Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Despedida do Kalil, eleição do Daniel Nepomuceno, a dupla numa boa e o 13o

Em três ótimas charges . . .

AKDUKE

o Duke resume tudo . . .

CAMCRU

no Super Notícia e . . .

DUKE13

no O Tempo


Adversários fortes, viagens longas e altitude no caminho dos mineiros na Libertadores

Depois de todo sorteio como este da Conmebol a imprensa inventa um “Grupo da Morte”. Desta vez dizem que é onde o São Paulo ficou. Vejo o grupo do Galo até mais difícil, mas essas previsões não valem nada, pois tudo depende de como estarão os adversários na época da competição. A Copa do Brasil deste ano é um bom exemplo disso.

SORTEIO

O Atlético está no Grupo 1 e enfrentará o Colo Colo do Chile, um colombiano: Independente Santa Fé ou Independente Medelin, e o Atlas do México.

O Cruzeiro, Grupo 3, terá pela frente o Mineros de Guayana, da Venezuela, o Universitário da Bolívia/Sucre, e um time peruano: Alianza Lima ou Melgar, ou o Huracán da Argentina.

O Galo terá adversários aparentemente mais difíceis. O Cruzeiro teoricamente pegou filet, apesar da viagem a Sucre onde a altitude não é tão incômoda, 2.800 metros.

O São Paulo enfrentará o atual campeão, San Lorenzo, o Danúbio do Uruguai e Internacional ou Corinthians ou Colômbia 3.


Sorteio da Conmebol é imitação pobre dos eventos da FIFA e da UEFA

A Conmebol tentou fazer uma festa parecida com as que a Fifa e a Uefa fazem. Coisa horrorosa!

A começar pela observação feita pelo Samuel Venâncio que está lá, cobrindo para a TV Alterosa:

Samuel Venâncio ™ ‏@samuelvenancio

“Com todo respeito aos países, mas num dá pra Venezuela e Peru terem clube como cabeça de chave. Conmebol erra feio nisso.”

SORTEIO

Uma homenagem ao Julio Grondona, ex-presidente da AFA, um dos capos mais famosos do futebol mundial, dos raros que conseguiu morrer sem ter sido posto para fora do cargo e nem preso.

Depois, uma estranha atração musical que arrancou uma ótima comparação do twitter da Atlético News:

Atlético News ‏@atleticonews Belo Horizonte, Minas Gerais

“E esse “Michel Teló” do Paraguai, gente? hahahahaha Por favor, o sorteio! Kkkkk”

Uns depoimentos, uns pronunciamentos de cartolas da prateleira de baixo que nada acrescentaram, mais música para encher linguiça e Leonardo Bertozzi comentou:

Leonardo Bertozzi ‏@lbertozzi

“Papai, isso é um show ou um sorteio?”. Sabedoria infantil”

Na homenagem aos pais e filhos campeões da Libertadores, como os Matosas e Veróns, a miniaturas das réplicas da Taça soltaram pedaços e eles lá, catando, tentando montá-las novamente.

O Cruzeiro News twitava:

Cruzeiro News ‏@Cruzeiro_News

“Até agora NADA DO SORTEIO!”

Para quem está querendo dourar a pílula mais do que ela merece, o Samuel Venâncio cutucou:

Samuel Venâncio ™ ‏@samuelvenancio

“Richarlyson e Wellington Paulista no telão toda hora – melhor sorteio de todos os tempos.”

E o Leo Bertozzi postava fotos de gente famosa aguardando com ansiedade o sorteio:

SONO3

E dizia:

Leonardo Bertozzi ‏@lbertozzi

“Tá demorando tanto que o Galo pode começar o sorteio com um presidente e terminar com outro”

SONO0

Apareceu esta imagem no telão com o Verón sendo homenageado e o Igor Tep retwittou:

VERON

enzo ‏@enzooll

@_brendafabulous veron mt fdp odeio espero que morra desgraçado e queime no inferno é poco ainda p ele

SONO04

Até o América de Teófilo Otoni entrou na parada:

AméricaFCTO ‏@AmericaFCTO

“Se o Sorteio da Libertadores demorar mais, o América-TO consegue uma vaga.”

