Salum

Presidente americano Marcus Salum, em foto do Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O Coelho empatou sem gols com o Brasil, em Pelotas, e volta a secar a Chapecoense. Agora vai enfrentar o Confiança, em Aracaju, e o Avaí, no Independência. A luta com a Chapecoense pelo título da Série B continua. O time catarinense enfrenta a Ponte Preta em Chapecó, nesta rodada, e depois pega o Operário, em Ponta Grossa, e o Confiança, em Chapecó.

Fora das quatro linhas o clube se movimenta visando a próxima temporada. Primeira missão, é convencer o Marcus Salum a se candidatar à reeleição, depois, do Conselho Deliberativo, que precisa reelegê-lo. É um dirigente acima da média nacional, além da paixão que tem pelo América; uma tradição de família. Ele foi entrevistado pelo Paulo Galvão, para o Estado de Minas/Superesportes, no fim de semana. Vale a pena conferir:

* “Reforços, saídas, Lisca: Salum detalha planos para o América na Série A”

‘Mostramos que é possível fazer mais com menos’, comemorou o presidente do clube, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas e ao Superesportes.

América ainda luta pelo título da Série B do Campeonato Brasileiro de 2020, mas já pensa na temporada 2021, quando voltará à Série A. O principal objetivo é permanecer na elite do futebol nacional, mas sem fazer loucuras que impeçam o clube de continuar organizado e crescendo. “Mostramos que é possível fazer mais com menos”, diz Marcus Salum, presidente do Conselho de Administração do Coelho, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas e ao Superesportes.

O clube trabalhou com orçamento de cerca de R$ 30 milhões desde janeiro de 2020. Para este ano, a expectativa é ter entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões, o que abre boa perspectiva quando se olha de fora. Para quem está lá dentro, porém, o cenário é bem diferente. “A maioria trabalha com orçamentos de R$ 300 milhões, R$ 350 milhões”.

Assim, será preciso, mais uma vez, ter olho clínico ao contratar, mirando principalmente quem se destacou na Segunda Divisão ainda em curso. A intenção é manter a base do time que deu tão certo na atual temporada, apostar em jovens promissores e buscar “um ou dois mais conhecidos”, segundo o dirigente, verdadeiro apaixonado pelo clube.


Além dos principais jogadores, uma das preocupações é com a manutenção da comissão técnica. As conversas com o técnico Lisca para renovação já começaram e Salum espera acertar a permanência “o mais rápido possível”.

Qual foi a diferença entre o América que “bateu na trave” em 2019, não subindo por um ponto, e o que conseguiu o acesso com certa tranquilidade agora?

Nem sempre não atingir o objetivo significa que o trabalho foi ruim. Quando você cai, tem muita despesa e pouca receita. Tem de administrar um passivo grande, pois são jogadores caros. Caímos em 2018 e em 2019 demoramos a achar o caminho certo. Primeiro contratamos o (técnico) Maurício Barbieri, depois o Givanildo, até chegar no Felipe Conceição. Quando conseguimos colocar o carro nos eixos, conseguimos avançar. Mas no futebol acontecem coisas que seriam anormais em outras áreas. Perdemos aquele jogo para o São Bento (que já estava rebaixado, na última rodada da Série B) porque entramos achando que já havíamos subido e porque tivemos muitos desfalques. Então, acho que o segredo foi manter o planejamento, apesar de não termos conseguido o acesso. Já em 2020 tivemos a perda do Felipe e, por experiência, fizemos a opção pelo Lisca, o qual já vinha acompanhando. Falei para ele que não queria um técnico doido, mas competente. Foi o que ele nos ofereceu. Além disso, estamos acostumados a administrar déficits, não fazemos loucuras.

Em um ano de pandemia, como o América conseguiu manter as contas em dia?

A gente (da diretoria) procura acudir nas horas de dificuldade. Mas tivemos um trabalho muito bem feito no auge da crise (provocada pela COVID-19), que foi a negociação com os jogadores para reduzir valores de direitos de imagens, fomos atrás de CBF e da emissora de TV que detém direitos de transmissão pedindo para manter os pagamentos em dia. E fomos atrás de tudo que foi possível. Estou esgotado, nunca trabalhei tanto como em 2020. Mas felizmente deu certo e o grupo confiou na gente, eles sabiam que quando tivéssemos condições, cumpriríamos os compromissos. E o sucesso na Copa do Brasil nos ajudou muito, reforçou o caixa do clube,  nos permitiu quitar os compromissos mais rápido do que planejado. Hoje, não tem nada em aberto no América.

Por falar em Copa do Brasil, chegar às semifinais pela primeira vez foi surpresa? (mais…)


Jair em campo e em forma faz muita diferença ao time do Atlético

Impressionante como o rendimento do Atlético melhora com Jair em campo. E uma pena que ele entre em campo tão pouco, já que machuca muito e toma cartões. Não jogará contra o Grêmio por causa do amarelo que tomou ontem.

Antônio Silva, comentarista aqui do blog, também fez esta observação e destacou a bola que o Hyoran vem jogando: “Eu que criticava o Hyoran, hoje me rendo com aquele golaço… Mas, no Galo é assim, os caras jogam o fino da bola quando estão perto de renovar. Lembram de Nathan no início da temporada?
Fico muito preocupado, Jair não joga contra o Grêmio, quase todas as derrotas foram sem a presença dele. Os outros volantes Sampaolli emprestou… Outro que está regulando bem é o Savarino e costuma fazer falta, quando não está. Aliás, isso é histórico no Galo, muitos jogos desfalcados o tiram do páreo. Perdemos muitos pontos nos momentos em que cedemos jogadores para seleções, Covid, contusões e punições. Fico impressionado como a cbf remaneja jogos do Galo para favorecer times desfalcados.”

