Blog do Chico Maia

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Cadeia na Suiça é “tão boa” que Marin era carregado por outros detentos

A corrupção no Brasil é do jeito que é por causa do tratamento manso que corruptos e corruptores têm na apuração e na aplicação das leis. Aí quando surgem uns raros Rodrigos Janot”, “Joaquims Barbosas” e “Sergios Moros”, vem também um sopro de esperança, de que as coisas passem a funcionar como deveria.

No futebol e nos esportes em geral ainda estamos andando em passos de tartaruga. Só mesmo com a entrada do FBI para que alguns gatunos se dessem mal. E só caíram na ratoeira porque estavam em país que tem acordo de extradição por corrupção com os Estados Unidos. Isso acendeu um sinal de alerta para os demais, que não saem do Brasil nem para receber dinheiro, já que sabem que ratoeiras estão armadas para eles em incontáveis aeroportos do mundo.

Vejam a situação do José Maria Marin, que nadou de braçada no Brasil desde os anos 1960, na política e no futebol. Felizmente, está comendo o pão que o diabo amassou, mas já no fim da vida, com os seus 83 anos de idade, porque achava que o braço da justiça no alcançaria mais. No Brasil sim, ele pensava certo, mas não sabia que o FBI estava com um bote armado e que só aguardava o famoso Congresso da FIFA em Zurique, onde a maioria dos “espertos” do futebol mundial estaria reunida lá.

Muita gente pensa que as condições de uma cadeia na Suiça são semelhantes à de um bom hotel, mas não é bem assim. Ou que a prisão “domiciliar” nos Estados Unidos, em prédio de luxo, é tranqüila. Nada disso.

Vejam estes relatos de advogados do Marin à Folha de São Paulo, sobre as condições da cadeia onde ele estava na Suiça e da “domiciliar” em Nova Yorque:

* “Marin era carregado por outros detentos em prisão na Suíça”

Uma cela com espaço que ia pouco além do reservado para a cama. No fundo dela, um buraco que cumpria a função de banheiro. Na porta, de ferro, uma pequena passagem onde entregavam a ele a alimentação diária.

A estadia de José Maria Marin nos cinco meses naprisão suíça, nos arredores de Zurique, faz com que familiares temam por sua saúde caso tenha de ir à prisão comum nos EUA. Isso pode ocorrer se não cumprir acordo de fiançafeito para ficar “em casa”.

“A cela dele na Suíça ficava no quarto subsolo. No início ele subia tranquilamente para o banho de sol, mas depois não conseguia. Dois detentos holandeses ficaram com pena e o carregavam”, disse à Folha seu advogado e amigo Mauro de Morais.

Nos EUA, onde vive em prisão domiciliar no apartamento que possui na Trump Tower, em Nova York, a vista da janela dá para o Central Park, um dos parques mais conhecidos do mundo e grande ponto turístico.

Logo na porta de entrada, uma grande câmera filma e fotografa todas as pessoas que entram e saem do apartamento.

Ao lado, ainda dentro do apartamento, policiais se revezam 24 horas como vigias de Marin.

Quando se reúne com alguém, sentado na sala de estar, o policial de plantão acompanha a conversa. Marin custeia todo o aparato de segurança colocado em sua casa, como as câmeras, os seguranças e até a tornozeleira eletrônica que usa 24 horas.

O ex-presidente da CBF só pode sair de casa com a permissão da Justiça, para ir a lugares combinados no acordo de prisão domiciliar, como igreja, consultas médicas e mercados para a compra de produtos de higiene e uso pessoal.

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/01/1729289-marin-era-carregado-por-outros-detentos-em-prisao-na-suica.shtml

* “Com dificuldade para garantir fiança, Marin teme voltar à prisão comum”

A novela iniciada com a divulgação do maior escândalo da história da Fifa e da CBF, em maio de 2015, se aproxima de capítulo relevante. (mais…)


O interessante impasse entre o técnico Sampaoli e a Federação Chilena

O futebol apresenta situações curiosas: o técnico argentino Jorge Sampaoli, que levou o Chile ao primeiro título de campeão da Copa América, quer aceitar o convite de um clube europeu, mas não quer pagar a multa rescisória à Federação Chilena de Futebol, que é de US$ 6 milhões (R$ 24 milhões), já que o contrato entre eles tem duração prevista até 2018.

Sampaoli diz que é “impossível” pagar a multa.

Então sossega e vá trabalhar até 2018, uai!


Empresa de Juiz de Fora fecha patrocínio com o América para estampar marca na camisa

* A indústria de biscoitos Krokero acaba de anunciar patrocínio ao América. A empresa situada em Juiz de Fora, e que em 2014 se associou à Vilma Alimentos, atua no mercado há 35 anos no segmento de biscoitos, produzindo recheados, wafer, rosquinhas, sequilhos, biscoitos com cobertura de chocolate, entre outros.

