Blog do Chico Maia

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Caldense é o destaque do campeonato deste ano e tem dois, dos três principais artilheiros

O artilheiro Luiz Eduardo

Há muitos anos a Caldense é um dos clubes mais organizados do Brasil, dentro e principalmente fora das quatro linhas. Só faz contratos dentro das suas possibilidades e honra os compromissos religiosamente, sem atrasos, com profissionais do futebol e fornecedores.

Quase sempre todo campeonato estadual apresenta um time novidade, normalmente do interior do estado. Este ano a Caldense voltou a fazer bonito e possivelmente estará na fase decisiva. Bem comandado pelo técnico Léo Condé, apresenta o artilheiro (junto com o Leandro Damião), Luiz Eduardo, com cinco gols, e o vice artilheiro, Cristiano, com três. O ataque é o segundo melhor, com 12 gols, apenas um atrás do Cruzeiro. A defesa está empatada com a do Cruzeiro e a do Atlético: quatro gols sofridos; um a mais que América e Villa, que brigam pela quarta colocação na tabela classificatória.

Cristiano, vice artilheiro

Pena que os atacantes da Caldense, Luiz Eduardo e Cristiano já sejam rodados, e beiram os 30 anos. Nesta idade, dificilmente algum dos maiores clubes do Brasil abre as portas para um jogador. Luiz Eduardo fará 30 anos dia 24 de maio e ano passado também foi destaque da Caldense no Campeonato Mineiro. Foi contratado pelo Boa para a disputa da Série B, mas seguidas contusões o prejudicaram.

Nasceu na cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte e já passou por muitos clubes, inclusive do exterior: Adana Demirspor/Turquia, Montana e Etar Tarnovo/Bulgária, ABC/RN, Ceará, Bahia, Santa Cruz/PE, Social/MG, Corinthians/AL e Boa.

Cristiano é de Pedro Leopoldo e começou na base do Atlético. Chegou a jogar no profissional, no pior momento da história do Galo, 2005, e foi escalado como lateral esquerdo pelo então treinador Lori Sandri. Foi emprestado para vários clubes até ser liberado. Antes da Caldense, estava jogando no Iraque.


Morre o ex-árbitro Luiz Carlos Félix, de triste memória para os atleticanos

Se realmente existir Justiça Divina a hora do Luiz Carlos Félix chegou: morreu e foi enterrado hoje no Rio de Janeiro, o ex-árbitro, aos 74 anos. Pertence à galeria dos maiores apitadores do Brasil, mas também à dos maiores lambões. Numa de suas lambanças eu estava presente: Mineirão, dia 28 de julho de 1985, o Atlético precisava vencer por qualquer placar o Coritiba, para ir à final do Brasileiro, contra o Bangu. O Galo dominou o jogo, tinha um grande time, mas não saiu do 0 a 0. Rafael, goleiro do Coxa, fez defesas espetaculares; numa delas buscou a bola depois da linha fatal, mas o Luiz Carlos Félix mandou seguir o jogo, mesmo estando pertíssimo do lance, sem ninguém à sua frente, para atrapalhar a vista dele. O Coritiba terminou campeão.

* A ficha do jogo

Coritiba 0 x 0 Atlético

Árbitro: Luís Carlos Félix.
Renda: Cr$ 546.792.500,00

Público pagante: 64.075.

Coritiba: Rafael; André, Gomes, Heraldo e Dida; Almir, Toby e Marildo; Lela, Índio (Gil) e Édson. Técnico: Ênio Andrade.

Atlético: João Leite; Nelinho, Olivera, Luizinho e João Luís; Elzo, Paulo Isidoro e Éverton (Vítor Capucho); Sérgio Araújo (Alisson), Reinaldo e Edivaldo. Técnico: Vicente Lage (Cento e Nove).

Veja os melhores momentos do jogo, com este lance polêmico e a narração espetacular do saudoso e grande Fernando Sasso:

https://www.youtube.com/watch?v=bfbZ6B38GbY

* * *

A notícia da morte, no Globoesporte.com

“Morreu no Rio de Janeiro, nesta madrugada, aos 74 anos, o ex-árbitro Luís Carlos Félix. Segundo um familiar, ele foi vítima de um infarto fulminante. O velório e o enterro foram realizados neste domingo.

