Blog do Chico Maia

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O “profissionalismo” do Fluminense e a briga pelo horário dos jogos da Libertadores na TV

A Globo quer que a Conmebol cumpra acordo feito com ela anos atrás, de marcar os jogos dos brasileiros pela Libertadores para 21h45, depois da novela. A entidade diz que aquele acordo já era, pois foi feito por uma turma que está na cadeia, e que a Fox, atual detentora dos direitos de transmissão, em sintonia com os clubes, é que vai definir o horário.

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Parece coisa de futebol amador, mas está acontecendo com um dos maiores clubes do futebol brasileiro. Ronaldinho Gaúcho durou apenas alguns dias no Fluminense em 2015, mas por força contratual voltou a vestir a camisa do clube na Florida Cup, contra a vontade da comissão técnica e de vários jogadores, inclusive Fred, que foi um dos incentivadores da ida dele para o tricolor e se frustrou com a saída precoce das Laranjeiras.  E enquanto o time treina, R10 grava comerciais na Disney.


Na torcida para que Lugano se dê bem no retorno ao Brasil

Vejo o zagueiro Lugano voltando ao São Paulo sob a desconfiança geral, já que enfrenta problemas crônicos de contusão, além de 35 anos de idade. Torço para que ele tenha sucesso. É desses jogadores de comportamento e comprometimento com a profissão cada dia mais raros no Brasil.


Marginais que se multiplicam, garantidos pela impunidade

A selvageria de marginais travestidos de torcedores do São Paulo no jogo do time em Mogi das Cruzes, pela Copa SP de juniores, não é novidade e daqui alguns dias se repetirá em outro estádio, envolvendo algum outro clube do país. Por um motivo simples: impunidade. Há leis que preveem punição rigorosa a bandidos como estes, porém, o Ministério Público e a Justiça deixam correr solto. As câmeras de TV mostraram as caras dos elementos; está tudo gravado, mas eles soltos, morrendo de rir, felizes com os minutos de fama que conseguiram em toda a mídia nacional.


Começo promissor do Galo e perfeição americana nas cobranças de pênaltis

Os primeiros jogos de todo início de temporada não permitem análises mais profundas sobre o que o torcedor pode esperar do seu time na sequência do ano. Fato animador para atleticanos e cruzeirenses é que a maioria dos jogadores do ano passado permaneceu. O Atlético mostrou nestes dois jogos da Florida Cup aquilo que se espera das equipes dirigidas por um uruguaio, que é muita raça e determinação.

CAM

Nos 3 a 0 sobre o Schalke-04 a melhor novidade foi a boa atuação do Lucas Cândido e o belíssimo gol no estilo dele, de longe e dessa vez com o pé direito. Contra o Corinthians, dois recém contratados mostraram serviço: Cazares, que deu passe milimétrico para Lucas Pratto ficar na cara do goleiro Walter, e Hyuri, que fez o gol. Destaque para a atitude do Pratto que poderia ter feito o gol, mas viu o colega em melhores condições e deu o passe.

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CRUVIL

Na Toca da Raposa o Villa Nova encarou como jogo mesmo e não apenas um treino. Com mais vontade que o Cruzeiro, mereceu os 2 a 1. A partir do próximo amistoso, quarta-feira contra o Rio Branco em Cariacica, possivelmente já estará em campo um time com as características que o técnico Devid pretende implantar.

Perfeição 

Cruzeiro e América prosseguem na Copa São Paulo, com boas chances de chegar à final. Na classificação sobre o Palmeiras chamou a atenção a competência dos jogadores do América na cobrança de pênaltis. Vitinho, Renan Melo, Gledson, Victor e Zé Ricardo ensinaram a muitos marmanjos como se cobra.


Com a poeira baixando, no Brasil tudo está voltando ao que era no comando da CBF. Na Conmebol, também!

Alejandro Domínguez será eleito o novo líder do futebol sul-americano Foto: Norberto Duarte/AFP

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Marco Polo Del Nero está implodindo o que seria a Primeira Liga e a Copa Sul/Minas/Rio.