A empresa viu na oportunidade a chance de se aproximar de seu público consumidor e de reforçar sua marca, especialmente em Minas Gerais. “O orgulho verde e branco também é nosso. É com grande satisfação que fechamos essa parceria com um dos maiores e mais tradicionais times de Minas, principalmente neste momento tão importante em que o clube retorna para Série A”. disse Evanio José de Paula, Presidente da Krokero.

KROKERO

Krokero e Vilma alimentos
A Krokero foi fundada em uma pequena loja no centro de Juiz de Fora, em junho de 1980, fabricando apenas um produto: o biscoito de polvilho Kero. Desde o início os gestores acreditavam que a qualidade dos produtos e valores como a ética e a transparência eram responsáveis por guiar sua caminhada. (mais…)


Comentarista, ex-colega de trabalho do Benecy Queiroz fala sobre ele em Rádio de Santa Catarina

O belorizontino Rui Guimarães foi preparador físico e treinador do Cruzeiro, da base e do profissional. Antes, foi professor de Educação Física em escolas da capital mineira, onde conheceu Benecy Queiroz. Atualmente, Rui é escritor e um dos comentaristas de maior prestígio em Santa Catarina, trabalhando na TV Record e Rádio Guarujá de Florianópolis.

Ele entrou no assunto “Benecy Queiroz” no comentário dele de ontem, na Guarujá.

Confira:

RUILIVRO

Capa do livro “Santa Bola”, lançado pelo Rui em 2014


Galo foi muito bem no primeiro jogo do ano

O fator mais positivo dessa Florida Cup é que os clubes brasileiros iniciam seus preparativos para a temporada contra adversários de alto nível. Não vi o jogo todo, do Atlético contra o Schalke 04, mas gostei do vi desta primeira partida em 2016. Enfrentou um time que está no meio da temporada alemã, ocupando a 6ª posição do campeonato com 27 pontos.

O comentarista aqui do blog, Pedro Vitor, assistiu e deu a opinião dele:

* “Giovanni Augusto, merece mais chances, mas o Dátolo mais uma vez, teve sua chance no meio de campo, assim como foi naquela vitória contra o Flamengo, onde ele marcou o gol mais bonito do Brasileiro, assumiu a 10!

Pra mim, o melhor reforço é o Hyuri, entrou bem na partida, e tem uma característica que o Thiago Ribeiro não tem, que é ter visão de jogo, trocar passes. O Thiago Ribeiro, é individualista, recebe a bola, logo procura chutar ao gol, porque finaliza bem de longe e perto, pra mim, uma característica rara no futebol, mas que o colocar como um bom reserva.

Outro grande reforço, é o Lucas Cândido, recuperado de duas cirurgias uma joelho direito e outra no esquerdo, o Lucas tem 7 partidas pelo profissional, e três gols, cada um mais bonito que o outro. O Donizete que abra o olho, que o Candido esta jogando demais!

Leonardo Silva e Victor, é chover no molhado suas qualidades e categoria!”


Depoimento esclarecedor de quem presenciou fato parecido com o contado pelo Benecy

Luiz Carlos Alves, um dos jornalistas de história das mais brilhantes da imprensa brasileira, escreveu na página dele no facebook:

* “Os que acompanham esta página sabem que raríssimas vezes postei aqui algo sobre o futebol. Quando o fiz foi para homenagear ex-jogadores e sua arte, como recentemente na reprodução de um golaço de Everton, um vídeo a mim enviado pelo Roberto Tibúrcio. Não tenho ido além disso porque não mais estou no dia a dia da bola, embora, depois da aposentadoria, continue acompanhando os noticiários. Tenho recusado ótimos convites para voltar aos microfones e às câmeras, mas meu trabalho como assessor de comunicação de uma grande empresa me satisfaz, mantém a minha lucidez e boas relações interpessoais. No entanto, diante da celeuma provocada pela entrevista do Benecy Queiroz ao programa “Meio de Campo”, do Orlando Augusto (não vi, mas recebi o tal trecho hoje cedo), me lembro que eu não acreditava em compra de juízes, de jogadores adversários, de times inteiros. Aí, ao longo da minha carreira, vieram dezenas de casos que me fizeram crer na existência desse lado ruím do esporte, e não apenas do futebol. Os doppings; a máfia da loteria esportiva; a vergonhosa atuação de Armando Marques contra o Cruzeiro em 1974, tirando o título do time mineiro; a criminosa atuação de José Roberto Wrigth a favor do Flamengo no Serra Dourada, contra o Atlético; o pústula Armando Marques, quando na direção da arbitragem da CBF, dando instruções a um árbitro para não ver certos lances; a vitória da Argentina sobre o Peru por 6 gols, os que precisava na Copa de 78; essas últimas corrupções de todos os tamanhos na Fifa, enfim, dezenas de casos. Ainda bem que o lado bom do esporte prevaleceu. A entrevista do Benecy repercute intensamente porque os meios de comunicação hoje são muito mais numerosos, mais fortes e instantâneos devido à internet, principalmente. Em 13 de dezembro de 1978 a revista Veja publicou um matéria em que fui citado por ter ouvido, do lado de fora do vestiário do Cruzeiro, uma ordem para que Joãozinho ao voltar para o segundo tempo do jogo, caísse na área, porque o árbitro daria pênalti. O árbitro estaria comprado? A Veja, leitura obrigatória à época, quase um milhão de exemplares semanais, publicou. Errou apenas quanto ao tempo de jogo, 40 segundos e não, 40 minutos; e à origem da informação: vestiário e não túnel do Cruzeiro. A repercussão foi enorme, mas ninguém investigado ou punido.
Casos que este sempre repórter viveu.”