Luís Carlos Félix estreou como árbitro nos profissionais em 1970 e apitou 269 jogos em Campeonatos Brasileiros. Foi ele o responsável pela condução na final entre Sport e Guarani pelo Módulo Amarelo da Copa União, em 1987.

Ele apitou a primeira partida da decisão de 1984 entre Fluminense e Vasco, pela Primeira Divisão do Brasileirão, além de ter sido assistente nas finais de 1976 (Internacional x Corinthians) e 1981 (São Paulo x Grêmio). Internacionalmente, apitou a decisão do terceiro lugar de Mundial de Juniores, em 1983; a Taça Libertadores em 1985; além de, em 1989, ter trabalhado nas eliminatórias para a Copa do Mundo da Itália.”

http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2015/03/morre-no-rio-de-janeiro-aos-74-anos-o-ex-arbitro-da-fifa-luis-carlos-felix.html

LCF2

Luiz Carlos Félix em ação.


Valeu, pela tradição e alguns minutos de muito empenho!

O maior erro do goleiro Fábio não foi ter chutado a bola, no lance que originou o gol do Rafael Carioca, mas chutar para onde tentou chutar: o meio do campo, ao invés das laterais. É princípio básico para qualquer defensor mas, por mais experiente que seja um jogador, falhas acontecem, principalmente em jogos nervosos como um clássico desses. Foi um jogo apenas razoável, muito abaixo do normal quando se trata de um Cruzeiro x Atlético. O primeiro lance de perigo só aconteceu aos 18 minutos, com Arrascaeta fazendo a sua melhor jogada na partida, driblando pela direita, cruzando para Wiliam que chegou atrasado. Único lampejo do grande jogador que é este uruguaio, substituído pelo Judivan aos 14 do segundo tempo, no mesmo instante em que o Alisson entrou no lugar do Willian. O primeiro lance de perigo do Atlético só aconteceu aos 28 quando Jemerson cabeceou e chutou seguidamente, obrigando o Fábio a fazer ótimas defesas.

O Atlético começou pressionando mais no segundo tempo, mas foi o Cruzeiro que quase chegou ao gol, aos seis minutos num chutaço do Paulo André, na gaveta do lado esquerdo, exigindo de Victor uma defesa espetacular. Marcelo Oliveira mexeu no Cruzeiro aos 14 e Levir Culpi no Atlético aos 18, tirando Dodô e Cesinha para as entradas de Maicosuel e Danilo Pires. O jogo melhorou muito a partir daí.

As quatro mexidas surtiram efeitos positivos, com Alisson se destacando pela Raposa e Danilo pelo Galo. O gol do Atlético saiu aos 27, através do Rafael Carioca; e aos 30, Marcelo Oliveira foi para o tudo ou nada e se deu bem, tirando o ótimo marcador Willians para a entrada do Joel. O time passou a pressionar mais, até que aos 37 Marquinhos encontrou Leandro Damião, que mostrou porque é um dos atacantes mais cotados do país. Estava dentro da área atleticana, muito bem marcado pelo Jemerson e Douglas Santos, mas foi mais esperto, conseguiu virar e chutar sem chance para o Victor. No equilíbrio total deste clássico, Marquinhos foi a liderança que embalou o Cruzeiro e Leandro Donizete o articulador alvinegro.

* * *

Às 14h30 a Polícia Militar prendeu 15 marginais, atleticanos e cruzeirenses que saíam de Santa Luzia em direção ao Mineirão. A PM sempre executa com excelência o trabalho dela, mas em contrapartida, a bandidagem tem as brechas das leis a favor e raramente algum vagabundo desses é punido, incentivando a reincidência. Enquanto a Justiça não jogar pesado contra os torcedores marginais não adianta nenhuma pregação de paz.

* * *

Quando os dois lados querem apenas jogar futebol, sem catimbas e anti-jogo, a arbitragem não tem grandes problemas e tudo transcorre como deveria ser sempre. Emerson de Almeida Ferreira foi muito bem no apito, assim como Márcio Eustáquio Santiago e Guilherme Dias Camilo nas bandeiras.


