Blog do Chico Maia

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Preço dos ingressos para a torcida do Atlético é o chute inicial do clássico decisivo no Mineirão

Óbvio que um jogo desses não passaria sem polêmicas e não houve acordo na reunião da tarde desta terça-feira na sede da FMF. Reportagem do Henrique André no Hoje em Dia:

*  “Atlético vai ao TJD para tentar reduzir valor dos ingressos para a decisão contra o Cruzeiro”

A reunião que definiu os detalhes para o duelo decisivo do Campeonato Mineiro, marcado para domingo (8), às 16h, no Mineirão, ganhará novos capítulos nos próximos dias e irá parar no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG). Tudo devido ao valor do ingresso que os quase 6 mil atleticanos pagarão para ir ao Gigante da Pampulha: R$ 100.

Durante o encontro, realizado na sede da Federação Mineira de Futebol, os representantes do Atlético tentaram mudar os valores do setor Laranja – para R$ 50/25 (anel superior) e R$ 40/20 (anel inferior), igualá-los ao Amarelo (o mesmo, espelhado, dos rivais) – mas não foram atendidos pelo Cruzeiro.
De acordo com os representantes do clube celeste, ficou acordado, ainda na reunião da primeira partida, que nos dois confrontos (no Independência e no Mineirão) os visitantes pagariam o mesmo valor.

Contudo, os alvinegros alegam que não foi dada a informação de que seriam setores diferentes do estádio. Com isso, a reciprocidade só seria aceita em caso de setor único.

Para tentar reverter a decisão, os advogados do atual campeão mineiro vão se basear no artigo 85, parágrafo quarto, do Regulamento Geral de Competições (RGC). Nele, consta que “os preços dos ingressos para a torcida visitante deverão ter necessariamente, nos respectivos setores do estádio ou equivalente, os mesmos valores dos ingressos cobrados para a torcida local”.

Caso tenha que pagar os 5.940 ingressos ao Cruzeiro, com valor único de R$ 100, o Atlético desembolsará cerca de 480 mil. As vendas físicas estão previstas para começar na quinta-feira (5). (mais…)


Aplausos para quem engrandece o futebol!

A montagem dessa imagem que ilustra o post é do twitter do Héverton Guimarães:    que escreveu: @hevertonfutebol “Duas obras primas.”

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Meus prezados e prezadas, vejam que texto legal do Júlio Gomes, ótimo jornalista de São Paulo, com quem tive e tenho o prazer de conviver em muitas coberturas esportivas mundo afora. Possivelmente nos encontraremos na Rússia em junho. Faço minhas as palavras dele, no blog que tem no Uol:

* “Aplausos a Cristiano Ronaldo em Turim são a coisa mais linda do futebol”

Tenho dó de quem vive no mundo binário, aquele em que quem não é teu amigo é teu inimigo, aquele em que torcedores precisam detestar o adversário, aquele em que só vale vencer, aquele em que você tem que escolher entre Messi e Cristiano Ronaldo. Cristiano Ronaldo é um gênio. Simples assim. É o maior atacante que já vimos. Talvez ele precise de um gol de bicicleta para que algumas pessoas percebam que ele é muito mais do que um empurrador de bolas para as redes. Mas, mais bonito até que o gol, foram os aplausos da torcida da Juventus. Em um jogo de mata-mata de Champions, logo após uma falha bisonha de seu grande zagueiro Chiellini, os tiffosi da Juve foram capazes de perceber que a história estava diante de seus olhos.

Vai ter gente aqui no Brasil dizendo que são torcedores de teatro. Que futebol não é isso. Estão errados.

