Blog do Chico Maia

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Os acertos de Levir e Luxemburgo, o sorriso do Givanildo, a volta do Jorginho e o soco na cara do alemão Matthaus

Cinco rápidas pra começar o dia:

Levir Culpi fez bem ao não dar entrevista coletiva depois do jogo em Joinville. Além do protesto, evitou mais problemas, pois certamente soltaria os cachorros nos árbitros e CBF. Maluf foi bem no lugar dele, e não há outro caminho, já que o poder está com a cartolagem que manda no futebol brasileiro lá do Rio de Janeiro. Tem que fungar no cangote de Del Nero e cia., e arrumar reservas à altura para não passar raiva com Botelhos e outros que estão na Cidade do Galo.

 

Vanderlei Luxemburgo está levando muita porrada, mas está certíssimo ao assumir que o Cruzeiro tem que priorizar o Brasileiro. É a velha história: entrega o anel para não perder os dedos!

Querer encarar duas pauleiras ao mesmo tempo sem ter elenco pra isso, é correr risco de rebaixamento.

 

Que beleza ver um sorriso do Givanildo, hein!? Coisa mais rara do mundo e ainda mais depois de uma derrota. E com toda a razão: mais de 11 mil torcedores do América foram ao Independência apoiar o time contra o Botafogo. Ele valorizou isso, agradeceu e pediu que os americanos continuem assim.

GIVA

Perdeu, mas a campanha é animadora e dá esperanças reais de ver o Coelho na Série A do ano que vem.

 

Jorginho assume o Vasco no lugar do Celso Roth. Já fez bons trabalhos como treinador. Se queimou em 2010 como auxiliar do Dunga na seleção brasileira, pois era apontado como o grande insuflador do chefe contra a imprensa. Ganhou fama de fofoqueiro e intriguento.

JORGINHO

Missão quase impossível de segurar o Vasco na Série A, porém, o Eurico disse que o time não cai, né?

Tomara que recomece bem a carreira de técnico.

 

E o Lottar Matthaws, hein? O alemão que disputou cinco Copas do Mundo (de 1982 a 1998), detonou com a pretensão do Zico de ser presidente da FIFA. Disse que essa candidatura “é piada” e que o Brasil está “muito distante”, ou seja, somos uns “botocudos” e nada mais, em relação a “arianos” como ele, um “bávaro” como Adolf Hitler.

Mas a birra dele com o Brasil tem outras motivações. Toda vez que ele se lembra daqui deve surgir na cabeça a lembrança do soco na cara que tomou de um fotógrafo no hall do hotel em que ele morava em Curitiba, na curta e triste passagem que ele teve como treinador do Atlético-PR.

Vale a pena ler a história, republicada pelo Juca Kfouri, no blog dele, dia 10 de março de 2006: 

* Dê um tempinho para a leitura do que segue abaixo, de autoria de Dante Mendonçapublicado em “A tribuna do Paraná”.

MATT2

O craque Matthäus dispensa adjetivos.

Na sexta-feira, bem poderia também ter dispensado os adjetivos e insultos contra Jader Rocha, fotógrafo de reconhecida competência e colunista do jornal “O Estado do Paraná”.

Do alto de seu pedestal, Lothar Matthäus devia ter ficado mudo, como convém a um ícone do futebol mundial.

Falou o que não devia e tombou no mármore do Hotel Rayon.

Foi o desfecho lamentável do filme triste que tem a trilha sonora dos Rolling Stones, os cenários exuberantes de Copacabana e cenas de tensão em Foz do Iguaçu, onde a trama começa. (mais…)


As razões de quem não quer mais saber de futebol. Mas nem tudo está perdido!

Conheço muita gente que jogou a toalha para a política há muitos anos, por pura desilusão, e este sentimento está se transferindo cada vez mais também para o futebol. Volta e meia tenho informações de mais gente que se retira do mundo da bola, total ou parcialmente, por causa de motivos semelhantes aos da política: armações, suspeições, ladroagem explícita, falta de provas, impunidade, raras punições a um ou outro e, no fim, a surrada frase: “no Brasil é isso mesmo!”.

