Aproveito este post para homenagear figuras públicas da história a quem muito admiro: Leonel Brizola (esq.), o ex-Primeiro Ministro de Portugal, Mário Soares, que morreu este ano, jornalista e amigo José Maria Rabelo, que continua morando aqui em Belo Horizonte, ótimo de saúde e ativista político como sempre e o montesclarense, Darcy Ribeiro, um dos maiores educadores brasileiros.
O comentarista Célio Marques Alvarenga, que sempre nos honra com a presença aqui no blog, mandou uma cobrança/tijolada, muito bem escrita, cobrando, com razão, o seguinte: “no post anterior, o senhor francisco barbosa maia dizia: em um momento complicado na tabela não é hora de poupar jogadores! depois do jogo acontecido ele diz que essa foi uma decisão genial! seria um caso de dupla personalidade? porque não é possível a pessoa mudar tão radicalmente de opinião sobre um assunto em 48 horas! senhor chico maia, explique-se!!!!”
Pois não, caro Célio: recentemente, no auge do bate-boca geral sobre a crise política do Brasil, em que ninguém conseguia explicar bem, nada do que estava acontecendo, muito menos indicar um rumo, li ótimo artigo da jornalista Eliane Brum, no El País, de onde pincei uma frase que define muita coisa:”.. Talvez seja o momento de suportar o não saber e acolher as incertezas. Mas em movimento, no movimento da busca…”.
Vale para o atual momento vivido pelo Atlético. Time caro, cheio de estrelas, técnico considerado um dos emergentes mais promissores do nosso futebol, ótimas condições de trabalho, salários em dia mas o futebol não aparece, os resultados são insatisfatórios e ninguém sabe a razão, nem uma solução. Nem diretoria, nem treinador, nem a torcida e muito menos a imprensa.
Eu realmente pensava que a ideia de time reserva contra a Chapecoense lá era ruim. O Galo nunca ganhou lá, precisava de pontos para sair da zona do rebaixamento e o adversário altamente perigoso, ainda mais jogando em casa e precisando vencer também.
Mas o comandante é o Roger Machado, muito bem pago pra isso. A cabeça a prêmio, também é a dele, e ele arriscou. Deu certo! Mostrou que, com vontade de quem a veste, essa camisa alvinegra é capaz de operar façanhas inimagináveis e que tem gente chupando sangue entre aqueles que compõem o time principal. Não quero não saber quem está certo. Quero que seja quem tem a solução para o problema. Seja quem for!
Mudei de opinião, com a maior tranquilidade, pois não sou o dono de nenhuma verdade. E como dizia Leonel Brizola, “mudar de opinião faz parte dos direitos humanos”.
E por favor, caro Célio, não mude meu nome, nem suprima o Duarte, do qual faço muita questão, também: Francisco Maia Barbosa Duarte, nessa ordem.
Para reforçar a minha defesa recorro ao que escreveu o também comentarista do blog, Regi.Galo/BH:
* “Alô Roger.. (Duas verdades e meia)
– Vitória raquítica mas importantíssima. Foram creditados 5 dias de ‘paz’ em vossa conta.
– sugiro aproveitar esses 5 dias pra ensinar ao time à não ter medo de ficar com a posse de bola.
– No mais, eu gostei e quero pedir: mais minutagem para os reservas, para os jogadores da base e, quem sabe, mais minutagem para o técnico da base, quando este for o caso de se usar um time ‘alternativo’. Daí você teria mais alguns dias de ‘paz’ à favor.
Próximo!
Sugestão musical do dia:
IRA! – Dias de Luta”