Futebol é exatamente isso. Esta é a essência do esporte. Competir honestamente e fazer seu máximo é, sim, mais importante que ganhar. A lógica de ”o que importa é ganhar” é perversa e serve pouco para a raça humana. Eu aplaudo a vitória por 3 a 0 em Turim, que deixa o Real Madrid  virtualmente classificado para as semifinais. Eu aplaudo a bicicleta maravilhosa de Cristiano Ronaldo. Eu aplaudo os aplausos dos italianos…. (mais…)


Galvão Bueno ataca racistas que ofenderam zagueiro Paulão e desabafa contra o esgoto das redes sociais

Foi no programa Bem Amigos de ontem. O zagueiro falhou feio e facilitou um gol do Botafogo, mas depois foi vítima da ignorância humana e do lado podre de milhões de brasileiros país afora. Galvão aproveitou para reclamar das ofensas que também sofre no dia a dia, especialmente dos covardes que se aproveitam do anonimato das redes sociais. O Uol publicou um resumo da fala do locutor da Globo:

* “Galvão desabafa e se diz alvo de mentiras: “Tão agredido que estou cascudo””

Galvão Bueno fez um desabafo no programa Bem, Amigos desta segunda-feira (2). Inicialmente incomodado com as manifestações racistas contra o zagueiro Paulão, do Vasco, o narrador aproveitou para falar sobre os ataques que costuma receber na internet. “As ofensas, a forma com que se agridem as pessoas. Eu sou tão agredido que estou cascudo, é tanta mentira que se escreve a meu respeito. É claro que escrevem muita verdade, recebo elogios, recebo críticas e nós criticamos. Se querem me criticar, que critiquem à vontade, mas sem mentiras, notícias falsas ou meias verdades. Será que existe alguma forma de coibir isso?”, questionou…

“É muito difícil manter a frieza e o controle de não responder. Eu mesmo, quando respondo, tento manter a educação acima de tudo, a educação que recebi de meus pais, que passei para meus filhos e que ajudo a passar aos meus netos, mas é muito difícil. Tem aqueles que nem o rosto mostram. Se escondem atrás do anonimato”, queixou-se.  Galvão não limitou o desabafo ao fenômeno que os estudiosos chamam de “fake news”. O apresentador do Bem, Amigos também se revoltou contra os atos de injúria racial cometidos contra o zagueiro Paulão. “As ofensas racistas nas redes sociais contra o zagueiro do Vasco, o Paulão, em função do jogo de ontem. Isso é um absurdo, tem que existir de alguma forma um jeito de se localizar essas pessoas, que têm que ser processadas e presas, porque é crime”, cobrou Galvão. (mais…)


Democrata quer encher a Arena do Jacaré no sábado para marcar despedida da temporada da segunda divisão

No jogo passado, em casa contra o Mamoré, foram mais de três mil pagantes. Neste sábado, última rodada da primeira fase, o Democrata quer mais de 10 mil na sua casa. Para isso está preparando uma grande festa de despedida, a partir das 10 horas. Encontro de cervejeiros artesanais, música, food-trucks e animação, até que a bola role, às 16 horas.

Estarei lá, e faço o convite para todos do blog nos encontrarmos pelas arquibancadas da Arena do Jacaré.

Infelizmente o time não tem mais chances de se classificar para o quadrangular decisivo que apontará os dois clubes que subirão para a primeira divisão 2019. Mas basta um ponto, em duas partidas: quarta-feira contra o Mamoré em Patos e sábado, este jogo contra o Betinense, para ficar livre do rebaixamento. Sim, é motivo de festa, sim! Porque só quem conhece o Democrata sabe o que o clube vem passando e o heroísmo de alguns para manter o clube vivo.

Felizmente o risco de desaparecimento do mapa mexeu com a cidade e a torcida está se multiplicando e ajudando a dar nova vida ao clube, fundado em 1914.

Neste texto do Álvaro Vilaça, do jornal Cidade, de Sete Lagoas, a história dessa reta final do campeonato para o Jacaré:

“Restando apenas uma rodada para o encerramento da fase classificatória, somente um grande desastre poderá levar o Democrata ao rebaixamento. Com a vitória do Mamoré diante o Guarani, em Divinópolis, o Democrata ainda segue na briga contra o rebaixamento. Com 12 pontos, o time está a um empate de se livrar, matematicamente, da degola. O próximo compromisso será no sábado, às 16 horas, diante o Betinense, na Arena do Jacaré.

Na zona de rebaixamento seguem Mamoré, com nove pontos e Social, com quatro. O time de Coronel Fabriciano já está rebaixado e apenas cumpre tabela no final de semana.