E dá-lhe Igor Tep da 98 FM

gor Assunção ‏@Igortep

“Cheguei da pelada achando que já teria a definição dos grupos, nem tomei banho esperando e nada. Quando entrar no chuveiro começa, quer ver?”


A luta do Atlético para negociar dívida fiscal, ou “Apesar de você”, Galo está preparado para o futuro!

Está no Hoje em Dia de hoje:

* “Antigo “algoz” do Atlético, juiz volta a indeferir acordo do clube com Refis”

http://www.hojeemdia.com.br/esportes/atletico/antigo-algoz-do-atletico-juiz-volta-a-indeferir-acordo-do-clube-com-refis-1.285776

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Mas eu gostei meismo foi deste artigo do Juiz Federal, Dr. Lincoln Pinheiro Costa no site do ESPN:

* “Apesar de você”, Galo está preparado para o futuro

Por Lincoln Pinheiro Costa*

O Galo ganhou a Copa do Brasil sem precisar da ajuda do apito amigo. Todos seus adversários na competição terminaram as partidas com onze jogadores em campo. E não teve nenhum senador enterrando CPI da CBF no Senado.

Mas antes mesmo de iniciar a semifinal e sem sabermos se conquistaríamos uma vaga na Libertadores, o ano já estava vitorioso por uma grande conquista da diretoria atleticana: o parcelamento da dívida tributária, que permitirá a viabilidade administrativa do clube no futuro.

Essa batalha começou ainda em 2013, quando o dinheiro que o Atlético receberia pela venda dos direitos federativos de Bernard foi bloqueado por decisão judicial a pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional em Minas Gerais.

A diretoria atleticana participou de diversas reuniões com autoridades do executivo federal visando à solução definitiva da dívida e o acordo proposto pelo CAM – utilização do dinheiro ainda bloqueado da venda do atleta, pois parte já havia sido liberada, como entrada no programa especial de parcelamento conhecido por REFIS 4 – foi aprovado através de despacho do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, publicado em 20/10/2014 no Diário Oficial da União.

Com a adesão do Galo ao REFIS já sacramentada, a dívida tributária do Atlético, que era superior a R$ 270 milhões, sofreu um desconto legal de aproximadamente R$ 77 milhões, sendo que uma soma superior a 38 milhões, que se encontra bloqueada judicialmente, será dada como entrada no parcelamento e o restante dividido em 180 parcelas de pouco mais de R$ 860 mil reais. Quantia que, somada à parcela da Timemania, dará uma despesa mensal pouco superior a R$ 1 milhão de reais. Perfeitamente compatível com o orçamento atleticano de 2015, superior a R$ 200 milhões.

Lamentavelmente, a Procuradoria da Fazenda Nacional em Minas Gerais desobedeceu ao comando do Ministro da Fazenda e não cumpriu o Parecer PGFN 1718/2014, o qual determina que a PFN-MG requeira a suspensão das execuções fiscais e implemente o parcelamento aprovado.

Agindo em frontal descumprimento ao comando de autoridade hierarquicamente superior, a PFN-MG requereu, em uma sexta-feira, 07/11/2014, (dois dias após a classificação do Galo para a final da Copa do Brasil) o arresto da renda da primeira partida da final, realizada no Horto em 12/11/2014. E a decisão judicial saiu na segunda-feira 10/11/2014. Um caso único de agilidade processual, desconhecido por todos que militam na lida forense.

Outra estranheza foi a medida ser imediatamente comunicada à imprensa chapa branca e camisa azul de Minas Gerais, que tentou criar uma crise no Galo, visando influenciar na decisão da Copa do Brasil.

A despeito de todos esses percalços, o Atlético conseguiu refinanciar sua dívida tributária e, a não ser que os juros voltem a atingir os patamares dos tempos de Armínio Fraga, tornando-a impagável, em 15 anos estará totalmente quitada.

Por outro lado, espera-se que a Corregedoria da Advocacia-Geral da União apure o que vem acontecendo na PFN-MG, de modo que esta centenária instituição não fique com sua credibilidade abalada em função de suspeitas condutas processuais que pareceram se nortear pelo calendário da Copa do Brasil.

Bom também que disputaremos a Libertadores em 2015, competição em que fazer favores parlamentares à CBF não garante marcação de pênaltis e expulsão de jogadores adversários quando a partida está difícil.

