Blog do Chico Maia

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Grande resultado do Cruzeiro no Monumental de Nuñes com direito a essa tensão no último minuto dos descontos

Imagem: twitter.com/Cruzeiro

O primeiro tempo foi do River Plate que se impôs do princípio ao fim e desperdiçou pelo menos duas oportunidades claras. O Cruzeiro se defendeu muito bem e Fábio outra vez fez ótimas defesas. No segundo tempo o time voltou com mais confiança e equilibrou as ações, levando perigo ao gol argentino em contra ataques. O River pôs em campo Lucas Pratto que estava sendo poupado exatamente para uma “emergência” e quase funcionou. Suarez chutou para cima o pênalti sofrido por ele, garantindo o zero a zero no placar.

A falta cometida por Henrique, que puxou Lucas Pratto pela camisa, não foi dada pelo árbitro, mas ele foi alertado pelo VAR. (mais…)


Duelo de grandes estrategistas: Mano x Gallardo, atração à parte neste River x Cruzeiro

Foto/montagem: globoesporte.globo.com

Marcelo Gallardo é maior revelação como treinador da América do Sul (que trabalha no continente), nos últimos anos. Ex-meio campista aguerrido, identificado com o próprio River, onde foi ídolo, disputou as Copas de 1998 e 2002 pela Argentina. Está com 43 anos de idade e começou a vitoriosa carreira de treinador no Nacional de Montevidéu, em 2011. Está há cinco no comando do River. Depois dessa Libertadores, assume a seleção argentina.

Ele e Mano Menezes travarão uma disputa à parte. Considero Mano um dos melhores estrategistas do continente também. É o técnico mais longevo no Brasil atualmente, com três anos ininterruptos no comando do Cruzeiro. Com os seus 57 anos de idade e cacifado pela rodagem em vários grandes clubes e seleção brasileira, conhece bem as táticas do Gallardo, que por sua vez também o conhece muito bem.

O Cruzeiro se reforçou para reinício da Liberadores; River não conseguiu e corre rico de ficar sem Lucas Pratto. Certamente teremos mais um jogo memorável entre Cruzeiro e River Plate esta noite em Buenos Aires, a partir das 19h15. Neste grande intervalo entre a fase de grupos e as oitavas, o Cruzeiro conseguiu um reforço de verdade, Pedro Rocha, que resolveu enorme problema do Mano Menezes em termos técnicos e táticos. Habilidoso, muita velocidade e eficiente tanto pelo centro do ataque quanto pelas beiradas. Tudo que o Mano precisava para os seus mortais contra ataques.

Já o River não conseguiu se reforçar e o técnico Marcelo Gallardo ainda corre o risco de ficar sem Lucas Pratto, importantíssimo taticamente, mas “baleado”. Deve ficar no banco hoje e dificilmente estará 100% no jogo de volta, na semana que vem em Belo Horizonte.

Pratto é tão importante para o time que a maioria da torcida do River preferia que ele fosse poupado neste primeiro jogo para ficar inteiro no segundo. É o que revela enquete feita pelo jornal Olé:

Los hinchas no saben qué hacer con Pratto”

Foto: http://www.cariverplate.com.ar

En la encuesta que propuso Olé para los de River, con más de 12 mil votos, poquito más de la mitad opinó que lo cuidaría para la revancha contra Cruzeiro en Brasil. ¿Vos qué harías?  

River abre esta noche su serie de octavos de final contra Cruzeiro y, como seguramente le sucedió a Marcelo Gallardo durante toda la semana, los hinchas no deciden qué hacer con Lucas Pratto. Esto quedó reflejado en la encuesta que propuso Olé, en la que votaron más de 12 mil personas, con una leve ventaja del 54% para los que preferirían resguardarlo para la revancha del martes que viene en Belo Horizonte…” (mais…)


Atuação vergonhosa e empate com gosto de derrota do Atlético contra o Fortaleza

Pois é! A torcida aplaudiu o time eliminado pelo Cruzeiro na quarta-feira, pela “entrega” e hoje viu o inverso: um time preguiçoso, displicente e irresponsável contra o Fortaleza, em pleno Independência. Com a derrota do Palmeiras e empate entre Corinthians e Flamengo era a oportunidade de ouro de chegar mais perto do topo da tabela. Fez 2 a 0 no primeiro tempo, tinha tudo para golear, mas resolveu administrar o placar, e tomou o empate. Duas cobranças de pênalti pessimamente executadas e dois pontos jogados fora nessa pauleira que é campeonato brasileiro. Um resultado desanimador e um futebol da pior qualidade.

