Blog do Chico Maia

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Atuações de Rafinha fazem com que Arrascaeta não provoque saudades

Em foto do Vinnícius Silva/Cruzeiro, Rafinha comemora, entre Fred e Rodriguinho autores dos dois outros gols da vitória sobre o Tupynambás 

Como a maioria dos jogos da primeira fase do campeonato estadual parecia um treino de luxo. Além de mais um gol, outra grande atuação do Rafinha, eleito novamente por vários veículos como o melhor em campo nestes 3 a 0 sobre o Tupynambás, no Mineirão. O time não teve grandes dificuldades para fazer o placar e continua na cola do América pela liderança. A diferença é no saldo de gols, em que  Coelho tem dois a mais.

A novidade dessa rodada é que o Villa Nova venceu e saiu da zona do rebaixamento:

CLASSIFICAÇÃo PG J V E D GP GC SG %
América-MG 14 6 4 2 0 14 3 11 78
Cruzeiro 14 6 4 2 0 13 4 9 78
Atlético-MG 13 6 4 1 1 13 2 11 72
Boa Esporte Clube 8 5 2 2 1 10 9 1 53
Patrocinense 8 6 2 2 2 6 6 0 44
Tupynambás 8 6 2 2 2 7 10 -3 44
Tombense-MG 6 6 1 3 2 4 5 -1 33
Villa Nova-MG 5 6 1 2 3 5 13 -8 28
Caldense-MG 4 6 0 4 2 4 7 -3 22
10° Guarani-MG 4 6 0 4 2 3 7 -4 22
11° Tupi 4 6 0 4 2 4 10 -6 22
12° URT 2 5 0 2 3 4 11 -7 13

 


Longa, porém esclarecedora, e muito boa entrevista do Lásaro Cunha, vice-presidente do Atlético

Há entrevistas que são longas, chatas e que não esclarecem nada. Isso depende muito do entrevistador e do entrevistado. Quando ambos são bons de serviço a entrevista pode ser do tamanho que for, que há sustância, vale a pena ler até o fim. É o caso dessa, do Frederico Ribeiro, do Hoje em Dia, com o Dr. Lásaro Cunha. Fala de quase tudo que o torcedor tem curiosidade em saber, e o dirigente responde a todas, satisfatoriamente:

* “’O futuro do Atlético é ter estádio próprio’: diz vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido”

Frederico Ribeiro

Na sala do quarto andar perto da Praça Tiradentes, o velho rádio com a máquina de escrever Remington simbolizam a primeira profissão. A tela do computador aberta em sites judiciários revela a profissão. A chave do carro pendurada numa mini taça da Libertadores é a marca da paixão.

De ex-lateral-direito da URT pra vice-presidência do Atlético, o advogado e professor Lásaro Cândido, “com ‘s’, porque com ‘z’ eu não reconheço” não gosta de revelar a idade. Mas já são dez anos dedicados ao Galo. De processos trabalhistas, Arena MRV ‘popular e redentora’ e contratações, ele fala abertamente desses temas – já reservados para um livro de bastidores do clube – nesta entrevista exclusiva ao Hoje em Dia.

E o Tardelli? É muito difícil trazê-lo?
Sobre o Tardelli. Vi aí um sujeito candidato a presidente do Atlético, os valores dele não pagam um salário, um mês do Tardelli. O que ele está praticando no mercado. Ele apresentou uma proposta agora, registrou dia 6 de fevereiro no Conselho, mas nem tinha valor. Mas se tivesse também, chegou tarde, porque temos a concorrente dele, a Bamaq, que já tem contrato assinado. Ele não procurou o Atlético, procurou agora depois que já tinha…

Mas ele (Fabiano) foi no Cruzeiro e no Flamengo antes de ir no Atlético?
Ele não procurou o Atlético. Procurou agora. É difícil acreditar numa pessoa cujo o lema para presidir o Atlético era “avante Atlético”. Pelo amor de Deus! Não dá. E o caso atual está exigindo maior preocupação com o Villa Nova, já que ele é vice-presidente eleito de futebol do Villa. Ele tem que cuidar das questões do Villa. Então que fique bem claro que essa questão de patrocínio dele para pagar Tardelli, é um mês de salário, não tem noção das coisas. Então não há a menor possibilidade.