* Lincoln Pinheiro Costa é juiz federal em Ilhéus e ex-procurador da Fazenda Nacional em Salvador. É graduado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP) e MBA em Direito da Economia e da Empresa pela FGV. É membro do Instituto San Tiago Dantas de Direito e Economia e colunista da CBN/Salvador. Siga-o no Twitter. Clique aqui


Avião que caiu no Carlos Prates atingiu casa da família de comentarista do blog

Os bandidos obrigam o cidadão a transformar a sua residência em “bunker”, com cerca elétrica, arame farpado, câmeras, alarme e coisas tais. E quando pensa que está minimamente seguro, um avião pode cair sobre a sua cabeça.

Obrigado ao Renato César, cuja residência da  família foi atingida por um avião, e ele nos escreveu:

* “Vi uma citação ao aeroporto Carlos Prates e um acidente ocorrido na região neste final de semana.

O avião caiu na casa dos meus pais. Graças a Deus não houve vítimas fatais. Nenhum dos meus parentes se feriu. Mas, realmente, não entendo a função daquele aeroporto.

Antigamente caiam muitos paraquedistas nas casas das pessoas. Hoje, pararam com os saltos e o aeroporto virou escola de aviação. Agora, muitos helicópteros e aviões têm se acidentado.

Além do risco aos pilotos e alunos, a vida dos moradores da região está sendo ameaçada também. Fora o barulho que é insuportável. As aulas começam às 06:00 da manhã. O dia inteiro é inviável fazer uso, dentro de casa, de televisão, rádio ou telefone. Até mesmo conversas precisam ser interrompidas.

Não sei qual a justificativa para a existência daquele aeroporto.”

Renato César

A notícia no jornal O Tempo:

AVIAO

* CARLOS PRATES

Após pane em avião, piloto decidiu pousar em casa

Informação é da mulher de ocupante da aeronave; acidente destruiu parte da fachada e telhado do imóvel

http://www.otempo.com.br/cidades/ap%C3%B3s-pane-em-avi%C3%A3o-piloto-decidiu-pousar-em-casa-1.955295


CBF apresenta seleção do campeonato; Éverton Ribeiro, novamente o melhor; Marcelo Oliveira, técnico do ano

Não sei quem votou ou se teve votação. Entendo como justas as escolhas do Everton Ribeiro e Marcelo Oliveira como os melhores da temporada, mas a “seleção” tem pelo menos cinco jogadores em quem eu não votaria: Jefferson, Dedé, Gil, Souza e Guerrero. E ficaria na dúvida quanto ao Egidio.

Do site da Veja:

* “Éverton Ribeiro vence prêmio da CBF de craque do torneio”

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O meia Éverton Ribeiro, do Cruzeiro, venceu o prêmio Craque do Brasileirão, concedido pela CBF ao melhor jogador do campeonato. O anúncio aconteceu na noite desta segunda-feira, no programa Bem Amigos!, do canal fechado Sportv. Autor de 6 gols no torneio, o armador foi decisivo nos jogos que garantiram o título ao Cruzeiro, balançando as redes na virada contra o Grêmio, em Porto Alegre, e na vitória sobre o Goiás, no Mineirão. Esta é a segunda vez seguida que Éverton Ribeiro conquista o prêmio da CBF.

A entidade também anunciou a seleção do campeonato – uma lista com sotaque mineiro. Dos 11 melhores do torneio, cinco atuam no campeão Cruzeiro e dois no Atlético-MG. Os escolhidos foram o goleiro Jefferson (Botafogo); os zagueiros Dedé (Cruzeiro) e Gil (Corinthians); os laterais Marcos Rocha (Atlético-MG) e Egídio (Cruzeiro); os volantes Lucas Silva (Cruzeiro) e Souza (São Paulo); os meias Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart (Cruzeiro); e os atacantes Diego Tardelli (Atlético-MG) e Guerrero (Corinthians). Marcelo Oliveira, do Cruzeiro, venceu como o melhor técnico e o atacante Erik, do Goiás, foi considerado a revelação do campeonato. A entrega dos prêmios acontece na próxima segunda-feira, um dia depois da última rodada do torneio.