Alguns comentários de colegas da imprensa e torcedores no twitter:

Andre Pelli‏ @delegadoandre

“Comportamento desrespeitoso e pouco profissional do @luanmadson que fez a mesma coisa quando o Larghi o tirou do time ano passado. Na hora do diretor de futebol mostrar a que veio. @Atletico

Frederico Ribeiro‏ @Fredfrm “Três últimas cobranças de pênalti do Atlético erradas. Ricardo Oliveira Alerrandro Luan Saudade de Fábio Santos? #trhorto

Victor Antinossi‏ @victorantinossi “Os caras perdem pra uma equipe com 1 vitória em 13 jogos…a torcida bate palma pela “entrega” (que é obrigação SEMPRE). Passa a semana postando campeonatinho de futmesa e empata com uma equipe que mal mal joga a série A. Querem o que agora? Carinho? VTNC cambada de FDP!!!”

Thiago Nogueira‏Conta verificada @thiagonoggueira Fábio Santos em cobranças de pênalti pelo Atlético: 13 gols em 14 cobranças (93% de aproveitamento). Sem Fábio Santos em campo: três pênaltis perdidos (Ricardo Oliveira, Alerrandro e Luan) e um convertido (Cazares).”


Cruzeiro com time reserva, América testando treinador e expectativa sobre qual Galo contra o Fortaleza

Imagem htesports.com.br

O América testa novo treinador hoje às 16h30 contra o Vila Nova, no Serra Dourada, em Goiânia. Felipe Conceição tenta tirar o time da incômoda 20ª posição da Série B, apenas cinco pontos em nove jogos.

O Cruzeiro vai de time reserva contra o Bahia em Salvador, também hoje, 17 horas. Também está em posição incômoda no Brasileiro, 17º lugar, nove pontos em 10 jogos, porém, tem Libertadores na terça-feira, contra o River, em Buenos Aires, e precisa preservar seus principais jogadores. O Bahia, dirigido pelo Roger Machado, está na 11ª posição, com 14 pontos em 10 jogos.

O Galo recebe o Fortaleza do Rogério Ceni, 13º lugar, 13 pontos em 10 jogos. Em quarto lugar, 19 pontos em 10 partidas, tem a oportunidade de subir na classificação, desde que atue com a determinação de quarta-feira contra o Cruzeiro. O que não dá pra entender é o porque de não ter entrado tão determinado no primeiro jogo, quando tomou de 3 a 0, “andando” em campo. Por isso também não entendo aplausos da torcida como depois do jogo de quarta. Os caras cumpriram a obrigação deles nestes 2 a 0, mas porque não fizeram o mesmo no jogo anterior? Qualquer time, nem sempre joga bem, mas garra e determinação é obrigação e este time do Atlético só entra em campo assim de vez em quando, quando muito pressionado, como no jogo passado. Aí fica a expectativa: qual Galo jogará contra o Fortaleza amanhã? O determinado, com “sangue nos olhos” de quarta-feira, ou o burocrático e lerdo de outros jogos?


Triste demais a morte de um pai de família durante o clássico no Independência

Foto e homenagem publicadas pelo Arcebispo @Arcebispo13 no twitter: “Vai com Deus Luciano…. cantaremos por nós e por vc. SEMPRE @Atletico

Mais triste ainda quando o filho pequeno está na companhia dele, como foi o caso. Meus sentimentos, e tenho certeza que de todos que lêem e participam do blog, à família do Luciano Oliveira Palhares, de 34 anos, atleticano, que chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital João XXIII, vítima de infarto.

Lembrei-me de fato semelhante ocorrido em fins dos anos 1950, também no Independência, quando morreu em circunstâncias parecidas o senhor Pedro Maciel, torcedor do Democrata de Sete Lagoas, no momento em que o Jacaré tomou um gol do Bela Vista. Era o primeiro clássico entre eles no profissionalismo, pelo Campeonato Mineiro. Este jogo e essa rivalidade eram tão fortes, que por questões de segurança a Polícia Militar determinou que fosse realizado no “Gigante do Horto”, maior estádio de Minas Gerais naqueles tempos, quando se gastava mais de três horas de deslocamento de Sete Lagoas à Capital.

Reportagem da Globo, retransmitida no Globoesporte.com:

“Homem morre após passar mal no Independência durante Atlético-MG e Cruzeiro”

Torcedor, que estava com o filho, tinha 34 anos, chegou a ser socorrido e morreu no João XXIII; clube divulgou nota de pesar.

