Este fim de ano está sendo muito diferente dos anteriores para o futebol mineiro em relação ao quadro nacional. Atlético e Cruzeiro estão com comissões técnicas, elencos e estruturas prontas para a próxima temporada enquanto os principais concorrentes de sempre, os da prateleira de cima, vivem eleições internas, crises administrativas ou financeiras e patinam nas contratações e dispensas. O São Paulo é o único que pode começar bem 2015, já que está debelando um incêndio, provocado pela briga entre o atual presidente, Carlos Miguel Aidar, e o seu antecessor, ex-aliado, Juvenal Juvêncio. O Santos continua em guerra política, mesmo com a eleição de Modesto Roma Junior, sábado; o Palmeiras sem time; o Corinthians sem diretoria e treinador. No Rio, o Botafogo foi rebaixado; o Vasco retornará à Série A, mas terá que ser remontado pelo novo velho presidente, Eurico Miranda; o Fluminense perde os milhões da Unimed, e o Flamengo é uma incógnita, já que a diretoria optou por pagar as dívidas e continua sem falar em grandes aquisições para melhorar o time. No Sul, o Inter passará por mudanças profundas, já que a oposição venceu as eleições com Vitório Píffero, que retorna à presidência; o Grêmio também começará o ano novo com diretoria nova e remontará o time. Coritiba e Atlético-PR certamente continuarão como coadjuvantes, assim como os quatro de Santa Catarina. O Nordeste, agora representado só pelo Sport Recife, deverá continuar lutando para não ser rebaixado.
Mas, como o futebol é uma “ciência inexata”, nada garante que a nossa dupla repetirá em 2015 as glórias de 2014, porém, já são dois anos consecutivos de mais acertos do que erros e isso tem peso. O Galo não tem mais Alexandre Kalil na presidência, mas toda a diretoria dele continua com Daniel Nepomuceno, além do próprio ex estar à disposição para quando o sucessor precisar. E a peça fundamental para que o time continue dando bons resultados foi mantida: Levir Culpi.
O Cruzeiro perdeu Alexandre Mattos, mas garantiu Marcelo Oliveira e todos os principais jogadores. Único incômodo neste fim de ano para o Cruzeiro é esta situação de Mattos, cujo contrato vai até 31 de dezembro, mas toda a imprensa de São Paulo diz que ele já trabalha, também, para o Palmeiras. Teria contratado inclusive o técnico Oswaldo de Oliveira. E jogadores? Para qual clube ele contratará os mais promissores? Para o atual ou para o futuro patrão?
Oswaldo de Oliveira, que segundo o site da revista Veja não teria gostado da primeira proposta, mas “. . . O novo diretor executivo do Palmeiras, Alexandre Mattos, no exterior para acertar algumas negociações do Cruzeiro e, assim que retornar, deve assumir oficialmente o cargo, ofereceu 300.000 reais ao treinador, o mesmo que ganhava Gilson Kleina. No Santos, Oswaldo recebia 400.000 reais. . .