O goleiro e capitão do São Paulo Rogério Ceni, que renovou o contrato com o clube até agosto, foi escolhido o Craque da Galera em votação pela internet. Com 55% da preferência dos internautas, Rogério superou o corintiano Guerrero, que ficou com 27%, e o goleiro gremista Marcelo Grohe, que teve 18% dos votos. O ídolo são-paulino já havia vencido o prêmio em 2007, quando também faturou o troféu de campeão e o de melhor jogador do campeonato.

http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/everton-ribeiro-vence-premio-da-cbf-de-craque-do-brasileiro?utm_source=redesabril_veja&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_veja&utm_content=feed&


Deus e o resultado de um jogo de futebol

Fiquei muito honrado em receber este texto do Pedro Blank, especialmente para ser publicado no blog. Trata-se de um dos melhores jornalistas de Minas e do país. Texto de conteúdo rico, que põe o dedo numa ferida que a imprensa em geral não gosta de tocar, para evitar uma polêmica pra lá de explosiva: a mistura de religião com o esporte, no caso, com o futebol.

IMAGEM

Adianto o que penso: essa mistura não tem nada a ver.

Mas vamos ao que interessa:

* Religião e futebol

Por: Pedro Blank*

Quando as câmeras estavam ligadas levando a imagem para todo o Brasil, os flashs disparavam milhares de vezes por segundo e o país assistia ao Cruzeiro conquistar legítima e incontestavelmente o tetracampeonato brasileiro dentro de um estádio lotado em cima do Goiás, em 23 de novembro, algo diferente aconteceu no Mineirão. Uma bandeira de proporções gigantes tomou o anel inferior com a inscrição “A Deus toda Glória”. É necessário compreender a relação entre o marketing religioso e o maior esporte do mundo.

À luz de Max Weber e seu “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, podemos encontrar algumas hipóteses para entender o episódio em questão. Na perspectiva do esporte, o que milhares de cruzeirenses (pesquisas de torcida apontam que há cerca de oito milhões de celestes no Brasil) buscam quando se prepararam para ver o time em ação. O que está em jogo em uma partida de futebol? Vários estudos sociológicos sugerem que o esporte desperta o lúdico, o espaço da brincadeira que acompanha o homem desde a era das cavernas.

No campo filosófico, o lúdico desponta como oposição à racionalidade. Na pós-modernidade, ressalte-se, é cada vez mais consenso que a razão prevalece sobre a emoção, tendo como pano de fundo a louvação pragmática ao hedonismo-consumismo. O estádio, então, configura o espaço em que homens podem voltar a serem meninos. Antes de a bola rola, o torcedor entra em campo com a equipe com a incerteza da vitória, da goleada que pode ser obtida ou do amargo choro dos perdedores. O desfecho dessa brincadeira acontece em 90 minutos ou no fim do campeonato, tudo aberto, repleto de carga dramática. Nas palavras do uruguaio Eduardo Galeano, “a história do futebol é uma viagem ao prazer”.

O Cruzeiro, tetracampeão brasileiro, tem no elenco diversos jogadores evangélicos. Um dos que mais atribui vitórias a Deus é o goleiro Fábio. Em entrevista ao jornal mineiro Hoje em Dia (http://www.hojeemdia.com.br/esportes/cruzeiro/bandeir-o-crist-o-foi-presente-dos-jogadores-e-idealizado-por-esposas-em-reuni-o-religiosa-1.284211), ele explicou a bandeira. “Nós oramos e Deus determinou, quando Deus fala nós obedecemos. A Máfia Azul está de parabéns por ter adotado a ideia”.

A Máfia Azul é uma torcida organizada do Cruzeiro que já chegou a ser proibida de frequentar estádios pelo Ministério Público de Minas Gerais. A própria diretoria do clube se manifesta contrária à organizada. Mas, mesmo assim, para confeccionar o “bandeirão”, Fábio e outros atletas evangélicos se quotizaram para arcar com R$ 15 mil para colocar à peça no Mineirão no dia em que o time se sagrou campeão nacional.