https://www.facebook.com/luizcarlosalves13/posts/959522524138357

VEJA2

Capa da Veja citada pelo Luiz Carlos Alves


A verdade verdadeira do Benecy Queiroz

No aguardo de uma verdade verdadeira do Duke, o dirigente cruzeirense inspira Marcio Luiz, outro chargista brilhante

No Brasil é assim: sujeito fala e faz bobagens, mas invés de ser punido ou auto punir-se, recorre ao “rolando lero”, combina uma armação qualquer até que a poeira baixe e o público esqueça ou vire a chave para outra mazela do dia a dia.

Benecy Queiroz sabe muito, é um arquivo vivo, há quase meio século dentro do Cruzeiro. Demiti-lo poderia resultar numa “delação premiada” e muitos outros nomes e histórias poderiam vir à tona.

O pronunciamento dele ontem merece este tratamento dado pelo Márcio Luiz Rodrigues, comentarista das antigas aqui do blog, a quem agradeço:

“Boa noite, Chico!

Enquanto aguardamos o imbatível Duke, resolvi fazer a minha charge sobre o tão badalado pronunciamento do dirigente celeste hoje pela manhã.”

Esta charge já está publicada em minha Fanpage:

http://facebook.com/marcio.luiz.125


Contratações para a temporada: enganadores, enganados, o que é prometido e o que é cumprido – Parte I

Início de temporada é sempre a mesma conversa de jogadores que chegam e dirigentes: “optei por este clube por causa da sua grandeza, por causa da sua fanática torcida e porque o fulano de tal me disse que seria o melhor para mim em Minas Gerais”. Prometem futebol maravilhoso, títulos e muita dedicação.

Já os dirigentes dizem que a contratação deste “reforço” foi muito difícil porque muitos clubes brasileiros e do exterior também tinham interesse, mas “nós conseguimos vencer esta batalha”.

De tudo que é prometido, a única coisa que é cumprida é a dedicação e vontade, mesmo assim, de alguns deles, nem isso.

O América está contratando por atacado. O Adroaldo Leal da 98 FM, disse que está sendo uma “baciada”. Já chegaram 11. Normalmente, operações assim dão errado. É gente demais para formar um grupo que precisa se entrosar em curtíssimo espaço de tempo. Claro que o Coelho subiu para a Série A, precisa se reforçar com jogadores de melhor nível, mas certamente os que estão sendo contratados também são de nível B. Melhor seria segurar os seus melhores, já bem sintonizados e investir em até uns cinco de nível superior.

Mas, Givanildo Oliveira sabe o que4 faz. É competente e, pelo que se sabe, está indicando e acompanhando muito de perto estas aquisições. Que o Coelhão faça um ótimo Brasileiro e atinja o objetivo traçado pela diretoria que é ficar entre os 10 primeiros colocados.

* Sobre as aquisições de Atlético e Cruzeiro, escreverei mais tarde, já que agora estou indo pra rádio 98 FM, onde participarei do programa do Lélio Gustavo, de 9 às 10 horas. Mas, adianto que não confio em jogadores “tampinhas” como armadores. De baixa estatura, vá lá, mas nem tão baixos e franzinos. Raros dão certo em clubes que almejam grandes conquistas, exceção obviamente àqueles gênios da bola, cada vez mais difíceis e caros. Mesmo assim, quando muito jovens, passam por trabalho de reforço muscular e outras atividades laboratoriais específicas.