Nesta quarta-feira (28), o Democrata enfrenta o Mamoré, em Patos de Minas, num confronto direto e decisivo para as pretensões da equipe no certame.

A última rodada da fase classificatória marca todas as partidas para sábado, às 16 horas:
Democrata x Betinense – Sete Lagoas
Guarani x América-TO – Divinópolis
Uberaba x Social – Uberaba
Tricordiano x Nacional de Muriaé – São Gonçalo Abaixo
Tupynambás x Mamoré – Juiz de Fora
CAP x Ipatinga – Uberlândia”


Mais velhos garantem o sucesso de vendas dos álbuns de figurinhas da Copa

Da esquerda para a direita, Tião do Iporanga, Marília, Dudu Libânio e Humberto, com o filho Lucas.

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Dia desses falamos aqui se um álbum de figurinhas, impresso, ainda faria sucesso neste mundo digital de hoje. O assunto era o álbum lançado mês passado pelo Estadão.

No papo aqui no blog acertaram os que disseram que o sucesso de vendas seria garantido pelas faixas mais velhas da população, maioria da turma acima dos 30, saudosistas dos bons tempos da infância, em que nem se sonhava com a existência dessa coisa do outro mundo chamada internet.

Confirmei isso ontem, na Banca da Marília, uma das mais tradicionais de Sete Lagoas. Além da própria dona da banca, clientes assíduos confirmaram e lá estava um representante da geração atual que deu importante depoimento. É o Lucas, este garoto da foto, com o pai Humberto. A “velharada” adquire o álbum e os pacotes de figurinhas. Têm até encontros semanais para trocas das repetidas. Crianças como o Lucas colecionam por meio da versão digital, mas no caso dele, ficou tão curioso com as histórias dos colecionadores antigos, contadas nessa conversa, que aceitou a sugestão do pai de fazer a experiência de ter, também, um álbum de papel.


Vitória incontestável do Atlético numa ótima partida, mas a única certeza é que o jogo da volta será de nervos à flor da pele

Raramente um clássico decisivo é jogado de forma tão aberta e os dois times querendo apenas jogar, sem catimbas ou anti-jogo. E foi isso que tivemos esta tarde no Independência. Depois do apito final do árbitro é que houve um entrevero entre membros das comissões técnicas, mas também coisa boba, rápida, sem conseqüências.

Mano Menezes deve ter pensado que poderia matar logo esta decisão no primeiro jogo. Mandou seu time para frente. Mas não imaginava que o Atlético se acertasse tanto e fizesse o melhor jogo de 2018 até agora. Patric, Elias e Luan pela direita jogavam muito, Elias e Adilson estavam impecáveis na marcação e armação. Cazares e Otero disputavam quem era o melhor em campo. Ricardo Oliveira, afiadíssimo, marcou dois gols e toda a defesa do Galo jogou muito bem.

Quando tomou o primeiro gol a defesa do Cruzeiro parecia não acreditar. Veio o segundo e aí bateu o descontrole em todo o time, com destaque negativo para o miolo da zaga. Ariel Cabral e Henrique, sempre firmes, estavam irreconhecíveis. Sem abastecimento o ataque inexistia.

Para o segundo tempo, com três a zero no placar, não restava ao Mano Menezes outra coisa que não fosse mexer para tornar o time mais ofensivo. Arrascaeta entrou no lugar do Rafinha, e deu uma melhorada no desempenho geral, mas a melhor mexida foi a do Sassá no lugar de Raniel. Ele passou a dar muito trabalho à defesa atleticana. Macuello entrou na vaga do Ariel Cabral e melhorou mais ainda o Cruzeiro, que com isso conseguiu equilibrar o jogo.

Elias e Adilson tomaram cartão amarelo e imediatamente foram substituídos por Arouca e Yago. Luan, cansado, já tinha dado lugar a Tomás Andrade. Sem os dois marcadores, que estavam muito bem, o Atlético tomou o gol. Do Arrascaeta, outra vez regulando contra o Galo.