No momento da festa, o goleiro Fábio, com uma camisa repetindo os dizeres da bandeira, voltou a dividir os créditos do triunfo com Deus. “Nação azul comemora, Deus é bom” (http://esportes.terra.com.br/cruzeiro/emocionados-jogadores-do-cruzeiro-comemoram-titulo-no-mineirao,afcfdcc996ed9410VgnCLD200000b2bf46d0RCRD.html). É no discurso entre Deus e futebol que vamos prosseguir. Obviamente, não se questiona a bondade de Deus, seja com os vencedores ou derrotados – em qualquer situação (para os que acreditam) Deus sempre será bom. As palavras de Fábio encerram o sentimento religioso em si mesmo e forjam um ser humano abstrato, sozinho, isolado. A auto-alienação religiosa divide o mundo em dois: um místico (Deus determina as vitórias e derrotas) e outro real, onde ocorre o confronto esportivo e os atletas são os únicos responsáveis pelo triunfo ou pelo revés. E, não resta dúvida, que é no real que o jogo se desenvolve, com as qualidades dos competidores prevalecendo.

O marketing religioso de atletas de futebol e repetido pela mídia à exaustão impacta justamente no aspecto lúdico do esporte. Colocar Deus como responsável por uma vitória é se despedir de toda plenitude e beleza que uma partida pode nos proporcionar. É necessário que a mídia problematize a questão: triunfos esportivos em nada tem relação com a Divina Providência.

A mídia esportiva, notadamente espetacularizada, contribui para potencializar o marketing religioso, como o visto no confronto decisivo do Brasileirão deste ano. O Brasil é, constitucionalmente, um estado laico. No futebol, onde os patrocínios valem milhões, mensagens religiosas e discursos metafísicos se proliferam na mesma medida que o torcedor se afasta dos estádios. O Cruzeiro, em que pese ser o líder de público no campeonato nacional, como mandante neste Nacional, não conseguiu colocar metade do público que o Mineirão pode receber (http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/publico-brasileirao.html).

Parafraseando uma passagem do evangelho de Mateus, “Dai, pois, ao futebol o que é do futebol, e a Deus o que é de Deus”. Três dias depois de levantar o título Brasileiro, o Cruzeiro decidiu o título da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, novamente num Mineirão lotado. Perdeu o título e completou um ano sem vencer o seu maior rival. A bandeira e as camisas com a inscrição “A Deus toda Glória” não apareceram. Nas entrevistas, Ele também não foi citado. Nenhum repórter perguntou aos jogadores cruzeirenses porque Deus entrou em campo com o Atlético.

* Pedro Blank é jornalista, finalista dos Prêmios Esso e Embratel de jornalismo. É escritor e autor do livro “O Príncipe – A Real História de Dirceu Lopes”.


Caminhos do nosso futebol

A temporada termina com resultados altamente positivos para o futebol mineiro; o que não quer dizer que este ano será melhor que 2015. O futebol é cíclico e principalmente no Brasil o sucesso de ontem não garante um futuro feliz no ano seguinte. O Fluminense, campeão de 2012 foi rebaixado em 2013 (mas garantido no tapetão), é um bom exemplo. O problema começa pelas instituições brasileiras, que não têm credibilidade, principalmente no futebol. Sábado, um dos oito presidentes do América, reclamava da CBF, com toda a razão, que o regulamento está sendo descumprido, mas e daí? O clube está recorrendo contra os absurdos aos quais foi submetido pela própria CBF e STJD, porém com chances ínfimas de respaldo. O STJD, controlado pela suspeita entidade deveria ser o órgão regulador do nosso futebol, como as agências reguladoras de serviços essenciais ao país, que também não funcionam.

Cada órgão desses é mais um cabide de empregos para abrigar “companheiros” e correligionários do atual sistema governamental federal. Da mesma forma como era no governo FHC.

Sabe-se lá o que o América vai conseguir no tapetão, mas é uma luta difícil já que os erros inadmissíveis do próprio clube foram os responsáveis por esta situação absurda. Marcos Salum reclamou dos xingamentos da torcida na goleada sobre o Sampaio Correia, mas precisa refletir: é um dirigente acima da média, mas a equipe que ele comanda no clube cometeu um erro inaceitável e isso tem um preço, caro.

