Estádio Juan Perón, o caldeirão do Racing em Avellaneda
Falar que será uma pauleira é chover no molhado. Independentemente do adversário, jogar contra argentinos, principalmente lá, é sempre complicado. Em função do regulamento, um empate seria um ótimo negócio para o Galo, 19h30, no caldeirão do Racing em Avellaneda. Perder de pouco também não é mau negócio, marcando gols de preferência. A vitória seria uma glória, desde que no jogo da volta não dê tantas bobeiras em casa, como a história registra com o próprio Galo e inúmeros outros brasileiros.
Agora há pouco vi um comentarista argentino no ESPN avaliando os confrontos contra os brasileiros desta noite. Disse que o Rosário, adversário do Grêmio, jogava o melhor futebol da Argentina até poucas semanas atrás, mas que está em queda. Justamente o Racing é que está jogando melhor agora e subindo de produção. Mas lamenta a ausência do excelente atacante Gustavo Bou, que desfalca o time do técnico Facundo Sava, que tem dúvida entre o veterano Diego Milito, ex-seleção e o colombiano Martínez.
Dátolo e Lucas Pratto são os argentinos do Galo, experientes e ótimos jogadores, que serão fundamentais em campo hoje, por serem os mais acostumados ao ambiente da partida. Têm históricos muito bons contra o Racing, mas isso não conta porque eles têm Lisandro López, que ano passado arrebentou com o Galo e ajudou o Inter, de Diego Aguirre, a eliminá-lo nas oitavas.
Por essas e outras é que não ficarei surpreso se Robinho começar no banco. Estratégia do Diego Aguirre, visando resistir ao máximo a pressão inicial dos “hermanos” e depois colocá-lo descansado para explorar a categoria e fôlego dele nos contra ataques, pegando o adversário já desgastado fisicamente.
Só esperando pra ver.
Se vai dar certo ou não, outros fatores entram na parada. Inclusive da arbitragem, pois se for um apitador caseiro, desses que afinam com pressão das arquibancadas, complica; igual àquele chileno fraco, Roberto Tobar, que expulsou o Calleri em La Paz, depois que o atacante do São Paulo tomou um chute e dois socos de um boliviano apenas revoltado pela eliminação em casa.
Apita Julio Quintana, do Paraguai. Nas consultas que fiz, não apareceu nenhuma polêmica neste sentido em atuações dele. Será auxiliado pelos também paraguaios Eduardo Cardozo e Roberto Cañete.
O Atlético: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete, Júnior Urso e Dátolo; Robinho e Lucas Pratto.
Racing: Saja, Pillud, Sánchez, Vittor e Grimmi; Díaz, Aued, Videla e Romero; Martínez (Diego Milito) e Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.