Fábio fez mais duas defesas, de chutes de Luan e Tomás Andrade, que salvaram o Cruzeiro de um placar difícil de reverter. Por isso a decisão ficou mesmo para domingo, completamente imprevisível. Única garantia é que será um jogo de nervos à flor da pele.

Tiago Larghi, que reafirmou a sua competência hoje, terá a missão de adotar a estratégia certa para segurar o time do Mano no próximo jogo.

O árbitro paraense Dewson Freitas contou com a colaboração de todos os jogadores em campo e pode fazer uma arbitragem muito boa.


O clássico numa imagem que fala por si

Não sei quem me enviou esta foto, mas agradeço muito e compartilho com as senhoras e senhores que gostam de futebol. Lamentavelmente não veio o nome do autor dessa obra prima que retrata Dario e Tostão nos áureos tempos do Mineirão, em meados dos anos 1960. O comentarista do blog, Cláudio Machado acha que é de 1970. Realmente, pode ser. Eu era criança e jogadores fantásticos como estes, com essas camisas mágicas formavam a personalidade futebolística de milhões Minas, Brasil e mundo afora.

Jornalística e tecnicamente notem a qualidade da imagem. A nitidez e brilho das cores, o momento certo do “clic” para pegar o exato momento da expressão saudável dos ídolos alvinegro e azul. Num tempo em que os profissionais da fotografia nem sonhavam que algum dia os seus sucessores teriam câmeras com recursos tão poderosos como agora.


O futebol de luto: lá se foi o Laércio Martins, grande presidente da Caldense

O futebol perdeu hoje um grande batalhador. O senhor Laércio era um dos mais respeitados dirigentes mineiros, não só pelo trabalho desenvolvido na Caldense, mas pela boa pessoa que era.

Nossos pêsames à família e aos amigos. Notícia da TV Poços.


Ambiente positivo para um grande Atlético x Cruzeiro. Que os marginais travestidos de torcedores não atrapalhem

Como raramente acontece o clima que antecede o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro está civilizado e as perspectivas são de um grande jogo, com as tensões e confusões, normais do futebol, se restringindo às quatro linhas, com todos os bate-bocas que um clássico requer e tem direito.

Isso porque os dois lados estão se respeitando nas entrevistas e rechaçando a ignorância de quem normalmente atrapalha tudo, que são as gangs que se fingem de torcidas organizadas. Tanto os presidentes, dirigentes, treinadores e jogadores de Atlético e Cruzeiro estão tendo muito cuidado com a palavras, na busca de um ambiente favorável à racionalidade, apesar de tudo que este grande clássico envolve.

As polícias também estão fazendo um belo trabalho preventivo, monitorando redes sociais dos tradicionais agitadores de ambos os lados. Já se tem notícias de brigas combinadas, detectadas e evitadas pela PM e Polícia Civil. Tomara que o resultado desse conjunto de fatores positivos seja um noticiário posterior ao clássico com ausência de informações de violência.

Dentro de campo, incógnita absoluta. Vejo o Cruzeiro mais arrumado, técnica e fisicamente, mas um Atlético em ascensão. No apito, pelo simples fato de ser um árbitro de fora, os jogadores dos dois times colaboram mais. Ficam menos sujeitos ao açodamento promovido pelos dirigentes e imprensa. Qualquer que seja o nome de um mineiro, por melhor que ele seja, sempre enfrenta este problema. Infelizmente essa é uma realidade que precisamos trabalhar para mudar. Assim como os gaúchos arquirrivais escalam gaúchos para conduzir seus confrontos, todo clássico mineiro deveria ser apitado por mineiros. Um dia chegaremos lá!


A resistência de um álbum de figurinhas

Com Cafú de garoto propaganda o Estadão lançou o seu álbum de figurinhas da Copa. Claro que o departamento de marketing da casa deve ter feito uma pesquisa de viabilidade do produto para que o jornal entrasse nessa, mas para mim foi uma surpresa.

Nestes tempos de informação instantânea, acessível a crianças e adultos em tempo real, será que a modalidade ainda tem apelo de vendas?

Autopropaganda não falta. As páginas impressas e virtuais do tradicional jornal paulista falam do álbum todo dia.