A partir de agora e nas próximas semanas a curiosidade geral será em torno do sucessor do Alexandre Kalil no Atlético, Daniel Nepomuceno. Nos últimos contatos pessoais que tive com o novo presidente do Galo, impressionou-me a tranquilidade dele. Assumir um “monstro” como este (dizia o saudoso Elias Kalil), é responsabilidade gigante.

A tendência é que Atlético e Cruzeiro briguem na prateleira de cima novamente em 2015. Manterão as suas estruturas administrativas, suas comissões técnicas e os grupos de jogadores. Enquanto isso os principais concorrentes se engalfinham em crises políticas. Riscos maiores poderão ser os gaúchos.

Daniel Nepomuceno tem perfil de um administrador de maior abertura maior que Kalil, menos centralizador. Mas sabe que a fórmula para que o Galo dê certo passa por métodos  iguais ou semelhantes ao do antecessor. Contará com o mesmo grupo que tirou o clube do atoleiro e tem tudo para ter sucesso na função.

Diferente do que penso da saída de Marcus Salum do comando do futebol do América, acredito que Daniel Nepomuceno será um competente sucessor de Alexandre Kalil no Galo. Trabalhou com ele durante seis anos em dois sucessivos mandatos e conhece o caminho das pedras. Além do mais, todo o grupo do Kalil, do qual ele faz parte, continuará com ele no comando.


Chaves, Pelé, Gabo e o SETE DIAS que completa 23 anos, hoje! Obrigado gente!

Senhoras e senhores, hoje o nosso jornal SETE DIAS completa 23 anos de existência e circulação ininterrupta todas as sextas-feiras em Sete Lagoas e região!

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Obrigado a todos que nos prestigiam e nos ajudam a tocar este semanário.

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E lá se foi o Chaves, este mexicano que o mundo vai continuar admirando!

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Que Pelé se recupere logo, para a alegria de todo o planeta!

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Muito oportuna esta charge do Duke, sempre ótimo:

DUKE

Obrigado ao Tom Vital que nos enviou:

* Grande Chico…Ai vai um poema do Grande Gabriel Garcia Marques:

Carta aos amigos

Gabriel Garcia Márquez

“Se por um instante Deus se esquecesse de que sou
uma marionete de trapo e me presenteasse um fragmento
de vida, possivelmente não diria tudo o que penso
mas em definitivo pensaria tudo o que digo.
Daria valor as coisas, não pelo que valem, senão
pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais,
entendo que por cada minuto que fechamos os
olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais se detêm, despertaria
quando os demais dormem.
Escutaria quando os demais falam, e como
desfrutaria um bom sorvete de chocolate! Se
Deus me obsequiasse um fragmento de vida, vestiria
simples, me atiraria de bruços ao sol, deixando des-
coberto, não somente meu corpo senão minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu
ódio sobre o gelo, esperaria que saísse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as
estrelas um poema de Benedetti, e uma canção
de Serrat seria a serenata que lhes ofereceria à
lua. Regaria com minhas lágrimas as rosas, para
sentir a dor de seus espinhos, e o encarnado beijo
de suas pétalas…
Deus meu, se eu tivesse um fragmento de vida… Não
deixaria passar um só dia sem dizer as pessoas que
quero, que as quero. Convenceria a cada mulher ou
homem de que são meus favoritos e viveria enamorado
do amor. Aos homens lhes provaria quão equivocados
estão ao pensar que deixam de enamorar-se quando
envelhecem, sem saber que envelhecem quando
deixam de enamorar-se! A criança lhe daria asas,
porém lhe deixaria que sozinho aprendesse a voar.
Aos velhos lhes ensinaria que a morte não chega com a
velhice senão com o esquecimento.
Tantas coisas tenho aprendido de vocês, os
homens… Tenho aprendido que todo o mundo quer
viver no topo da montanha, sem saber que a
verdadeira felicidade está na forma de subir a
escarpa. Tenho aprendido que quando um recém
nascido aperta com seu pequeno punho, pela primeira
vez, o dedo do pai, o tem apanhado para
sempre. Tenho aprendido que um homem só tem
o direito de olhar a outro com o olhar baixo quando
há de ajudar-lhe a levantar-se. São tantas coisas as
que tenho podido aprender de vocês, porém real-
mente de muito não haverão de servir, porque quando
me guardarem dentro dessa mala, infelizmente
estarei morrendo”


O prazer, a utilidade e a importância de ter um blog

Quem me dera se eu pudesse viver por conta de escrever, especialmente neste blog. É assunto demais, porém, tempo de menos para me dedicar a este espaço, que desde que existe é mais por diletantismo do que atividade profissional. Não me rende dinheiro mas dá prazer e me fornece o que mais preciso para o meu trabalho como jornalista: informações e visões distintas para todo assunto. Muitas vezes os senhores e senhoras comentaristas me salvam de erros absurdos, de informações ou semânticos, e sou eternamente grato a todos os senhores.