Feitiço contra feiticeiro: “organizada” do São Paulo ameaça jogadores e pressiona diretoria

O presidente do São Paulo apoia esta e outras facções de “organizadas” do clube. Só fortalece este tipo de marginalidade e não pode reclamar. Está na Folha de S. Paulo de hoje: 

* “ORGANIZADA AMEAÇA ATLETAS DO SÃO PAULO”

No último treino aberto antes do clássico, os jogadores são-paulinos não foram poupados pela torcida Independente.

Alguns integrantes da organizada ameaçaram com cânticos com trechos como: “Acabou a paz, o Morumbi vai virar um inferno” e “Se o São Paulo não ganhar, o pau vai quebrar”, além de pedirem raça ao time de Muricy.

Os protestos no Morumbi também foram marcados por cobranças contra o preço dos ingressos na Libertadores (os mais baratos saem por R$ 120). Estima-se que mais de 500 torcedores tenham comparecido.


Verdade verdadeira do Dum para homenagear as mulheres!

Hoje,

CAMCRU1

no Hoje em Dia!

 

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HELENO

Também o vereador de Belo Horizonte, Heleno Oliveira, prestou uma bela homenagem


Lava-Jato: verdadeira verdadeira do Duke!

Boa demais da conta.

Duke, hoje, no jornal O Tempo

O perigo é, no frigir dos ovos, conseguirem jogar a culpa toda no José Janene, deputado do PP/PR, que já morreu, e só ele ser condenado.


Enquanto Atlético e Cruzeiro discutem migalhas o abismo financeiro a favor de cariocas e paulistas aumenta

Os nossos maiores clubes estão muito voltados aqui para a “Província das Alterosas”, não conseguem realizar um jogo entre eles com as duas torcidas presentes. Estão pensando pequeno, apegados às glórias de 2013 e 2014, se esquecendo que a luta continua e que os concorrentes têm mais poder financeiro e não vão ficar errando eternamente, abrindo espaço para os clubes fora do eixo Rio/SP.

Os presidentes Daniel Nepomuceno e Gilvan de Pinho Tavares precisam entrar de sola nessas discussões sobre as cotas de TV que entrarão em vigor a partir de 2016. O futuro dos grandes clubes do país está sendo delineado e Atlético e Cruzeiro não podem ficar ausentes e omissos, pois nessa guerra é na base do “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

A discussão das cotas de TV está diretamente ligada à formação dos futuros times. Flamengo e Corinthians estão aumentando o abismo financeiro a favor deles em relação aos demais clubes. Atualmente são R$ 70 milhões a mais, e apenas Eurico Miranda está peitando esta situação. Ele vai contar com os demais, que estão no mesmo bloco da divisão do bolo com o Vasco, porém, na sequência, os demais que se danem. Caso a Globo faça um acordo paralelo com o clube do Eurico, ele sai da briga e vai cuidar da vida dele. Os gaúchos também estão se mobilizando. Enquanto isso, Daniel, Gilvan e seus pares, brigam no campo das vaidades; um querendo mostrar que mais esperto que o outro nessa discussão retrógrada de quantidade de ingressos para cada torcida. Discutem migalhas, prejudicam todos os torcedores. No turno, uma torcida é sacaneada, no returno vem o troco, até que venha o próximo campeonato, o próximo ano e essa guerra imbecil apequena a ambos.

No embalo da paixão incontrolável, torcedores que pensam igual aos dirigentes dos clubes, dão razão a eles, ao invés pressioná-los a acabar com essa idiotice. Daqui a pouco, neste post os senhores terão uma prova disso: um atleticano comentará que o culpado é o Zezé Perrela, que no século passado fez um acordo paralelo com a CBF/Globo e abandonou os demais clubes, que se ferraram. Um cruzeirense escreverá que o culpado é o Alexandre Kalil que ficou amigo do Marin e fez a mesma coisa, e etecetera, etecetera e tal.

Tá, mas isso passou e a briga agora é outra, os dirigentes são outros. Precisam mudar o foco pelo bem deles e do futebol mineiro.