Um paraguaio antigo aliado dos dirigentes presos, está prestes a assumir definitivamente o comando do futebol Sul-americano. Confira nesse esclarecedor artigo do gaúcho Luiz Zini Pires, no portal do jornal Zero Hora, de hoje:

* “A Conmebol tem novo (velho) dono”

Em 2013, os 10 presidentes das associações que sustentam a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), a CBF entre eles, venderam direitos de TV e aceitaram milhões de dólares em suborno, sempre com a bênção da Fifa. Menos de três anos depois, nove dirigentes foram alcançados pela Justiça, graças ao esforço do FBI. Fosse pelas autoridades dos seus países, o cenário continuaria o mesmo de dois anos atrás.

Lembra deles?

Julio Grondona (Argentina, já falecido), Marin (Brasil, em prisão domiciliar), Rafael Esquivel (Venezuela, preso), Carlos Chávez (Bolívia, preso), Juan Ángel Napout (Paraguai, prisão domiciliar), Luis Chiriboga (Equador, preso), Manuel Burga (Peru, preso), Luis Bedoya (Colômbia, em liberdade condicional), Sergio Jadue (Chile, em liberdade condicional) e Sebastián Bauzá (Uruguai). Bauzá ainda não foi indiciado pelas autoridades.

Todos desfilaram no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014, entre junho e julho, como donos do futebol da América do Sul, ciceroneados pelo infame José Maria Marin e recebendo diárias em dólares da Fifa.

No total, a justiça dos EUA indiciou 39 pessoas, na maioria dirigentes ligados ao futebol latino-americano. Entre os acusados, 12 se declararam culpados, aceitaram cooperar com a Justiça em troca de uma possível redução de pena. Não reclamam nem das pesadas multas que sofreram.

Com o primeiro escalão da Conmebol comprometido, com o segundo quase totalmente envolvido em casos de corrupção, começaram a brotar nomes de dirigentes que trafegavam longe dos holofotes, como o de Alejandro Domínguez, presidente da Associação Paraguaia de Futebol (APF). Ele foi o sucessor do conterrâneo Juan Ángel Napout, que deixou a associação do seu país para ocupar a cadeira número 1 da Conmebol em 2014. Preso nos EUA, Napout pode ser substituído por Domínguéz, que arranca como favorito nas eleições presidenciais da Conmebol, marcadas para o dia dia 26 deste mês, em Luque, no Paraguai. Walmir Valdez, presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), é concorrente ao cargo mais importante do futebol da América do Sul, mas tem o apoio de apenas três associações. Não conta com o voto do Brasil.

Nascido na capital Assunção, Alejandro Domínguez Wilson-Smith é economista, formado na Universidade de Kansas, no Missouri, nos EUA, com mestrado em seu país e experimentado gestor de empresas. Passou por grupos de comunicação, integra o conselho de grandes empresas e é um dos fundadores da Rádio Amor 95.9 FM.

Sua ligação com o futebol paraguaio tem longas quatro décadas de vida. Ele frequenta vestiários e salas de dirigentes desde criança. É filho de Osvaldo Domínguez Dibb, presidente histórico do Olimpia, um dos times mais populares do Paraguai, três vezes campeão da Copa Libertadores da América. Dominguez filho foi vice-presidente do clube, de onde saiu para ocupar a primeira vice-presidência da APF em 2007. Presidente interino desde agosto de 2014, disputou uma eleição no ano passado. Ganhou fácil. Recebeu volumosos 125 votos dos 137 associados da APF.

Antes do Fifagate, Domínguez foi apoiado o tempo todo por Napout. Recebeu a bênção de Nicolás Leoz, a quem tratava por Don Leoz. Depois, sem levar a sério as primeiras acusações contra seus mentores, usou a imprensa local para defendê-los das acusações. Disse que a Conmebol era uma casa “limpa”.

Não era. Não é.

Nunca foi.