Hoje, aqui no blog, um dos comentaristas mais tradicionais, assíduos e sensatos deste espaço, a quem tive o prazer de conhecer pessoalmente anos atrás, fez um “desabafo e despedida”. Lá se foi o Raws Miranda, pelo menos por um tempo, segundo ele, e tomara que não demore muito a voltar. Em 2013, foi o Luciano Orlando, um amigo diamantinense, dentista, apaixonado pelo Galo e por futebol. Largou pra valer. Não por causa do Atlético, que lhe dera naquele ano a maior alegria, mas por causa da Portuguesa, rebaixada no tapetão, depois de uma jogada escusa de bastidores que jamais será desvendada, e se algum dia for, não renderá punição a ninguém.

Luciano nunca torceu pela Lusa, mas ficou indignado com a sujeira com ela.

LUSA

“Não aguento essas coisas mais; futebol não é pra mim; estou fora. Nem jogo do Galo assisto mais”, disse e cumpriu. Ficou sabendo que o Atlético foi campeão da Copa do Brasil sobre o Cruzeiro alguns dias depois, já que viajou na época e não se preocupou em se informar onde estava.

No dia 10 de agosto de 1981, no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, João Saldanha sentou-se numa cadeira entre eu e o Vilibaldo Alves, que junto do Flávio Anselmo, Paulo Roberto Pinto Coelho e outros companheiros aguardávamos o voo para Belo Horizonte. (mais…)


Árbitros ruins, mas com tantos erros cometidos não adianta ficar reclamando só das arbitragens

Tá, o árbitro capixaba Marcos André Gomes é ruim de serviço e expulsou injustamente o Leonardo Silva. Porém, a Chapecoense tem um bom time, jogava empurrado pela torcida e o Atlético não fazia uma boa partida. Com o zagueiro expulso e  Edcarlos no lugar do Guilherme para suprir a posição, o time até melhorou, pois passou a correr mais, superando a lentidão que estava com o Guilherme em campo. Victor vacilou no gol dos catarinenses já que na falta batida pelo Cleber Santana a bola foi no canto dele.

No segundo tempo Levir Culpi tirou Leandro Donizete, pôs Dodô, o time melhorou muito e chegou ao empate, no abafa, no estilo argentino de Lucas Pratto e Dátolo, com a bola batendo no zagueiro, no goleiro e entrando. O jogo ficou melhor e os dois times continuaram buscando o segundo gol. O grandalhão Pedro Botelho deixou o baixinho e rodado Apodi ganhar dele na corrida e desempatar. Tá, o lateral da Chapecoense ajeitou com a mão sim, mas como a arbitragem não deu nada o Botelho não podia parar para reclamar de jeito nenhum.

Antes, Pratto e Dátolo deixaram Dodô na cara do gol para fazer o segundo do Galo, mas o atacante alvinegro desperdiçou a chance mais clara do jogo.

Com tantos erros, de novo, não dá para culpar só a arbitragem. É preciso autocrítica!

* * *

Bola e apito

O Corinthians se garantia em primeiro nesta virada de turno e o Atlético iniciativa o jogo em Chapecó. Antes li três observações via twitter de três jornalistas respeitados, que merecem atenção. Dois paulistas e um mineiro: Alex Muller, da Rádio Bandeirantes, Mauro Cézar do canal ESPN e o nosso grande chargista Duke.

Alex Muller escreveu: “Só pra constar: Jéci fez o 2ºgol do Avaí qdo estava 1 a 1 em condição legal… Tô me acostumando.” Mauro Cezar: “Alguém entendeu o gol anulado do Avaí quando o jogo estava 1-1? Não havia impedimento. Bandeira mal colocada. Depois o Corinthians fez 2-1.” E Duke: “No 2º gol do Avaí não havia impedimento. Sim, há erros em todos os jogos, mas incrível é a quantidade de erros que beneficiam só o Curíntia.”. Concordo com os três.

* * *

Mais apito!

O América começou bem, vencendo o Botafogo no Independência. Mas esbarrou no próprio nervosismo, no chutaço de rara felicidade do Carletto, no empate e na arbitragem suspeita do paulista Vinicius Goncalves Dias Araújo que está precisando de óculos ou lentes de contato, já que não quis enxergar dois pênaltis a favor do Coelho.