Então eu posso crer que a vinda do Tardelli também é algo perto da “menor possibilidade”?
É muito difícil. Se ele não abaixar, é quase que impossível. Mas houve conversa, lógico. É um ídolo e poderia ser muito útil ao Atlético. Mas não dá pra fazer loucura.

Mas dá pra descartar esse assunto?
Não! Se ele resolver efetivamente pretender jogar no Atlético, ele joga. Agora, pra isso ele tem que, de cara, renunciar a essa pretensão salarial de “salário chinês”. O Atlético não vai fazer isso, ele teria de reajustar a uma realidade do clube.

Ainda tem a questão do investidor, que o presidente citou…
Essa história de investidor, não existe essa figura. Na verdade é um patrocinador, ou vai emprestar e cobrar, não tem conversa. O Tardelli tem 33 anos, nenhum investidor vai chegar aqui e investir no Tardelli porque a revenda é quase zero.

O Chará eu já achei de alto risco, pela idade, pelo preço…
Mas ele ainda tem mercado em outros lugares, fora do circuito europeu. Você vê pelas próprias sondagens que ocorrem.

Teve a reunião na segunda-feira com o Bertolucci? Existe previsão de conversa formal?
Não teve. Nós estávamos todos (da diretoria) no Uruguai. A gente sempre conversa com o Tardelli. Ele conhece todo mundo, me conhece, tem meu telefone, eu tenho telefone, o Sérgio tem, o Marques tem. Mas não vamos iludir ninguém não. Salário chinês? Chance zero. Não tem jeito, não tem possibilidade.

Então dependeria só dele?
Nos atuais âmbitos, não existe essa possibilidade. A não ser que o clube resolva fazer uma loucura.

E o Grêmio está em cima dele. Mercado ele tem.
É o mercado, faz parte. Quem achar que pode pagar isso, que pague. Mas aqui, não tem essa possibilidade. E o elenco do Atlético é bom, tem boas peças. Qualificamos o elenco em relação ao ano passado, sem gastar tanto. Futebol é muito caro. Mas acho que neste ano praticamos uma coisa que sempre defendi com o Sérgio: essa figura do diretor de futebol mudou. Não tem essa figura. Hoje você tem analista de números, de dados. Tem que verificar consequências financeiras, viabilidade de revenda.  (mais…)


Com a sua camisa mais bonita, América vira e garante a liderança do campeonato

aFaltou a meia branca para que ficasse o uniforme completo mais bonito da história do clube. Mas o que vale é bola na rede e a qualidade do futebol. Começou tomando susto mas virou o jogo e se garantiu a liderança, como mostra a reportagem do Superesportes:

* “Em noite de Neto Berola, América vira sobre a URT e se mantém na liderança do Mineiro”
Atacante marcou seus dois primeiros gols com a camisa alviverde

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FMF cobra quase R$1 milhão de atrasados do Ipatinga; na cidade dizem que foi por causa do Itair Machado

O Tigre teve que enfiar a mão bolso para quitar as dívidas com a Federação para poder estreia na segunda divisão contra o Nacional de Muriaé

Está na coluna do sempre bem informado Fernando Rocha, que circula neste domingo no Diário do Aço, de Ipatinga:

* “Deu ruim”

O vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, “causou” nas redes sociais, ao abordar a situação financeira do clube, numa entrevista ao canal pago “Fox Sports”. Ao seu estilo, sem meias palavras, Itair disse que o Cruzeiro não vai “loucuras”, o que significa não fazer novas contratações, pois “o atual elenco é bom e vai brigar por títulos”. E disse mais: “Todo dinheiro que entrar vai ser usado para pagar dívidas”.