VIEJOS

Leoz, Figueredo e Napout, ex-presidentes da Conmebol
Montagem sobre fotos/AFP

A casa maldita

Ex-presidente da Conmebol, o uruguaio Eugenio Figueredo, preso em Montevidéu, disse que recebeu da empresa argentina Full Play Group R$ 1,6 milhão para facilitar a comprar de direitos de transmissão de torneios, entre eles a Libertadores. Ganhava ainda uma mesada de R$ 200 mil mensais para agir nos bastidores. Figueredo é sucessor de Nicolas Leoz e antecessor de Juan Ángel Napout, ambos paraguaios e em prisão domiciliar, na liderança da Conmebol. O FBI calcula que R$ 300 milhões tenham sido desviados da Conmebol nos últimos anos. A Justiça dos EUA coloca José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, três ex-presidentes da CBF, na lista dos dirigentes que receberam propinas no esquema da Libertadores.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/noticia/2016/01/luiz-zini-pires-a-conmebol-tem-novo-velho-dono-4952692.html?utm_source=Redes%20Sociais&utm_medium=Hootsuite&utm_campaign=Hootsuite

 


Três fatos, três comentários: CBF barra a Sul/Minas/Rio; a saída do Benecy e Guilherme no Corinthians

Walter Feldman, o político que o Del Nero buscou para ser seu cão de guarda na CBF, anunciou que a entidade não autoriza que a Copa Sul/Minas/Rio seja realizada. Com a tabela divulgada e tudo o mais.

Se os clubes afinarem, estará decretado o fim da Primeira Liga e mais uma vez a banda ruim triunfará.

 

Finalmente o Cruzeiro fez o que deveria ter feito no dia seguinte à malfadada entrevista do Benecy Queiroz, afastando-o de suas funções. Porém, tratando o assunto como se estivesse pisando em ovos. Soltou uma nota dizendo que ele está se afastando para cuidar da saúde.

bene

A nota oficial:

“O Cruzeiro Esporte Clube comunica que o Supervisor Benecy Queiroz, em função de tratamento de saúde e realização de exames médicos, está se licenciado do cargo por um período indeterminado. Nesse período, a função de supervisor de futebol será exercida interinamente pelo funcionário Edson Travassos.”

 

Guilherme acertou com o Corinthians. Uma prova de fogo. Vai ter que marcar mais presença no campo do que no departamento médico.

GUI

A pressão lá é diferente, beirando à selvageria, onde as “organizadas” invadem CT, esperam jogadores em estacionamentos, agridem fisicamente e nunca são punidas.


Cadeia na Suiça é “tão boa” que Marin era carregado por outros detentos

A corrupção no Brasil é do jeito que é por causa do tratamento manso que corruptos e corruptores têm na apuração e na aplicação das leis. Aí quando surgem uns raros Rodrigos Janot”, “Joaquims Barbosas” e “Sergios Moros”, vem também um sopro de esperança, de que as coisas passem a funcionar como deveria.

No futebol e nos esportes em geral ainda estamos andando em passos de tartaruga. Só mesmo com a entrada do FBI para que alguns gatunos se dessem mal. E só caíram na ratoeira porque estavam em país que tem acordo de extradição por corrupção com os Estados Unidos. Isso acendeu um sinal de alerta para os demais, que não saem do Brasil nem para receber dinheiro, já que sabem que ratoeiras estão armadas para eles em incontáveis aeroportos do mundo.

Vejam a situação do José Maria Marin, que nadou de braçada no Brasil desde os anos 1960, na política e no futebol. Felizmente, está comendo o pão que o diabo amassou, mas já no fim da vida, com os seus 83 anos de idade, porque achava que o braço da justiça no alcançaria mais. No Brasil sim, ele pensava certo, mas não sabia que o FBI estava com um bote armado e que só aguardava o famoso Congresso da FIFA em Zurique, onde a maioria dos “espertos” do futebol mundial estaria reunida lá.

Muita gente pensa que as condições de uma cadeia na Suiça são semelhantes à de um bom hotel, mas não é bem assim. Ou que a prisão “domiciliar” nos Estados Unidos, em prédio de luxo, é tranqüila. Nada disso.

Vejam estes relatos de advogados do Marin à Folha de São Paulo, sobre as condições da cadeia onde ele estava na Suiça e da “domiciliar” em Nova Yorque:

* “Marin era carregado por outros detentos em prisão na Suíça”

Uma cela com espaço que ia pouco além do reservado para a cama. No fundo dela, um buraco que cumpria a função de banheiro. Na porta, de ferro, uma pequena passagem onde entregavam a ele a alimentação diária.