Jogo feio entre um time desarrumado contra outro que se desarrumou

Foto: Superesportes

Jogo feio entre um time que tenta se arrumar durante o campeonato contra outro que se desarrumou nas vésperas da final da Libertadores da América. A torcida do Cruzeiro gritou “raça” e “vergonha” como em quase todos os jogos deste Brasileiro, na esperança vã de que a água se se transforme em vinho de qualidade e estes jogadores rendam mais do que podem. Mas vontade é o que não tem faltado é essa turma, que esbarra em suas próprias limitações. Na entrevista coletiva depois do jogo, Vanderlei Luxemburgo já sem repertório no jogo de palavras para explicar mais um resultado ruim dentro de casa. Quando venceu em seus jogos iniciais disse que as coisas estavam se ajeitando, agora assume que o elenco é limitado. O tão falado meia Cícero que quase foi anunciado como certo na Toca, fez gol e foi fundamental ao Fluminense na virada sobre o Figueirense no Maracanã. Marcou um gol e deu passe para o Fred marcar outro. No Mineirão o argentino Ariel Cabral estreou entrando no lugar do Charles no segundo tempo, mas nada de anormal, sem tempo para qualquer exaltação ou cobrança. Cada um caça com as armas que tem.

O Internacional é uma caricatura do time que foi tão bem até as quartas de final da Libertadores. Poupou o time no campeonato naquele período, perdeu ritmo, fez besteira ao dispensar o técnico Diego Aguirre e agora se arrasta, apostando em um treinador que por enquanto se mostrou razoável apenas em times de nível Série B. Argel é retrocesso colorado.


Quando o “futebol comercial” derruba um grande profissional da imprensa

Toda força ao Coelhão esta tarde no Independência contra o Botafogo. Pretendo ir lá ver de perto e torcer para mais um passo importante do América na luta pelo retorno à Série A. Enquanto isso, um assunto diferente aqui com as senhoras e senhores amigos do blog.

Com tantos meios de comunicação, tantos novos e velhos jornalistas e radialistas, tantas rádios, canais de TV abertos, a cabo, jornais, revistas e internet, de vez em quando a gente sente a falta de alguém e pensa: “cadê fulano?”. Dia desses me lembrei do Alberto Helena Junior, grande comentarista paulista e o procurei no Google. Encontrei essa ótima reportagem com ele, feita pelo Luis Augusto Simon, para o Uol.

Uma boa aula de como é o jornalismo e o jogo dos bastidores. Aí o leitor do José Luiz Gontijo que não entende bem a expressão que gosta de usar “futebol comercial”, passa a entender melhor:

* “Comentarista diz que deixou Sportv por não aceitar pedidos de “moderação””

“Vou te esperar na porta da pizzaria, com um cigarro em uma mão e um copo de uísque na outra”. A frase escrita em um email de Alberto Helena Jr não deixava dúvidas do quão aberta e interessante seria a conversa, e a cena prevista por ele só não se concretizou porque cheguei antes. E lá veio Helena, fumando. Terminou o cigarro, entrou e nos sentamos no bar. Pediu seu primeiro Cutty Sark e começamos a falar.

O hoje comentarista da TV Gazeta falou com a calma e a fluência de sempre. Foi constantemente interrompido por um cliente que vinha perguntar de sua saída do Sportv. Nem precisou esperar a minha pergunta, e já deu para o cliente ao lado sua versão sobre o que aconteceu, em uma longa resposta.

“Saí de lá porque senti que não me queriam mais. Basicamente isso. Começou quando eu critiquei o Felipão várias vezes. Várias posturas dele. Acharam que eu estava exagerando e que não deveria fazer aquilo. A primeira bronca foi quando houve uma ligação falsa da Espanha. Um jornalista se fez passar pelo presidente Jesus Gil y Gil, do Atletico de Madrid. Ele perguntou se Diego Costa iria para a Copa. Se isso acontecesse, ele ganharia um bônus de US$  5 milhões”, explicou.

“Felipão disse que o convocaria, mas que não precisava se preocupar com bônus. Resumindo, o que estava implícito era o seguinte: ele (Diego Costa) jogaria pela seleção antes da Copa e ficaria impossibilitado de jogar pela Espanha. E não jogaria a Copa e se economizaria o bônus. Eu denunciei que ele só queria enfraquecer a Espanha e prejudicar o garoto. Não gostaram e pediram comentários mais moderados. Depois, fiquei sabendo que estava fora da Copa”, prosseguiu.

Helena conta que o clima com sua antiga empresa ficou ainda pior depois que foi advertido por um comentário durante um treino da seleção. “A segunda trombada foi quando me perguntaram se eu iria torcer para a seleção na Copa. Eu disse que não. Que ia torcer para quem joga bem, como sempre fiz na vida. Aí, segundo oUOL Esporte publicou, o Felipão ficou indignado com o que falei. Recebi nova advertência. Aí me encheu o saco e pedi emprego na Gazeta. Deu tudo certo e estou feliz”, afirmou. O Sportv foi procurado pela reportagem, mas não deu posicionamento sobre as declarações do comentarista.

