Blog do Chico Maia

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A frustração de qualquer brasileiro quando chega em países que dão retorno aos cidadãos pelos impostos pagos

O jogo de abertura da Copa do Mundo de futebol feminino será às 21 horas aqui, 16 horas no Brasil. França e Coréia do Sul fazem a partida inaugural.

Depois de 12 horas de ótimo voo da Air France, desembarquei no reformado, belo e gigante aeroporto Charles de Gaulle. Uma fila de imigração quase do tamanho do próprio aeroporto e mais 1h20 até a chegar à estação do RER o trem/metrô, que nos deixa na Estação Chatelet, no centro da capital francesa.

Estar em cidades como Paris dá uma certa frustração em quem é brasileiro e vive no Brasil. Com a quantidade de volume de impostos que pagamos, poderíamos ter todas as facilidades e comodidades que os habitantes aqui têm.

O aeroporto é como se fosse uma cidade, onde há de tudo e tudo se resolve. Num quiosque na saída do desembarque, por 39 euros você pega um chip da operadora Orange e sai falando e navegando na internet numa velocidade impressionante, que possivelmente nunca teremos no Brasil.

Mais adiante, num posto de informações e serviços turísticos do governo você desembola tudo o que precisa: de bilhetes de metrô a pacotes de diversões, em Paris ou em qualquer lugar da França. Poucos atendentes, mas super gentis, pacientes e eficientes.

O aeroporto fica a 30 quilômetros do centro de Paris mas você tem à disposição taxis, ônibus, trem, Uber  etecetera, para todos os gostos e bolsos. Há vários tipos de passes que tornam o transporte mais barato, dependendo da quantidade de dias você utilizará. Peguei um para três dias de metrô, por 29 euros. Faz quantas viagens quiser. Se fosse pagar por viagem, cada uma custa quase três euros.

Com tudo muito bem sinalizado, da Estação Chatelet cheguei mais rápido que esperava ao hotel, pegando a linha 7 com destino à Porte d’Lvry, percorrendo seis estações. Daqui a pouco vou para o Estádio, utilizando novamente o metrô, linhas 7 e agora 10. O hotel em que estou fica a 400 metros de uma estação e a 600 de outra. Posso escolher.


Na expectativa de Santos x Galo, indo para uma Copa do Mundo diferente

E uma cobertura também diferente. Não vai dar pra assistir o Atlético contra o Santos, pois estarei dentro de um avião, sem transmissão. Peço que os comentaristas aqui do blog comentem neste post sobre o jogo. De férias na prefeitura de Belo Horizonte, credenciado pela FIFA, estou indo para a França para ver de perto a quantas anda a evolução do futebol feminino e comparar a estrutura dada à competição delas com a dos homens. Dentro de campo, não dá para fazer comparações sobre qualidade técnica, principalmente quando falamos de Brasil, onde a prática do futebol pelas mulheres é embrionária, comparando com Estados Unidos, China, Noruega ou Suécia, por exemplo. O incentivo é mínimo no Brasil, muito diferente dos países candidatos ao título nesta Copa da França.

Do Aeroporto Charles de Gaulle irei quase que direto para o Parque dos Príncipes para a abertura da VIII Copa do Mundo de futebol feminino, onde jogarão França e Coréia do Norte. Trabalhei neste neste estádio na conquista do Torneio de Paris pelo Atlético em 1982, decidido contra o Dínamo de Zagreb (antiga Yugoslávia, hoje Sérvia). O Galo tinha feito 3 a 0 no PSG (onde jogava o Aridiles, capitão da Argentina). O Dínamo eliminara o Colônia, cheio de jogadores da seleção da Alemanha, vice-campeã mundial semanas antes na Copa da Espanha, conquistada pela Itália. Trabalhei neste estádio também na Copa do Mundo de 1998.

Fora das quatro linhas estou curioso para ver a estrutura montada para a cobertura da imprensa; para as seleções com seus centros de treinamento, deslocamentos, eventos paralelos e essas coisas. De modo geral o interesse da torcida brasileira é pífio. Nem tanto pelo fato de que a disputa na França será praticamente paralela à Copa América masculina disputada no Brasil, inclusive com a final no mesmo dia: 7 de julho. Nosso maior problema é que a seleção brasileira, dirigida pelo Vadão não é candidata ao título.

