Chegou o dia tão esperado da abertura da Copa e lembrei-me da expectativa positiva que eu tinha em relação a este momento. Nutria muita esperança de grandes conquistas para o país com a realização deste mega evento. Há quatro anos, dia abertura da Copa da África do Sul, quando jogariam a seleção anfitriã contra o México, escrevi o seguinte aqui no O TEMPO:
“Comparo tudo que vejo aqui com a nossa realidade no Brasil, focando especialmente Minas Gerais e Belo Horizonte em 2014. Já imagino a nossa Copa do Mundo e a festa que entrará para a história, assim como os sul-africanos estão fazendo. Acordei com o barulho dos primeiros toques das vuvuzelas, por volta de 6h30. Bem distante do estádio Soccer City, porém, toda Johanesburgo envolvida com a abertura da Copa. Tráfego mudado em várias regiões, escolas sem aulas e clima de festa. Rádios e TVs transmitindo programas especiais e todos os jornais com fotos e manchetes voltadas ao dia em que o mundo voltou seus olhos para a África.
Casas, prédios e comércio embandeirados, buzinaços, automóveis com faixas e capas de retrovisores lembrando os 32 países que mandaram suas seleções para cá.
Uma das cenas que não vou esquecer é a de duas senhoras, na faixa de presumíveis 70 anos, bem agasalhadas com seus casacos de lã, bandeiras sul-africanas em punho, tocando suas vuzuzelas e dançando, antes das 8 horas, na Queens Street, no Bairro de Kensigton, que não tem nada a ver com o estádio Soccer City. Gente simples, feliz, no embalo da autoestima em alta, que o futebol está proporcionando à África do Sul.
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País cheio de problemas, governantes complicados, porém povo animado, que sabe fazer uma boa festa e de calor humano fantástico. Grandes semelhanças conosco! Por tudo que estou vendo aqui e pelo que conheço do Brasil, podemos fazer até bem melhor em 2014. É uma chance de afirmação perante o mundo, oportunidade do planeta conhecer nossos problemas e sentir a criatividade e capacidade de reação de um povo…”
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Apesar de tantas frustrações com o que não foi realizado e com tantos erros e falcatruas continuo esperançoso que o país tire muito proveito com a organização dessa Copa. A África do Sul teve aumento em torno de 30% em seu fluxo turístico anual a partir do primeiro ano da realização da Copa porque quem cancelou de pacotes na última hora se arrependeu.
O mesmo aconteceu com quem nem pensou em ir, por medo, imposto pelas notícias, imagens e comentários amedrontadores, principalmente da imprensa européia. Quem esteve lá, gostou demais, fez propaganda positiva, e milhares retornaram para curtir de novo e conhecer outros lugares.
Somos um povo receptivo, festeiro e este clima misturado de festas juninas com carnaval que estamos vivendo certamente durará até o último apito do árbitro no Maracanã no dia 13 de julho.
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Ecos do passado
Na Universidade de Santa Clara, na Califórnia, depois de um treino da seleção brasileira, na primeira fase da Copa do Mundo dos Estados Unidos 1994.

Tomara que os estrangeiros que vierem ao Brasil tenham as mesmas facilidades e prazeres que tivemos na África do Sul em 2009 e 2010, sem problemas e que o país melhore a sua imagem perante o mundo, como a África do Sul conseguiu.
Chegou o dia tão esperado da abertura da Copa e lembrei-me da expectativa positiva que eu tinha em relação a este momento. Nutria muita esperança de grandes conquistas para o país com a realização deste mega evento. Há quatro anos, dia abertura da Copa da África do Sul, quando jogariam a seleção anfitriã contra o México, escrevi o seguinte aqui no O TEMPO:
“Comparo tudo que vejo aqui com a nossa realidade no Brasil, focando especialmente Minas Gerais e Belo Horizonte em 2014. Já imagino a nossa Copa do Mundo e a festa que entrará para a história, assim como os sul-africanos estão fazendo. Acordei com o barulho dos primeiros toques das vuvuzelas, por volta de 6h30. Bem distante do estádio Soccer City, porém, toda Johanesburgo envolvida com a abertura da Copa. Tráfego mudado em várias regiões, escolas sem aulas e clima de festa. Rádios e TVs transmitindo programas especiais e todos os jornais com fotos e manchetes voltadas ao dia em que o mundo voltou seus olhos para a África.
Casas, prédios e comércio embandeirados, buzinaços, automóveis com faixas e capas de retrovisores lembrando os 32 países que mandaram suas seleções para cá.
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