Amigos e amigas do blog, vejam que história interessante. Gosto muito do Oscar Niemayer. Para que tenham uma ideia, o projeto da Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, de autoria dele, custou R$ 6 milhões. O projeto da reforma do Mineirão, que não é dele, custou mais de R$ 20 milhões, e obviamente o assunto está agarrado até hoje no Ministério Público, apesar da grande imprensa nem tocar no assunto. Era o governo Aécio e a oposição da época queria CPI na Assembleia, que nunca saiu. A oposição virou governo e passou a ser contra a CPI. Fazer o quê? É o Brasil!!!
Mas ainda há e havia exemplares de comunistas autênticos, como mostra esta coluna da Eliane Trindade na Folha de S. Paulo de hoje:
* “Netos e bisnetos de Niemeyer, ‘os sem mesada’, disputam herança minguada”
“A fonte secou”, diz Vera, viúva de Oscar Niemeyer (1907-2012), inventariante do espólio do arquiteto morto há quase três anos. Apesar do renome internacional e de ter trabalhado por mais de oito décadas ao longo dos 104 anos de vida, o patrono da arquitetura moderna deixou um patrimônio modesto e um escritório que passa por dificuldades financeiras sem o toque de Midas de seu fundador.
“Ele sustentou com seu trabalho incessante até a terceira geração”, diz o advogado Allan Guerra, que representa dona Vera e o escritório de arquitetura.
Um ex-funcionário relata que o velho Oscar pagava cerca de R$ 200 mil mensais de mesada para familiares, inclusive bisnetos na faixa de 40 anos.
Pelo menos três dos netos, todos com mais de 60 anos, faziam retiradas mensais que variavam de R$ 25 mil a R$ 15 mil, caso de Carlos Eduardo Niemeyer, o Kadu, que hoje é taxista. Já os bisnetos mais próximos recebiam entre R$ 7 mil e R$ 10 mil cada um.
“Eu só tive você, Anna Maria. Essa confusão toda foi você quem criou”, brincava Oscar com sua filha única, fruto do casamento de 76 anos com Anita Baldo (1909-2004), que morreu seis meses antes dele, aos 82 anos.
A galerista deixou quatro filhos, que são os herdeiros formais de Niemeyer. Ela é mãe de Ana Lúcia, 64, Ana Elisa, 62, e Carlos Eduardo, 61 (frutos do primeiro casamento), e de Carlos Oscar, o caçula, da união com Carlos Magalhães.
Todos, em maior ou menor grau, viveram à sombra ou da generosidade de Oscar. “Ele sempre foi muito generoso. Distribuiu sua herança em vida e ajudou não só netos e bisnetos, mas também amigos”, diz dona Vera.
Comunista histórico, Oscar deu um apartamento de presente para Luiz Carlos Prestes (1898-1990), o lendário líder comunista. (mais…)