Por Magno Dantas, TV Globo (mais…)


Pedro Rocha no primeiro jogo e Dedé no segundo fizeram diferença para a classificação do Cruzeiro

Pedro Rocha (em foto do twitter.com/Cruzeiro), mesmo bem marcado fez uma boa partida no Horto

Foi um dos clássicos mais emocionantes dos últimos anos. Com uma raça há tempos não vista o Atlético se impôs, dominou a partida do princípio ao fim, mas não teve competência para marcar os três ou quatro gols que precisava para reverter o placar conquistado pelo Cruzeiro no jogo do Mineirão. Se Pedro Rocha com a sua atuação impecável foi o principal responsável pela vitória cruzeirense, Dedé foi o gigante no Independência para que o placar ficasse em apenas 2 a 0 para o Galo. Que atuação do zagueiro cruzeirense! Fábio dessa vez trabalhou muito, e bem; outro grande responsável pela classificação merecida esta noite no Horto.

No Atlético, Chará e Patric jogaram demais; Jair entrou bem na vaga que era do Zé Wellison; Cazares jogou dessa vez. O técnico Rodrigo Santana pôs todos os atacantes que estavam à sua disposição, com Luan, Geuvânio e Ricardo Oliveira entrando no segundo tempo, arriscando tudo a partir dos 15 minutos. Mas não funcionou. Cazares aos 34 de jogo e Patric aos 46, no apagar das luzes. Insuficientes, porque o Cruzeiro teve competência para marcar três e tomar apenas dois.


Treinador ganha e perde jogo. Este Atlético x Cruzeiro é para eles se destacarem

Rodrigo Santana e Mano Menezes em imagem do Globoesporte.com

O destaque pode ser positivo e ou negativo.

Há quem duvide que treinador faça diferença. Há quem tem certeza que ele só perde, e há aqueles que pensam que ganha e também perde. Me enquadro nessa segunda opção. Isso em uma partida isolada, já que na sequência de um trabalho durante uma ou mais temporadas tenho a convição plena que um treinador faz diferença demais. Quem sabe montar comissão técnica, um bom elenco, criar ambiente de trabalho e administrar tudo isso ao longo de uma temporada inteira entra para a história de qualquer clube.

Nos 3 a 0 do primeiro jogo Mano Menezes fez diferença ao surpreender a todos com a escalação do Pedro Rocha, deixando Fred no banco. O rapaz abriu a porteira atleticana. Além da habilidade e velocidade, sua função em campo desnorteou jogadores e treinador do Galo, que quando acordaram o placar já estava em 2 a 0.

A parte da imprensa que critica treinos com portões fechados deve ter ficado envergonhada de usar o argumento de que “treino fechado não adianta nada”.

Rodrigo Santana também costuma fechar treinos na Cidade do Galo. Será que teria alguma surpresa para dar o troco no Mano na noite de hoje? Se não tiver em termos de escalação, que pelo menos consiga fazer seus comandados correrem mais. Ou que deem pelo menos uns chutes a gol que obriguem ao Fábio a fazer uma boa defesa. Treinador pode fazer diferença em detalhes assim, que costumam se traduzir em vitórias. Os jogadores do Atlético precisam ter em mente que o adversário é o Cruzeiro, com tudo este classíco envolve. Nos 3 a 0 eles apresentaram alguma coisa nos dez minutos iniciais. Depois se encolheram, assim como o treinador, que, com toda a calma do mundo, parecia estar satisfeito em estar tomando “só” de dois e três a zero.


A diferença fundamental das viradas do Galo na Copa do Brasil de 2014 para 2019

Foto: Washington Alves/Vipcomm

A tradição de raça e a camisa são as mesmas, a fé da torcida idem, porém, o time é totalmente diferente. Tudo é possível no futebol, principalmente num clássico como este. Mas em 2014 o técnico era Levir Culpi em alta, motivado, com dois ótimos laterais, uma excelente zaga, com o Leo Silva cinco anos mais novo, Jemerson em ascensão; a liderança e o “sangue nos olhos” do Leandro Donizete; Luan no auge da forma física; Dátolo jogando muito e Diego Tardelli desequilibrando.

Vejamos as escalações e substituições nas duas goleadas, 4 a 1, sobre o Corinthians no dia 15 de outubro, com apito de Leandro Pedro Vuaden: Victor; Marcos Rocha, Edcarlos, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizete (Josué) e Dátolo; Luan (Maicosuel), Guilherme e Carlos; Diego Tardelli (Marion). Treinador: Levir Culpi.

Guilherme comemora com Tardelli e Lua, um dos gols contra o Corinthians, em foto do Mourão Panda.

E sobre o Flamengo, na semifinal, dia cinco de novembro, com apito para o também gaúcho Anderson Daronco: Victor; Marcos Rocha, Leo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Josué (Leandro Donizete, 28’/2ºT), Dátolo, Luan e Maicosuel (Marion, 28’/2ºT); Diego Tardelli e Carlos (Dodô, 35’/2ºT) – Técnico: Levir Culpi.