Os últimos clássicos mineiros foram de importância nacional, como nunca se viu antes na história. Obrigaram a mídia do país a se voltar toda para Minas. Porém, entraram para a história também, pelo fato de o público pagante ter sido ridículo, nos dois jogos. Mas os dirigentes não aprenderam a lição e persistem no mesmo erro, na mesma burrice, na mesma pequenês e provincianismo.

Vejam essa reportagem da Agência Estado, que está nos principais veículos de comunicação do país, hoje. Atlético e Cruzeiro nem são citados nessa discussão que é fundamental para o futuro do nosso futebol:

* “Descontentes, clubes vão pedir aumento do valor das cotas de TV para Globo”

Descontentes com os valores que vão receber da televisão a partir de 2016 pela transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro, vários clubes estão se mobilizando para lutar por um aumento de cotas. A discussão com a Rede Globo já está em andamento, mas um acordo ainda deve demorar. A intenção da maioria dos clubes é convencer os detentores dos direitos de transmissão a destinar a eles valores que se aproximem do que será pago a Corinthians e Flamengo.

A insatisfação se explica: os clubes foram divididos em cinco grupos, de acordo com a audiência, para o estabelecimento das cotas a serem pagas. Pelo contrato assinado com a Globo, entre 2016 e 2018 Corinthians e Flamengo, que formam o Grupo 1, receberão R$ 170 milhões por ano. Já o São Paulo terá direito a R$ 110 milhões e Palmeiras e Vasco, integrantes do Grupo 3, a R$ 100 milhões cada.

O problema é, a partir de 2016, que a diferença de ganhos entre as faixas vai aumentar significativamente. Este ano, por exemplo, Flamengo e Corinthians vão receber R$ 30 milhões a mais que o São Paulo e R$ 40 milhões a mais que Palmeiras e Vasco. Do próximo ano em diante, a diferença subirá para R$ 60 milhões e R$ 70 milhões, respectivamente.

Isso levou os clubes que fazem parte dos Grupos 2 ao 5 a articular luta para tentar reduzir a diferença para a “turma de cima”. Um dos mais inconformados é Eurico Miranda, presidente do Vasco, que pretende melhorar o quinhão de seu clube. “O Vasco até agora não reivindicou nada. O Vasco não pretende fazer nada. Vai ter ainda uma discussão para tratar de um novo modelo (dessa distribuição de cotas)”, disse.

O dirigente reclama do critério de divisão do pay-per-view, que dá ao Flamengo audiência – e por consequência venda de pacotes – muito maior do que a de seu clube. “É isso que o Vasco está questionando. Por que essa diferença? O Vasco não pode ser prejudicado.”

Eurico é uma espécie de “líder dos revoltosos”. Seu jeito explosivo e seu poder de argumentação são aposta de “colegas” como Modesto Roma, do Santos. “Em primeiro lugar, temos de ouvir com muita atenção o Eurico Miranda, que pelo jeito dele às vezes se torna polêmico, mas é um homem de grande visão e que defende os interesses do clube dele com unhas e dentes”, diz.

O santista ressalta não haver pretensão de equiparar as cotas, “porque não dá para se comparar falsos iguais”. “O que se pretende é diminuir a diferença entre as cotas de Flamengo e Corinthians e demais grandes.”

MEDIADOR – Roma não acredita em solução rápida. Ele afirma que a discussão está no início e aposta que deverá ganhar força quando Marco Polo Del Nero assumir a presidência da CBF, no mês de abril.>>A entidade já vem negociando com a Globo – e o diretor da emissora responsável pela área, Marcelo Campos Pinto, estava presente na reunião do Conselho Arbitral do Campeonato Brasileiro de 2015 que ocorreu na segunda-feira.

“A CBF tem conversado com a Globo no sentido de viabilizar o interesse dos clubes”, disse Del Nero nesta quarta-feira à reportagem por telefone. Ele estava em Assunção, no Paraguai, onde foi reeleito representante da Conmebol no Comitê Executivo da Fifa por mais quatro anos.