  • Na mesma toada, o presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, ao falar no Uruguai com exclusividade ao repórter Roberto Abras, da “Super FM”, jogou um balde de água fria na animação da torcida que gostaria de ver Diego Tardelli de volta vestindo a camisa alvinegra. Segundo o dirigente atleticano, a prioridade é pagar dívidas, entre elas uma que se refere  à contratação do próprio Tardelli, em 2012, na segunda passagem dele pelo clube.
  • Aqui nos nossos grotões a gente costuma ouvir que “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco”. Dura realidade vivida pela diretoria do Ipatinga esta semana, surpreendida com uma cobrança repentina feita pela Federação Mineira de Futebol, que exigiu o pagamento imediato da dívida total do clube relativa às taxas diversas, inclusive de arbitragens, que há anos se achava pendurada no  prego amigo da entidade, sob pena de não poder disputar o Modulo II ou “segundona”, cuja estréia estava marcada para ontem à tarde no Ipatingão, contra o Nacional de Muriaé.
  • O valor total da dívida do Tigre com a “madrasta”  não foi divulgado oficialmente, mas segundo a coluna apurou através de fontes ligadas à diretoria do Tigre, seria algo em torno de R$ 700 mil, quase o orçamento total do clube para  a disputa deste Modulo II, no momento em que sua diretoria luta com grandes dificuldades,  para conseguir  reerguer a instituição no cenário do futebol estadual e nacional.
  • As negociações teriam transcorrido em clima bastante tenso e sem acordo com a FMF, não teria restado outra alternativa à diretoria do Tigre, senão pagar cerca de R$650 mil à vista aos cofres da entidade, possibilitando assim sua estréia  no chamado Modulo II, que na prática é a 2ª Divisão que dá acesso à elite do futebol estadual. O que causou estranheza e até uma certa indignação em alguns membros da diretoria quadricolor ouvidos pela coluna, foi segundo eles o fato da cobrança ter sido direcionada somente ao Ipatinga, enquanto outros clubes na mesma situação não foram tratados com o mesmo rigor pela entidade.
  • Nenhum dirigente do Tigre quis comentar o assunto, mas há um entendimento óbvio nos bastidores, de que o objetivo da diretoria da Federação Mineira com esta cobrança repentina ao Tigre, teria sido atirar na porca para acertar o leitão, ou seja, atingir por tabela o homem forte do futebol no Cruzeiro, o ex-presidente do Ipatinga, Itair Machado, que recentemente rompeu relações com a entidade, e vem atacando os membros da sua diretoria em órgãos de imprensa a nível estadual e nacional. Na briga do mar com o rochedo quem leva a pior é sempre o marisco

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Diretor do Flamengo deveria ter vergonha de falar que aquilo não é “puxadinho” e que “até” Ronaldinho Gaúcho morou lá

Ficou famoso um vídeo do Ronaldinho organizando uma roda de samba no “alojamento” do Flamengo pouco tempo depois que ele chegou para jogar no clube. Mas o que mais chamou atenção não foi a o samba e sim o local, inacreditável. Por essas e outras é que o R10 se mandou de lá.

O diretor geral Reinaldo Belotti não permitiu perguntas, claro. Não teria como explicar a falta de alvarás da prefeitura do Rio, as multas não pagas e nem das providências de segurança que deveriam ser tomadas. Ele deveria estar, desde a notícia das mortes, é na delegacia de polícia e não diante de repórteres.

A performance dele ganhou o seguinte comentário do jornalista da Globosat, retuitando o Globoesporte.com: Jorge Luiz Rodrigues‏ @jorgeluizrod

* “Quando você insiste em apresentar seus argumentos sem admitir perguntas, você não quer contestação. É como se você ordenasse: “É isso aqui, e pronto!”. Significa querer que os jornalistas aceitem apenas a versão oficial. No caso de instituição grandiosa, o erro é ainda pior.”


Destaque para Guga, Jair e Leo Silva na vitória do Galo em Poços; árbitro também se destacou, negativamente

O jogo foi até bom, apesar da transmissão horrorosa da TV, que no intervalo, em vez de mostrar os melhores momentos, pôs no ar aquela figura esquisita do “diretor geral” do Flamengo, chamado de CEO pela imprensa. Conversa mole danada, que além de tudo, não permitiu perguntas dos repórteres lá presentes. Então pergunto aqui: quem deveria estar preso neste momento pela morte dos 10 garotos, queimados ou intoxicados, no Ninho do Urubu? Ele ou o presidente Rodolfo Landin? Que aliás, era quem deveria estar diante dos jornalistas se explicando.