Até mais tarde!


Chegar perto de qualquer coisa envolvendo Neymar é arriscado. Força ao Mauro Naves!

Bem disse o jornalista Jose Luiz Gontijo‏ @joseluizgontijo: “Mauro gente fina demais. Mesmo experiente se envolveu nessa. Todo cuidado é pouco quando se mexe com bandalho e Mauro deu mole.”

Lamentável o constrangimento pelo qual está passando o Mauro Naves, grande repórter, grande caráter, uma figura do bem. Afastado do esporte da Globo por fazer um favor e passar o contato do pai do Neymar a um advogado. Mas, segundo o comunicado da emissora, não comunicou antes à direção da casa, e infringiu normas. Já já estará de volta, porque é jornalista correto e muito bom de serviço.


Cruzeiro e Fluminense fizeram uma partida para ficar na memória

Em foto do twitter.com/Mineirao, Fábio, que garantiu a classificação no tempo normal e nos pênaltis com grandes defesas

Como se previa, belíssimo jogo Cruzeiro x Fluminense com 2 a 2 no tempo normal e 3 a 1 para o Cruzeiro nos pênaltis num show de pênaltis mal cobrados pelos dois times. Muitos destaques de ambos os lados, mas o jovem João Pedro, atacante do Fluminense sobrou. Com direito a um gol inesquecível, nos acréscimos, quando tudo indicava que o Cruzeiro conseguiria a classificação no tempo normal. Não é à toa que o Jorge Luiz Rodrigues, do Sportv, fez este comentário:‏ @jorgeluizrod “Garoto João Pedro corre, pedala e nada de braçada diante dos marmanjos. Que golaço! Pena que logo vai embora para o Watford…” Realmente uma pena, mas o Fluminense está precisaando demais da grana, assim como quase todos os clubes brasileiros, de pires na mão., vendendo almoço para comprar o jantar.

E na hora da decisão por penalidades, João Pedro e Ganso, que marcaram gols no tempo normal, se somaram aos demais que erraram e eliminaram o Flu. Já pelo lado cruzeirense, Sassá, que errou no tempo normal, ganhou a confiança do Mano Menezes e bateu muito bem dessa vez, assim como Thiago Neves, que finalizou, garantindo a passagem às quartas de final.


Cruzeiro em duas frentes: no gramado contra o Flu e a estrutura de poder comandada por Itair Machado

Cruzeiro e Fluminense deverão fazer um dos melhores jogos do ano às 19h15 no Mineirão nessa decisão de vaga para a próxima fase da Copa do Brasil. Os estilos totalmente distintos dos técnicos novamente em confronto. Em casa, com o apoio da torcida, Mano Menezes costuma atacar mais; porém, sabe que a obsessão ofensiva do Fernando Diniz costuma fazer estragos impressionantes, como naquela partida sensacional contra o Grêmio em Porto Alegre pela terceira rodada do Brasileiro. Perdia de três a zero e terminou com vitória de 5 a 4.

Uma vitória dará alívio à Raposa dentro de campo, mas fora a situação continua turbulenta. O Superesportes fez uma minuciosa reportagem sobre o poder do Itair Machado e as alianças que ele fez para se tornar o todo poderoso dos bastidores estrelados:

* “Estrutura de poder: entenda por que Itair Machado tem mais influência na gestão do Cruzeiro do que o presidente Wagner”

Vice de futebol tem voz ativa em outras diretorias e departamentos do clube

Bruno Furtado /Superesportes Tiago Mattar /Superesportes

Velho conhecido de Wagner Pires de Sá e principal coordenador de sua campanha à presidência do Cruzeiro, Itair Machado adquiriu poderes que lhe deixaram mais influente do que o próprio ‘chefe’ na administração do clube. O Superesportes montou o organograma da Raposa sob a influência do vice-presidente de futebol. Itair tem sob sua tutela pelo menos 27 profissionais com cargos diretivos ou relevantes nos departamentos de futebol, marketing, comercial, futebol de base e nas sedes sociais.