Sim, porque quase sempre o que escrevo aqui no blog é uma prévia do que serão as minhas colunas no Super Notícia, O Tempo, Revista Exclusive ou o que falarei em minhas participações na Itatiaia, Sportv, Alvorada FM ou algum demais veículos que convidam-me para participações fixas ou esporádicas. Escrevo no blog, observo as reações, em quantidade e qualidade, corrijo as mancadas apontadas por muitos dos senhores e aprimoro tudo para escrever as colunas ou antes de entrar no ar.

As moderações são feitas pelo jornalista Emanoel Ferreira, que colabora comigo, e às vezes por mim. Um atleticano e um cruzeirense para que a coisa não fique desequilibrada. Duvido que vocês acertem quem torce para quem por aqui, hehehe…

Costumamos liberar disparates para que as pessoas de bom senso (maioria absoluta dos freqüentadores do blog) vejam como há idiotas e presunçosos espalhados por aí. Alguns criam vários nomes e endereços virtuais diferentes e se esquecem de mudar o texto. Outros são manjados.

Alguns se fazem de bobos, “fingem de égua”, mas precisam ter cuidado porque nunca dessas pode aparecer um cavalo e comer essa égua, hehehe! É do jogo!

Há também os que adoram fazer o papel de “Onbudsman”, aquela figura que existe há décadas em jornais do primeiro mundo para criticar a imprensa de modo geral e o próprio jornal. No Brasil foi instituído pela Folha de S. Paulo, mas não deu o mesmo resultado que dá lá fora. Uma crítica ou outra a colegas e a veículos são liberadas, mas a maioria não tem jeito. Primeiro porque opinião é opinião e ninguém é obrigado a concordar com ninguém. E não será este nosso espaço que servirá para ataques sistemáticos a colegas meus. Insatisfeitos que escrevam a eles ou aos veículos deles, assim como os insatisfeitos comigo me escrevem. Quando recebo críticas em tom normal de gente civilizada, mesmo que duras ou injustas, retorno os e-mail com o maior prazer. Quando se trata de gente mal educada, mando por spam, sem perda de tempo.

E tem uma turma também que toma umas canas abre o computador e sai escrevendo besteiras para tudo quanto é blogueiro. Estes são facilmente identificáveis porque normalmente mandam essas mensagens de madrugada no meio de semana, ou no início da noite aos domingos, certamente depois dos jogos da rodada. Estes mesmos escrevem bem pra caramba em horários normais de trabalho. Claro que são sempre bem vindos, porque afinal, que nunca fez bobagens depois de encher a cara.

Se algum dia eu me aventurar como escritor, certamente escreverei um livro sobre este nosso blog, falando dessa experiência muito legal, publicando muitas histórias e comentários dos senhores, mostrando a competência de muitos, melhores que centenas de nós jornalistas, e também os disparates, incoerências e loucuras, motivados pela paixão por um clube ou outro.

GABO

Esta foto mostra o escritor Gabriel Garcia Marques em seu começo profissional, como jornalista.

Escrevi este texto para homenagear a este grande colombiano, nascido em Aracataca, em seis de março de 1927 e que morreu este ano, dia 17 de abril. Deste a morte dele estou com esta foto guardada para homenageá-lo, mas só hoje surgiu a oportunidade. “Antes tarde do que mais tarde”, né não?

É para reflexão. Observem a máquina de escrever. Imaginem que até outro dia todos datilografávamos em modelos semelhantes, até surgirem os computadores, em fins dos anos 1980. Tudo muda, tudo passa, tudo evolui. Até as coisas ruins, infelizmente!

Um ótimo fim de semana para vossas excelências e vamos trocando ideias.