Pisano no Cruzeiro e Cazares no Galo, terão que jogar bola demais para justificar o investimento neles.


LISTA: 7 comemorações de gol que acabaram mal

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Por Emanoel Ferreira

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De vez em quando, o momento maior do futebol acaba sendo ofuscado por uma comemoração mal calculada. Em alguns casos, a coisa pode ficar realmente feia. Por isso, o Blog do Chico Maia separou sete comemorações que dificilmente serão esquecidas por quem assistiu de perto. Confira!

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(mais…)


Compra de arbitragens! O que é isso Benecy? E o que é isso companheiros?

Os janeiros parecem estar pesando no lombo do Benecy Queiroz, que já era uma pessoa experiente e muito importante no futebol mineiro, especialmente como auxiliar de Felício Brandi, no Cruzeiro, quando comecei a minha vida de repórter, na Rádio Capital.

Custei acreditar que era mesmo o Benecy, em reprise em vários sites e TVs do país, dizendo que o Cruzeiro comprou “juiz”. E pior: envolvendo o nome do já falecido técnico Ênio Andrade, que não está mais entre nós para se defender. Citou o nome do Vitor Braga, que segundo ele era o goleiro da época. Também foi infeliz aí, já que o Vitor tinha parado com o futebol quatro anos antes, nunca jogou sob comando do Ênio, e na ocasião era treinador de goleiros no Qatar, trabalhando com o Dino Sani, o chefe da comissão técnica.

Liguei para o Vitor, que está muito chateado com a história. Disse:

__ Não é este o Cruzeiro que conheço. Jamais testemunhei ou tomei conhecimento de qualquer esquema extracampo para nos ajudar a vencer; tínhamos era um trauma pelo título que o Armando Marques nos tirou e deu para o Vasco no Maracanã em 1974.

Vitor acha que o Benecy teve um surto de excesso de vaidade nesta entrevista ao Orlando Augusto, Paulo Galvão, Eduardo Murta e Frederico Ribeiro, no programa Meio de Campo, domingo, na Rede Minas. “Parece que quis se mostrar importante na história do clube”, afirmou Vitor.

Eu estava voltando de viagem no domingo e não vi o programa, mas ontem o Brasil inteiro o repercutiu por causa dessa entrevista. Aliás, tem sido uma tônica do Meio de Campo, desde que o Orlando Augusto voltou a comandá-lo. O Orlando é de uma lealdade e dignidade profissional que muitos colegas não estão demonstrando ter com ele em momentos como este. Hoje, bem cedo, o Bom Dia Minas, da Globo, repetiu o trecho da entrevista, mas não disse que foi ao programa da Rede Minas. Ontem, o João Vitor Xavier, encheu da bola do Orlando e do programa, citando-os como a fonte da infelicidade do Benecy. Porém, não foi a mesma postura de outros colegas, comentaristas, que não citaram o nome nem do Orlando e nem dos demais companheiros. Dar créditos jornalísticos a quem faz jus, além de elegante, significa honestidade com o público que nos prestigia.

De tudo isso, só resta lamentar que o futebol vive contínuo processo de desmoralização, dentro e fora de campo. E me faz lembrar novamente do Walter Clark, o poderoso criador do “Padrão Globo de qualidade”, que escreveu no livro autobiográfico “O Campeão de Audiência”, de 1994 (relançado em 2015), onde, na página 356, escreveu que ele, como vice-presidente do Flamengo, cuidava, dentre outras coisas do acerto com árbitros para favorecer o time: “… as mumunhas da arbitragem, os acertos com os juízes, o suborno. Todo mundo jura de pé junto que não existe, que são fatos isolados, mas na verdade, acontece, quase às claras, para quem quiser ver.

E confessa que havia apitador que fazia jogo duplo: “ia dar uma grana a esse juiz para ele amolecer as coisas para o nosso lado. Na apuração dos porquês, descobrimos que ele também estava a soldo do outro lado”. Porém, sem citar nomes.

Como diz o jornalista Fernando Rocha, de Ipatinga: “Fecha o pano!”.

MEIODECAMPO

No estúdio da Rede Minas, domingo, antes do programa Meio de Campo, Eduardo Murta, Orlando Augusto, Fred Ribeiro e Paulo Galvão.

MARCOFALCONE

Hoje marchand e empresário dos ramos imobiliário e de bebidas, o ex-goleiro Vitor Braga (direita), em foto ao lado do Marco Antônio Falcone, na sede da cerveja especial Falke Bier.

CLARK

O livro autobiográfico do Walker Clark, relançado em setembro do ano passado, “O Campeão de Audiência”

Parte da entrevista do Benecy Queiroz ao Meio de Campo:

https://www.facebook.com/meiodecampo