A estadia de José Maria Marin nos cinco meses naprisão suíça, nos arredores de Zurique, faz com que familiares temam por sua saúde caso tenha de ir à prisão comum nos EUA. Isso pode ocorrer se não cumprir acordo de fiançafeito para ficar “em casa”.

“A cela dele na Suíça ficava no quarto subsolo. No início ele subia tranquilamente para o banho de sol, mas depois não conseguia. Dois detentos holandeses ficaram com pena e o carregavam”, disse à Folha seu advogado e amigo Mauro de Morais.

Nos EUA, onde vive em prisão domiciliar no apartamento que possui na Trump Tower, em Nova York, a vista da janela dá para o Central Park, um dos parques mais conhecidos do mundo e grande ponto turístico.

Logo na porta de entrada, uma grande câmera filma e fotografa todas as pessoas que entram e saem do apartamento.

Ao lado, ainda dentro do apartamento, policiais se revezam 24 horas como vigias de Marin.

Quando se reúne com alguém, sentado na sala de estar, o policial de plantão acompanha a conversa. Marin custeia todo o aparato de segurança colocado em sua casa, como as câmeras, os seguranças e até a tornozeleira eletrônica que usa 24 horas.

O ex-presidente da CBF só pode sair de casa com a permissão da Justiça, para ir a lugares combinados no acordo de prisão domiciliar, como igreja, consultas médicas e mercados para a compra de produtos de higiene e uso pessoal.

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/01/1729289-marin-era-carregado-por-outros-detentos-em-prisao-na-suica.shtml

* “Com dificuldade para garantir fiança, Marin teme voltar à prisão comum”

A novela iniciada com a divulgação do maior escândalo da história da Fifa e da CBF, em maio de 2015, se aproxima de capítulo relevante. (mais…)


O interessante impasse entre o técnico Sampaoli e a Federação Chilena

O futebol apresenta situações curiosas: o técnico argentino Jorge Sampaoli, que levou o Chile ao primeiro título de campeão da Copa América, quer aceitar o convite de um clube europeu, mas não quer pagar a multa rescisória à Federação Chilena de Futebol, que é de US$ 6 milhões (R$ 24 milhões), já que o contrato entre eles tem duração prevista até 2018.

Sampaoli diz que é “impossível” pagar a multa.

Então sossega e vá trabalhar até 2018, uai!


Empresa de Juiz de Fora fecha patrocínio com o América para estampar marca na camisa

* A indústria de biscoitos Krokero acaba de anunciar patrocínio ao América. A empresa situada em Juiz de Fora, e que em 2014 se associou à Vilma Alimentos, atua no mercado há 35 anos no segmento de biscoitos, produzindo recheados, wafer, rosquinhas, sequilhos, biscoitos com cobertura de chocolate, entre outros.

A empresa viu na oportunidade a chance de se aproximar de seu público consumidor e de reforçar sua marca, especialmente em Minas Gerais. “O orgulho verde e branco também é nosso. É com grande satisfação que fechamos essa parceria com um dos maiores e mais tradicionais times de Minas, principalmente neste momento tão importante em que o clube retorna para Série A”. disse Evanio José de Paula, Presidente da Krokero.

KROKERO

Krokero e Vilma alimentos
A Krokero foi fundada em uma pequena loja no centro de Juiz de Fora, em junho de 1980, fabricando apenas um produto: o biscoito de polvilho Kero. Desde o início os gestores acreditavam que a qualidade dos produtos e valores como a ética e a transparência eram responsáveis por guiar sua caminhada. (mais…)


Comentarista, ex-colega de trabalho do Benecy Queiroz fala sobre ele em Rádio de Santa Catarina

O belorizontino Rui Guimarães foi preparador físico e treinador do Cruzeiro, da base e do profissional. Antes, foi professor de Educação Física em escolas da capital mineira, onde conheceu Benecy Queiroz. Atualmente, Rui é escritor e um dos comentaristas de maior prestígio em Santa Catarina, trabalhando na TV Record e Rádio Guarujá de Florianópolis.

Ele entrou no assunto “Benecy Queiroz” no comentário dele de ontem, na Guarujá.

Confira:

RUILIVRO

Capa do livro “Santa Bola”, lançado pelo Rui em 2014