O aprendizado do Mano Menezes com a famosa “dancinha” nas quartas da Copa do Brasil de 2014

Sábia e mineiramente o comentarista Flávio Anselmo costumava dizer no programa Minas Esporte, da Band: “vou guardar minha boca pra comer a minha farinha”. E Mano Menezes (em foto do Vinnicius Silva/Cruzeiro) assimilou a frase, para não dar cutucar o adversário antes da hora.

O Cruzeiro vencia por 2 a 0, dominava o jogo e a torcida gritava “olé” no Mineirão. Mano Menezes se voltou para as arquibancadas e fez gestos pedindo que os torcedores parassem com a provocação ao Galo. Porque não era o momento. Tinha mais jogo pela frente e um outro jogo ainda.

Certamente ele punha em prática um duro aprendizado que teve na profissão, justamente contra o Atlético, também nas quartas de final da Copa do Brasil, quando comandava o Corinthians.

No jogo de ida, em São Paulo, o time paulista fez 2 a 0 e Mano fez a famosa “dancinha”, que no jogo da volta custou caro: 4 a 1 no Mineirão e o Galo classificado.

E Mano está aguardando a classificação se sacramentar para soltar seu desabafo contra uma entrevista que teria sido dada por um diretor do Atlético durante a parada da Copa América. Eu estava na França, e como não ouvi e nem li, também aguardo o desfecho dessa disputa.

Taticamente é o jogo perfeito para o treinador cruzeirense colocar em prática o sistema que mais gosta: contra ataques. Com 3 a 0 no lombo o Galo terá de sair para o jogo.


Marcelo Oliveira à toa, fazendo caminhadas na Afonso Pena, e o América efetiva supervisor como treinador

Em foto de Estevão Germano (site do América), Felipe Conceição, carioca de Nova Friburgo, 40 anos de idade, ex-atacante, ex-auxiliar de Jair Ventura no Botafogo, atuava como como coordenador de futebol e foi efetivado como treinador no lugar do demitido Maurício Barbieri.

Quem informa e reclama sobre o Marcelo Oliveira é o Márcio Amorim, americano tradicional e assíduo nos jogos do Coelho. Além de nos brindar periodicamente com ótimos comentários aqui no blog. Confira mais um desabafo dele:

“Marcelo Oliveira caminha lá no alto da Afonso Pena, na avenida do antigo hospital Hílton Rocha, quase toda manhã, desempregadinho da silva. Parem com esta molecagem de colocar auxiliar-técnico como interino-definitivo. Chega de Ricardos Drubscks! Estou cansado de tudo, mas o América é maior do que vocês todos: diretores e atletas medíocres.

De volta e em momento sinistro. Não tenho conseguido aparecer e ter a felicidade de falar bem do meu América. Sou contra o que parte da torcida faz: vaiar jogadores e gritar olé. Não é o momento. Aliás, não sei se existe momento para isto. Seria o retrato da tristeza ou da revolta? Não justifica, não ajuda.

Às vezes, fico revoltado com o amadorismo da diretoria. Só que Salum não é amador. Macaco velho que, de repente, parou de pensar? O caminho para a Série C está aberto. Cabe aos jogadores escolher se querem continuar nesta trilha maldita. Poucas coisas são necessárias: uma diretoria amadora, um elenco fraco, um técnico que acha o Juninho um craque e o Zé Ricardo reserva, uma torcida ausente e revoltada.

Quanto ao Juninho, cansei. Todos os técnicos que confiaram nos seus conceitos, em relação a este atleta, caíram. E ele ficou. Entretanto, atualmente não é só ele. Goleiros indecisos, laterais fracos, zaga horrível. Meio sem criatividade e ataque inoperante.

Por aí se chega fácil à Serie C. É impossível não ter aprendido com a experiência de 2018. Um mês de paralisação, tempo mais do que suficiente para arrumar a casa que ameaçava ruir. A diretoria contrata mais uma barca de meias-bocas, o técnico coloca uns 3/4 para jogar, mantém o crack indispensável como titular e põe o verdadeiro craque na reserva. Joga a base (Zé, Matheusinho, Cristhian) na vala comum e toca terra por cima de carreiras brilhantes.

Eu peço licença, ao Marcão, fazendo-o representante da torcida atleticana e vou usar uma frase famosa deles: eu acredito!
Acredito que alguém há de acordar, sair deste marasmo, fugir de atitudes tresloucadas e de contratações hilárias. Gosto que me calem a boca, mas fazer um meio com Juninho, Maranhão?
Vocês estão querendo o quê?

Saiam cabisbaixos! Sumam! Desapareçam!
Desculpem o desabafo! Um abraço!

Márcio Amorim