Para garantir toda essa influência, Itair Machado seguiu a cartilha de outras administrações. Com a anuência do presidente, retirou poder de quem participou de gestões anteriores e colocou pessoas de sua confiança. Poucos são os remanescentes (em * na arte) dos períodos em que Zezé Perrella, Alvimar de Oliveira Costa e Gilvan de Pinho Tavares comandaram o clube.

A maior prova da aliança quase inabalável construída por Itair Machado com o presidente foi a confirmação da permanência do vice futebol do Cruzeiro em meio à crise política e administrativa. Mesmo diante de tantas denúncias relativas ao futebol, as primeiras delas veiculadas em rede nacional pelo Fantástico, da TV Globo, o dirigente seguiu firme no cargo. Ele ainda enfrentou um movimento de diretores, do presidente do Conselho Deliberativo, Zezé Perrella, e de conselheiros influentes, contrários à sua permanência, e ratificou seu poder.

Parte do organograma do Cruzeiro. Veja as legendas ao fim desta reportagem e clique para ampliar (Foto: Soraia Piva)

Ainda que tivesse sido afastado, Itair seguiria como o homem mais respaldado no Cruzeiro, uma vez que detém grande afinidade com a maior parte dos diretores de diferentes setores.

Chama a atenção o fato de ele, com articulação própria e de seus pares, empregar no clube conselheiros que apoiaram a chapa adversária, derrotada nas últimas eleições presidenciais. Estiveram ao lado de Sérgio Rodrigues em outubro de 2017 e hoje fazem parte da administração o assessor de Wagner, Marco Túlio Miranda (ex-candidato a vice de Sérgio); o diretor da escola de esportes, Fábio Elias; o diretor de marketing, Leandro Freitas; e o diretor comercial, Renê Salviano.

As famílias também ganharam espaço na gestão de Wagner Pires de Sá. O presidente nomeou sua esposa como diretora do Instituto 5 Estrelas e colocou o filho, Humberto Pires de Sá, como estagiário da Toca da Raposa I. Já Itair deu oportunidade ao cunhado, Fabrício Visacro, hoje assessor de futebol do clube.

LEGENDAS

1 – Irmão da esposa de Itair. É a pessoa mais próxima do vice em toda estrutura.

2 – Principal homem de confiança de Itair na Sede Administrativa do Cruzeiro.

3 – Braço direito de Wagner Pires de Sá na Sede Administrativa.

4 – Principal articulador político de Itair Machado no Conselho Deliberativo. É fundamental para manter os associados sob controle.

5 – Assim como Gaúcho, tem responsabilidade na articulação política no Conselho. (mais…)


Enquete com a torcida do Galo aponta preferência absoluta por Alerrandro

Arte GaloNews

No portal do jornal do SuperFC, agora há pouco:

“Quem deve ser titular no Atlético?”

Ricardo Oliveira 18%

Alerrandro 78%

https://www.otempo.com.br/superfc/quem-deve-ser-o-titular-do-ataque-do-atl%C3%A9tico-vote-1.2191804

– – –

Concordo plenamente!


Neymar e o risco de mais uma oportunidade perdida

Deu n’O Globo, de hoje: “…O vice-presidente da CBF, Francisco Noveletto , afirmou que apesar de a entidade descartar o corte de Neymar da seleção, aposta que o craque vai solicitar dispensa da Copa América em razão da repercussão da acusação de estupro surgida nos últimos dias. Em entrevista ao SBT-RS, o dirigente opinou que seria ‘melhor para todos’ se o atacante pedisse para ser afastado, pois a pressão durante o torneio será enorme…”

Semanas atrás o Marcelo Barreto escreveu uma coluna intitulada “Deixe eu gostar de você”, exatamente sobre Neymar e os problemas extra-campo nos quais eles se envolve e que o impedem de ser o jogador de futebol que se espera e que justifica o que ele merece ganhar. O Marcelo pedia que o Neymar, jogador de 27 anos, focasse apenas na profissão, que não desse tantos motivos para ser criticado por causa de atos evitáveis fora dos gramados. Poucos dias depois dessa crônica, veio soco em torcedor e essa acusação de estupro.