Segundo ele, a CBF tem de fazer “papel de conciliador” na questão. Ele acredita ser possível um acordo. “Os clubes não querem que os de cima (Flamengo e Corinthians) ganhem menos, e sim querem ganhar mais.” Campos Pinto foi procurado por e-mail, via assessoria da Globo, sem sucesso.


A convocação da seleção brasileira para mais amistosos milionários

Antes, quando a seleção brasileira estava para ser convocada o país só falava disso, era como um capítulo final de novela marcante. No dia a convocação, quase que tudo parava para acompanhar. O esvaziamento do futebol como um todo, a maioria dos principais jogadores atuar o exterior e principalmente a total desmoralização da CBF, seus dirigentes e comissões técnicas acabaram com este encanto.

A seleção atualmente é apenas mais uma pauta do dia a dia do jornalismo.

Eu só escrevo a respeito, por dever de ofício, porque grande parte do público quer saber do assunto, ainda que seja porrada nessa cambada.

CBF

Aí estão os convocados do Dunga para os jogos do dia 26 (França, em Saint Dennis) e 29 (Chile, em Londres): 

Goleiros
Jefferson (Botafogo)
Marcelo Grohe (Grêmio)
Diego Alves (Valencia)

Laterais
Fabinho (Monaco)
Marcelo (Real Madrid)
Filipe Luís (Chelsea)
Danilo (Porto)

Zagueiros
David Luiz (Paris Saint-Germain)
Marquinhos (Paris Saint-Germain)
Thiago Silva (Paris Saint-Germain)
Miranda (Atlético de Madri)

Volantes
Luiz Gustavo (Wolfsburg)
Fernandinho (Manchester City)
Elias (Corinthians)
Souza (São Paulo)

Meias
Oscar (Chelsea)
Roberto Firmino (Hoffenheim)
Willian (Chelsea)
Philippe Coutinho (Liverpool)

Atacantes
Neymar (Barcelona)
Robinho (Santos)
Douglas Costa (Shakhtar Donetsk)
Diego Tardelli (Shandong Luneng)


Levir Culpi e Marcelo Oliveira trabalharam juntos, se conhecem e estão sob marcação cerrada

As campanhas ruins na Libertadores e o fraco futebol exibido neste início de temporada provocam duros questionamentos dos torcedores de Atlético e Cruzeiro aos seus treinadores.

O cruzeirense Pedro 1950, enviou o seguinte e-mail à minha coluna nos jornais O Tempo e Super Notícia:

* “Na Libertadores/2014, o técnico Marcelo Oliveira insistiu tanto na escalação do Júlio Baptista, que conseguiram juntos uma previsível desclassificação diante do San Lorenzo. Já naquela época, Júlio Baptista apresentava desempenho pífio, mas o treinador Marcelo inexplicavelmente teimava em escalá-lo. Agora, a insistência injustificável é com o atacante Willian. Vem jogando mal sistematicamente, mas tem cadeira cativa, embora no banco o Cruzeiro tenha várias jogadores melhores que ele. O que justifica essas atitudes do técnico Marcelo? Tento encontrar explicação, mas nenhuma me aparece. O presidente se desdobra, efetua várias contratações, coloca material humano à disposição do Marcelo, mas ele permanece encantado com o Willian. Se não há explicação objetiva para isso, talvez exista alguma psicológica.”

* * *

Já o atleticano Leandro Neggo Leo, foi mais duro com o comandante do Galo e inicia o comentário dele, hoje, aqui no blog com essas cobranças e ataques:

* “O Colo-Colo venceu o Atlas e a situação do galo se complicou ainda mais, podem e chamar de pessimista de torcedor oba oba ou qualquer coisa do tipo, mas pra mim essa libertadores já era para o atlético e culpa exclusiva de seu Levir Culpi, já falei os motivos aqui antes, é repensar alguns jogadores e arrumar o time para as outras competições que o ano não está perdido, a libertadores sim, pra mim sim já era.
Ouvi uma noticia que a CBF fez um convite para o Levir dirigir a seleção sub-20, dizem que ele já até aceitou e está só esperando o desfecho do galo na libertadores para pegar seu boné e ir dirigir os garotos da base, sinceramente não vou ficar muito triste não, até que ponto essa noticia é verdadeira eu não sei….”