Voltando ao 1 a 0 do Galo, Levir Culpi teve o bom senso de por o time B em campo, que deu conta do recado. Aquele time C que perdeu para o Tombense é um filet para qualquer adversário. Com o gol do Leonardo Silva logo aos cinco minutos a Caldense partiu pra cima e esbarrou numa boa marcação do sistema defensivo, começando pelo Jair, melhor do Galo até ser expulso, no segundo tempo. Tinha tomado um cartão amarelo, injusto (diga-se), no primeiro tempo. Aliás, o Igor Junio Benevenuto (Troféu Guará do apito 2018) não estava numa tarde feliz. Deixou o Jean, da Caldense, bater à vontade, até que o técnico Zezito o tirasse do jogo, prevendo uma expulsão iminente. E quando a Caldense estava com um a mais, apertando o Galo, expulsou sem amarelo prévio o melhor jogador do time, Carlinhos, por uma entrada dura no Maidana.

Valeu também para ver outra grande atuação do Guga e do goleiro Clayton.


Assim como nos casos da Vale e Samarco, será que ninguém será preso pelas mortes no Flamengo?

Imagem: veja.abril.com.br/brasil/quem-sao-as-vitimas-do-incendio-no-ct-do-flamengo/

Por falta de alvará, CT do Fla foi multado 30 vezes e lacrado por prefeitura – Alojamento no centro de treinamento pegou fogo; 10 pessoas morreram”

Essa manchete, que está em quase todos os jornais, portais e demais veículos de imprensa do país, já diz tudo quanto a responsabilidades, crimes, prevaricações  e omissões cometidos nesta situação que teve 10 mortos como consequência.

E imaginar que o Bandeira de Mello, presidente do Flamengo até o fim de 2018 era destacado por toda a imprensa como um grande gestor. Sim! Economista, administrador, conhece tudo de números, “choque de gestão”, corte de gastos, aumento de faturamento. Arrumou as finanças, se esqueceu que o clube é constituído por seres humanos e que jogador de futebol é o maior patrimônio, principalmente os da base, que são o futuro, de onde saem muitos que vão garantir a alegria de milhões de torcedores e também fortunas aos cofres do clube.

Bandeira modernizou e ampliou o Ninho do Urubu, tornando-o um dos melhores do país, onde foram instalados os jogadores profissionais. Os rapazes da base ficaram no antigo e seriam transferidos para o novo quando ficasse pronto. Seriam!

Ouvi o Eduardo Costa dizer na Itatiaia que a atual diretoria da Vale, tão logo assumiu, cortou 44% dos gastos com segurança. Pra sobrar mais dinheiro pra mandar para os acionistas e aumentar os bônus da própria diretoria. Pois é! Para determinado tipo de executivo só o lucro e a soberba interessam. Gente e seres vivos em geral são detalhes, acessórios.

A atual diretoria assumiu no dia 19 de dezembro de 2018. O presidente eleito Rodolfo Landim foi aliado do antecessor até agosto de 2015, quando houve um racha político e Bandeira de Melo exonerou a sua diretoria todo o grupo ligado a ele e que o ajudou a se eleger em 2013 e comandar o clube até então. (mais…)


São Paulo levou mais cartolas e cornetas do que jogadores para assistir a derrota na Argentina pela Libertadores

Guinãzu, 40 anos de idade, carrasco do São Paulo na Libertadores de 2010, jogando pelo Internacional, voltou a se destacar contra o time paulista na vitória de 2 a 0, quarta-feira.

Fala-se muito que o futebol está cada vez mais caro e é verdade. Porém, o elevado custo não é por causa apenas do que deveria ser, que é a qualidade do espetáculo, a qualidade dos atletas e demais profissionais envolvidos. A cartolagem e cornetas inúteis aumentam em muito, desnecessariamente estes valores.
A imprensa raramente entra neste importante tipo de assunto. O torcedor da maioria dos grandes e médios clubes nem sonha que além das mordomias para cartolas e cornetas, há funcionários, aspones demais empregados, com ótimos salários em todos os muitos departamentos inventados para abrigar apadrinhados das cúpulas. É o jogo político, que garante a quase perpetuação de muita gente no poder dos clubes, federações e CBF. E o torcedor banca tudo.
Essa reportagem da Folha de S. Paulo e Globoesporte.com foi publicada antes da derrota do São Paulo 2 a 0 para o Talleres, em Córdoba, em que o veterano Pablo Guiñazú, mostrou a velha garra e foi muito importante para a vitória:

* “São Paulo leva mais conselheiros que jogadores para partida na Argentina – Presidente do clube convidou cerca de 25 conselheiros para viagem do time”
O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, convidou cerca de 25 conselheiros do clube para a viagem a Córdoba, na Argentina, onde o time perdeu nesta quarta-feira (6) para o Talleres, por 2 a 0, pela segunda fase da Libertadores. As informações são do site globoesporte.com.
O número de conselheiros no voo é próximo ao de jogadores relacionados para a partida. No total, 22 atletas estavam no voo para a Argentina. (mais…)


Até quando? Enquanto vivermos no Brasil

Hoje bem cedo toda a mídia falava de remoção de famílias em Barão de Cocais, sob risco de rompimento de mais uma barragem, também da Vale; outra em Itatiaiuçú, da Arcellor Mital, devido a risco semelhante. Na semana em que foram soltos os detidos envolvidos na explosão de Brumadinho, E nenhum diretor da Vale, nem da Samarco, preso!

Escrevi este artigo ontem:

Os antigos manuais de redação das escolas de jornalismo recomendavam que fossem evitados jargões e frases feitas. Pois, até nisso Minas e o Brasil regrediram. Está na moda, jornalistas de rádio, jornal, televisão e internet perguntar: “Até quando?”, para manifestar espanto, repúdio ou indignação. Mas, usam tanto, que estão banalizando, mais ainda, este surrado jargão. Mais um crime da Vale, mais escândalos envolvendo os legislativos e executivos, mais suspeição e omissão do judiciário, mais impunidade, mais violência, mais tragédias, etecetera, etecetera e etecetera…

A imprensa deveria é mudar o foco e em vez de ficar perguntando “até quando” a cada acontecimento negativo, esmiuçar o que faz com que o Brasil seja sempre assim. Parece que está em nosso DNA, desde a chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral. O compadrio, o jogo de empurra, a transferência de responsabilidades, a cumplicidade tácita entre quem se encontra no comando dos poderes formais e informais, em todas as esferas e instâncias. Os veículos de comunicação incluídos.

Em 28 de novembro de 2016, quando caiu o avião da Chapecoense causando a morte de 71 pessoas o jornalista Milton Neves disse que “solidariedade tem prazo de validade”, prevendo que depois que passasse aquela comoção nacional a imprensa e o mundo deixariam o assunto esfriar e a vida seguiria sem que os responsáveis fossem responsabilizados. As famílias das vítimas ficariam com a sua dor, prejuízos materiais e a frustração por serem incluídas em mais uma estatística da falta de justiça no Brasil. O crime que resultou em 242 mortos na Boate Kiss, em Santa Maria-RS, no dia 27 de janeiro de 2013 foi relembrado na época, também sem nenhum (ir) responsável punido. Dois anos depois viria o rompimento da barragem da Samarco/Vale, de Bento Rodrigues, em Mariana, 5 de novembro de 2015. “Apenas” 19 mortos, o Rio Doce, afluentes e incontáveis animais, até o mar, no Espírito Santo. Agora, passadas duas semanas do maior dos crimes, em Brumadinho, que poderá resultar em torno de 300 mortos, a comoção geral começa a dissipar e a sensação de outra vergonhosa impunidade começa a tomar conta. Soltaram os bagres detidos como bodes expiatórios, nem o presidente da Vale e nenhum diretor preso. E começou a embromação na justiça para (não) indenizar as milhares de vítimas.


Parecia jogo de campeonato mineiro de um nível superior, e o Galo desperdiçou

Era a chance de voltar com uma boa vantagem de Montevidéu. Adversário fraco, sem pressão da torcida local, muito pelo contrário (parecia haver mais atleticanos que uruguaios nas arquibancadas) e gramado muito bom.

O grande problema do time continua sendo o sistema defensivo, já que o ataque continua fazendo gols. No primeiro empate do Danúbio a defesa foi recuando até permitir que os uruguaios chegassem dentro da pequena área, na cara do Vitor. No segundo, uma antiga falha de posicionamento da zaga. Mesmo grandalhões, Rever e Igor Rabello permitiram a cabeçada que tirou o que seria uma vitória animadora nessa arrancada da Libertadores.

O jogo da volta será aquela dureza, com a qual a torcida está acostumada, e os gritos de “eu acredito”. Mas, também acredito!