A Copa América seria a grande chance de recuperar prestígio da decepção que ele foi na Copa da Rússia e demais competições importantes que disputou com a seleção brasileira. Fazer o quê, né?


De parada em parada de Copa, o América vai correndo risco de novo descenso

Em foto de Mourão Panda/América, Neto Berola, o melhor do time neste 1 a 1 com o Coritiba

TV ligada pra ver o Coelhão, na esperança de vê-lo reagindo, em  casa, contra o Coritiba, joguei no piloto automático quando vi a escalação com três volantes e o Matheusinho no banco. Preferi acionar a Netflix e continuar assistindo Versalhes, série da melhor qualidade sobre a França sob Luiz XIV, o “Rei Sol”. Mais tarde ouvi na Itatiaia o comentarista Leo Figueiredo dizer que foi 1 a 1, com Felipe Azevedo abrindo para o América aos 43 e Rodrigão, empatando para o Coxa aos 20 do segundo tempo. Ele disse também que os novos contratados (que toda diretoria de todo clube chama de “reforços” e a maioria da imprensa repete que são reforços) não jogaram nada, assim como não têm jogado. E que Neto Berola foi o melhor jogador do time.

É de assustar. O América continua na lanterna, com dois pontos em 18 disputados. E o mesmo discurso do ano passado, de que “na parada da Copa, o novo treinador vai consertar as coisas”. Era a Copa do Mundo, na Rússia, e o técnico, Ricardo Drubsky, o diretor improvisado no lugar do Enderson Moreira que fora para o Bahia. O campeonato recomeçou, o time continuou mal, Drubsky foi substituído por Adilson Batista, e o rebaixamento.

Agora é Maurício Barbieri, que vai aproveitar a parada de nova Copa, a América, para tentar consertar as coisas. Até agora não justificou a substituição do Givanildo. Tomara que o Coelho não faça a torcida sofrer com um novo rebaixamento. Caso a campanha não fosse tão frustrante, certamente o público de ontem no Independência seria bem maior que os 1.496 presentes, e a renda muito superior aos R$ 8.886,00.


O Atlético voltou a ser um time vibrante em campo

Voltou a jogar com a alma, com a “faca nos dentes”, ou “sangue nos olhos”, como muitos gostam de dizer.  Não há jogo fácil no Brasileiro. O Galo exerceu tal pressão desde o primeiro minuto de jogo que tornou a partida fácil, principalmente porque as principais peças jogaram bem. Quando Cazares quer, tudo dá certo. E hoje ele queria jogar, assim com Chará e Luan. Patric foi outro destaque, jogou muito e a gana demonstrada em campo está quebrando todas as resistências que havia a ele na torcida.

Tudo deu tão certo que até o Fábio Santos, um dos melhores batedores de pênalti do país, bateu mal (como raramente bate), mas a bola passou debaixo da barriga do goleiro e entrou, abrindo o placar.

Uma goleada consistente, que aumenta a confiança no trabalho dos jogadores e do técnico Rodrigo Santana.


Na raça Cruzeiro acua o São Paulo e busca o empate no Pacaembu

O jogo foi muito amarrado, com muitas paralisações e demora por causa do VAR, com direito a pressão abusiva dos jogadores de ambos os times sobre o árbitro. O Cruzeiro mandava no jogo até os 14 minutos, quando tomou o gol do Alexandre Pato. O equilíbrio passou a prevalecer até o fim do primeiro tempo. No segundo a pressão foi total cruzeirense até o empate, aos 23, na perfeita cobrança de falta do Thiago Neves. A principal virtude do time do Mano Menezes esta tarde no Pacaembu foi a vontade. Correu muito.

Ruim mesmo foi o público, de 7.853 pagantes, 8.517 presentes e renda de R$ 297.639,00. Para os altíssimos salários de jogadores, comissões técnicas e quadros diretivos, uma merreca, o que torna os clubes cada vez mais dependentes das verbas da televisão.