Helena falou também de sua carreira e de vivência em grandes momentos do futebol brasileiro. Irritou-se apenas quando falou de um velho companheiro de Jornal da Tarde.

“Roberto Avallone é um psicótico. Um fdp. (mais…)


Um papo sobre Atlético e Cruzeiro no momento atual e seus concorrentes “especiais”.

Como sempre genial, Duke, no Super Notícia e O Tempo

Depois de uma rodada dessas é bom debater o que os nossos clubes estão vivendo. Recebi e-mail do Paulo César Ferreira, de Brasília, e convido os senhores a trocar ideias sobre o que ele escreveu:

* “Olá Chico, acompanho aqui de Brasília, sempre que posso, as partidas dos times mineiros e tenho algumas observações a fazer:

  1. a) O Cruzeiro trocou um meio de campo de toques leves e eficientes por jogadores considerados “brucutus”, pois só sabem bater e dar chutões para a frente.CRU
  2. Além disso contratou um treinador totalmente ultrapassado, que só se preocupa com seus negócios.

 

  1. b) Quanto ao Atlético, sinto que o maior problema é que tem dois ou três jogadores que não merecem estar no time. Guilherme e Tiago Ribeiro são dois “chupa sangue”, que além de não correr estão sempre mal colocados. Aliás ontem o Tiago teve participação direta nos gols do Grêmio. E tem o Marcos Rocha, que, pelo menos para mim, não convence.

 

  1. c) Os cartolas Mineiros, tem que tomar cuidado com as arbitragens, pois os times do Rio e São Paulo, são sempre beneficiados, em especial, o Corinthias e o Flamengo. Aliás o Sport Recife foi roubado contra o Flamengo, Atlético do Paraná e Corinthias.

 

Um abraço,

Paulo César Ferreira

SQS 309 ….

Brasilia DF”

* * *

Concordo e discordo do Paulo em algumas coisas, começando pelo Cruzeiro. Vamos apenas às quais discordo. Não vejo o Luxemburgo como ultrapassado. Ele enfrenta o mesmo problema que o antecessor, Marcelo Oliveira: tem poucos jogadores à altura da grandeza do Cruzeiro, resultado do desmanche feito pela diretoria no fim do ano passado e das contratações mal feitas. O negócio agora é lutar para ficar numa posição intermediária da classificação final e já pensar em 2016, do jeito que foi feito em 2012, quando foi montado um time para evitar o rebaixamento, visando um time melhor em 2013, quando tudo saiu melhor que o previsto, com reprise feliz em 2014.

Quanto ao Atlético, considero o Thiago Ribeiro uma boa contratação e jogador muito útil ao time, mas precisa ser bem municiado, o que não ocorreu nem contra o Goiás, nem contra o Grêmio. Com Giovanni Augusto, Luan e Lucas Pratto em campo, ele é ótimo, mas sem qualquer um deles, a situação se complica.

Marcos Rocha é um dos jogadores mais importantes do Galo, mas em termos físicos é um atleta como qualquer outro, um ser humano. Para desempenhar as funções ofensivas, fundamentais para o sucesso do ataque, precisa ter a devida cobertura. Quando ela falha e Victor não pratica algum “milagre”, dá no que deu contra o Grêmio. Futebol é esporte coletivo, uma engrenagem e quando uma peça falha, o adversário se beneficia. Vence quem erra menos.

Não sou “ingênuo” como alguns comentaristas aqui do blog me chamaram em relação às armações extra-campo. Não tenho a menor dúvida de que elas existem, como sempre existiram, principalmente num país como o nosso. Porém, não embarco nessa histeria, de que há armação em qualquer jogo, de que “tudo e todos estão contra o meu time” e essas coisas. Cada caso é um caso. O Corinthians e o Flamengo são clubes muitos ajudados pelas arbitragens, em função da pressão econômica nacional a favor deles, porém não é da forma como a maioria dos adversários afirma.

É na mesma proporção, por exemplo, de Atlético e Cruzeiro no Campeonato Mineiro, contra os clubes do interior e contra o América. Do mesmo jeito que a favor do América contra os times do interior: na dúvida, o árbitro apita a favor daquele que exerce maior poder de pressão.

