No post anterior falamos do drama vivido pelo Eurico Miranda, que sempre gera polêmicas, por causa do seu estilo e forma de atuar como dirigente. Em dois comentários na postagem isso ficou evidenciado mais uma vez. Inclusive acatei a sugestão de um dos comentaristas, o Raul Otávio Pereira, que sugeriu a palavra “polêmico”, além da palavra “marcante”. Preferi “controverso” e acrescentei lá.
Partindo para este lado, muita gente acredita no ditado “aqui se faz, aqui se paga”, outros na “lei do retorno”, que pagaremos os males que praticamos no presente, no futuro, em outras vidas. A humanidade está cheia de exemplos, tanto de uma, como de outra situação, perto do nosso convívio ou de gente muito famosa, Brasil e mundo afora. Uma discussão infinita que entra pelo campo religioso, fé, crença e não crença de cada um.
Um ano atrás passei em frente ao Trump Tower em Nova York, que estranhamente deu a impressão, naquele momento, que ali se tratava de uma região costumeira para mim. Aí me lembrei que era naquele prédio, num dos metros quadrados mais caros do mundo, o outrora poderoso José Maria Marin, ex-governador de São Paulo, ex-presidente da CBF, tinha um apartamento. E que ali ele estava preso pela justiça dos Estados Unidos, aguardando julgamento pelas tramóias na CBF/FIFA e etecetera e tal.
De tanto ver fotos nos jornais e reportagens nas TVs envolvendo este prédio, ele me parecia familiar, mesmo sendo a primeira vez em que eu passava perto dele. Pois é!
E o Marin mudou de endereço. Saiu do suntuoso endereço e agora está numa penitenciária novaiorquina. No julgamento, esta semana, ele fez um apelo dramático à juíza que lhe aplicou a sentença. Chorou, falou do sofrimento pelo qual a família está passando e bla, bla, bla… Deveria ter pensado nisso tudo antes de aprontar, não é?
Mas lá a justiça é diferente da brasileira e as súplicas do Marin foram em vão, como as senhoras e os senhores poderão ler nesta reportagem do Globoesporte.com:
* “Marin lê carta e chora antes de sentença nos EUA: “Sou um homem sem futuro””
Ex-presidente da CBF é condenado a quatro anos de prisão por crimes cometidos na época em que comandava a entidade. Confira o conteúdo!
A juíza Pamela Chen, da Corte Federal do Brooklyn, no Distrito Leste de Nova York, condenou nesta quarta-feira José Maria Marin, de 86 anos, a quatro anos de prisão pelos crimes cometidos na época em que foi presidente da CBF, entre 2012 e 2015. Além disso, ele teve US$ 3,35 milhões (R$ 13,6 milhões) imediatamente confiscados e vai ter que pagar multa de US$ 1,2 milhão (R$ 4,9 milhões).
No dia 20 de novembro, haverá outra audiência para discutir o valor que Marin terá de restituir à Fifa e à Conmebol. A partir desta data, o cartola brasileiro terá duas semanas para recorrer da decisão. Nesta quarta-feira, ele levou uma carta para a Corte, leu e chorou antes de conhecer sua sentença. Veja o conteúdo da carta!
CARTA DE MARIN:
“Meritíssima, meu muito obrigado por poder falar hoje, por sua cortesia e decência durante o julgamento. Desde dezembro, quando o julgamento terminou, eu tenho dedicado muitas horas refletindo sobre minha vida em um esforço de entender o que aconteceu. Ao longo dos anos, eu cometi enganos, mas eu sempre tentei conduzir minha vida com dignidade. Estou sinceramente sentido que qualquer pessoa tenha sido ferida com as minhas ações.
O futebol tem sido um grande amor. Inclusive, na juventude, pude pagar assim os meus estudos. Mas agora se tornou um grande pesadelo. Uma realidade que eu estou tentando aceitar. Mas o que mais me preocupa é o efeito que isso tem causado na minha esposa e no resto da minha família (ele chora). (mais…)