Mesmo enfrentando a total má vontade da CBF e com incontáveis problemas entre os clubes que a compõem, a Primeira Liga é muito mais atrativa do que qualquer estadual. Jogos interessantes tecnicamente e concorrentes de muito melhor nível. O levantamento comparativo de público foi feito pelo Vinícius Dias, no site dele. Toque Di Letra:
* Primeira Liga, mesmo com times reservas, tem média de público superior a estaduais
123.452 torcedores foram aos estádios nas três primeiras semanas, garantindo uma média superior a 10 mil por partida da competição
Vinícius Dias
Alinhavada com base no discurso de oposição aos campeonatos estaduais e suas desgastadas fórmulas, a Copa da Primeira Liga tem, na prática, sido preterida por boa parte de seus fundadores neste começo de temporada. Entretanto, em meio a partidas com equipes mescladas ou alternativas, a adesão do público às rodadas iniciais do torneio supera a média registrada nos estaduais do eixo Sul-Minas-Rio e também no Cearense, liderado pelo Ceará, um dos 19 membros da entidade.
De acordo com levantamento realizado pelo Blog Toque Di Letra a partir dos borderôs, as três primeiras semanas da Copa da Primeira Liga levaram 123.452 torcedores aos estádios, o que garante uma média de 10.288 por jogo. A título de comparação, Minas Gerais, que recebeu dois dos maiores públicos – 41.530 torcedores no clássico Cruzeiro 1×0 Atlético, e 13.248 em Atlético 2×0 Joinville – da competição, teve média de 4.397 por partida nas duas primeiras rodadas do estadual.
“A média de público está bem interessante e a gente ainda terá jogos com bastante interesse de público”, avalia o CEO da Primeira Liga, José Sabino, citando como exemplo o duelo entre Ceará x Flamengo, que está marcado para o dia 22/02. Mesmo mandando fora do Rio de Janeiro e contra o time reserva do Grêmio, o rubro-negro teve o maior público da última semana: 20.224 torcedores no Mané Garrincha, em Brasília.
Reunião debaterá uso de reservas
O tricolor gaúcho não foi exceção: cinco dos oito clubes não utilizaram seus titulares na rodada – três foram comandados por técnicos alternativos. “O ideal é que todos jogassem com força máxima, mas entendemos que essa situação de calendário é incômoda não somente para a Liga, mas também para os estaduais, Copa do Brasil”, comenta José Sabino, revelando que a escalação de times reservas será pautada ainda neste mês. “Teremos uma reunião e vamos discutir isso internamente”.
O diretor afirma que, a princípio, não havia previsão de conflitos de datas. “Quando fizemos a tabela da Liga, lá atrás, não conflitava com nada. Mas depois saíram algumas tabelas de estaduais”. O maior entrave diz respeito aos clubes de Santa Catarina, cujo estadual tem 20 datas. Oficialmente, o calendário nacional reserva duas a menos. A expectativa é de que, a partir das quartas de final, todos os clubes escalem titulares. “Mais para frente, teremos jogos muito competitivos”, garante.
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