É uma reação natural, que felizmente não atinge a maioria dos apitadores. Apenas aos mais fracos de personalidade e aí sim, alguns do bolso do colete da cartolagem. Como um galo de briga, cujo dono recorre ao viveiro e busca para determinados tipos de adversários, e manda: “vai lá e resolve!”.

viveiro

É “cirúrgico”, como dizem alguns comentaristas de redes de TV cujas sedes estão no Rio e São Paulo, que muitas vezes têm interesses diretos também na vitória de um desses clubes, por paixão e ou outros interesse$. Para evitar isso é preciso fazer o que o Alexandre Kalil fez na disputa das oitavas de final da Libertadores contra o São Paulo em 2013: manobrou e impediu que o árbitro fosse brasileiro. Não para que um gringo desse o serviço a favor do Galo, mas para impedir que um brasileiro ajudasse ao São Paulo. Apitaram Antônio Arias (Fifa/Paraguai) na virada de 2 a 1 no Morumbi e Roberto Silvera (Fifa/Uruguai) nos 4 a 1 do Independência.

Times fora do eixo Rio/SP têm de enfrentar essas coisas todas para serem campeões, como o Cruzeiro fez nas duas temporadas anteriores. Não pode perder pontos para um Goiás, como o Atlético, andando em campo, perdeu, pois perde gordura para eventuais tropeços contra concorrentes do mesmo nível, como ontem. É preciso ter margem para perder ou empatar com a turma da prateleira de cima, e se manter distante de “especiais” como Corinthians, Flamengo e um ou outro da moda do Rio e de São Paulo.

No mais, obrigado ao Paulo, que de Brasília, nos honra com a leitura.


Parecia que o Atlético jogava com apenas 10 jogadores, até a saída do Guilherme

O Atlético pressionou muito no começo da partida, até os 20 minutos, quando parecia que o gol fosse sair a qualquer momento. Mas Grêmio foi se ajeitando em campo e daí a pouco parecia que o Galo jogava com apenas 10 jogadores. Guilherme não armava, não atacava, não defendia e ainda errava passes. Levir Culpi parecia não enxergar que além de um a menos, o técnico Roger, do Grêmio, mandava o time jogar sempre nas costas do Marcos Rocha, uma das armas da ofensiva atleticana. E na única vez que faltou cobertura para o lateral o contra ataque gaúcho funcionou, aos 41 minutos, numa trama perfeita de Douglas com Giuliano. E ao contrário do Erik, do Goiás, Douglas não entregou a bola para o Victor. Soltou um foguete que passou debaixo das pernas do goleiro.

No segundo tempo era esperado que o time voltasse com Luan, no lugar do Guilherme, mas Levir insistiu com a mesma formação até tomar o segundo gol, em outro contra ataque, quando Luan recebeu do Giuliano e chutou forte. Dessa vez a bola passou debaixo das pernas do Jemerson. Aos 14, finalmente Levir resolveu mexer e tirou Leandro Donizete para a entrada do Luan que estava aflito para entrar. O time melhorou muito e passou a jogar com a intensidade e objetividade de antes, com Dátolo crescendo e tabelando principalmente com o Luan.

Mas só aos 25 o time cresceu pra valer quando Levir se conscientizou que não dava mais para jogar com um a menos e tirou Guilherme, colocando Dodô. Pratto, isolado, sem receber bolas até então, recebeu uma bola e deu o primeiro chute ao gol, aos 34 minutos. O Grêmio passou a sofrer um bombardeio impressionante, mas resistiu bem e conseguiu a segunda vitória consecutiva, animadora: 5 a 0 no Inter e 2 x 0 no até então líder do campeonato, fora de casa. Entrou na briga pelo título.


Se ruindade pegasse eu diria que o miolo de zaga do Cruzeiro está contaminando o goleiro Fábio

Pulou atrasado no primeiro gol, saiu jogando errado dentro da área e quase entregou outro gol e vacilou no terceiro. Mas a lentidão do Paulo André, mais o desentrosamento com o Manoel foram mais prejudiciais ao time, que escapou de uma goleada maior de um dos piores times do campeonato, que ainda teve um gol anulado erradamente pelo árbitro.

Foi o que vi nos principais lances desse jogo. O Joinville tinha marcado 9 gols em todo o Brasileirão e só nesta noite marcou três.