LEMA

Em 2006, auxiliar e treinador no Atlético

Considero os dois treinadores ótimos, mas nenhum ser humano está imune a erros. Marcelo teve que mudar totalmente os seus planos em função das vendas de jogadores importantes que o Cruzeiro fez. Chegou muita gente em cima da hora e ele está conhecendo de perto cada jogador e o melhor posicionamento em campo agora, durante o Campeonato Mineiro e a Libertadores.

Levir Culpi avaliou mal o elenco com o qual poderia contar. De importante, perdeu Tardelli. Quando foi surpreendido pelas contusões dos dois laterais titulares e do Lucas Pratto, viu que tinha errado na avaliação, já que as peças de reposição eram fraquíssimas, inclusive os reincorporados ao grupo, por ordem dele: Jô, André, Emerson Conceição (os afastados por indisciplina) e Patric, que estava emprestado ao Sport Recife.

Caso haja empate no clássico, os dois treinadores continuarão sendo cobrados. Se houver vitória de alguém, ao vitorioso a volta ao paraíso. Ao derrotado, o purgatório.


Réver joga mal, mas salva o Inter; vitória do Colo-Colo esgoela o Galo!

D’Alessandro (direita), saiu machucado e coube a Réver salvar o Inter de resultado ruim no Beira-Rio.

Os jogos de ontem da Libertadores foram da melhor qualidade, mas o resultado em Santiago foi péssimo para o Atlético. Vi o jogo pela Fox. Os dois times fracos, mas empenhadíssimos em vencer. Igual ao jogo contra o Galo, o Colo-Colo tomou um sufoco danado no primeiro tempo, mas cresceu no segundo, nos contra ataques: 1 a 0, de pênalti e com toques rápidos e longos, no fim da partida, 2 a 0.

O Corinthians foi muito bem em Buenos Aires e voltou com um 1 a 0 sobre o San Lorenzo, gol espetacular, na raça e nas coincidências, do Elias, que está fazendo a diferença, no time e na competição.

Mas, espetacular mesmo foi o Inter, que fez lembrar as viradas épicas do Atlético em 2013 e 2014, quando tudo parecia perdido. Inclusive contando com o ex-capitão do Galo, Réver. Assim como aqui, quando ele costumava aprontar lambanças, mas resolvia, quando o mau resultado parecia eminente.

Vejam o comentário do Vinicius Vaccaro do portal do jornal Zero Hora, de Porto Alegre:

* “… Aos 35 minutos, uma cena sintomática: time atrapalhado em campo, torcida calada e briga nas arquibancadas. O pelotão de choque da Brigada Militar precisou ingressar na área da Popular a fim de conter uma briga. Pelo menos quatro deles foram retirados do estádio pelo policiamento. O Inter ainda tentava se reencontrar na partida quando, aos 43 minutos, uma lesão tirou D’Alessandro do jogo. Alex o substituiu. A equipe de Diego Aguirre tentava achar as soluções ofensivas dos primeiros minutos quando, aos 46 minutos, um contra-ataque do Emelec envolveu de novo a defesa e Mena marcou o gol da virada…”

* * *

Aí o Inter empatou e virou, e o Vinícius comentou:

* “…Nilmar foi espetacular. Mostrou que ainda é um atacante fora de série.

D’Alessandro foi cerebral (uma lástima a lesão muscular nesse bom momento que está vivendo)…”

* * *

Mas os problemas do Inter continuam e vejam a finalização do comentarista gaúcho:

* “… Já as atuações de Réver e Fabrício foram calamitosas. O zagueiro, além de gol redentor, tem crédito pelo seu histórico. Quanto ao lateral, Aguirre terá de olhar para o banco e encontrar uma alternativa urgentemente. Nesse momento, qualquer alternativa serve…”

REVER

A diferença lá, em relação a Atlético e Cruzeiro é que, quando D’Alessandro, principal jogador do Inter, saiu machucado, entrou o Alex, que empatou o jogo e assumiu plenamente o papel do titular.