Edu Panzi lembrou números interessantes do Galo neste campeonato:

@edupanzi: “Melhor ataque do Brasileirão com 51 gols, o Atlético só não balançou a rede adversária em 5 jogos. Pior defesa (37 gols) do G4, Galo só não sofreu gol em 8, das 29 partidas. Os números deixam claro qual setor precisa ser trabalhado p melhorar ainda mais o desempenho… ”

A classificação:

P J V E D GP GC SG
1 São Paulo 57 30 16 9 5 50 28 22
2 Internacional 56 30 16 8 6 48 28 20
3 Atlético-MG 53 29 16 5 8 51 37 14
4 Grêmio 50 29 12 14 3 38 24 14
5 Flamengo 49 28 14 7 7 47 39 8
6 Palmeiras 48 28 13 9 6 39 26 13
7 Fluminense 46 30 13 7 10 40 37 3
8 Santos 45 29 12 9 8 41 36 5
9 Corinthians 42 28 11 9 8 35 30 5
10 Athletico 39 30 11 6 13 27 29 -2
11 Ceará 39 30 10 9 11 41 41 0
12 Bragantino 38 30 9 11 10 39 36 3
13 Atlético-GO 36 30 8 12 10 27 36 -9
14 Sport 32 30 9 5 16 24 38 -14
15 Vasco 32 29 8 8 13 29 40 -11
16 Fortaleza 32 30 7 11 12 26 30 -4
17 Bahia 29 29 8 5 16 35 51 -16
18 Goiás 26 29 6 8 15 29 44 -15
19 Coritiba 25 30 6 7 17 23 39 -16
20 Botafogo 23 30 4 11 15 26 46 -20

 


Fosse uma instituição pública o Cruzeiro já teria instalada uma CPI

Foto: https://twitter.com/ECJuventude

Wagner Pires, Itair Machado e Serginho Nonato são lambaris na história recente do Cruzeiro. Que não venham querer culpar só a eles pelo drama que o clube está vivendo.

Só agora, depois de matematicamente oficializada a permanência do Cruzeiro na segunda divisão, acredito que é verdade. Assim como só acreditei que ele estava rebaixado, depois do segundo gol do Palmeiras, no Mineirão, ano passado.

No atual campeonato, quando venceu o América, com a ajuda da arbitragem, pensei que ali estaria começando uma reação, provocada pela união de antigos dirigentes e grandes empresários cruzeirenses, que não são poucos e todos muito fortes. Afinal de contas, é o Cruzeiro, um dos mais vitoriosos e poderosos clubes do futebol brasileiro. No jogo seguinte, novo baque e volta à realidade. Ainda assim, continuei achando que haveria alguma reação para que a Raposa conseguisse a quarta e última vaga do acesso. A duras penas, venceu o Sampaio Correia, fora de casa, e o jogo seguinte seria contra o péssimo Oeste, em Belo Horizonte. Com os resultados ruins dos concorrentes, o caminho estava reaberto para a sobrevivência das esperanças. Nova derrota, inacreditável, e no jogo seguinte, o martelo batido, com nova surra, agora do Juventude.

É verdade, o Cruzeiro foi “rebaixado”, novamente, como disse o Alexandre Simões na Rádio Itatiaia.

Lembrei-me do que me falou um grande ex-dirigente do futebol brasileiro, que previu que o Cruzeiro poderia não retornar para a Série A de 2021: “Os tempos mudaram; com a queda do antigo esquema de Joseph Blatter, da Fifa, o efeito cascata atingiu a CBF e demais associações que formavam a grande máfia do futebol, no mundo todo”. Gianni Infantino, que substituiu Blatter, está cumprindo o que prometeu quando assumiu o cargo. Deu continuidade à devassa na própria entidade e federações mundo afora e está bancando a transparência em tudo o que faz. Ricardo Teixeira continua sepultado; os sucessores do esquema dele na CBF também caíram, e foram trocados por quem  está seguindo a linha do Infantino. Os subterrâneos do futebol brasileiro tomaram outro rumo.

Internamente, o Cruzeiro vem sendo sugado há muitos anos, mas as conquistas dentro de campo escondiam os sugadores. O torcedor nunca quer saber de problemas administrativos e roubalheiras. O que importa são os títulos. E não é exclusividade dos cruzeirenses. Torcedores de todos os grandes clubes brasileiros são assim. Este é o Brasil, em que se vive a “Lei de Gérson”, onde vale levar vantagem em tudo. A imprensa vai no embalo. Por conluio interesseiro ou por inocência útil, ou por paixão mesmo, de acreditar que este é o caminho correto, natural, no país da mentira, da hipocrisia e das tramoias.

Que o Cruzeiro sirva de exemplo, já que a maioria esmagadora dos grandes clubes vive dessa mesma mentira, o Atlético, inclusive. Pagar salários absurdos, de Europa, para jogadores, treinadores e demais profissionais; dar poder absolutos para dirigentes, sem fiscalizá-los, nem cobrar contrapartidas pelo exercício do cargo que ocupam, e por aí vai.

Força, Cruzeiro, mas dentro da realidade! Toda a arrogância, e mentiras, estão sendo castigadas.