O jogo ruim em Goiânia, a necessidade de vencer o Grêmio e a herança de José Roberto Whight

Pois é, na fórmula dos pontos corridos qualquer jogo é decisivo e o Atlético que deixou de somar dois pontos contra o fraco Goiás, precisa vencer o empolgado e emergente Grêmio hoje no Mineirão. Com muita gente na cola os atleticanos ficaram ligados no Corinthians x Sport, secando os paulistas, mas não teve jeito; eles venceram por 4 x 3 em um jogaço na Arena deles. Aí vêem os questionamentos e teorias conspiratórias: “um árbitro paulista (Luiz Flávio de Oliveira) ajudou o Corinthians ao marcar pênalti no lance da bola que bateu no braço do volante Rithely”.

Não entro nessa! Sempre achei um absurdo essa orientação da FIFA/CBF de que os árbitros devem apitar pênalti em qualquer bola batida no braço de um defensor dentro da área. Na maioria dos lances assim, só se amputassem o braço do jogador para que a bola não pegasse. Ridículo, e a maioria dos árbitros dá pênalti, injustamente. Mas todos os clubes são vítimas disso em um jogo ou outro. Entendo que o Luiz Flávio Oliveira errou a favor do Corinthians neste lance, mas poderia ter sido a favor do Sport, do Atlético, Cruzeiro, enfim, qualquer clube, vítimas dessa idiotice da FIFA/CBF, e sem força para acabar com isso, desunidos que são na luta pelos interesses comuns.

LUIZ

Luiz Flávio precisa fazer novos testes da vista

* * *

Quanto a um apitador ser do estado de um dos clubes envolvidos na partida, também é ordem que vem de cima e os clubes não questionam. Diz a CBF que se o sujeito é do quadro da FIFA, está limpo, é neutro, internacional, e bola pra frente. Também penso assim, mas que sempre haverá polêmica. A origem disso está no já distante 1981, Serra Dourada, quando o José Roberto Whight aprontou aquela a favor do Flamengo contra o Atlético pela Libertadores da América. Um carioca apitava um jogo decisivo de um clube carioca e fez lambança. A partir daí colocou todos os colegas de profissão dele sob suspeição de “juiz de embaixada”. E a suspeição permanece até hoje.


Joinville é adversário ideal para mais testes promovidos pelo Luxemburgo

As delegações do Cruzeiro e São Paulo se encontraram no aeroporto de Guarulhos, a pedido de um torcedor, Paulo André tirou dele com Pato e Hudson. O São Paulo publicou no site oficial do clube.

* * *

Vanderlei Luxemburgo deve repetir o time que venceu o Palmeiras, inclusive com Leo na lateral direita e Fabrício no meio, já que tanto o zagueiro quanto o lateral esquerdo foram bem nos improvisos experimentados pelo treinador. Jogo marcado para 21 horas em Joinville contra um adversário que dificilmente escapará do rebaixamento.

O provável time: Fábio, Léo, Manoel, Paulo André e Mena; Willians, Henrique e Fabrício; Marinho ou Marquinhos, Alisson e Vinicius Araújo.

 

 

 

CLASSIFICAÇÃO

PG J V E D GP GC SG %
Atlético-MG 36 17 11 3 3 32 14 18 71
Corinthians 34 17 10 4 3 21 10 11 67
Grêmio 30 17 9 3 5 25 16 9 59
Fluminense 30 17 9 3 5 20 16 4 59
Sport 30 17 7 9 1 27 16 11 59
Atlético-PR 29 17 9 2 6 21 18 3 57
Palmeiras 28 17 8 4 5 27 14 13 55
São Paulo 28 17 8 4 5 23 18 5 55
Chapecoense 24 17 7 3 7 15 16 -1 47
10° Ponte Preta 22 17 5 7 5 18 20 -2 43
11° Cruzeiro 21 17 6 3 8 15 14 1 41
12° Internacional 21 17 5 6 6 13 21 -8 41
13° Flamengo 20 17 6 2 9 16 22 -6 39
14° Santos 20 17 5 5 7 24 24 0 39
15° Figueirense 20 17 5 5 7 17 22 -5 39
16° Avaí 20 17 5 5 7 17 24 -7 39
17° Goiás 15 17 3 6 8 13 16 -3 29
18° Joinville 13 17 3 4 10 9 19 -10 25
19° Vasco 13 17 3 4 10 8 29 -21 25
20° Coritiba 12 17 2 6 9 10 22 -12 24